Falam-se línguas (translate)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

E o resto?

Ontem choveu. Está a chover. Vai chover o dia todo. Amanhã vai chover. Depois de amanhã também. Passa nos noticiários e boletins meteorológicos.
Ainda assim, há pessoas que saem de casa sem chapéu de chuva ou impermeável e andam em passo apressado na rua a tentar fugir da chuva. Elas com a mala ou um saquinho a tentar tapar a cabeça. Eles com o jornal ou só a mão um nadinha acima da testa.  O corpo pode ficar encharcado, aquele pedacinho de cabelo logo acima da testa é que não!
São tantas as perguntas que ficam sem resposta...
 
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domingo, 29 de setembro de 2013

Look in to my eyes, not around the eyes, look in to my eyes, the eyes

Ontem vi uma notícia sobre um método de emagrecimento pioneiro no nosso país: a banda gástrica virtual. Basicamente consiste em criar no doente obeso, através da hipnose, a sensação de que o seu estômago foi submetido efectivamente a uma intervenção cirúrgica, reduzindo-se assim a quantidade de alimentos por ele ingeridos.
O meu "hipnotista" favorito:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Espelho meu, espelho meu...

O que é que foi? Para onde é que estão a olhar? Nunca apanharam umas pinguinhas de chuva no cabelo?
É a circular, que não há aqui nada para ver!

Ai agora a estupidez chama-se azar? Pois...

Então Mirone, como te corre a vida?
Mal!
Oh, de mau humor logo pela manhã? Então, mas hoje é sexta feira, até te levantas mais cedo, porque sabes que quanto mais cedo começares a trabalhar, mais cedo te despachas e, com sorte, a meio da tarde entras de fim de semana!
Rrrrrr, era essa a ideia...
Então, se é assim o que é que estás a fazer em casa a esta hora?
Vim mudar de roupa que tive um azar...
Um azar? 
Sim, um azar! O que é que foi, nunca tiveste um azar com a roupa? Um azar!
Então?
Então, acontece que eu vi nas previsões meteorológicas que davam chuva e vento para hoje, que grande parte do país estava sob aviso amarelo durante esta sexta e amanhã. Mas lembrei-me que as pessoas gostam de dar nomes pomposos às coisas e de se alarmar por motivo nenhum e que o alerta amarelo é o segundo numa escala de quatro, que vem logo depois do verde (Já agora, alerta verde?! Ui tenham lá cuidado que vai estar um dia bem agradável, sem vento, sem chuva, com temperaturas amenas. Alerta verde?! Pelo amor da santa!). E que estava um dia bem bom para vestir umas calças de sarja bege! E lembrei-me que a pergunta do Mr Mirone "vais sair assim?" era perfeitamente despropositada, que nunca antes tinha dado palpites sobre o que visto, que também não seria hoje. Também me ocorreu que hoje era um bom dia para me armar em fashionista, e pensei que com aquelas calças era melhor calçar uns sapatos de salto alto, porque com calças claras e sabrinas, se uma pessoa for gorda vai parecer ainda maior e que, portanto, devia calçar uns sapatos bem altos, daqueles que alongam a perna e tiram 5 kg virtuais. De qualquer maneira vou passar o dia todo no escritório, nem tenho de andar muito...
Ãh, ãh, tiram 5 kg... fia-te na virgem e não faças dieta...
5 kg virtuais, uma pessoa endireita as costas e fica mais alta e com melor postura. Se calhar nunca ouviste isso, querem lá ver?
Então e o azar? Se até estavas mais elegante isso é uma sorte.
O azar é que os sapatos têm uma sola escorregadia, e que a escolinha da Mironinho fica numa rua inclinada, com calçada, que com esta chuva também não facilita a vida a quem anda de saltos. E afinal não eram só chuviscos como eu pensava que seriam, estava a chover, quase a chegar ao portão da escola veio uma rajada de vento que arrastou um jornal ou folheto de supermercado, ou sei lá, era um papel colorido e eu quis desviar-me num golpe de cintura. Só que trazia a Mironinho numa mão e o chapéu de chuva e a mala noutra, pus o pé em falso e estatelei-me no chão. Com toda a gente a ver! Sujei as calças beges e torci o pé!
Doeu muito, a queda?
Doeu, na alma! Agora tive de vir a casa mudar de roupa e sapatos. Se isto não é azar é o quê?
Pois, azar, agora chama-se azar...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pelos caminhos de Portugal (continuação)

... eu vi tanta coisa linda, menos a Brigada Fiscal. Pelo menos assim o espero.
Trago no porta bagagens dois coelhos (devidamente esfolados - ainda que a senhora me tenha garantido que aguentariam muito melhor a viagem com pêlo e tripas e eu os amanhasse em casa), um garrafão de 5 litros de feijão seco (com a recomendação de que o ponha no congelador dois ou três meses, para ter a certeza que não lhe dá o bicho), uma abóbora moganga e, à vontade, uns 4 kilos de figos pingo-de-mel.
Há como não gostar do nosso país e da nossa gente?

Pelos caminhos de Portugal...

... Eu vi tanta coisa linda (outras, nem por isso), vi o mundo sem igual (disso não tenho dúvidas)!
E o GPS já me indicou duas estações de combustível desactivadas. Haja cobertura telefónica! Se tiver de ficar sem gasóleo que seja aqui. Não estamos na melhor altura para comer cabrito mas a Sr.a D. Júlia não me há-de falhar. Se não der notícias nos próximos dias, não me procurem, eu hei-de aparecer, com mais uns kilos, mas hei-de aparecer.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Att: Criador

Ex.mo Senhor Criador,
Eu sei que és omnipotente e a tua sabedoria e imensa bondade não têm fim. Que em tudo pões um propósito e que esse propósito é o nosso bem. Tu que és não mais do que Amor em estado puro. 
Atende-me nesta prece.
Da próxima vez que criares alguém inteligente, culto, interessante e cheio de virtudes e coisas boas em que não consegui concentrar-me, não o desafies com estrabismo, um sinal do tamanho de uma ervilha entre as sobrancelhas e uma pronúncia sopinha de massa.
É que, parecendo que não, é uma atitude que se revela, para nós simples mortais, profundamente injusta e castigadora. Para o desgraçado inteligente, culto e interessante, que na maioria das vezes apenas é recordado como o sopinha de massa vesgo que tem uma verruga na testa e para os desgraçados (e esta desgraçada) que não sendo tão inteligentes, cultos e interessantes quanto ele têm de fazer um esforço tremendo para se concentrarem nas coisas acertadas e pertinentes que o primeiro diz.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A volta ao blog em 90 dias

Este blog existe há 3 meses, 90 dias, horas, não sei muito bem, mas a foi a meio da manhã... Na minha cabeça existe há outros tantos, nunca foi coisa que planeasse, em que pensasse, que desejasse muito. Simplesmente num dia, depois do meu "passeio" matinal pela blogolândia, decidi que também podia ter um blog. Do pensamento aos actos foram precisos pouco mais que trinta minutos. Leitores e leitoras, apresento-vos o Mirone, um blog sobre nada! 
Não se pode dizer que seja uma obra prima, mas é a minha obra primeira, com todas as vantagens e desvantagens daí decorrentes. Continuo a ter o péssimo hábito de não rever textos que escrevo por impulso e de fugida, quando tenho tempo e se me apetece (felizmente é um blog sobre nada, não preciso de assunto). Depois irrito-me porque deixei passar um erro grave, de ortografia ou de sintaxe e digo que não pode ser, que são meia dúzia de minutos, que não custa nada, que é uma questão de brio e nos próximos dois ou três posts tenho algum cuidado. Mas passa-me depressa e volto a escrever directamente no blogger, sem pensar, só porque me lembrei de uma conversa, de um lugar, de uma pessoa, porque é assim que gosto. Gosto da liberdade de escrever sobre a primeira coisa que me ocorrer, sem regras, sem planos, sem filtros (às vezes sinto que me faz falta uma certa dose de auto-censura, de freio nos dedos), sem pensar no que poderão pensar os leitores.
Os leitores. Neste campo, o blog revelou-se uma verdadeira caixa de surpresas. Este blog trouxe-me leitores fantásticos, que não me conhecem e que eu não conheço e que ainda assim escolheram ler os meus textos para ocupar o seu tempo. E trouxe-me leituras que nunca esperei (e não esquecerei). Todos têm a minha gratidão, o meu respeito e admiração, sem excepção, do mais simpático, educado e divertido até ao anónimo que de vez em quando gosta de aqui vir despejar a alma. A esse admiro-lhe a capacidade que tem de debitar idiotices por metro quadrado. No campo da idiotice, rendo-me às evidências, dá-me, como dizia o outro senhor, quinze a zero. Uma surpresa para mim, que me achava uma pessoa muito dotada nessa área. 
E é isto, o tempo passa a correr (Mirone, a constatar o óbvio desde Junho de 2013). Foram 90 dias, cheguei a duvidar que aguentasse 9, mas enganei-me e quase 200 posts depois, estou aqui de pedra e cal, firme e hirta, como uma barra de ferro ( será que o mago Alexandrino lê este blog?).

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aqui também é Outono

Não sei como é convosco, mas por aqui já é Outono. 
Convém lembrar-vos, porque além dos dias da semana e do tempo que faz, é importante haver alguém que nos diga em que estação do ano estamos. Eu agradeço sempre que me lembrem essas coisas. Também gosto que me lembrem que as estações do ano já não são como aprendemos na escola, que já não é certo que no Verão faça calor e esteja sol e que no Inverno faça frio. E que já não suportam tanto calor, que têm saudades dos dias frios, e depois que já não suportam tanto frio e chuva, que querem é sol. A mim, muito sinceramente, dá-me jeito que o escrevam nos blogs, no facebook e que o comentem em todo o lado, que façam disso conversa, porque falar do tempo que está é uma coisa que toda a gente sabe fazer (não há nada mais constrangedor do que falar do que não se sabe, não é?), é olhar pela janela e ver se chove ou se faz sol, e não ofende. E se virmos que estamos a ficar aborrecidos e que a conversa não nos interessa nem um bocadinho, podemos sempre dizer "ai, olha as horas, depois falamos" e continuamos a nossa vidinha e a outra pessoa não se sente ofendida porque lhe cortámos a palavra e fomos embora quando ela estava a falar de uma coisa importante porque, afinal, estávamos só a falar do tempo.
E por falar nisso, já viram que rico dia de Verão vamos ter (mas os magos do tempo dizem que depois de amanhã o tempo já muda). Que bom, podemos continuar a usar roupas frescas, saias, blusas sem mangas. 
Agora, uma palavrinha às pessoas que gostam de mostrar as pernas e axilas por estes dias, em especial a menina que bebeu café ao meu lado, deixo  uma sugestão para o serão desta noite. Um programinha caseiro, que as noites começam a ficar frescas (ora aí está, a converseta do tempo para encher chouriços!), que consiste nada mais nada menos em rever esse clássico do cinema ligeiro, "Karate Kid".

Sintam-se à vontade para encher a caixa de comentários com "ai, olha as horas!" e afins.

sábado, 21 de setembro de 2013

Roteiro cultural - Mirone sugere

Pessoas, pessoas, venham cá depressa, que tenho de vos mostrar uma coisa!
Os sites e imprensa da especialidade lançaram, à hora que me lêem, os seus suplementos de cultura e lazer, cheios de dicas e sugestões para o vosso fim de semana. Ele são exposições, espectáculos, peças de teatro, filmes, música, programas interessantes para fazer, a sós ou em família, os melhores restaurantes, enfim, tudo coisas fantásticas para ocuparem o vosso fim de semana.
Ora eu, Mirone, não tendo um blog da especialidade, para dizer a verdade nem sei bem como hei-de classificar este blog, não quero ficar atrás e também vos dou sugestões. E reparem , caros leitores, que são sugestões de valor. Ah pois! Depois disto que vos vou mostrar, tenho a certeza de que a percepção da vossa vida mudará completamente. Tenho a certeza de que depois disto a minha caixa de mensagens será inundada pelos vossos testemunhos de gratidão "Obrigado Mirone, salvaste a minha vida!" Mirone, a minha vida é um sonho, graças a ti!" e outras que tal, mas que a modéstia me impede de aqui escrever. É uma sugestão barata, que isto de vos mandar ir com os filhos ao Jardim Zoológico é muito bonito mas o preço dos bilhetes é o que se sabe, ainda mais se vierem de fora e fizerem as contas ao combustível e portagens. Portanto, é gratuita e  pode ser feita a sós ou em família.
O que vos sugiro é só que vejam isto, Extreme Cheapskates, originalmente emitido no maravilhoso TLC, Super Avarentos na tradução portuguesa emitida pelo Discovery Channel.
Aqui poderão descobrir as alegrias que uma vida frugal, despojada, livre de tudo o que é acessório, pode trazer.
Mentira! Aqui vão conhecer pessoas que esgravatam no lixo, que deixaram de usar papel higiénico, não lavam roupa, tudo para poupar dinheiro.  Pessoas que elevaram o conceito de poupança ao extremo. Extremo mesmo! Extrema falta de higiene, em alguns casos, extrema falta de sei lá o quê, noutros.
Garanto-vos, se depois disto não acharem que a vossa vida é um sonho, então não sei o que vos diga. A não ser, olhem, experimentem  viver como eles uma semana.
Vejam, vejam mesmo.
E, já agora, bom fim de semana!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Valha-lhe S. Fiacre

... padroeiro das ... (procurem aqui, que ainda estou enojada), e porque o blog hoje está em nojice mode, ele há gente que não se coibe de falar de tudo e com descrições tão "ricas" à mesa. Porque é que não trouxe marmita? Ou porque não se calavam as senhoras da mesa ao pé da minha?

Coisas que eu acho e não são notas de 500

O Senado francês aprovou o fim dos concursos de beleza infantis, numa tentativa de controlar a hiper-sexualização de menores. A notícia aqui.
Eu que acho muitas coisas, menos notas de 500 euros a torto e a direito, acho muito bem. Mas, senhores franceses, ainda não me esqueci da proibição do uso do véu islâmico nas escolas, não se ponham já a pensar que é tudo Ah oui, voilá, trés bien! que, achando muitas coisas, essa é uma das que acho mal.
Não conheço muito bem o mundo dos concursos de beleza infantis. Na verdade, nem muito bem nem muito mal. Mas do que me é dado a ver relativamente ao que se passa nos Estados Unidos, através do inenarrável Toddlers & Tiaras e do seu sub-produto (bota sub nisso!!!) Here Comes Honey Boo Boo, só de pensar em garotinhas hiper-mega-giga produzidas a rebolarem-se à frente do júri com os paizinhos histéricos na plateia, é coisa para me fazer encaracolar as unhas dos pés e vomitar três semanas seguidas!
Nojento!


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Atentem nos noticiários!

Se há bicheza que não suporto, além dos pombos, são as moscas. Pois que Deus Nosso Senhor criou todas as criaturinhas, está muito bem, todas têm a sua função neste mundo... Mas as moscas, as moscas... Eita criatura sem préstimo! Só serve para arreliar!
Quem me manda a mim abrir a janela logo pela manhã, para aproveitar "a fresca"?
Anda aqui uma mosca nojenta, daquelas chocas, moles, que não fogem quando as enxotamos, mas não tão chocas que as consigamos apanhar que me está a dar cabo da "psique". Que nervos!
Juro pessoas! A janela está aberta e uma de nós vai ter de sair que nesta sala não há espaço para as duas. Estejam atentas ao noticiário da hora de almoço. Quem sabe hoje ficam a conhecer a minha identidade!

Indignação?

Hoje a polícia decidiu desenvolver uma acção de fiscalização do uso de sistemas de retenção/cadeirinhas para crianças à porta das escolas. Por incrível que pareça, havia um pai verdadeiramente indignado.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

E o que eu gosto disto...

A preguiça e a inércia são para muitos defeitos terríveis. Mais, na maior parte das vezes são o espelho da irresponsabilidade e da estupidez. Coisa para andarem de mão dada a dançar à roda, felizes da vida. Ainda assim, convivia pacificamente com elas.
Por preguiça, ou "para meu conforto", como aconselham os fornecedores de serviços, pago todas as contas domésticas (energia, água e comunicações) por débito directo. Por preguiça também, e aqui não há volta a dar, é preguiça mesmo, todos os meses me esqueço de comunicar as contagens para o número indicado nas facturas. Mas todos os meses constato que me estão a ir ao bolso. E todos os meses digo que da próxima vez faço a contagem. Mas não faço. Perdão, nãofazia. No mês passado fiz. 
Este mês tenho 196 euros, ah pois, 196 euros de crédito na factura da EDP, por 8 meses sem contagens. Pelas minhas contas, é coisa para não pagar luz nos próximos 2 meses!
Senhores da EDP, um grande beijinho (vou fingir que não me senti esbulhada estes neses todos em que ficaram com dinheiro que não era vosso e que nunca irei receber juros pelo tempo em que o meu dinheiro esteve ao vosso dispor).

 







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terça-feira, 17 de setembro de 2013

A "chábe"! O dinheiro!

Mas porque é que eu escolho sempre a chave? E porque é que me sai sempre o cofre com o prémio mais ranhoso?
Pronto, era só isto... Ando com azar, saem-me os planos furados, nada de grave, mas não gosto.


Agora ide. E lembrai-vos que este podia muito bem ser um cartaz da campanha para eleições à junta de freguesia de Alguidares de Cima.

Ah, o regresso às aulas...

Setembro é mês de regresso às aulas. Para uns é mês de fazer contas à vida, são os livros, o material auxiliar, os equipamentos de educação física e roupas novas, que os miúdos crescem e as roupas deixam de servir. Para outros é mês de nostalgia, ai que saudades dos tempos de escola, do cheiro dos cadernos por estrear. Para outros é mês de caos nas estradas, trânsito "empancado" nas imediações das escolas, parece que em Setembro o regresso devia ser às escolas de condução, para se aprender a conduzir outra vez. 
Para mim é tudo isso, isso e as praxes académicas. Ah, as praxes académicas, o que eu gosto delas, não queiram saber. Ora as praxes académicas, tal como as observo na minha rua, são um fenómeno que eu considero, como é que eu hei-de dizer isto de modo a que todos percebam, estúpido, patético, no mínimo.
Senhores "doutores" - preciso de dizer mais alguma coisa a estas pessoas que depois de duas matrículas no ensino superior já exigem ser tratadas por doutor? - dizia eu, senhores doutores, ou lá como vocês, vestidos de preto e enrolados em capas grossas com este calor, vai-se a ver  foi um golpe de calor, gostam de ser tratados:
Dá para "integrarem" os vossos colegas recém chegados com menos barulho debaixo da minha janela (eu já não falo da linguagem de carroceiro, que isso é discurso de doutor, coisas que uma pessoa ignorante como eu nunca perceberá)? Ah, não, não dá, parece que há aqui na rua um café/restaurante em permanente happy-hour, com as minis mais baratas da cidade e litrosas ao preço das minis. 
É pedir muito que não deixem as garrafas da cerveja espalhadas pelo chão? Pois, também não, assim não podem contabilizar os litros de nectar de cevada ingeridos. Ehehe, três litrosas numa hora, és o maior!
Então pronto, vocês berram e bebem o que entenderem, deixam o lixo que tiverem que deixar no passeio, mas prometem-me só que guardam o vómito para a vossa casa pode ser?



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Autárquicas e telenovelas

Povo de Sucupira!
É Odorico, o vosso prefeito, que vos fala. Vamos ter uma conversinha sigilenta e reservosa. Deixemos os entretantos e passemos aos finalmentes.

Que é como quem diz, leitores, eu Mirone, me confesso.

Enquanto o país se entretem com os narizes Cutty-Sark e as monocelhas dos candidatos às autarquias do país real, eu recordo com saudade o discurso de campanha do meu autarca corrupto favorito, Odorico Paraguaçu, da novela O Bem Amado, e constato que nunca a reposição desta novela fez tanto sentido. Passa tanta porcaria nas nossas televisões, bem podiam repor este "classicão"!


E que nunca provei licor de geripapo (falha grave!).

PS - O vídeo que faltava

Falam-se línguas

Em Portugal generalizou-se a ideia de que todos temos um Zezé Camarinha dentro de nós, salvo seja, lagarto lagarto lagarto! Não temos literalmente o Zezé Camarinha dentro de nós, que isso é coisa para só se desejar ao nosso pior inimigo (sou da opinião que ao nosso pior inimigo, se o tivermos, podemos desejar tudo, não acredito na converseta "ai não, nem ao meu pior inimigo"). E também não estou a falar do Zezé enquanto galã. Estou a falar do Zezé poliglota, if you "nó uaraimin".
Recebemos turistas todo o ano, vemos filmes e séries não dobradas, temos os tradutores do google e outros que tais, de maneira que, à la Relvas style, nos convencemos de que isso nos dá equivalência ao melhor curso de línguas do mundo inteiro. Ainda que na verdade isso nos dê apenas motivos para não morrermos à fome no estrangeiro (menos mal, de qualquer forma, quando estivermos mesmo, mesmo, mesmo aflitos lá há-de aparecer um português para nos salvar - abençoada Diáspora!), soltarmos umas valentes gargalhadas quando lemos as ementas de certos restaurantes, ou queremos desesperadamente encontrar um buraco fundo para nos escondermos quando ouvimos um governante dizer, numa visita de Estado, "Portugal has wonderful wine, you must prove it". Fiquemos pelo inglês, que o castelhano, "pués" que creemos que es nuestro idioma natural, enrolamos a língua e já está. Não, não é só isso, a não ser que sejamos o Cristiano Ronaldo, a quem tudo - ou quase tudo - permito (a propósito, "Cris, que gafas tan monas!")*.
Tudo isto para dizer que nosso inglês não é tão bom como julgamos, mas não é tão mau que não nos consigamos fazer entender. Vamos acreditar que sim. Quero mesmo acreditar que sim.
Há uns dias abordou-me na rua um senhor com uns documentos do SEF na mão. Penso que me estava a pedir indicações, não percebi muito bem que língua é que estava a falar, talvez wolof. Tentei explicar-lhe, tentei mesmo, em inglês primeiro,  depois com umas palavras de francês, outras de alemão - poucas, com muitos gestos e os olhos muito abertos (como se abrir muito os olhos adiantasse alguma coisa), segue em frente, vira na terceira à direita, sobe a rua e vira à direita  e depois segue uns cinquenta metros e vê o SEF, mas se calhar não eram indicações que ele queria. Ele dizia que não e apontava para os impressos. Acabei por apontar para a praça de táxis, pode ser que algum taxista seja melhor em línguas que eu...


* É um excelente jogador, chegou onde chegou por mérito próprio e com muito esforço, parece-me um miúdo com bom coração (ponham-se no lugar dele, que nasceu pobre, veio para Lisboa ainda garoto, sem família...) e a maneira como gasta o seu dinheiro não me interessa nada.




sábado, 14 de setembro de 2013

"Suponha-mos" ou, mas o que é que isso me interessa?

Queridos leitores, hoje proponho-vos um exercício mental diferente. Vamos brincar aos consultórios sentimentais, uma espécie. Eu apresento-vos uma questão, uma espécie de dilema, que atormenta uma "amiga minha" - que eu não tenho preocupações dessas - e vocês, meus anjos, meus queridos, qual Maya, qual Maria Helena Martins, respondem. Tudo isto no plano dos "suponha-mos" (lê-se "supônha- mos" e não suponhamos).
Então vamos começar:
"Suponha-mos", que a minha amiga foi arranjar os pés porque os calcanhares estavam um bocadinho secos por causa da praia e essas coisas, que eu não faço a mínima ideia do que são, e no dia seguinte tem o almoço do 39.º aniversário de casamento dos sogros.
"Suponha-mos" que os calcanhares da minha amiga ficaram macios como os de um bebé e com a pele fininha que dá gosto.
"Suponha-mos" que, entretanto, a minha amiga viu a luz e decidiu adoptar um estilo de vida mais saudável.
"Suponha-mos" que essa minha amiga detesta ginásios e tem pouquíssima paciência para o pessoal das corridas.
"Suponha-mos" que leu um artigo que diz que caminhar pode ser tão eficaz como correr.
" Suponha-mos" que essa minha amiga até tinha uns ténis todos xpto que numa outra vez, também num momento iluminado, decidiu comprar.
"Suponha-mos" que a minha amiga acordou cedo e decidiu, sem que ninguém se apercebesse, ir fazer uma caminhada matinal.
"Suponha-mos" que até há um percurso à beira rio bem jeitoso, plano, para não cansar muito.
"Suponha-mos" que lá para o sexto kilómetro, dos oito que o percurso tem, a minha amiga começou a sentir uma moínha no calcanhar.
"Suponha-mos" que ignorou a moínha e continuou a andar, porque afinal nem estava muito cansada.
"Suponha-mos" que a minha amiga chegou a casa e viu que tem uma bolha do tamanho de uma moeda de dois euros no calcanhar.
"Suponha-mos" que aquilo lhe está a doer que se farta.
"Suponha-mos" que não consegue usar nada ali (nem tiras de sandálias, muito menos sapatos fechados atrás").
"Suponha-mos" que a minha amiga se vem queixar da sua pouca sorte.
O que é que vocês lhe diziam?
PS - a minha amiga pede-me para vos dizer que os ténis têm o tamanho certo e que usaou meias de algodão e que fez tudo "by the book" e para avisar que nem pensem mandá-la usar havaianas no tal almoço...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

I fought the law and the law wone

Já vos confessei aqui que por vezes tenho o pé pesado. Não sou nenhum Fittipaldi, como dizia o meu instrutor de condução, mas de vez em quando a coisa proporciona-se e excedo os limites de velocidade.  Um nadinha, tudo controlado. Pensava eu.
É uma irresponsabilidade, bem sei, põe em causa a minha integridade física e, acima de tudo, a integridade física de terceiros, mas quem nunca excedeu os limites de velocidade que atire a primeira pedra, eu mereço. Não ia a 180km/h, nada disso. Ia, num sábado de manhã, a 86 km/h numa estada nacional, numa recta de alguns kilómetros de comprimento e com excelente visibilidade, mas atravessada por uma estrada secundária, o que faz com que na aproximação do cruzamento o limite de velocidade desça dos 80 km/h para os 50 km/h.
- Ninguém passa ali a 50 km/h, é uma injustiça senhor guarda, são 86 km/h, não são 120. 
- Pois, mas é a lei e a placa é bem visível.
É sim, dura lex sed lex e hoje avivaram-me a memória. "sanção acessória de inibição de conduzir por um período de 30 dias suspendendo-se a execução da mesma por um período de 180 dias". 
Ainda se tivesse a "pinta" dos Clash, podia ser que me servisse de consolo. 





É sexta feira

Sim, leitores, é sexta feira. Ora, não têm de quê, eu também gosto que me lembrem essas coisas. O dia da semana, o estado do tempo, se está frio ou calor, esses pequenos detalhes, pormenores que escapam a muita gente. Acredito que não seja uma questão de gostar ou não gostar, é uma questão de necessidade. De outra forma, como poderia eu saber em que dia da semana estamos? Se está a chover ou a fazer sol?
Ainda ninguém se lembrou de me dizer que números vão sair no euromilhões - outra coisa que nunca sei (também vos acontece?), mas se souberem, não se acanhem.
Então pronto, hoje sou eu a lembrar-vos. Já vos tinha dito que dia era no início da semana, agora digo também no fim. 
É sexta feira! Ah, o tempo passa a correr quando fazemos o que gostamos, tudo o que é bom acaba depressa, não é? Não cumprir horários (ficamos sempre mais tempo do que o previsto), aturar os clientes chatinhos, a impressora que decide precisar de tinteiros exactamente no momento em que precisamos de imprimir 927 páginas - ainda hei-de inventar uma impressora que mude os tinteiros sozinha, vou tomar nota no meu caderninho das ideias. Os clientes que pensam que somos o pai Natal e nos pedem tudo e mais alguma coisa. Pai Natal?
Ah! O Natal! Está mesmo aí à porta (para o caso de também precisarem que vos lembrem)! Viva! Viva!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Arlindo Orlando <3 Sónia Sandra!


Muitos anos depois, e já na companhia de Célio Celso, Sónia Sandra haveria de recordar a noite fria em que Arlindo Orlando a pediu em casamento. Sim, adoro Gabriel Garcia Marquez!
Corria o ano de 2001 e Sónia Sandra acordara naquela madrugada gelada de Janeiro cheia de planos para um dia que se adivinhava longo. Haveria de se fazer à sua querida A1, enfrentar o nevoeiro e o frio para na velha Universidade ter um cansativo dia de aulas, que começaria às nove da manhã para só terminar às seis da tarde. Regressaria depois a Lisboa onde o seu namorado Arlindo Orlando e conservadora família a esperavam para um jantar comemorativo do seu (Arlindo Orlando) aniversário.
O dia adivinhava-se longo, portanto, mas a perspectiva de o terminar nos braços do seu amado assegurava-lhe todas as forças de que precisava. Sónia Sandra era uma jovem mulher feliz!
Como jovem mulher feliz que se sentia, nem o triste episódio do furo daquela manhã, abalava o sentimento de plenitude que a invadia. Nem o facto de, atrasada que chegou, só ter conseguido estacionamento numa ruela estreita, atrás da Faculdade. Nem a omelete gordurosa que comeu num snack-bar ali ao lado, à hora de almoço, e que pagou com as poucas moedas que lhe restavam na carteira (mas onde está uma caixa multibanco quando precisamos dela?). Nem o ardor, primeiro ligeiro, depois mais forte que sentia no olho esquerdo. Sónia Sandra estava feliz, corria-lhe a vida de feição.
No fim das aulas, correu ao WC para trocar de roupa e aprimorar a maquilhagem. Arlindo Orlando reservara mesa num badalado restaurante e Sónia Sandra não queria apresentar-se com os discretos jeans e cara "deslavada" com que comparecera nas aulas. Ademais, queria estrear o vestido preto (Carolina Herrera, se não estou em erro) adquirido recentemente numa promoção irresistível do El Corte Inglés de Vigo (nem uma palavra, é um destino tão válido quanto qualquer outro) na última passagem de ano. Caramba Sónia Sandra, aquilo do vestido preto funciona mesmo. Pareces uma senhora, elegante, sofisticada! Ooops! Uma malha nos collants (Sónia Sandra até podia sentir-se uma senhora sofisticada, mas as suas nádegas não se compadeciam com a aragem fria de Janeiro, por muito sensual que lhe parecesse a ideia de usar meias e cinto de ligas em vez de collants)! Não havia problema, Sónia Sandra, além de jovem mulher feliz era também previdente e levara consigo um par suplente. Collants rotos no lixo, collants novos nas pernas, aproxima-se do espelho para se maquilhar. Oh não! O ligeiro ardor que sentira no olho a meio da manhã e que começava a tornar-se mais incomodativo ao longo do dia era nada mais que uma conjuntivite! Imediatamente tirou as lentes de contacto e pôs os seus óculos. Deu uma cor às maçãs do rosto, passou baton nos lábios e não arriscou sequer uma máscara de pestanas. Nunca tinha tido conjuntivite, mas sabia que não era coisa para se brincar. Usaria os seus óculos pretos, de massa, os únicos suficientemente fortes para suportarem os pirex que usava como lentes (que triste é ser-se míope desde os 10 anos). Sónia Sandra quis acreditar que os óculos lhe conferiam até um certo ar intelectual. Não, não haveria de parecer mal no jantar de aniversário de Arlindo Orlando. 
Confiante e em passo apressado (entre outras habilidades Sónia Sandra era perita em enfrentar calçadas antigas e irregulares de saltos altos), que em Janeiro às seis e meia já é noite, dirige-se ao carro. Novo contratempo. Esquecera-se de recolher os espelhos retrovisores, erro crasso numa rua estreita, já devia saber, e alguém lho tinha partido. Sem medos Sónia Sandra, és uma mulher decidida e independente! Pancadinha daqui, jeitinho dali e o espelho, outrora pendurado por um fio, estava perfeitamente encaixado no lugar de onde nunca deveria ter saído.
Seguia agora tranquila na A1. Dentro de duas horas poderia beijar o seu querido Arlindo Orlando. Logo depois de Condeixa o retrovisor começa a dar sinais da sua frágil condição. Abrandou a velocidade, Ainda estava com tempo. A 120/130 km/hora chegaria bem a tempo do jantar. O abrandamento, porém, não foi suficiente e, na área de serviço de Pombal, teve de sair e voltar a encaixar o espelho. Aguentaria até perto de Leiria, onde voltou a parar para consertar o espelho. Ao chegar a Fátima já o espelho estava novamente pendurado. Tinha de arranjar outra solução. Parou na área de serviço de Santarém. É incrível, no meio de tanta bugiganga à venda nas lojas de conveniência nem um único rolo de fita cola! Mas o espelho não podia seguir pendurado, iria estragar-lhe a pintura do carro, além do perigo que representava. Sónia Sandra teve então uma ideia que, sabendo disparatada, era a única que lhe parecia exequivel. Maldisse-se por ter deixado os collants estragados no cesto do WC da Faculdade. Ter-lhe-iam sido tão úteis. Bonito! Está a pôr-se uma chuva miudinha, era mesmo o que eu precisava para a viagem. O meu cabelo! Estiquei-o esta manhã! Estava tão lisinho. O que tem de ser tem muita força Sónia Sandra! Dirigiu-se ao WC, tirou os collants e improvisou com eles uma amarra para o espelho. Já não mexe! Amanhã logo procuro uma oficina que me encaixe o espelho como deve ser. Agora é prego a fundo que ainda tenho de passar num centro comercial a arranjar meias. 
A restante viagem, efectivamente, correu bem e sem outros sobressaltos. Não foi tão rápida quanto calculou, por causa da chuva, e apesar do ar curioso do portageiro quando o viu, o espelho aguentou-se no seu lugar. Estava a passar o aeroporto quando o telefone toca. Era o seu amado Arlindo Orlando, a saber se ainda demorava, que já só faltava ela, Sónia Sandra. Estou a chegar, estou mesmo a chegar.
"Voou" como pôde até ao restaurante. Rezou para que ninguém reparasse que não trazia meias e com a segurança possível entra no restaurante.
À sua espera, Arlindo Orlando, acompanhado dos pais, irmão, cunhada e avó, recebe-a com um abraço apertado. Sónia Sandra era novamente uma jovem mulher feliz.
- Agora que chegaste, meu amor, e aproveitando o facto de ter a família comigo, quero dizer que és a mulher mais bonita que já vi e que o maior presente que me podias dar neste aniversário é aceitares passar o resto da tua vida a meu lado.

E foi assim que Sónia Sandra, sem meias, de cabelo frisado, óculos com lentes de fundo de garrafa e olho de goraz com uma semana fora do frigorífico, soube que era junto de Arlindo Orlando que queria envelhecer, com os Igor Romeu e Petra Priscila que Deus lhes quisesse dar.



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Bastardo?!

Leitores, chamem-me tudo, mas ainda estou de boca aberta com o que acabei de ouvir que tive de vir aqui contar. Eu sei que é, muito provavelmente, um preciosismo meu, a palavra existe, goste ou não dela, mas soou-me tão mal.
Esta tarde, quando fui buscar a Mironinho, dei com esta conversa:
- Olá! Entãoooo?! Sempre conseguiste vaga para a Luisinha, que bom!
- Pois, consegui. Dá-me tanto jeito!
- Então a Luisinha deve ser da turma do Francisco, filho do Rui.
- Filho do Rui?
- Sim, um bastardo, que ele teve já depois de estar com a Paula...

Bastardo? Em 2013, senhoras?


Onde é que eu arranjo uma receita a esta hora?

O amor não escolhe idades, já todos nós sabemos (sabemos, não sabemos?), mas quando se lembra de escolher uma hora, a coisa pode tornar-se um verdadeiro drama.
Ontem antes de ir para casa tive de passar na Farmácia e pude testemunhar como a sorte pode ser madrasta no que diz respeito à escolha da hora do amor.
Dizia um senhor já entradote, entradote mesmo:
- Oh Aninha, mas a menina  já me conhece há tantos anos, olhe que desde que vocês abriram nunca mais fui a outra farmácia... Eu depois trago-lhe a receita.
- Não posso senhor Ribeiro, preciso mesmo da receita.
- Oh Aninha, mas ainda na semana passada levei o Norvasc e não me pediu nada.
- Mas o senhor toma Norvasc há tantos anos, eu sei que traz sempre receita.
- Está a ver Aninha, eu trago sempre receita.
- Não posso senhor Ribeiro. Ainda mais é cardíaco. O senhor não vê as notícias? Olhe que já houve gente que se sentiu mal. Falou nisso ao seu médico assistente? Se cá estivesse a Doutora...
- Oh Aninha, mas já viu as horas? Onde é que eu arranjo uma receita de Viagra a esta hora? É que se for às urgências demoro a noite toda até ser atendido. Não há então um genérico ou assim, que não precise disso?

Entretanto chamaram o meu número, mas fiquei com pena do senhor Ribeiro. Tanta persistência devia ser compensada.




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Porquê???

Mães que vão levar os filhos à escola de pijama (queria tanto acreditar que não é pijama, mas um fato de treino) e chinelos de quarto, côr de rosa, felpudos, não dá para enganar (se fossem havainas, uma pessoa ainda dava o benefício da dúvida em relação ao pijama que se calhar é roupa desportiva, mas assim fica difícil), isso tudo é descontracção, "quero lá saber o que os outros pensam da minha maneira de vestir, desde que esteja confortável e bem comigo mesma, gente fútil e obtusa que só sabe criticar a roupa dos outros, de qualquer maneira é só para o levar ao portão, ninguém vê", ou é puro desleixo?
 

E não venham com conversas que agora é moda e muito chique vir de pijama de seda para a rua, porque isso que vocês estavam a usar não era seda. E mesmo que fosse!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

É segunda feira!

São pouco mais de 9.00, saí de casa com um bocadinho mais de tempo, para organizar a semana e, mesmo sem ter feito nada (escrever isto não conta), já sinto que salvei os pandas da extinção!  Lidar com algumas pessoas cansa!
E estás feliz Mirone? Sentes-te bem? Achas que o mundo ficou um lugar melhor para se viver?
Não, mas sinto que já foi um lugar melhor para estacionar.
Juro pessoas, eu pensava que aquelas discussões idiotas sobre estacionamento eram uma ficção, um exagero, situações que se contavam em tom anedótico entre os colegas de trabalho. Mas parece que não, há pessoas que levam muito a sério a escolha do lugar onde deixam o carro. Mais, parece que os lugares de estacionamento se adquirem por usucapião.
"Comássim"?, perguntam vocês.
O seguinte episódio é pura realidade. Qualquer semelhança com a ficção é pura coincidência.
Ao sair do carro, grita-me da janela de um primeiro andar, um senhor que me pareceu na casa dos 40 anos, novo, portanto.
- Psst, psst, olhe que vai ter de tirar o carro daí.
- Desculpe...
- Vai ter de tirar o carro daí.
Olho para cima, para os lados, para baixo, não vejo um único sinal de que seja proibido estacionar ali.
- Tirar o carro? Então porquê?
- Porque eu é que costumo deixar aí o carro.
- Mas o seu carro não está aqui agora, estaciono eu.
- Não está mas vai estar, que daqui a pouco a minha mulher está a chegar que foi só levar o garoto à escola e precisa de estacionar o carro.
- Pois, mas olhe que este estacionamento é público, não vejo aqui nada que diga que este lugar é reservado.
- Não vê mas havia de ver. Ou não viu também que eu é que ponho aí o carro todos os dias? 
- Pois, mas hoje eu cheguei primeiro, fiquei eu com o lugar.
- Mas eu moro aqui há mais de 15 anos! Tire daí o carro! Olhe que vamos ter chatices! Esse lugar é para a minha mulher! Vá pôr o carro na rua de trás que há lá muitos lugares!
- Mas a sua mulher tem algum problema, uma dificuldade em andar, que precise mesmo de pôr o carro aqui?
Garanto-vos que ainda estava a tentar perceber o que se estava a passar.
- Mas quais problemas, pá? Está a insultar a minha mulher? Tire daí o carro, que ela está quase a chegar.
- Não, não vou tirar. Vai ter de arranjar outro lugar. Tenho de  ir que estou com pressa.
- É que isto não fica assim está ouvir? Amanhã a gente vê quem é que se fica a rir! Olhe que o último a rir é o que se ri melhor!

Tanto urso fofinho em extinção e ninguém acaba com estes...


Actualização das 14.00: "Medricas" como sou, fiquei a matutar no que me disseram a Izzy e a Sheila Carina e durante a hora de almoço tirei o carro (sem sinais de vandalismo). Só que só arranjei lugar no fim do mundo e quando cheguei ao restaurante onde costumo almoçar  já só havia mesa debaixo da televisão e é horrível almoçar com a sensação de que está toda a gente a olhar para nós, mesmo sabendo que não. Eita, vidinha insignificante, a minha...

Actualização do dia seguinte: Agora está lá umVolkswagem branco (ontem à tarde era um Opel cinzento). Hum... sou "chonhinhas", não sou "choninhas", muito, pouco ou nada, sou "choninhas", não sou "choninhas"...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Javardices ou "ao que isto chegou, senhores!"

Como já é do vosso conhecimento, o Blogger e eu temos uma relação tão intensa quanto tensa. Gosto dele e acredito que ele também gosta de mim. Mas meu amadorismo e "nabice" inata chocam com a sua vontade própria. E se é vontade do blogger que às 19.00 do dia 5 de Setembro sejam 9.00 do dia 6, pois, obviamente ganha o mais forte, o Blogger.
Ainda assim, e porque acredito no sentimento que nos une, não desisto à primeira contrariedade, e fui ver o que se passava. Não percebi como aconteceu, alguém me explique, por favor. 
Entretanto, exploro definição daqui, exploro definição dali e dou comigo nas minhas amadas estatísticas, outra vez. Deixa cá ver como é que as visitas têm dado com este canto, deixa cá ver o que procuram elas.
E, outra vez também, dou com os "gays a terem sexo nas estações de serviço" e "taradas" na lista das palavras-chave de entrada. Fico com pena de não poder ajudar esses leitores, de não lhes poder fornecer a informação que desejam. Cada vez mais me convenço que o nome Mirone foi uma péssima escolha. Será a minha cruz...
Mas há outra informação, igualmente útil e rigorosa, sobretudo rigorosa, que posso partilhar com os leitores. 
Por exemplo, que as galinhas e os humanos partilham 60% dos genes. Quererá isso quer dizer, que algures no tempo, tivemos antepassados comuns? Eu, pessoa com forte queda para a idiotice, ponho-me imediatemante a pensar na hipótese de ter uma tetaratetaratetaravó de linda plumagem branca. Uuuuuhhhhg. Isso é nojento! Que falta de sensibilidade, de respeito, de tudo, Mirone! Bateste no fundo!
Sou bem capaz de ter batido no fundo, mas nunca se sabe quando é que alguém interessado em bestialidade pode passar por aqui.


Momento "Isto é tão mau, mas tão bom" do dia

Jovem, se tens velas junto a álcool, não dances contra a porta!


Yupiiiiiiiiii!

Hoje ao fim da tarde há reunião de mães (e dois ou três pais) na escola da Mironinha. Há lá programa melhor para o fim de tarde de sexta feira?

Mas está tudo maluco?

Disclamer - em estrangeiro, para parecer que sei coisas, falo línguas e isso: 
Não li nenhum dos livros da triologia das 50 Sombras de Grey. Por nenhuma razão específica. Não se proporcionou e nem os rios de tinta que correram sobre o assunto despertaram em mim a vontade de que tal se proporcionasse (o que não quer dizer que não venha a acontecer, que o futuro a Deus pertence, não é assim que se costuma dizer?).

Evidence - estão convencidos? Aquilo de falar línguas e saber coisas? Não?:
As petições são um maravilhoso mundo novo, há-as para todos os gostos e com todas as finalidades e propósitos.

Foi criada uma petição on-line a exigir a substituição dos actores escolhidos para a adaptação ao cinema do livro. Saiba mais aqui.

Podia dizer-vos tantas coisas sobre o assunto, mas só me ocorre uma.

Mas está tudo maluco, ou quê?


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Oito

Oito.

Oito é o número natural que sucede o sete e precede o nove.
O 8 é um número composto, que tem os seguintes factores próprios: 1, 2 e 4. Como a soma dos seus factores é 7 < 8, trata-se de um número defectivo.
8 é o cubo de 2. O próximo cubo perfeito é o 27.
Pode ser escrito de forma única como a soma de dois números primos:  8=3+5
É considerado o número da sorte chinês.
8 de lado é o símbolo do infinito.
O oitavo dia do mês era consagrado, em Atenas, a Posidão, porque 8 é o primeiro cubo de um número par e o dobro do primeiro quadrado, representando, assim, a natureza firme e constante deste deus.
 (Fonte)

Oito é o número de anos que passaram desde que estás a meu lado. E tudo parece fazer tanto sentido.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Valha-me Santa Apolónia...

... padroeira dos dentistas!
Estava e ver esta notícia e, não contente com a fotografia do simpático peixinho, pacu de seu nome, decidi "googlar" mais umas quantas.
Jesus, Maria, José! Figas Diabo!  Não dava para o peixe ter uma boca mais bonita?
Isso de morder testículos não deve fazer muito pela saúde oral do pacu...

Rebelde com causa

Lentamente, o corpo começa a dar-me sinais de que já não tenho a resistência que tinha há uns anos, quando fazia os disparates que entendia e ainda assim mantinha a frescura de uma alface orvalhada. Lentamente, o corpo começa a dar-me sinais de que a alface orvalhada caminha a passos largos para couve lombarda velha, dura, enacarquilhada. Lentamente, hoje, tudo à minha volta acontece lentamente, muito lentamente.
Ontem deitei-me tarde. Hoje levantei-me cedo. Não preciso de dormir muitas horas para ficar bem, mas hoje estou realmente a ressentir-me. As sestas durante as férias deram cabo do meu bio-ritmo. Mas isso faz-se em duas semanas? Comigo fez-se. Aquelas duas semanas de sestas e uma noite de três horas. 
Já bebi vários cafés, um ao pequeno almoço, outro a meio da manhã e outro a seguir ao almoço. Gostava tanto de ser daquelas pessoas que ficam cheias de energia quando bebem café. Mas não, comigo o café parece que tem o efeito de um copinho de leite quentinho antes de deitar. 
Desde a hora de almoço que me encontro nesta modorra, que moleza,  apetece-me dormir. L-e-t-a-r-g-i-a... Tento pensar em mil e uma maneiras de acabar de vez com este sono, mas só me ocorre uma solução e logo a mais básica - que é dormir mesmo. E onde? Como? Que disparate, vou lavar a cara com água fria, beber outro café que passa. Não passa, estou a dizer-vos. 
A moleza, essa rebelde, quem diria, não me dá tréguas.





terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dúvidas existenciais

Há muitos, muitos anos, era eu uma criança... Não Mirone, que coisa tão básica, assim não.
No tempo em que os animais falavam... Também não. Ainda não é isto. Adiante.
No nono ano, fiz testes psicotécnicos para tentar perceber que área de estudos deveria  seguir. O resultado não foi uma surpresa. Artes! Temos artista, dizia o relatório. Bem, dizer, dizer, com as letras todas "temos artista", não dizia, mas sim, o meu futuro poderia passar por qualquer profissão ligada às artes e à criatividade. Como dizia, não era surpresa. A minha mãe ainda hoje conta orgulhosa que no fim da primeira classe a professora lhe pediu se podia ficar com um dos meus cadernos, porque "nunca tinha visto um tão limpinho e com desenhos tão perfeitinhos" (sic). É verdade, tinha a letra muito perfeita, minúscula (usava sempre um lápis muito afiado, ou, Tcharam!, o que mais nenhum colega tinha, uma lapiseira como as que via o meu pai usar e não descansei enquanto ele não me deu uma), pouco carregada, de maneira que quando precisava de apagar não ficavam aqueles borrões cinzentos. Os desenhos eram sempre perfeitinhos, com muitos pormenores, pintava sempre se sair dos contornos e não pintava as superfícies grandes "aos santos" (a professora dizia que pintar em diversas direcções era pintar aos santos). Mais tarde, os cincos a educação visual e a trabalhos manuais eram presença mais que garantida na minha pauta de avaliações. Três períodos por ano, cinco anos seguidos, lá estavam eles. Não falhou um único. "E olha que não costumo dar cincos no primeiro período!", diziam os professores. Leitores professores, peço-vos, eu que não percebo nada de pedagogia, se os vossos alunos tiverem excelentes notas no primeiro período dêem-lhe cinco. Um quatro injusto só porque não costumam ou não gostam de dar cincos no primeiro período é uma estupidez.
"Belas Artes? Arquitectura? Design? Que te parece Mirone?". 
Não! Nem pensar! Mas estão todos tolinhos, ou quê?! Tinha de medo do vazio de ideias. E se um dia me faltam ideias, se tenho uma branca de criatividade que dure para sempre? Uma pessoa pode ter uma técnica fantástica, ser um exímio executor e ser um péssimo criador. E se tenho de ir dar aulas de educação visual? Dar aulas é que não, que é preciso gostar muito e eu não sei se vou gostar de aturar alunos mal criados.
Não segui artes, mas continuei a gostar de fazer umas coisas, nomeadamente, pintar.
Há uns anos, estava em casa a "aboborar" e lembrei-me de ir pintar um bocado. "Boa ideia, Mirone! Já não pinto há uns tempos, estão aí os pincéis e as tintas e até estou aqui com umas ideias"... Pincelada para cá, pincelada para lá, muita técnica "del borrón" - uma técnica difícil exclusivíssima que desenvolvei - e, na minha ideia, ao longe e com os olhos semicerrados (ou sem óculos, sou míope) aquilo deveria ser a cara de uma gueixa, espécie, "coise"...  Não desgostei do resultado. A verdade é que o quadro me tem acompanhado pelas casas onde morei e ocupa um lugar de destaque no meu escritório de casa. 
Há dois ou três anos, numa festa de anos da Mironinho, convidei a família toda. Entre amigos e familiares, eram, seguramente, umas quarenta pessoas! Espalharam-se por onde puderam. A criançada no quarto, a brincar. As mães e tias pela cozinha a querer ajudar em alguma coisa. Os restantes adultos pela sala, pelo corredor, pelo escritório.
Entretanto, vem uma tia, a irmã mais velha do meu pai, que me puxa para si: 
- Ai Mironinho, estava ali no teu escritório e tens ali um quadro tão lindo. Foste tu que pintaste? Não está assinado. Se foste, vê-se bem que saíste ao nosso lado da família. Fico tão orgulhosa.
Com uma ponta de vaidade, por outro lado pensado "mas que raio quer ela dizer com vê-se bem que foste tu que pintaste", pergunto:
- Qual? Pintei vários.
- Aquele grande, o da Natália Correia! Sais ao teu pai. Do nosso lado da família sempre gostámos muito de poesia!

E pronto. De uma assentada percebi que fiz a escolha certa quando decidi não seguir artes. Que é igualmente acertado não assinar os quadros (Mas estás a assinar o quê Mirone? Deves pensar que tens aí uma rica obras, deves). Que sim, saio ao meu pai, gosto de poesia.
Agora estou aqui, a tentar agendar uns posts e estou com "uma branca". O vazio que tanto temia. Deixem-me olhar mais um bocadinho para a Natália Correia a ver se me inspiro.





segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Se tu visses o que eu vi, fugias como eu fugi (e rias como agora estou a rir)

Tenho ideia de que todas as cidades têm o seu "maluquinho" de serviço. Se calhar, para não ferir susceptibilidades, devia chamar-lhes cidadãos portadores de doença mental e/ou déficit cognitivo. Normalmente são inofensivos, mais ou menos educados, e alguns, de certa forma, chegam a ser "acarinhados" por quem se habitua a vê-los. Estou a lembrar-me, por exemplo, do "Emplastro" do Porto, acho que se chama Fernando, desculpem-me, não sei o nome.
Mas eu, Mirone, morro de medo destes maluquinhos. Morro mesmo. Falta-me o ar, o coração dispara, foge-me o chão. Clinicamente suponho que os encontros com maluquinhos me deixem à beira de um ataque de pânico. Por isso, sempre que me cruzo com um faço um esforço tremendo para racionalizar "calma Mirone, ele não te vai fazer mal, não olhes, finge que não ouves, finge que não vês, segue a tua vida que ele seguirá a sua". E tem corrido bem.
Acho que fiquei assim quando, há uns 10 anos, me entrou um maluco no carro. Tinha ido deixar o meu irmão ao terminal da rodoviária e, enquanto ele sai por uma porta, o maluco entrou pela outra. "Leva-me ao shopping". O homem fedia, é só do que me lembro! Eu tremia como varas verdes e não conseguia articular uma palavra, apesar de já o conhecer "de vista" e saber que era inofensivo, uma criança em ponto grande. "Leva-me ao shopping... vá lá, faz favor" choramingava. E agora o que é que eu faço? Pensa Mirone, pensa! Tive ali morte cerebral, de certeza, porque não pensei e fiz o que fiz. Eu não vos digo que morro? Levei-o quase até ao shoping (era próximo e ficava no meu caminho). Pedi-lhe que saísse e ele saiu. Agora penso que se lhe tivesse pedido que saísse logo no terminal, teria saído, mas nunca o saberei.
Hoje, a coisa não foi melhor. Ou melhor, foi pior. Encontrei outro maluquinho. Já deve ser velhote, lembro-me de o ver desde quase sempre. A "pancada" deste é ser sinaleiro. Normalmente anda por dois ou três cruzamentos a orientar o trânsito.
Acontece que hoje tive de ir à Junta de Freguesia que fica, precisamente, junto a um cruzamento por onde ele costuma parar. "Calma Mirone, segue, finge que não o vês, finge que não o ouves". Ele esbracejava, gritava "Avance, avance! Páre, páre!" aos carros que passavam. Estava no passeio oposto ao meu, tudo pacífico, portanto. Só que quando eu vinha a sair, vejo-o a gritar "Uou! Uou!", a mandar parar os carros e a atrevessar a estrada a correr, na minha direcção. Pronto, é desta Mirone, ele vai atacar-te, já foste! O que é que eu faço? Não me posso defender. Ele é velhote, com os nervos com que estou, sou capaz de lhe dar uma sova tão grande que o deixo estendido (que uma pessoa "com os nervos" vai buscar forças não sabe bem onde). Eu não quero ir para a prisão por causa de um maluquinho. Não quero ir para a prisão. Por motivo nenhum. Ponto final. O que é que eu faço?
Grito de medo e começo a correr também, na direcção do estacionamento. E quanto mais eu corria, mais ele corria, mais ele gritava. "Uou! Uou! Tá a ouvir?". E eu gritava também. E corria! Chego ao carro. Agora a chave? Onde é que está a chave! E ele grita mais. Vai alcançar-me antes de eu entrar e me trancar lá dentro. Pronto Mirone. É o fim! Adeus mundo...
Uou! Uou! Tá a ouvir? Diga-me uma coisa. Estava lá o Presidente? Ainda não o vi hoje, e o carro dele também não está cá.
Todas as cidades têm o seu maluquinho de serviço. A minha, hoje, teve dois!

Como é que é aquilo dos espelhos ou dos nossos retratos e das costas do outros?

E depois as pessoas chegam de férias, felizes e entusiamadas, de baterias carregadas e falam, falam, falam, falam e falam mais um bocadinho. E eu  oiço, oiço, oiço, oiço e oiço mais um bocadinho. E sorrio, sorrio, sorrio, sorrio e sorrio mais um bocadinho. E abro muito os olhos e vou dizendo que sim com a cabeça. E parece que viram a luz e assim é que é e assim é que se faz e eles é que sabem e nunca ninguém se lembrou daquilo que eles se lembraram. E eu penso que se calhar bastava "googlar" ou ir à wikipedia para perceberem quem descobriu a pólvora. Mas penso mais um pouco e percebo que isso não os faria mais felizes, nem a mim, que também não a descobri. E penso que se continuar a sorrir e a dizer que sim sou capaz de ficar com caimbras. E que se calhar também sou assim e nunca me dei conta. E que aquilo do monday blues e da depressão pós-férias é verdade e que daqui a pouco vai "bater" e que é só uma questão de minutos, horas e depois tudo volta ao normal. E sorrio, genuinamente sorrio.


domingo, 1 de setembro de 2013

e da minha desgraça

E no dia primeiro do mês de Setembro do ano da graça do Senhor de 2013, ouvi a "Piradinha".
Já a caipirinha, estava bem boa.