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quarta-feira, 31 de julho de 2013

La cucaracha

Quem, mas quem, no seu perfeito juízo, põe um a buzina no carro com o som da La Cucaracha seguido de um sonoro relinchar? Já espreitei para a rua duas ou três vezes e só vejo carros "normais". Pensando bem, acho que o problema é a minha imaginação. Na minha cabeça só uma carrinha de caixa aberta com uns chifres na grelha da frente, ou um Mercedes antigo, com bancos forrados de pêlo, conduzido por um tipo barrigudo e com chapéu de cowboy, com a camisa aberta até meio, a deixar ver um peito peludo e com mais fios de ouro que uma noiva de Minhota numa procissão da Senhora da Agonia, pode ter um buzina assim.
Querem ver que é o Polo azul escuro estacionado em frente à casa de chá? 
É que, parecendo que não, desconcentra, eainda tenho de matar mais um urso esta tarde.

O Matador de Ursos

Deixem-me só ir ali matar mais uns ursos que já venho. Isto hoje está complicado!
Pessoas, clientes fofinhos, o mundo não acaba hoje. Hoje só acaba o mês de Julho, sabem?
É sempre a mesma coisa todos os anos. E correm, resmungam, querem tudo para ontem, e não tenho vida para isto, faço-me velho antes do tempo, resolva-me lá isso, veja lá, o banco fecha às três e ainda tenho de passar não sei onde se não a mulher não me larga do pé. 
Para quê, pergunto. 
Então, a seguir é Agosto! Em Agosto páro tudo, não quero cá saber de trabalho!
Em Setembro voltarão, e as praias estavam cheias, é sempre uma confusão, não se pode comer em lado nenhum, tão cedo não me apanham lá.
Com certeza, daqui a um ano falamos.

Aqui tem o urso que pediu, quer que mande embalsamar  ou vai usar só a pele como tapete?
O urso? Em Setembro a gente depois vê isso...
Isto de andar a matar os ursos dos outros é uma treta.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Pergunto

Tinha prometido não escrever uma linha sobre a polémica da Comporta e da Cristina Espírito Santo, mas agora que vejo as proporções que o caso está a tomar, abro uma excepção e pergunto: as pessoas que acordaram agora para a vida e decidiram organizar excursões à Comporta para fazerem de si tristes figurantes labregos, querem o quê? Dar-lhe razão?

E futebol?

Olha lá Mirone, e futebol? Não falas de futebol? Não comentas a pré-época? Não se te oferece dizer nada sobre as contratações e não contratações, empréstimos e devoluções mais recentes? Quem achas que vai ganhar o campeonato? A tua equipa, está bem assim ou mudavas alguma coisa? Quem achas que será a revelação do ano? E jogadores, tens algum favorito?
Até podia falar de futebol, pois podia... 
Querem falar de futebol? Do que fica para a história? Querem mesmo? Então aqui vai.
Ma-ra-do-na! Maradona! Ah pois, Diego Armando Maradona! 
Batistuta? Di Stefano? Passarella? Kempes? Lionel Messi? Lucho Gonzalez? Quem quer saber do Pablo Aimar, do Maxi Rodriguez ou do Saviola? Quem?
Maradona!!! El Pibe de Oro!
Ontem o blog teve 9 visitas da Argentina. Aposto que foi ele!

Gracias!



O Caniggia, quase me esquecia dele!


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mirone vende banha da cobra

Meninas, enxuguem as lágrimas. Meninos,  vocês também. A questão é legítima, mas não merece tanto sofrimento. 
Que mal tem ser o patinho feio que nunca virou cisne, que passou directamente a perú recheado em noite de consoada, como um "vá directamente para a prisão sem passar pela casa da partida e sem receber 2000$00" do Monopoly?
Nenhum!
Porque o Natal é quando o homem quiser e porque podem ter um hotel na rua Augusta, outro na Av.ª da Liberdade, as estações de. S. Bento e St.ª Apolónia e a Companhia das Águas. E podem sempre brincar com Barbies e os Kens.

Karisma

Passei parte da manhã de hoje numa repartição de finanças. Por acaso nem estava muito  calor, havia cadeiras suficientes na sala de espera, não havia muito barulho, menos mal, se tenho que esperar, que o faça confortavelmente.
Tinha passado meia hora e  já só faltavam dois números para chegar a minha vez. Nada mau, para quem esperava estar ali a manhã toda...
Aparentemente, as notícias que têm vindo a lume nos últimos dias que nos dão conta de agressões a funcionários e desacatos nas repartições de finanças, são casos pontuais, verdadeiras excepções. Felizmente! Pensava eu... 
Nesse preciso momento entra uma família de ciganos. Pai, mãe, e uma mão cheia de filhos. Gritavam que a carrinha não é deles, que é de um primo, que não pagam multa nenhuma, que sempre pagaram tudo, - em que ficamos, a carrinha é do primo, não pagam mas sempre pagaram? -  que é só ladrões, que é racismo, que são ciganos mas não são bichos! Gritavam, quase espumavam, os miúdos choravam, rebolavam no chão, sujos, descalços, pais e filhos não sei quem cheirava pior... Chegue-se para lá e chame o seu chefe que eu já não o estou a ver bem! Pelos seus mortos, que senão resolve-se isto de outra maneira e é já!
Oh amigo, acalme-se que parece que está possuído? O que o senhor precisa não é de falar com o chefe das finanças. O senhor precisa é do karisma da libertação!
Encostos, possessões, visões e cheiro estranho, tudo se resolve!




A minha cara e o Michael Bolton

Sabem aquelas músicas que não suportamos mas que insistem em não nos sair da cabeça? Estou a escrever-vos este post com o Michael Bolton a cantar em loop o "when a man loves a woman", mas numa versão "when a man loves a car". Estão certamente a dizer "Mas isso é horrível Mirone, como vais conseguir trabalhar?" Eu respondo-vos, não sei, não sei... "Então  e o que pensas fazer para tirar isso da cabeça?" Também não sei. 
Não sei e penso que vai ser difícil, muito difícil. É que desde que saí do carro esta manhã e vi este autocolante no carro estacionado ao lado do meu, a minha vida parou. Estou, como diria o Bono dos U2, "stuck in a moment, and you can't get out of it". Quero pintar o meu carro de branco e espetar-lhe um igualzinho na porta do depósito. Quero ir a um posto de combustível e saber que nunca me vou enganar na escolha da mangueira que devo agarrar, é gazoil, idiota, está aí escrito! E o olho com asas? É a minha cara! Gosto tanto dele que estou a pensar seriamente em usar a fotografia no header do blog. 
Agora digam-me leitores, depois disto, como é que eu vou tirar o Michael Bolton da cabeça?! Não tiro!


Lá está ele a gritar "When a maaaan loves a caaaaar!"

domingo, 28 de julho de 2013

Que belo pacote!

Fim de semana no Douro. Que bonito, que descanso. Sentirmo-nos quase em casa, saberem o nosso nome, guardarem o "quartinho verde" porque da outra vez gostámos mais, uma piscina para nós , um outro casal com dois filhos pequenos e outros dois casais ingleses sem filhos. Cheiro a fruta, passarinhos a cantar... o pacote todo!
E por falar em pacote... Hora do check-out:
- Querem aproveitar a nossa promoção para as vindimas, até 13 de Outubro! Temos um pacote muito bom que inclui visitas a à quinta e a outras aqui vizinhas, que não temos dimensão suficiente, onde podem participar na vindima, pisar a uva em lagares tradicionais, muito bom, mesmo. 
- Não, muito obrigado.
- Está com um preço muito bom e estamos quase cheios.
- Então e pagam quanto? É à hora ou ao dia?
O ar aflito da menina, só visto!
- Pagamos quanto?!
- Sim, pagam alguma coisa ou oferecem a estadia e alimentação em troca do trabalho?
- Nós não pagamos... E a promoção é muito boa, tem os mesmos preços da época alta, nem paga suplemento pela vindima nem nada.
- Não, muito obrigado, mas se conhecermos alguém interessado recomendamos...
- Espero que tenham apreciado a estadia, uma boa viagem e até à próxima visita.
- Voltamos sempre, sabe que sim.

Quem me conhece sabe que adoro turismo rural, o contacto com a natureza, o descanso que nos proporciona, mas tenho a ideia que é preciso ser-se um bocadinho deslumbrado para embarcar nesses pacotes das vindimas... Pelo que vejo na televisão, sim, todos os anos, a partir de finais de Setembro lá levamos com as reportagens dos turistas eufóricos que cortam três cachos de uvas e se enfiam os pés no lagar a dizer que sim, que é uma experiência única, que adoram, só pode ser mesmo uma experiência única, se fizessem disso vida não falariam assim. 
Lamento, mas vindimas não são isso. Não é chegar de jeep, por volta das 10 da manhã, cortar meia dúzia de cachos, esperar que o jeep vos apanhe e devolva à quinta para um almoço com tudo a que dá direito, uma sesta para recuperar forças e uma visita ao lagar mais pelo fim da tarde para pisar as uvas um bocadinho e voltar para um jantar delicioso.
Eu nuca vindimei a sério, mas vi vindimar. Eu era criança e também achava engraçado e pedia para andar ali no meio, cortava uns cachos e quando me fartava - ao fim de meia hora - vinha embora. Aquilo é duro, é trabalhar mesmo! É levantar de madrugada, rebentar as mãos e os braços a fazer força para cortar os cachos, é manter o mesmo ritmo o dia todo, que entretanto passa o tractor para despejar os cestos (é "alombar" com eles até ao tractor, que não chega a todos os lados), é levar ferroadas de abelhas e vespas escondidas nas parreiras, é comer do farnel que se levou, ou que trazem à hora de almoço, e voltar quase sem sentir os dedos... E ao fim do dia, quando o corpo já só pede cama, é enfiá-los no lagar e pisar as uvas. Ah mas eles cantam e dançam abraçados no lagar... Não, eles apoiam-se uns nos outros porque estão cansados. Cantam porque alguns foram matando a sede com o que tinham à mão, vinho... E, no outro dia, é voltar ao mesmo, de madrugada pelo dia fora, sem descanso, faça chuva ou faça sol. Para receberem quanto? Descontos? Isso é o quê?

Esta ideia romântica da vida no campo às vezes faz-me comichão... "Ah, se pudesse largava tudo e ia viver para o campo, viver sem horas e do que ele dá". Largavas pois, largavas a chorar ao fim da primeira semana. 'Tá bem abelha... dizes isso porque vives no conforto  da cidade!

Adoro o campo, nas férias, ao fim de semana, mas a vida no campo é para homens e mulheres, vi cada uma,  de barba rija! Gosto muito, sobretudo porque sei que volto à cidade.






sábado, 27 de julho de 2013

Prevenção rodoviária

Sempre que posso, faço uma escapadela e vou nadar "para fora cá dentro". 
Com o carro cheio e com aqueles que mais amamos a bordo, as preocupações com a prevenção rodoviária aumentam. É ponto assente cá em casa, antes de começar qualquer viagem mais longa, verificar o estado dos pneus, níveis de combustível, de óleo, de água (nunca queiram atropelar um enxame de abelhas na auto-estrada, é coisa para vos fazer despejar meio depósito dos esguichos do pára-brisas). Tudo em ordem, xixis feitos - com uma criança a bordo é importante lembrar esse pormenor, cintos apertados, aí vai a família Mirone para essa enorme piscina olímpica que é o nosso país!
Primeira paragem, área de serviço (se alguma vez na vida pensei ter um blog onde a etiqueta mais frequente é área de serviço, é que nem nos meus melhores/piores sonhos). Cafézinho. A reacção do costume. "Uuugh, porque é que o café é sempre péssimo nas áreas de serviço? e caro! Compra uma água fresca para levar, se faz favor. Isto é uma estupidez, deviamos ter bebido café antes de entrar na auto-estrada e trazer água de casa". Mas o erro repete-se, escapadela após escapadela.
A propósito de áreas de serviço e prevenção rodoviária,
noto o trabalho que tem sido feito no que diz respeito à condução sob o efeito de álcool. As leis são cada vez mais rigorosas e restringem o consumo e venda de bebidas alcoólicas nas estações de combustível. Aplaudo!
Ainda assim, sempre que me dirijo à caixa e dou com os olhos nos CDs dos expositores de venda (mas quem é que ouve aquilo? Não sei o que é pior, conduzir bêbado ou com aquela música), dou comigo a pensar no tanto que falta fazer a nível de prevenção rodoviária...

Ritmo de la noche

É fim de semana. Neste, como de costume, vou dedicar-me à natação. Vais fazer o quê, Mirone?! Natação, ou seja, fazer nada. Nadar! Nadar! Nadar! O fim de semana inteiro. Só pararei para comer e beber. Uma habilidade digna de Guinness.
Para já, acordei cedo. Sempre são mais umas horas para praticar esse desporto exigente. 
Gostava de ser daquelas pessoas que dormem 15 horas seguidas, mas só de pensar nisso dói-me o corpo. Por muito confortável que seja a cama, 15 horas parece-me um exagero. Então e perde-se assim mais de meio dia? Dormir assim? Não, quando há tanta coisa para fazer e, sobretudo, não fazer quando se está acordado? Nem que seja para estar o dia inteiro a aboborar no sofá, com o livro aberto na mesma página uma eternidade. Agora assim dormir, dormir mesmo, aborrece-me.
Acho que é uma coisa de bio-ritmo. Gosto de me deitar e acordar no mesmo dia e, ainda assim, ter o dia todo pela frente. Deito-me sempre depois da meia-noite, uma da manhã, acordo sempre por volta das sete. Se por acaso sair à noite sou capaz de dormir até às dez e meia, grande loucura! E olhem que até aprecio o ritmo de la noche. Bastente! Mas o meu ritmo é este, acordo cedo.
Dizem que as pessoas mais inteligentes são as que se deitam mais tarde. Está visto que que devo ser pouco inteligente. 
Sendo assim, na ausência de capacidades intelectuais dignas de registo, deixem-me dedicar a actividades mais físicas. Vou nadar! Quem me acompanha?

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A minha é maior que a tua!

Nunca gostei de "picanços" na estrada ou de aceleras inconscientes. Além de estupidamente perigoso, acho ridículo, coisa de miúdos a medir pilinhas.  Calma, não digo que ande sempre a cumprir os limites de velocidade, que não ando, mas sei onde posso pisar o pedal e até que ponto. Seria hipócrita se o dissesse. 
Há poucos minutos cruzei-me com um Ibiza todo artilhado, todo "a abrir". Podia ser Honda, ou outra marca qualquer, mas era um Ibiza... Vidros fumados, jantes especiais, pneus de baixo perfil, alerons xpto, escape duplo, todo rebaixado, motor provavelmente alterado, uma barulheira que não se podia, "raters" por todo o lado... enfim, um espectáculo para os olhos e ouvidos.
Idiota, pensei. Para que é que é isso? Era bem feito que te espetasses no separador central... Pronto, desde que não morressses,ou ficasses todo estropiado, e isso, que eu também não te quero assim tanto mal... Era bem feito que te rebentasse o motor, pronto...
O que se passou, não sei... Eu já ouvi falar de mentes poderosoas, mas nunca pensei que a minha fosse uma delas. Nem dois kilómetros à frente lá estava ele, encostado à berma, a deitar fumo por tudo quanto era lado. Aos pontapés às lindas jantes estava o seu condutor, de t-shirt justinha, boné branco e óculos de sol. Não olhei bem para as calças, mas acho que naquele momento devia estar com uma pilinha mínima...


Hoje é sexta feira, se calhar aproveito esta maré de poder mental e faço um euromilhões...

Tão diferentes dos meus

Então hoje é o dia dos avós? Parece que sim, que é uma coisa recente. Se há dias de tudo e mais alguma coisa, por que motivo não haveria lugar para um dia dos avós?
Eu já não tenho avós comigo, mas guardo a melhor das recordações de cada um deles. Das avós, senhoras recatadas da província, religiosas - sem, contudo serem beatas, modestas, mães abnegadas, exímias gestoras do lar (lembro-me tão bem de ouvir a minha avó dizer que com uma galinha fazia uma canja, frango corado e ainda guardava umas sobras para o recheio dos pastéis de massa tenra). Do meu avô paterno meigo, com um colo grande, que me tratava por um nome diferente - só ele, e eu sentia-me especial. Morreu subitamente quando eu tinha três anos. Do meu avô materno, o último a partir, há pouco mais de um ano, rigoroso, austero, um bocadinho ditador até, um homem de ideias feitas. Eram os meus avós, amava-os, com todas as suas qualidades e defeitos!

Também me lembrei de outros avós. Hoje o dia é vosso e desejo-vos um dia muito feliz!



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Encontros calientes na A1

Ontem, em jeito de balanço, antes de me deitar fui espreitar as estatísticas do blog. Sim, eu sei, a conversa dos russos já enjoa. Mas não foi isso que fui ver. Ontem quis saber o que vos traz aqui. Procurei as palavras-chave mais usadas e lá estavam as esperadas mirone, blog do mirone, mirone blogs, taradas e, pasme-se, encontros gay nas estações de serviço A1. Uma pessoa chegou até este blog quando procurava encontros gay nas estações de serviço da A1.
Se vinha à procura de informação detalhada, sinto que o desiludi. Aquele episódio de que vos falei há uns tempos não foi um encontro gay e, tendo ocorrido numa estação de serviço da A1, podia muito bem ter ocorrido num outro local qualquer. Sim, desiludi, mas quero corrigir o erro.
Assim sendo, servirá este post para partilhar a informação que possuo sobre o tema. É pouca, bem sei, mas é segura, passou-se comigo, não se baseia num qualquer "diz que disse".
Aconteceu há pouco tempo, dois meses, nem tanto. Numa viagem de trabalho, estando com as horas contadas, ligaram-me do escritório a dizer que precisavam que levasse uns documentos importantes e que alguém iria ao meu encontro na estação de serviço mais próxima do local onde me encontrava para mos entregar. Assim, sempre pouparia metade do tempo, quando comparado com o tempo que perderia voltando atrás e fazendo todo o percurso novamente.
Parei o carro numa zona de descanso, um estacionamento debaixo de umas árvores com duas mesas de piquenique, casas de banho e cabines de duche. Havia dois camiões TIR estacionados, de cortinas corridas, a descansar certamente, e um carro comercial, parados à sombra. Tinha parado uns kilómetros atrás para beber café, porque é que não se lembraram dos documentos uns minutos antes? Sem nada que fazer pego no telemóvel para me entreter. Vejo o mail, nada de especial, exploro as definições, deixa-me configurar o bluetooth, que nunca vi isto... 
Bluetooth activado, a procurar ligações... Oh diabo! "Homemprocurahomem", "gaycaliente"?! Que é isto?! Eu já tinha ouvido falar em encontros gay nas  auto-estradas, mas uma coisa é ouvir, outra é ver.
Quanta ignorância Mirone! Onde é que tu vives? E em que século? Então não vês que é assim que eles se reconhecem? Param numa zona de descanso e, encontrando alguém com os mesmos interesses trocam umas mensagens e está feito.
Tranquei-me no carro, desliguei o bluetooth e pedi a todos os santinhos que não demorassem muito a trazer os documentos.
Assim, caro curioso que procurou no Mirone dicas para encontros gay na A1, espero que esta informação se revele útil.

Mirone, a servir os leitores desde Junho de 2013.

Também se aplica aos homens?

Leitores, leitores. Preciso da vossa ajuda, por favor.
Alguém me sabe explicar se aquelas frases bonitas, que às vezes acompanham ainda mais bonitos pôr-do-sol (qual é o plural?),  um rosto com uma lágrima, uma rosa orvalhada, aqueles "só gente frustrada e sem vida própria se ocupa da vida dos outros" ( então e os enfermeiros, os voluntários, os cuidadores em geral?), "a minha força está na minha verdade, a tua fraqueza está na inveja", aquilo de fazer um castelo com as pedras, aqueles recadinhos cheios de força e significado (?), aquelas citações de autor e/ou origem desconhecida/duvidosa, isso, vocês sabem, isso é só para as senhoras ou também é para os homens partilharem no seu facebook (assim do nada, passei os olhos por duas dessas frases em murais masculinos)? Se sim, resulta?
Aquilo é o quê? Uma reza, uma macumba, um castigo? É para atrair mulheres? É para trazer sorte nos negócios, afastar invejas e mau olhado? 
Não era melhor falarem com o professor Mamadu, ou o Mestre Bambo? Com a vidente Alzira? Com a senhora do rés-do-chão esquerdo que diz que faz uns trabalhos?
Alguém me esclareça, por favor...


Reality bites!

Há pouco mais de um mês há uma menina nova a trabalhar no banco onde tenho conta . É de uma simpatia e eficiência inexcedível. Um pormenor irrelevante, mas de louvar, é gira que se farta. Tudo bom, portanto.
Eu devia estar feliz, pois devia. Mas não, fico a cismar, será que tenho alguma coisa nos dentes ou no nariz? Terei uma nódoa na roupa? Disse alguma coisa errada? Fiz algum disparate? É que os meus índices de simpatia aumentam brutalmente quando me deparo com gente obtusa, e digo que sim senhor, dou-lhes razão, aturo-lhes as alarvidades todas. Por isso, tanta simpatia, tanto sorriso, parecem-me excessivos, não sei, fico com a sensação de que está a gozar com a minha cara.
Agora que penso nisso, se calhar não são os meus índices de simpatia que aumentam, se calhar é mesmo cinismo. Mas o que querem, acredito que um sorriso, rectidão e muita paciência resolvem tudo, mesmo quando a minha vontade é insultar a outra pessoa.
Nah, a miúda é simpática e está a dar o litro. No fundo, é o que eu faço...

Pelo sim pelo não, já revia a minha atitude perante pessoas obtusas...

E assim, gostam mais?

Como vos disse anteriormente, depois dos posts de ontem, a partir de agora será sempre a subir.
Isto agora fia mais fino. Ah pois, ou pensavas, Mirone, que era só chegar aqui, dizer meia dúzia de baboseiras, e pronto, os leitores batem palmas?
Não, os leitores do Mirone são exigentes e eu agradeço que assim continuem, pois só assim posso melhorar. Dei-vos José Cid e torceram o nariz - na verdade só uma torceu, mas para mim um leitor é um leitor, isto é como a vida humana, vale por si só, não é uma questão de quantidade. Pois está muito bem, percebi a mensagem. Também percebi que não houve reclamações quando vos mostrei a linda voz de Priscilla Marie em "Diz-me por favor". Tomei nota. Tudo para vos agradar. Compromisso assumido! Palavra de Mirone.
Para começar Poesia, oh sim, uma verdadeira entrada a pés juntos!
Poesia para os meus leitores de gosto refinado que, no fundo (se o blog é o Mirone, no fundo é a expressâo certa), são todos. Há lá coisa mais raffiné (ah oui, bien sûr, a língua da intelectualidade) do que ler este blog?
Fiquem com este momento bonito que, seguramente, vos vai acompanhar todo o dia...


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amanhã há mais

E agora que este blog bateu no fundo, fica a promessa: a partir de agora é sempre a subir! Só pode ser!

Até amanhã...

(continuo com voz de Barry White)

Só para ti

(Ao ler post, imaginem uma a voz quente e romântica, um Vitor Espadinha, um Barry White se a vossa cena for essa, não sei, escolham vocês)

Às leitoras a quem prometi um post só para elas, as que querem mais que um simples "este post é só para ti", aqui vai, deste Mirone que só tem olhos para vocês. Para mim  são todas especiais. Todas as mulheres do mundo...


O prometido é devido

No dia em que este blog celebra um mês de existência lancei-vos um desafio e perguntei-vos quem leu os mais de 80 posts que fui debitando.
Queria saber quem eram os bravos que faziam os números do contador rodar. Bravos porque leram o blog de uma ponta à outra; bravos porque mentiram com quantos dentes tinham na boca, sabendo que podiam ser desmascarados; bravos porque tiveram coragem de o dizer. Bravos porque me apeteceu chamar-lhes assim.
Pois aos bravos que responderam  à chamada, àqueles que desde o início me "ouvem" dizer que deste blog não se pode esperar muito, a prometida surpresa. Uma surpresa em grande e nunca antes vista neste blog (normalmente uso o tamanho de letra normal e as fotos inseridas são de tamanho médio). Hoje, é diferente, hoje é em grande!
Portanto, e porque não quero fazer esperar quem nada espera, aqui vai:

SURPRESA!!!!!


 

PS- Surpresas e animais fofinhos! que mais se pode querer de um blog?

Quem?

Quem leu os 80 e tal posts deste blog ponha o dedo no ar, que é como quem diz, acuse-se. 
Tenho uma surpresa para esses bravos! Quem não leu ainda pode ir ler. Também podem mentir e dizer que sim, que leram tudo. De qualquer das formas, é aproveitar, que o blog só tem m mês, lê-se num instante. Daqui a pouco já cá venho espreitar. Entretanto vou ultimar a surpresa.
É agora que isto chega às 5 visualizações por dia! Grande Mirone, estás lá!

Prato do dia

Xiii, olha as horas e isto sem post. Os leitores não merecem tamanho desrespeito.
Tenho de começar a agendar posts. Isto de esperar que a vontade de escrever surja ou, surgindo, que o trabalho que tenho em mãos me permita vir aqui, tem muito que se lhe diga.
Hoje podia falar-vos da remodelação governamental, do bebé dos "duqueses" de Cambridge (liguem para a SIC para saber quem são, que eles é que falaram nisso, eu só sei quem são os duques), do segundo português em cinco dias a ganhar o euromilhões. Mas depois era capaz de ser maçador, de parecer inveja ou um interesse desmedido pela vida alheia. Também vos podia dizer que o blog completa hoje um mês de existência, mas isso vocês também sabem, que já vos lembrei na segunda-feira.
Sendo assim, e na sequência do post de ontem, em que avancei o que mais ninguém - nos blogs que leio -  tinha avançado, hoje vou falar-vos dos pratos do dia do Snack-Bar Pinóquio. Assim, por 5,50 euros têm caldo verde, bifinhos de perú de cebolada com arroz e salada ou bacalhau verde. O preço da refeição inclui café e uma bebida. As sobremesas são pagas à parte.
Já só me faltam umas fotografias instagramizadas dos pratos para isto se tornar um blog de referência, daqueles com muito seguidores e isso.
Não sei porquê, não acredito muito neste último parágrafo. Acho que este post é, provavelmente um dos mais infelizes que por aqui passou. A ver vamos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Se calhar nunca te aconteceu...

Hora de almoço. 
Preciso de ir à Fnac. Decido dar um saltinho rápido a um centro comercial. Parque de estacionamento praticamente cheio. Então, mas não deviam estar todos de férias?  Estaciono longe do elevador, logo eu que arranjo sempre um lugar à porta, digo mal da vida, que tenho que levar com o bafo dos estacionamentos subterrâneos, que detesto. 
Subo, vou à Fnac, não há o livro que procuro, vou ver se encontro na net (onde é que eu arranjo os Sermões de Padre António, alguém me ajude). Desço, apanho o bafo do estacionamento subterrâneo, resmungo mais um bocado. Chego ao carro. O QUÊ?! Porta do condutor toda amassada!!!! Bonito! Era mesmo disto que eu precisava.
Atravesso o estacionamento, queixo-me do bafo do estacionamento subterrâneo, dirijo-me a um segurança que anda a brincar aos seguranças, só pode, montado na sua Segway. 
- Senhor segurança, por favor, por acaso não se apercebeu de um carro ter batido noutro mesmo agora?
- Mas como?
- Fui só à Fnac, não demorei 10 minutos e quando cheguei tinha a porta do lado do condutor toda batida. Deve ter sido o carro do lado a sair...
- Pois, não me apercebi de nada.
- Então e como é que eu tenho acesso às imagens de vídeo-vigilância?
- Não tem. Faz queixa na polícia e se a polícia entender pede ao ministério público para pedir ao tribunal e o tribunal depois é que pede... Agora assim, não podemos ceder as imagens a terceiros, desculpe lá.
- Pois, percebo... Já vi que sim, que vou ter de apresentar queixa. Se participo isto ao seguro como acto de vandalismo eles sobem-me o prémio que é um disparate.
- Mas olhe que tenho andado por aqui e não me apercebi de nada, nem estão aqui vidros ou plásticos. É que ainda é uma grande mossa. Tem a certeza que não estava assim antes?
Olha-me este, a desconfiar...
- Claro que não estava. Acha que se estivesse eu estava aqui a perder o meu tempo? Pronto, deixe estar que eu vou apresentar a queixa... De qualquer maneira devem pedir-me isso quando fizer a participação ao seguro. Mas agradeço-lhe na mesma, boa tarde.
Carrego no comando da chave. Click click. Oi?! Então o barulho vem de trás?! Carrego outra vez, Click click.
Afinal aquele não era o meu carro. O meu carro, intacto, estava numa fila atrás...
Juro que consegui ler isto no olhar do segurança...

Em primeira mão e exclusivo

Finalmente, a notícia que muitos esperavam, nasceu o bebé real de Kate e William. Cheguei a pensar que se tratasse de um boneco de borracha, mas não, é um bebé real, mesmo, de carne e osso, assim como todos os outros que nasceram por esse mundo fora.
Sem muito mais informação além do peso e da hora de nascimento, os mais curiosos aguardam ansiosos em frente à maternidade, nas redacções dos jornais e televisões, em frente ao computador o mais pequeno sinal, uma eventual fuga de informação, quem sabe um comunicado oficial que lhes permita descobrir o nome do bebé.
O Mirone perdeu uma oportunidade de ouro para se antecipar a todo o blogomundo da especialidade e falar sobre o nascimento do bebé. Também não adianta palpitar sobre o nome que a criança poderá vir a ter, já há tratados acerca do tema em tudo o que é casa de apostas. Entretanto também já se fala sobre a escola que deverá frequentar e na carreira que o aguarda. Também não vou debater a hipótese avançada pelos genealogistas, de que o príncipe será descendente de Maomé e do conde de Drácula. Tenho de ler essa notícia com mais calma - parece-me inverosímil que Maomé e Drácula se tenham cruzado um dia, muito menos que tenham deixado descendência, um com o outro.
Este blog propõe-se fazer qualquer coisa diferente. Este blog orgulha-se de avançar em primeira mão e com 100% de certeza, o nome que o príncipe não terá.

Rufem os tambores, tararararararara, aqui vai!

O filho de Kate e William não se chamará, com toda a certeza, Armindo Inácio! Também sabemos que não se chamará Célio Sandro nem Letícia Elizandra.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Amargo de boca

Vamos a uma esplanada sobre o mar, com uma vista soberba, sossegada, mesmo num fim de semana de Verão. O local é agradável, a companhia também. Quando, finalmente, somos atendidos fazemos o pedido. O rapazinho que nos atendeu volta uma série de vezes, porque se esqueceu do que cada um de nós tinha pedido para beber, se se as ameijoas eram simples ou à Bulhão Pato, se os choquinhos eram fritos ou com tinta...
Ah tem lá paciência, há que dar o desconto que é um estudante, que está ali a trabalhar no verão para juntar o seu dinheiro, ao contrário de muitos da sua idade que querem é boa vida. Pois sim senhor, que tem muito mérito o jovenzinho atinado.
As bebidas vieram certas e a comida está muito bem preparada. De qualquer maneira, até estávamos sem pressa... 
Mas quando se tem um serviço amador e nos pedem que paguemos como profissional, ficamos assim, com um amargo de boca...

Mas não tão amargo que nos impeça de lá voltar.

No Tuvalu!

Truz, truz, truz...

Leitores do Tuvalu, leitores do Tuvalu...
Estão aí, que eu sei. Até podem estar caladinhos debaixo da cama, e fingir que não me ouvem, mas eu sei que estão aí. Podem sair, este blog é inofensivo. Se quiserem, já sabem, têm aqui um blog parvinho à vossa espera. 
Fiquem bem, tenham uma noite descansada que aí não são horas para estar a ler blogs...

Será?

Então vamos lá ver como é que estamos de blog.
Comecei este há, precisamente, 4 semanas. Era segunda feira, estava de baterias carregadas e achava que também eu podia escrever coisas para os outros lerem. 
Textos interessantes? Opiniões esclarecidas? Doutos ensinamentos? Conselhos úteis? Fórmulas infalíveis para a felicidade? Observações pertinentes? Não, nem por isso. Coisas que vou vendo e ouvindo, banais, comuns, irrelevantes? Sou capaz de estar mais perto da verdade. Pára  tudo! Pára tudo! Estou perto da verdade?! Uma verdade, mas não deixa de ser verdade. Oh meu Deus, em 4 semanas?! O céu o o limite!
A verdade é que tudo indica que hoje atinja as 5000 visualizações. Fiz bem quando escolhi um contador de visitas com 9 casas. No campo da actualidade e actividade estrangeira, a Rússia descolou-se definitivamente dos Estados Unidos como líder dos visitas. A terceira potência internacional continua a ser a Ucrânia. Na Ásia, depois da China e Indonésia, tive uma visita das Filipinas. O blog continua sem cabeçalho e o meu caderninho de notas continua rabiscado.
Eu? Eu continuo a achar que também posso escrever coisas para os outros lerem. E não é que os outros lêem? Obrigada!

Continuo a não rever textos, mas verifiquei a ortografia deste, já é um começo...

domingo, 21 de julho de 2013

As crianças têm o coração puro

(ou como ter um filho bem educado instantaneamente)
Tenho vindo a descobrir aquela que poderia ser uma fórmula instantânea de ter um/a filho/a bem educada. Esta fórmula, porém, como todoas as fórmulas secretas dos filmes de acção, quando nas mãos das pessoas erradas pode destruir o mundo. Aparentemente, a coisa é simples, basta expô-lo/a a crianças mal educadas.
Por exemplo, num restaurante, onde há meia dúzia de pequenos índios a guinchar, a atirar comida e a correr pela sala fora, a minha filha apressa-se a acusar em tom moralista: "Oh, aqueles meninos estão a portar-se tão mal! Eu não sou assim, pois não? Eu não corro nos restaurantes e só me levanto com autorização e como tudo sem fazer fitas, não é?". 
E fica muito sentadinha, come sem dramas, e acumula, pensa ela, estrelinhas de bom comportamento. "É sim, és muito bem comportada quando queres". "Eu sou muito bem comportada e quando sairmos vocês vão ficar tão contentes e vão dar-me muitos presentes!" *. 
Coracão puro, não é? 
Espera sentada (e porta-te bem, está bem?).

*
- Não. Terás presentes no Natal, nos anos e se houver algum dia especial.
- Ooooooooooooh, mas eu queria. Nunca posso ter nada. Dói-me a barriga, não gosto desta comida, doem-me as pernas de estar sentada...

sábado, 20 de julho de 2013

Planos

Então Mirone, e planos para o fim de semana?
Fazer o que o corpo me pede.
E que te pede o corpo?
Nada!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Recordes do quê?

Vi há dias na televisão uma notícia que dava conta de que o recorde Guinness por andar 191 horas de bicicleta obtido por um bombeiro português há 30 anos continuava por bater. A notícia enaltecia a capacidade de superação do ciclista, num esforço que eu não consigo sequer imaginar. Lembro-me perfeitamente do fascínio que era, há 30 anos, ver um português inscrever o seu nome no Livro Guinness dos Recordes. Naqueles dias, entre a miudagem - e talvez os adultos, não me lembro -  não se falava noutra coisa. Havia um maluquinho a pedalar com folhas de couve na cabeça e bifes debaixo dos calções há praticamente uma semana, que ia entrar no Livro dos Records!
Quando se trata de recordes Guinness há-os para todos os gostos. Acredito que hoje em dia o difícil mesmo é encontrar um feito ou situação que ainda não tenha sido proposta à organização daquela lista.
Sim senhor, há feitos humanos verdadeiramente dignos de registo. Outros nem por isso, mas também não é por aí que vem mal ao mundo. Serão o caso do homem mais alto, o homem mais baixo, a pessoa mais velha, as unhas mais compridas, os maiores pêlos de orelhas, o arremesso mais distante de bosta, a maior maçã, a maior abóbora, o o cavalo mais pequeno, a maior omelete, a maior feijoada, o maior bolo rei, a maior bandeira humana, não posso esquecer (estes últimos grandes feitos conseguidos em Portugal, pois está claro). 
Mas depois há outros verdadeiramente, vamos lá ver, estúpidos? A organização daquela lista tem vindo, entretanto, a excluir os recordes que possam implicar risco para a integridade física e vida humana, como por exemplo a maior ingestão de determinada comida ou bebida. Também exclui das listas os engolidores de espadas e de parafusos, não vá dar-se o caso de algum de vós estar já com ideias. Ainda assim, continuamos a ter isto
isto
e isto

Recordes de quê, estava eu a dizer?




Se eu mandasse

Se eu mandasse seria tudo como eu gosto.
Se eu mandasse, não mandaria nos outros, mandaria em mim, para gostar de mais coisas e ser mais tolerante (ainda).
Mas, aparentemente, eu não mando e há mil e uma coisas de que não consigo gostar. Para dizer a verdade, em certas situações não quero mandar, prefiro continuar intolerante.

Uma e meia da tarde não é hora para uma criança de três anos estar ao sol na praia!

Pronto, era só isto. Agora vou tomar qualquer coisa para a azia...



Gosto tanto

Antes das nove...
- Bom dia, vinha deixar o carro a lavar, por dentro e por fora. Acha que ainda fica pronto esta manhã?
- Com certeza, pode vir buscá-lo por volta do meio dia.
....
Onze e pouco.
Tiriri tiriri tiriri.Âh? Da oficina? O que é que eles querem? Ainda não é meio dia.
- Estou.
- Bom dia outra vez, é aqui da Oficina
- Bom dia. Então, é para ir buscar o carro? Despacharam-se cedo, também não era preciso tanto...
- Não, não. É que estavamos aqui e vimos o óleo. Olhe, se calhar aproveitava e mudava o óleo.
- Sim, pode ser, se não vos atrapalhar muito as outras marcações, ficava já despachado.
- Pois, e entretanto via-se a correia da distribuição, que também deve estar na altura.
- Se der para o carro ficar pronto hoje, e é uma coisa que tem de ser feita.
- Então aproveitamos e damos um jeitinho à direcção.
- Pode ser...
- E os pneus? Mudamos os pneus?



Já agora pinta-se o carro, não?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mosquitos

Amanhã preciso de mandar lavar o carro. Meia dúzia (não foi bem meia dúzia, foi quase meia centena) de kilómetros na auto-estrada foram suficientes para ficar com a frente do carro numa miséria, cravejada de todas as qualidades de insectos, eram moscas, mosquitos, borboletas, abelhas...  E se custam a sair, oh se custam. 
Ainda gostava de saber como chegaram as dezenas de motards que passaram por mim na direcção do Algarve. Especialmente os que optaram por fazer a viagem só de t-shirt e colete. 

Dúvidas que me assaltam

Sim, assaltam-me! Estou capaz de chamar a polícia.

 ou




O Meu Pai devia viver em Neptuno

Hoje lembrei-me que o MEU Pai vai fazer anos no final do mês. É Meu, o Meu Pai.
Nesse dia não lhe vou escrever um texto meloso e publicá-lo aqui porque ele não lê este blog. O Meu Pai lê romances, história, sociologia, e poesia. O Meu Pai ouve música erudita.
O Meu Pai é alto, está a ficar grisalho, e tem a pele morena. O Meu Pai está cada vez mais parecido com o Seu Pai - apesar de este ter morrido muito antes de completar a idade que o Meu Pai tem hoje. O Meu Pai é um homem íntegro, honrado e trabalhador. O Meu Pai tem um nome que para a maioria das pessoas é feio, mas um dia disse-me que se estivermos atentos, o seu nome tem uma sonoridade bonita. E sim, o seu nome tem uma sonoridade bonita. O Meu Pai consegue ver beleza em todas as coisas. O Meu Pai tem olhos de azeitona como a Minha Avó, os mesmos olhos de azeitona que ela dizia que eu tinha - o formato e a cor são os mesmos, é verdade. 
O Meu Pai tem as mãos mais fortes do mundo. O Meu Pai podia ter saído de um livro. O Meu Pai fez tudo o que nos textos melosos se diz que os pais fizeram. O Meu Pai, contruiu fisgas e levou-me aos pássaros. Nunca matámos nenhum, o Meu Pai não gostava, ficávamos a atirar os seixos para o ar, ou para uma árvore, só a ver quem tinha a pontaria mais afinada. O Meu Pai levava-me todas as Primaveras a ver os ninhos novos, cheios de ovinhos. O meu Pai construiu-me um baloiço numa árvore ao fundo do quintal. O Meu Pai, construiu-me uma cabana na árvore. O Meu Pai ensinou-me a nadar no mar. Herdei do Meu Pai a necessidade de ver o mar, de o ouvir, de o cheirar. O Meu Pai mostrou-me a importância de olhar até onde a vista alcança (e o que não alcança). Com o Meu Pai pesquei ruivacos no poço do quintal Meu Avô. O Meu Pai levava-me em aventuras, escalávamos rochas, atravessávamos ribeiros, chutávamos peidos de raposa, "não digas à Mãe que te ensinei a dizer peidos, é muito feio dizer palavrões". Ainda hoje não gosto de palavrões. O Meu Pai ensinou-me o nome das estrelas e constelações. O meu pai contou-me a estória do homem que vive na Lua que leva um fardo às costas .O Meu Pai inventava e contava-me as estórias mais incríveis que algumas vez ouvi. O Meu Pai continua a construir fisgas, baloiços e cabanas para as netas. Leva-as em aventuras e deixa-as boquiabertas com as estórias que inventa. O Meu Pai ensinou-me a lançar o pião, quando já ninguém lançava o pião. O Meu Pai era o melhor lançador de pião da sua rua. O Meu Pai continua a ser um exímio lançador de pião.
O Meu Pai gosta de dizer poesia. Como o Meu Pai, também "Sonho que sou um cavaleiro andante./Por desertos, por sóis, por noite escura,/ Paladino do amor, busca anelante/ O palácio encantado da Ventura!".
O Meu Pai nunca mostrou preferências em relação aos filhos, mas fez-me sentir sempre especial. E é tão bom sentir-me especial quando se tem as irmãs e o irmão que eu tenho. O Meu Pai deu-me os melhores irmãos que alguém pode ter, os Meus Irmãos. Os Meus Irmãos também sentem que são únicos e especiais para o Pai. Tudo o que o Meu Pai me fez, fez aos Meus Irmãos. O Meu Pai escolheu dar-me a melhor mãe que se pode desejar, a Minha Mãe. O Meu Pai sempre foi bom nas suas escolhas.
O Meu Pai escolheu ter 4 filhos, quando muitos se riam e perguntavam se não tinha televisão em casa. O Meu escolheu ter quatro filhos. O Meu Pai quase não vê televisão e ri muito e com gosto. O Meu Pai tem uma família que o preenche.
O Meu Pai vai fazer anos e, se eu pudesse escolher, viveria com ele em Neptuno e nas suas luas, porque Neptuno, como o Meu Pai, é o maior planeta, tem o nome dos deus dos mares. Em Neptuno os dias duram semanas, as semanas duram meses, os meses duram anos e os anos duram décadas. E é assim que eu quero que seja o tempo que passo consigo.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Querido amigo do vizinho

Querido amigo do filho do vizinho, desmemoriado,
Eu sei que estás numa idade parva, que já te achas muito crescido e que não tens de ouvir sermões de ninguém. Sei que estás numa idade em que fica bem ser mauzão e desrespeitar regras e dizer palavrões ao pé dos amigos. Também sei que para  ti os adultos são todos uns cotas chatos. Também sei que precisas de fumar para te sentires homem. Querido amigo do filho do vizinho, lembra-te que não é a primeira vez que te peço para não fumares no elevador. Querido amigo do filho do vizinho, lembra-te que não estás em tua casa. Querido amigo do filho do vizinho, lembra-te eu não sou um dos teus amigos. Querido amigo do filhho do vizinho, lembra-te que ao pé de mim, e no edifício onde eu moro, respeitas as regras e falas como deve ser.
Querido amigo do filho do vizinho, da próxima vez que te apanhar a fumar no elevador, tiver de te repreender, novamente, e fores mal educado comigo, terei de te avivar a memória assim...

Estamos conversados?

Também já conversei com o os pais do teu amigo hospitaleiro e parece-me que tão cedo não nos cruzaremos. Sorte a tua.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Recadinho

(Mais um bonito post com a chancela Mirone Moralista)

É incrível a falta de educação de algumas pessoas.
É verdade que andamos atarefados, com trabalho até à ponta dos cabelos, que a vida só nos traz preocupações, mas não me parece que a situação se altere se formos mal educados.
Hoje, em 14 pessoas que observei durante o almoço, só duas disseram bom dia à empregada que os atendeu. Três pessoas agradeceram. Uma despediu-se dela. Nenhuma pediu, por favor. E não me venham com conversas que se o tom de voz  for apropriado o por favor está dispensado. A boa educação cabe em qualquer lado e nunca está dispensada. São duas palavrinhas, bom dia, por favor, muito obrigado, até amanhã, custa assim tanto? A vocês não custa nada, mas para a menina que vos atende faz toda a diferença.
Aos mal  educados, deixo esta linda canção, Priscilla Marie e Diz-me por favor..



Se persistirem no mau comportamento venho cá  e ponho mais!
Não têm de quê.

Juro que não estava a olhar para o seu rabo!

Esta manhã cruzei-me com uma senhora de setenta e muitos anos que conheço desde sempre. A conversa de circunstância foi a do costume. 
- Bom dia Mironinho, está tudo bem consigo? E a menina, está boazinha?
- Está tudo bem sr.ª D.ª Chatinha. E com a senhora, o joelho anda melhor?
- Cá vamos andando, como Deus quer. O joelho melhorou, mas agora é o braço, não tenho força nenhuma...ronhonhó ronhonhó.....
- Pois é, pois é, sr.ª D.ª Chatinha, ficava aqui um bocadinho mas tenho de ir. Tenha um bom dia. Um beijinho e as melhoras.
- Também vou andando, que está fresco e não trouxe casaco. Não acha que está  mais fresco?
- Sim, arrefeceu um bocadinho em relação à semana passaada.
- Bom dia Mironinho, um beijinho para si e para sua mãezinha.
- Será entregue...
E cada um toma o seu caminho. Não sei porquê olhei para trás, antes não tivesse olhado. A senhora trazia o vestido preso nas cuecas e mostrava o rabo todo. Não havia ela de achar que estava mais fresco...
Chamo-a.
- Sr.ª D.ª Chatinha, sr.ª D.ª Chatinha! Olhe, dê um jeitinho ao vestido que está preso nas cuecas... - sussurrei.
-Ah, palavra de honra! Olhe tenho idade para ser sua avó! Francamente, não tem vergonha?
 E seguiu enxofrada a sacudir o vestido. 

Há-de apanhar uma pneumonia e mostrar o rabo a meio mundo, mas Deus me livre de voltar a avisá-la de alguma coisa...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tomem nota

No banco, também para actualizar os dados da conta bancária, uma morenaça turbinada.
O funcionário, novinho e atencioso: 
- Então, se faz favor, dê-me o comprovativo de morada.
- Aqui tem. Que maçada, mas para que é isto, se eu não mudei de casa?
- Pois é, mas são instruções do Banco de Portugal, por causa do Basileia II, não é só o nosso banco.
- Só para nos fazer perder tempo é o que é.
- Então deixe-me só confirmar os restantes dados. Data de nascimento, por favor...
- 33 anos, uhhhh, portanto, 23 de janeiro de uhhh, setenta e uhhhhh, portanto, oitenta?
- Deixe estar, eu vejo no cartão de cidadão, com licença.
Pega no cartão, arregala os olhos.
- 23 de janeiro de 72...


Dois conselhos, também, deste Mirone que não dura sempre:
Escolham bem a ocasião para mentir sobre a idade. Se calhar, mas só se calhar, mentir ao banco não é boa ideia.
Se ainda assim, ponderados os prós e os contras, vos parecer sensato mentir, pelo menos façam o trabalho de casa e saibam a data do vosso "nascimento".

É de fazer parar o trânsito

O telemóvel toca. Atendo.
- Estou?
- Bom dia Mirone, é a mãe, está tudo bem contigo?
- Olá mãe. Está tudo bem. E contigo? É hoje que tens a consulta?
- É, vou sair entretanto e precisava que me fizesses um favor. Preciso que me vás ao Banco entregar um comprovativo de morada, que eles agora pedem isso quase todos os anos. Eu estou um bocadinho atrasada e não sei se consigo passar lá antes das três. Estava a pensar passar aí e dar-te um toque para desceres e entregava-te os documentos para depois tu levares. Fazias-me isso, pode ser?
- Pode, claro. Dá-me um toque quando estiveres a chegar que eu vou descendo e espero-te lá em baixo. Isto agora com as obras é difícil para parar.
Dez minutos depois, chega a minha mãe. Encosta o carro, abre a janela e:
- Estão aqui as fotocópias, entrega-mas no banco, pode ser? Olha, e se puderes passa-me na farmácia e avia-me esta receita. E passa-me no correio e levanta-me este registo, deixa-me só assinar. Espera, deixa-me só encontrar a caneta.
Entretanto, gritam das obras.
- Oh minha senhora, ande lá com o carro, não vê que está a fazer parar o trânsito!
Com a maior das descontracções, a minha mãe responde:
- Parar o trânsito? Era bom, era! Quando era mais nova chegaram a dizer-me que parecia a Sofia Loren! Agora, pffff. Pronto, faz-me isso Mirone. Um beijinho. Depois ligo-te a contar o que o médico disse.

Confirmo. A minha mãe era, e ainda é,  linda!



No carro não!

Gosto de conduzir e, na minha vida profissional, por vezes, faço largas centenas de kilómetros por dia. Porém, no dia-a-dia, tenho o privilégio de não perder muito tempo no trânsito. Trabalho perto de casa, as  deslocações não duram mais do que dez, quinze minutos, e tenho quase todos os serviços de que preciso a meia dúzia de passos.
Também gosto do meu carro, não é um maquinão da moda, não faz virar cabeças, mas gosto dele. É um discreto veículo familiar, mas que nunca me falhou.  É confortável e seguro nas viagens mais longas, anda bem, é poupadinho, apesar de notar que o depósito tem vindo a crescer (já preciso de mais de 70 euros para o atestar) e é perfeito para as voltinhas de cidade. Estaciona-se bem, apesar de ser bastante espaçoso por dentro - é incrível a quantidade de brinquedos que um banco de trás comporta, nem o trenó do Pai Natal! Gosto dele, sinto-me bem atrás do seu volante.
Contudo, há pessoas que elevam a sua relação com o carro a um nível superior. Há gente para quem o carro é uma verdadeira bolha actimel que os protege de tudo e todos, inclusive dos olhares de mirones como eu. Gente que certamente que se sente em casa dentro do seu carro.
Senão vejamos, a mãe apressada que distribui sandes aos filhos que esbracejam no banco de trás, uma menina que ajeitava as mamas no cai-cai - isto é coisa digna de um descapotável, outra que se maquilhava, homens e mulheres que aproveitam o semáforo encarnado para ler e mandar mensagens no telemóvel (hoje não vou falar sobre aqueles que o fazem com o carro em andamento), aproveitam para dar um jeitinho à barba e ao cabelo, taxistas em ritual de "higiéne oral" (alguns devem dormir de palitio na boca), vejo de tudo um pouco. 
Mas o que me intriga mesmo, não é bem intrigar, é mais enojar, é a quantidade de pessoas que aproveita o tempo em que está no carro para "limpar os salões". É vê-los ali, de indicador em riste, a coçar o cérebro por dentro. Há ali gente que podia ir para o circo. Há a li gente que a enfiar dedos pelo nariz acima faria corar o mais experiente engolidor de espadas. Depois, ficam ali a admirar o saque, olham da esquerda, olham da direita, sim senhor, cumpre os parâmetros definidos pela  União Europeia, está pronto a ser modelado. Esfrega daqui, esfregar dali, enrola, et voilá! Uma bolinha perfeita! Agora é juntá-la aos milhões que devem alcatifar o chão do carro. E, novamente, indicador em riste, enfiá-lo narina acima, um ritual que se repete...
Eh pá, que nojo, apetece-me abrir a janela e gritar-lhes "É vidro, as janelas do seu carro são feitas de vidro transparente. Não faça isso que está toda a gente a ver e é uma nojeira!". Só não o faço porque me palpita aquilo é gente para me brindar com um sonoro traque e ainda se ficar a rir, dentro da sua bolha actimel, com os vidros transparentes... e fechados!

Sendo assim, se calhar para a próxima grito mesmo.

domingo, 14 de julho de 2013

Balanço

Foi bom. Está a acabar.
Fiz tudo o que tinha pensado fazer, nada!
Estive na minha praia favorita de sempre. Herdei o gosto pela minha praia favorita de sempre do meu pai, que o herdou da mãe. A minha praia favorita de sempre tem o casario mais bonito que uma praia pode ter, nem o mau tempo lhe tira a beleza. Não "fiz praia". Não me importei. Aquele é um dos meus lugares favoritos de sempre, todo o ano, com ou sem sol.
Bebi um péssimo café num dos meus lugares favoritos de sempre. Lamentei. Desejei que num dos meus lugares favoritos de sempre houvesse bom café. O meu pai queixava-se do mesmo. Não me queixei da neblina matinal que costuma estar num dos meus lugares favoritos de sempre. Vesti um casaco e fiquei a ler enquanto a minha filha brincava no parque ali ao lado. Lembrei-me do comboio de lata. Um dos meus lugares favoritos de sempre já é um dos lugares favoritos de sempre da minha filha. Essa é uma das minhas sensações favoritas de sempre.
Não me aborrece ter de trabalhar amanhã. 

Agora sim!

Pois então, o segredo são os pés na areia e a comida, tudo cuidadosamente fotografado e devidamente instagramizado. Fotografias, não tenho, mas posso adiantar-vos qualquer coisa.
Sobre comida posso dizer-vos que ontem fui a um restaurante com uma localização excepcional e onde se come um terra e mar de lamber os dedos. Acredito piamente que o segredo é esse, localização e comida. 
Se fosse pelo serviço, noutro lugar aquele restaurante teria os dias contados. Mas aquele continua ali, de pedra e cal, há mais de 30 anos. Cá em casa chamamos-lhe o Atrasão, mas acho que o nome apropriado é Milagre. Que atraso de vida! Eita gente preguiçosa! Ontem, ainda não eram 14h30 já o dono dizia ao empregado, alto e a bom som para que toda a sala ouvisse: "Oh Bruno, esse casal de bifes que está aí à porta a ler o menu, vai lá dizer-lhes que a esta hora já não há nada para ninguém, que não são horas para se almoçar". Uns minutos depois, "Cum carago, é preciso ser-se muito estúpido, então não é que esse gajos aí ao fundo me perguntaram o que é que  leva a salada russa? Mas cabe na cabeça de alguém não saber o que é que leva a salada russa? Peçam outra entrada que saibam o que é!". Para rematar: "O que é que você disse que queria para acompanhar? Hoje o comer demora mais um bocado a vir para a mesa porque temos uma rapariguita ali a ajudar na cozinha que é o primeiro dia...". Você, o comer, o que é que se pode querer mais num restaurante?
Pés na areia. Não pus lá os meus ontem, mas enquanto almoçava vi passar cada exemplar, que metia medo. Querendo saber mais, procurem no facebook e blogs da especialidade.

sábado, 13 de julho de 2013

O calor já não é desculpa

Leitores e seguidores fiéis, isto não é convosco. Sei bem que tenho os melhores leitores do mundo. Comentam-me e tudo, referem-me nos seus blogs, não bloqueiam os comentários que faço nos seus, um sonho! Só vos posso agradecer.
Agora quem não me lê, sim estou a falar convosco, enorme mole humana... Como é? Então, duas semanas e meia de blog, mais de 60 posts e ainda não sou uma referência no Blogomundo, ninguém me ofereceu um contrato de publicidade, ainda  ninguém me quis fotografar? Não tenho hate-comments, nada? O blog não é assim tão bom, antes pelo contrário, que não mereça um comentário odioso. Começo a acreditar que este blog é ainda pior do que o imaginei, que nem para hate-comments serve.
A vossa ausência está a causar-me um enorme transtorno, têm noção? Com os meus transtornos posso muito bem, o problema é que me comprometi com pessoas, disse à Xaxia que a ajudava, se descobrisse a fórmula secreta de ter seguidores aos pontapés que a avisava. Então e agora?
Começam a faltar-me ideias. Eu já dei conselhos sobre relacionamentos, já dei dicas de moda, já falei de criancinhas, da minha e das dos outros (está bem que ainda não lhes fotografei as "tuáletes" - se calhar é por isso, que diz que agora se chamam kits, ou outfits, ainda não percebi), eu já falei de carros e futebol, já falei de sexo, já falei de música, já falei de bruxos e de sonhos, já falei de fadas e unicórnios, vejam só! Também já disse, que sim, que está calor. 
Estou capaz de fazer um post sobre comida e pés, que diz que sim, que é isso que as pessoas querem ver.
E não me venham dizer que é do calor, que já não está assim tanto!


Computer says no...

(Post da categoria "Mirone Moralista")

Quando andava no infantário um dia cheguei a casa a cantar "Como o macaco gosta de banana" do José Cid. Os meus pais simplesmente detestavam e proibiram-me de cantar aquilo, e nunca me lembrasse de cantar tal coisa ao pé dos avós. Ontem vi isto e dei um bocadinho de razão aos meus pais, não é a música mais apropriada para uma criança cantar.
Ontem também fui a um sarau de beneficiência ouvir uma criancinha de 8 anos a cantar fados. Não sou especialista em fado, é um género que não ouço muito, mas achei inapropriado. Por muito bonita que seja a voz da criança (e não era assim tão bonita, se calhar eram nervos), por muito bom que seja o fado, há coisas que é preciso compreender e sentir e é bom que aos 8 anos uma criança não sinta ou compreenda o calor dos beijos quentes em lençois ardentes. Aparentemente, e a avaliar pela salva de palmas que recebeu (com direito a encore no fim do espectáculo), só eu é que pensei assim.

Ainda assim, nada me pareceu mais inapropriado que a actuação de uma escola de dança que levou um grupo de garotas vestidas (despidas!) de prostitutas com uma coreografia que faria corar a Ana Malhoa.
Meninas de 10 anos, pouca roupa, muita maquilhagem, coreografias quase de varão?


Nota mental: para a próxima vez que quiseres ajudar, faz uma transferência bancária e fica em casa.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ainda há gente boa

Lembram-se deste desabafo? Ai, não, é a miúda que é linda (que é, há mais giras, pois há,  mas esta é minha). Cala-te lá que só por milagre alguém te pega. 
Pois que o assédio continua e não, não foi por causa da miúda, mas que deve envolver mão divina, isso deve. Às velhinhas simpáticas, professoras, meninas da óptica, florista, dona da farmácia e senhora da frutaria, juntaram-se ontem duas ciganas.
Tinha acabado de almoçar e dirigia-me com calma ao meu carro. Vindas de não sei muito bem caminham afoitas na minha direcção duas ciganas.
- Amori, amori, chega aqui que precisas de ajuda!
- Preciso de ajuda? (oh sorte macaca! Só me faltavam agora as ciganas para me chagarem o juízo)
Pegam-me na mão (Pronto, vão assaltar-me. Enquanto uma me agarra a outra leva-me a carteira, um clássico).
- 'mori, não tens que 'tar com essa cara, que eu estou a ver que que tens muita sorte e muito amori na vida! Ainda "hádes" ter muito dinheiro, está aqui. Tens um casamento feliz que vai durar muitos anos e os teus filhos só te dão alegrias.
(Então, e a linha que diz que me vão assaltar, qual é?).
- E não tens que te preocupar que a operação te vai correr muito bem, acredita nos médicos e tem fé no senhor teu Deus!
(Operação?! Querem ver que me vão raptar para tirar um rim?! Mas onde é que está um polícia quando precisamos dele?).
- Mas há aqui uma pessoa que te quer muito mal, amori! Muito, muito mal! É uma pessoa do mal, amori, muito próxima de ti, mas Deus Nosso Senhor está contigo que tu és do bem! Eu não te posso ajudar que só faço trabalhos do bem. Mas tens um santinho a olhar por ti. Só precisas de mandar rezar três missas a Santo Onofre, consolador dos aflitos. Mas não podes não é? Olha, fazes assim, deixas-me 5 éros que eu mando rezar, tá bem? Ai 'mori, que te quer tão mal essa pessoa!
- Mas eu não tenho aqui 5 euros. Olhe tenho aqui umas moedas que foram o troco do almoço, um euro e vinte pode ser?
- Pode, 'mori, pode. Vai com Deus. Que Santo Onofre te proteja!


Até tive vergonha dos meus preconceitos, pobres ciganas atenciosas, senti-me verdadeiramente uma pessoa do mal. Sabem o que vos digo? Ainda há gente boa, incapaz de fazer mal a alguém, ciganas do bem, com princípios. Ou pensavam que é só o bruxo de Fafe? Ah pois, antes revelar o nome dos clientes que desfazer o amor da Marisa Cruz, ética é ética. Gente do bem é gente do bem!


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Espiem para aí!

Eu não sei se foi do calor, se foi da novela Portas e Passos (e do recente comunicado presidencial), mas vejo aí muita gente em pânico por causa da espionagem americana nas redes sociais. Ou será só mais um dos efeitos da silly season?
Parece que, pelos autos apaixonados que vejo no Facebook, mas com certeza que os haverá noutras redes, além de termos a Agência de Segurança Nacional armada em mirone, toda a informação que passamos no facebook (fotografias, comentários, et cetera) pasarrá a ser do domínio público. Pior, para escaparmos ao olho do Big Brother vamos ter de pagar! E como é que eu posso evitar que isso aconteça? É simples, pois está claro, basta copiar e publicar no meu próprio mural uma "declaração" brasileira, que até se apoia (será?) na constituição daquele país, a dizer que nos opomos, que é um ultraje, que não senhor. E para atestar a veracidade do seu conteúdo, em jeito de nota prévia, a declaracão avisa logo que "...ACABOU DE SAIR NA MÍDIA, EXTRA OFICIAL, passou no Splash (domingo passado) e no Programa da Querida Julia na quinta-feira, no Jornal Nacional e na terça-feira, na RFM na segunda-feira, no Jornal da Noite, no sábado passado no Gosto Disto e no Corean On Line, Daqui a 30 horas os fiscais do Face darão início a busca seletiva avançada a procura desse aviso no seu mural... ". Ou seja, se publicarmos a dita declaração no mural, não só os nossos dados não se tornarão públicos, como ficaremos dispensados de pagar para que eles assim se mantenham.
Vamos lá ver uma coisa. Eu não questiono a legitimidade daqueles que se insurgem contra a intromissão dos Estados Unidos na esfera privada do mais comum dos cidadãos. Mas isso da declaração no mural é MUITO ESTÚPIDO! não o façam, a sério, não. Parem antes um bocadinho para pensar. Então era só isso? Eu não quero que os americanos me espiem, deixem-me pagar a minha quota, taxa, o que lhe queiram chamar, que fico protegido. Ai, espera, publico no mural um texto incongruente, de autoria desconhecida, a dizer que não quero pagar e assim fico dispensado de pagar a tal taxa e salvaguardo a minha privacidade.
Eu não sou de intrigas e ai de mim andar ái a lançar boatos, mas digo-vos, sei de fonte segura, acabou de sair no Ecos de Alguidares de Baixo, teve direito a um suplemento no Diário de Linda-a-Costureira, e vai passar um comunicado de 10 minutos na edição extra de logo à noite do Big Brother Vip, que se não partilharem o link do Mirone (mirone.blogspot.com, caso ainda não tenham subscrito e colocado na vossa lista de leitura obrigatória e prioritária) no vosso Facebook, Twitter, Instagram, nos vossos blogs, se não constar do vosso Google +, Linked in, registo criminal, e boletim de saúde, e na nota de avisos da vossa paróquia, vos vão cair os dentes todos e ficar com o cabelo igual ao do Fábio Coentrão. Mais, terão uma crise de hemorróidas tão grande que nunca mais na vida se sentarão noutro sítio que não um balde de gelo! Porém, se o fizerem, no espaço de 15 dias, sair-vos-á o Jackpot do Euromilhões, totobola, totoloto e lotaria (tenho informação segura do departamento de "mídia" da Santa Casa que estão a preparar o maior jackpot de sempre), conhecerão o amor da vossa vida, casarão, terão filhos lindos e inteligentes e serão abençoados com uma saúde nunca vista.
Quanto aos americanos, o Mirone não tem facebook, mas se gostam de vir ao blog, espiem para aí à vontade!

Baidauei, os russos estão a dar-vos uma coça, vai lá vai! Espreitem só as estatísticas.

Espiem para aí, mas não apaguem, se faz favor!

Então os americanos andam mesmo aí! Não sei quem é que andou a fazer queixinhas, mas apagaram-me o post dos espiões do facebook.
Vou reproduzi-lo aqui, só para ver no que dá... até me sinto importante!

Espiem para aí!

Eu não sei se foi do calor, se foi da novela Portas e Passos (e do recente comunicado presidencial), mas vejo aí muita gente em pânico por causa da espionagem americana nas redes sociais. Ou será só mais um dos efeitos da silly season?
Parece que, pelos autos apaixonados que vejo no Facebook, mas com certeza que os haverá noutras redes, além de termos a Agência de Segurança Nacional armada em mirone, toda a informação que passamos no facebook (fotografias, comentários, et cetera) pasarrá a ser do domínio público. Pior, para escaparmos ao olho do Big Brother vamos ter de pagar! E como é que eu posso evitar que isso aconteça? É simples, pois está claro, basta copiar e publicar no meu próprio mural uma "declaração" brasileira, que até se apoia (será?) na constituição daquele país, a dizer que nos opomos, que é um ultraje, que não senhor. E para atestar a veracidade do seu conteúdo, em jeito de nota prévia, a declaracão avisa logo que "...ACABOU DE SAIR NA MÍDIA, EXTRA OFICIAL, passou no Splash (domingo passado) e no Programa da Querida Julia na quinta-feira, no Jornal Nacional e na terça-feira, na RFM na segunda-feira, no Jornal da Noite, no sábado passado no Gosto Disto e no Corean On Line, Daqui a 30 horas os fiscais do Face darão início a busca seletiva avançada a procura desse aviso no seu mural... ". Ou seja, se publicarmos a dita declaração no mural, não só os nossos dados não se tornarão públicos, como ficaremos dispensados de pagar para que eles assim se mantenham.
Vamos lá ver uma coisa. Eu não questiono a legitimidade daqueles que se insurgem contra a intromissão dos Estados Unidos na esfera privada do mais comum dos cidadãos. Mas isso da declaração no mural é MUITO ESTÚPIDO! não o façam, a sério, não. Parem antes um bocadinho para pensar. Então era só isso? Eu não quero que os americanos me espiem, deixem-me pagar a minha quota, taxa, o que lhe queiram chamar, que fico protegido. Ai, espera, publico no mural um texto incongruente, de autoria desconhecida, a dizer que não quero pagar e assim fico dispensado de pagar a tal taxa e salvaguardo a minha privacidade.
Eu não sou de intrigas e ai de mim andar ái a lançar boatos, mas digo-vos, sei de fonte segura, acabou de sair no Ecos de Alguidares de Baixo, teve direito a um suplemento no Diário de Linda-a-Costureira, e vai passar um comunicado de 10 minutos na edição extra de logo à noite do Big Brother Vip, que se não partilharem o link do Mirone (mirone.blogspot.com, caso ainda não tenham subscrito e colocado na vossa lista de leitura obrigatória e prioritária) no vosso Facebook, Twitter, Instagram, nos vossos blogs, se não constar do vosso Google +, Linked in, registo criminal, e boletim de saúde, e na nota de avisos da vossa paróquia, vos vão cair os dentes todos e ficar com o cabelo igual ao do Fábio Coentrão. Mais, terão uma crise de hemorróidas tão grande que nunca mais na vida se sentarão noutro sítio que não um balde de gelo! Porém, se o fizerem, no espaço de 15 dias, sair-vos-á o Jackpot do Euromilhões, totobola, totoloto e lotaria (tenho informação segura do departamento de "mídia" da Santa Casa que estão a preparar o maior jackpot de sempre), conhecerão o amor da vossa vida, casarão, terão filhos lindos e inteligentes e serão abençoados com uma saúde nunca vista.
Quanto aos americanos, o Mirone não tem facebook, mas se gostam de vir ao blog, espiem para aí à vontade!

Baidauei, os russos estão a dar-vos uma coça, vai lá vai! Espreitem só as estatísticas.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cinderella, és tu?

Nunca percebi como é que se perdem sapatos. Não estou a falar de sapatos de bebé caídos num restaurante, no corredor de um centro comercial, que quem tem filhos sabe bem que há ali uma fase em que as pestes vivem para se descalçar e não aguentam os pés "fechados" mais que uns minutos. Estou a falar de sapatos de adultos. Como é que se perde um sapato? Vai-se a andar e não se sente que o sapato caiu? Iam de mota e não deu para parar? Como? Leitoras que gostam de sapatos, expliquem-me tudo...
Esta semana, por duas vezes, passei por sapatos perdidos na berma da estada. Na segunda feira vi um sapato velho em plena A1, um perigo para quem passasse. Hoje, numa passadeira ao pé do escritório estava uma havaiana perdida. Serão as Cinderellas dos nossos tempos?
Só me ocorre um episódio passado há uns anos com um conhecido meu. A estória é embaraçosa, mas passou-se mesmo com um conhecido, já perceberam que não sou daquelas pessoas que, quando o assunto é delicado, dizem que aconteceu a um amigo.
Ora esse conhecido, um homem dos seus 50 e alguns anos, casado há mais de 30, cansado da vida monótona que levava, decidiu procurar a companhia de duas pequenas que dançavam num bar. A noite terá sido animada a terminou comuma visita ao apartamento onde as bailarinas viviam. Satisfeita a curiosidade, apercebeu-se do tremendo erro que tinha cometido, atacado de remorsos severos,  e apostou em salvar o casamento, convidando a mulher a passar uns dias no Algarve. A mulher, encantada com a ideia, que sim senhor, que o marido andava cansado e a precisar de se distrair, levou a ideia ao patamar seguinte. E porque não convidar os compadres, que já não estamos juntos há tanto tempo. Vamos todos no mesmo carro, vamos pela costa alentejana, há-de ser um passeio bonito.
Dias depois, os quatro amigos rumavam, felizes, em direcção ao Algarve. Sucede porém que a comadre, sofrendo de má circulação e adivinhando  uma viagem demorada e quente, achou por bem descalçar-se. Pouco depois de se fazerem ao caminho, o condutor faz uma travagem brusca e, sem que ninguém se apercebesse, um dos sapatos da comadre, escorrega para debaixo do banco da frente. Uns kilómetros adiante, quando pára para abastecer o carro, o conutor apercebe-se que há um sapato de mulher entalado debaixo do seu assento. Como poderia ter sido tão descuidado? Sedento de se desfazer da prova da infidelidade cometida anteriormente, apressa-se a atirar o sapato para  debaixo o carro, deixando-o para trás.  O problema surgiu quando, chegados a Odeceixe, pararam para almoçar. Acho que ainda hoje a comadre não consegue explicar onde é que deixou o sapato.

Não estás só...

Vamos falar de futebol. Pode ser?
Era só isto.
Hoje sinto exactamente o mesmo.

Perca peso agora!

Paulo andava insatisfeito com a sua aparência, "não era aquele tipo magro e atraente". A mulher chegou a confidenciar à amigas "ele não é Cristiano Ronaldo nenhum". Aquilo não era agradável. O Paulo fez uma dieta milagrosa e perdeu 24 kg em oito semanas. O Paulo também perdeu os pêlos do peito.
Algo me diz que continua a não ser um Cristiano Ronaldo...
Isso para as mulheres equivale a quê? A não serem uma Rihanna?
Se calhar punham essas dietas malucas de lado, não?

e as babas de caracol...