... que um destes dias resolvemos ir fazer uma aventura com a Mironinho. Ela chama aventura a passeios pela floresta. Ouvimos falar num ecotrilho aqui por perto, calçámos os ténis, pusemos água, bolachas e fruta numa mochila e fizemo-nos a ele.
Pelo caminho íamos encontrando placas informativas, que lhe líamos, para que ficasse a saber mais sobre a fauna e flora daquele espaço. Tudo muito bem, à excepção de um enormes fungos, escuros, com um pó cor de mostarda.
- Não mexas em nada, Miroininho. Na natureza, devemos deixar tudo como encontrámos, não apanhes flores, não partas ramos de árvores, não mexas nos cogumelos nem ponhas nada na boca, pode ser venenoso.
Lemos placas sobre esquilos, sobre aranhas, sobre aves,
sobre borboletas, sobre víboras, sobre lontras. Sobre as mais diversas árvores, plantas, flores, sobre lagos e sobre pântanos... Mas nada sobre aqueles enormes fungos... Fotografámos tudo, para mais tarde recordar.
Ontem, em conversa com uma bióloga que dedicou uma parte boa da sua formação ao estudo de lagoas e pântanos, falámos nos estranhos fungos. Pretos, grandes, a quebrar-se, cobertos por um pó verde/amarelado. Nunca tínhamos visto nada assim...
- Com um cheiro almiscarado?
- Sei lá, não cheirámos, tínhamos medo que fosse venenoso.
- Espera, tenho aqui uma fotografia no telefone. Vê lá se sabes o que é.
-O pó amarelo é um fungo, é uma zona húmida, tem matéria orgânica, tem chovido, não está muito frio... não estão enganados. Mas não perceberam o que é o aquilo mais escuro?
Acabamos por perceber... Felizmente este não é um desses blogs, senão também vos explicava.