Falam-se línguas (translate)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Noutro tempo a bizzaria...

E fatos de Carnaval? As vossas criancinhas já vos comunicaram de que é que se querem mascarar este ano?

Detesto Carnaval.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"Like a boss"

Melhor, mas muito melhor mesmo, do que ir a oitenta na faixa esquerda da auto-estrada é ir bem no meio, a fazer mira ao tracejado, uma roda na faixa da esquerda, outra na faixa da direita.
Ahhhh, assim sim, o céu é o limite.

Let the games begin!

Ontem acabei por jantar com a melhor amiga que me podia calhar em rifa de todos os tempos.
- Mirone, estive a pensar e acho que não deviamos deixar em branco um momento tão importante das nossas vidas. Em Outubro fez vinte anos que nos conhecemos. Temos até Outubro para celebrar.Tenho tantas ideias!

Mudámos tanto. Não mudou nada.
Mudou tanta coisa. Não mudámos nada.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

É que até eu casava comigo, ó se casava!

Meio-dia. Toca o telefone. É Mr. Mirone. Dengosa, atendo:
- Estou, olá.
- Olá. Olha... o que é que fazes ao almoço?
- Diz-me tu... tens alguma coisa em mente?
- Tenho.
- Mas vê lá que não fique para tarde.
- Isso só depende de ti.
- De mim? Então?
- Podes ir a casa fazer-me uma mala para 4 dias? Vou hoje à noite e venho na sexta a seguir ao almoço.

- ...

O problema de alguns clientes

é acreditarem que, porque lhes resolvemos um grande problema com alguma agilidade e num período de tempo reduzido, não precisam de pagar. Afinal aquilo resolveu-se com uns e-mails, nem selo de correio foi preciso gastar.

O plano era*

... chegar ao fim de semana com as duas orelhas intactas.
Ontem queimei a esquerda com a chapa de cabelo. Hoje foi com o secador de cabelo. Se calhar amanhã não lavo o cabelo.


*e fazer um post onde a palavra cabelo surgisse em três frases seguidas (olha, afinal são quatro).

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Alguém com saudades de uma boa corrente de amizade?

Muitas saudades? Daquelas mesmo, mesmo grandes?
Pois, eu também não.

Por isso, pessoas das minhas relações que ultimamente foram agraciadas por uma amiga com um pedacinho de "Bolo do Papa Francisco", sabe Deus o carinho que tenho por aquele senhor, mas esclareço já que o nome não muda nada. Antes chamava-lhe Bolo da Amizade, Pão/Bolo das Amigas e eu também não participei. 
Reparem, pessoas amigas queridas, eu acho maravilhoso que vocês se disponham a, durante uma semana, juntar os ingredientes necessários, à razão de um ingrediente por dia, à massa crua que as vossas amigas carinhosamente vos ofereceram numa caixinha de plástico (antigamente as vizinhas trocavam crescente para fazer pão), que partam o resultado em quatro partes iguais, ofereçam três dessas porções às vossas amigas e cozam a quarta porção  para fazer um bolo para o lanche. As amigas, por sua vez, repetirão o mesmo processo e, semana após semana, o mundo será inundado com a bonomia do Santo Padre. 
É tudo  muito lindo, o conceito é mesmo lindo, lá está, lembra-me o crescente que passava de vizinha para vizinha. Mas o meu forte não são os bolos e detestaria quebrar uma corrente tão bem intencionada.
De maneira que é isto, podendo, entreguem a massa a outra pessoa, sim?
Um grande beijo desta amiga que vos quer bem.

(Mãe, não insistas, dá às minhas irmãs que elas gostam de fazer bolos)

Adenda: Lembrei-me agora, será que os amigos que ontem foram a Évora dar um abraço virtual ao engenheiro lhe levaram um pedacinho de massa? Ele agora tem tempo... e dizem que a comida das cadeias deixa muito a desejar, um bolinho acabadinho de fazer havia de saber bem com este frio.

domingo, 25 de janeiro de 2015

É que nem me incomoda por aí além

... que o vizinho novo tenha visitas até esta hora. Mudou-se há pouco tempo, é natural que queira mostrar a casa nova aos amigos. Depois, são meia dúzia de convidados e nem fazem muito barulho, um dia não são dias. Fazem muito mais barulho os camiões que todas as madrugadas vêm descarregar as mercadorias ao supermercado ou os homens do lixo e eu não me queixo (estão a trabalhar em prol do meu bem estar, legumes e frutos frescos e caixotes do lixo despejados todos os dias valem bem o barulho).
O que me incomoda mesmo é ter de estar a ouvir Comfortably Numb. Ó vizinho, tinha mesmo de acertar num dos meus "ódios de estimação"? 


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Então e além do arroz de pato e do crumble de maçã

Têm mais o quê?

Pelos caminhos de Portugal...

Diz-nos, Mirone, do que mais gostas quando viajas pelo interior do país? Da paisagem, das gentes hospitaleiras, da gastronomia, do sossego? Conta-nos, Mirone, o que mais te fascina?



Os blocos publicitários das rádios locais.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mais estatísticas

Dizem os livros que 60% do corpo humano é água, distribuida pelo nosso sangue, massa muscular e gordura, mais coisa menos coisa.
Suponho que deva doar o meu corpo à ciência por estes dias. Suspeito que essa percentagem seja bem superior aos tais 60% e que se concentra no meu nariz e áreas adjacentes.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Falha de rede

- Estou Mirone, Mirone, está a ouvir-me bem?
- Sim, estou a ouvi-lo bem, diga.
- Olhe, mude de lugar que deve estar num sítio com pouca rede, estou a ouvi-la  assim com uma voz estranha e cheia de cortes.




Sim, estou afónica. Até começo as frases bem mas lá para meio somem-se as palavras.

A estatística explica

Vindo do nada, a caminho da escola.
- Mamã, eu sei porque é que a madrinha não tem namorado. É porque há mais senhoras que senhores e já não chegou para ela.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

E daquela vez

... em que albalroei a Torre de Belém a fazer marcha atrás, não foi hilariante?

Hã? Não era a Torre de Belém? Como assim só tem acesso pedonal?
Humpf, cambada de mal humorados!

O que eu precisava mesmo que me explicassem

é a relevância do fim do namoro de um excelente jogador de futebol,  vencedor de três bolas de ouro, que justifique o destaque nas aberturas dos telejornais.

Ó Mirone, e como é que apanhaste tamanho resfriado?

Com uma corrente de ar, coisa pouca. 
Pois que no passado domingo ao fim da tarde, regressando a família Mirone ao calor e aconchego do lar, dá-se com uma viatura policial a cortar o trânsito da sua rua.
"Polícia? Trânsito cortado?"
Aprontou-se Mr. Mirone a abordar o agente de autoridade, identificando-se como morador na dita rua e com necessidade de regressar a casa, quando, coincidência das coincidências, vê que ao fundo da rua, mesmo em frente ao seu prédio, estão paradas duas viaturas de bombeiros. 
"Fogo não é, que não se vê fumo. Deve ser uma inundação numa cave. Espero que não seja a nossa." 
Uma das viaturas, porém, era uma auto-escada magirus. 
"Algum vizinho que ficou fechado do lado de fora de casa. Deve ter sido isso. Daí as janelas abertas. Espera lá, mas os vizinhos têm TODOS as janelas abertas".
Depois de identificados, sim senhor, que avançássemos. E avançámos, para entrar num prédio com um intenso cheiro a fumo, por causa de um pequeno incêndio na cozinha de uma vizinha, prontamente controlado e sem danos materiais de maior.
Restava-nos uma de duas soluções, abrirmos também as janelas, apesar do frio que se fazia sentir, ou ficarmos com a casa a cheirar a acampamento cigano.
Abrimos as janelas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

E como é que sabes sempre se tens febre ou não mesmo antes de usar o termómetro, Mirone?

Fácil, fácil, que me conheço há muitos anos. Lábios secos e a sensação de ter bebido um copázio Moonshine, como se expirasse labaredas, ritmo cardíaco e respiração acelerados.

Conhecem aquela sensação?

... de conseguirem sentir separadamente os ossos do vosso crânio, frontal, parietais, esfenóides, temporais e occipital? De a qualquer momento, ao mínimo ruído ou variação de luminosidade começarem a deitar vapor pelos ouvidos, como se de uma panela de pressão de tratasse? De no lugar do nariz e olhos terem tubérculos dolorosos? De terem uma tosse seca que parece que vos rasga os pulmões por dentro? Conhecem?
Perfeito! Sendo assim poupo-vos a uma descrição detalhada do meu estado clínico.

sábado, 17 de janeiro de 2015

'Tá bem abelha

Há umas semanas perguntou-me:
- Mamã, quando é que vou levar uma vacina?
- Só quando o médico mandar.
Esta semana, por mais que uma vez, voltou a perguntar quando é que eu marcava consulta para o pediatra a mandar tomar uma vacina. Eu andava intrigada, porque quereria a miúda levar uma vacina?
Agorinha mesmo, enquanto brincávamos às escolas, ela a professora e eu e uma dúzia de bonecas os alunos:
- Meninos, a Maria vai faltar logo à tarde porque vai levar uma vacina, mas vocês têm de ficar cá porque vamos fazer um trabalho muito importante.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Conhecimentos que possuo e teimo não pôr em prática

Collants secam mais depressa que calças.




Por outro lado, o granizo magoa menos com calças do que com collants. Não pode ser tudo mau.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O que é que eu faço a esta informação?

No regresso a casa.
- Mamã, sabes aquela coisa do senhor motorista por favor?
- Sei.
- Eu também e já sei dizer coisas que tu não sabes.
- Ah é? Então que coisas são essas?
- Então
"Senhor motorista, por favor,
Ponha o pé no acelerador!
Se bater não faz mal 
vamos todos p'ro hospital.
Hospital de St.ª Maria
Que é uma grande porcaria!"

- Mas isso eu também sei.
- Espera, há mais!
"O hospital de S. José
cheira mesmo a chulé.
Já lá tive a minha tia
Morreu com pneumonia.
Já lá tive  minha avó
Morreu a fazer cocó.
Já la tive o meu avô
Mal chegou logo bazou."
Gostas? Só precisei de ouvir uma vez.


E o burro é o Scolari?

Demorei o dobro do tempo a arranjar estacionamento para o carro quando fui buscar a Mironinho à escola do que aquele que demoraria se tivesse deixado o carro em casa e ido e regressado a pé.

Não é que me preocupe muito

... porque não tenho, nunca tive nem penso vir a ter, mas respondam-me lá a esta dúvida que me assaltou, vinda não sei muito bem de onde.

As camas em beliches, as do andar de cima, só são feitas quando se mudam os lençóis, não é?

Pára tudo!

Ou como descredibilizar uma classe profissional/actividade que já não gozava de grande crédito junto desta que vos escreve em menos de dois minutos.
Fui beber café mais cedo do que o costume, ainda não eram dez horas. A televisão estava ligada no programa de Tarot da SIC.
- (Voz chorosa) Estou, o meu dilema é sobre a minha netinha recém nascida que chora muito com cólicas e nem ao colo se cala e não dorme. A minha filha já não sabe oq ue há-de fazer.
- E que idade tem a menina?
- Dezasseis dias.
A taróloga lança as cartas.
- Pois, minha querida, o tarot dos anjos está a dizer que a sua netinha tem cólicas porque tem muitos gases. Dê-lhe remédio para os gases que vai ver que as cólicas passam. E vamos passar ao próximo telefonema. Olá, olá, com quem estou a falar?


São 7.30 da manhã, ainda está escuro e chove

Bom dia!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Às vezes nem sei porque é que pergunto

E aquelas pessoas que, conseguindo finalmente fazer uma escapadinha de fim de semana a uma cidade europeia onde nunca tinham estado, quando instadas a contar como correu, respondem felicíssimas:
- Epah, foi espectacular, logo no primeiro dia descobrimos um restaurante português, onde acabámos por ir todos os dias!
É a gozar, não é?

Agora uma adivinha

A zona comum de acesso às garagens de um determinado prédio, não sendo ampla, também não é muito apertada. Certo vizinho, senhor A, tendo feito da sua garagem armazém para os móveis da casa de sua mãe entretanto falecida, passou a deixar o seu veículo num recanto dessa zona comum, onde não passavam carros nem se dificultava a circulação a pé de condóminos.
Outra vizinha, senhora B, mulher resolvida e esclarecida, solicita assembleia de condóminos para debater o assunto. No dia e hora marcado, munida do Regulamento de Condominio, recorda que é proibido ocupar os espaços comuns, seja com viaturas seja com outros bens. Sim senhor, todos de acordo, regras são regras, vizinho A conforma-se e não volta a estacionar o carro nas partes comuns.

Adivinhem agora, caros leitores, de quem é o carro que desde o início do ano pernoita no cantinho outrora ocupado pela viatura do vizinho A.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Eu já escolhi, e tu?


E os saldos?

Suponho que já tenham comprado os sobretudos de bom corte que duram uma vida e nunca passam de moda. A blusa/camisa branca? A saia lápis/vestido preto? Um par de calças clássico? Uns escarpins? Aqueles jeans que assentam na perfeição?

Já? Bem me parecia. 
Agora sim, minhas lindezas, ide por essas Primarks fora e fazei as compras por impulso que há para fazer por mais um mês e meio. Afinal aquela blusa pingona de acrílico vem em cinco cores diferentes e só custa 3 euros.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Pessoas do mundo rural e leitores informados, aproximem-se, por favor.

Quando há uma dúzia de anos nasceu a minha primeira sobrinha, o meu pai entendeu transformar a sua casa num local de onde os netos não quisessem sair. Mandou instalar escorregas e balouços no jardim, Construiu uma casa na árvore, num quarto vago fez uma casinha em minitura e um mini atelier de pintura e trabalhos manuais. As netas, e as amiguinhas, foram chegando e, efectivamente, contam os dias que faltam para as férias e fins de semana. 
Entendeu também o meu pai que as pobres netinhas, a viver em apartamentos, não haveriam de ser protagonistas de anedotas disparatadas de meninos de cidade que pensam que os frangos vêm do supermercado e os morangos das caixas. Mandou fazer uma estufa, depois um galinheiro e lá instalou meia dúzia de galinhas poedeiras. Ao fim de semana leva as netinhas pela mão, de cestinho no braço, apanham couvinhas na horta onde cada uma tem um canteirinho, levam-nas às galinhas e recolhem os ovos. 
A minha mãe suspira, desde que não tenha de andar a cavar ou a tratar das galinhas, pois que seja, que o contacto com a natureza faz muito bem às pequenas. Tudo muito bem, tudo muito bonito. De tempos a tempos comemos uma cabidela, uma canjinha substancial, as netas sabem de onde vêm os alimentos e não trocam a casa dos avós por outro lugar no mundo.
Há quatro anos, porém, decidiu o meu pai elevar o conceito de jardim pedagógico a outro patamar. 
- Ó meninas e se o avô arranjasse mais bichinhos? Vocês gostavam de ter um memézinho? 
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, avô, por favor, por favor! Vamos ter um memé!
Que estava louco, que não tinham onde a pôr, que não pensasse que ia transformar a casa numa exploração pecuária, que é pior o avô que as netas. A minha mãe tentou demovê-lo dos seus intentos, mas já só o ouvia combinar com as netas se seria uma ovelha ou uma cabrinha.
Uns meses depois a cabrinha chegou, branquinha, enérgica, amorosa que só ela. Mas a cabrinha cresceu e ao fim de um ano, surge nova ideia peregrina do avô e netas.
- E se arranjássemos um namorado para a cabrinha? Assim ela podia ter bebézinhos.
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Avó, por favor deixa, por favor, por favor.
A minha mãe levou as mãos à cabeça, que era louco, que não, era o que mais faltava agora ter um rebanho, nem pensasse comprar um bode. Não lhe chegava o trabalho fora de casa, tinha de arranjar ainda mais para o pouco tempo livre que tem, que não teve a loucura dos quarenta, seria isto a loucura dos sessenta que o atacava?
O meu pai lá lhe explicou, que descansasse, não iria comprar bode nenhum, mas já tinha falado com a empregada e esta lhe tinha dito que o sogro tinha um bode e que lho emprestava por uns dias.
No dia e hora acertado o bode chegou. Fez-se avisar da pior forma, pelo cheiro. Jesus, Maria, José, bicho fedorento. Nem o meu pai, que os tinha instalado ao fundo do terreno, um lote com cinco mil metros, queria acreditar. Com o vento de feição o fedor chegava a casa. Que veneno! Se foi por causa do fedor ou não, a verdade é que ao fim de uma semana o bode regressou ao dono sem deixar descendência. Assunto encerrado. A cabrinha continuou connosco e no Verão passado deu uma chanfana que, diz quem a comeu, estava uma delícia.
Aos fins de semana as netinhas mais novas continuam a ir com o avô buscar os ovos ao galinheiro e dar couvinhas e milho às galinhas. Avô e netas não podiam ser mais felizes.
Até que ontem à tarde...
- Ó meninas, agora que o mano nasceu, no próximo Verão já vai estar crescidinho, já pode ir ao colo buscar ovos e dar milho às galinhas. Temos de arranjar uma novidade. E se na próxima Primavera arranjássemos um porquinho? 

A minha mãe continua incrédula, as netas estão numa excitação que só visto.
Digam-me, pessoas do mundo rural. É pacífico ter um porco ou é bicho para cheirar pior do que um bode de cobrição?

Ouvido de passagem

- Isto caiu que nem ginjas ao Sócrates, nunca mais se falou nele.

sábado, 10 de janeiro de 2015

As mentes retorcidas e os pinheiros serpente

Hoje almocei naquele que será o meu local preferido de sempre, onde há muitos anos o meu pai me apresentou Ortega y Gasset.

Hoje, expliquei à Mironinho porque parecem serpentes os pinheiros.
"Eu sou eu e a minha circunstância."


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Estamos quase a entrar de fim de semana. Descalcem-se, sentem-se de pernas cruzadas, fechem os olhos, respirem fundo e repitam

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM....

Tinha aqui isto sem saber o que lhe fazer

e lembrei-me de o deixar aqui.

Em cada português um estratega

A SIC está a ouvir um empresário do ramo hoteleiro, dono de um restaurante, O Cortiço (et voilá, sempre um O Cortiço), para se manter a par dos acontecimentos em França.
- Então o que lhe parece? Sabe dizer-nos se os suspeitos sempre estão num armazém de construção ou numa gráfica?
- Como podem ver pela televisão, o cerco está apertado, isto está por meia hora, uma hora...


Adenda:
É, portanto, sobe-se ali aquele túnel e fica ali. É... é ao pé do MécDonalds.
Eles não têm hipótese nenhuma, estão cercados. É meia hora, uma hora.

E as declarações de Francisco Machado da Cruz

Hein?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Entretanto Mr Mirone levou-me a almoçar à beira mar

- Então e que peixe fresquinho é que tem para nos grelhar hoje?
- Hoje temos uma ruama fantástica que o meu pai pescou em alto mar.
- Ruama? 
- Sim, é parecido com o sargo.
- Sim senhor, pode ser, vamois experimentar.

Na mesa ao lado:
- Temos uma ruama, um peixe maravilhoso, assim do género da dourada. Muito bom, aconselho vivamente.

?!
-Deixa cá ver no google que peixe é, que ainda vou a tempo de pedir outra coisa.

O google mostrou-me isto:





Ah e tal, o meu cérebro funciona melhor sobre pressão

Então, muitos parabéns, se é o vosso caso. O meu não é, soube-o agora mesmo.
Adivinhem quem acabou de ficar presa no elevador? Isso mesmo, eu, esta que vos escreve. 
E agora adivinhem o primeiro pensamento que lhe ocorreu. 
Estão a ver? Está mais que provado que o meu cérebro deixa de funcionar.

Estive para me deitar tarde

... e acompanhar as notícias sobre a acção policial em França subsequente aos homicídios na redacção do jornal Charlie Hebdo, mas depois lembrei-me que horas antes tinha visto um homem a ser abatido e não queria ver mais nenhum.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Mistério...

Durante as aulas de natação da filha há uma mãe que tricota freneticamente todo o santo ano, esteja frio, esteja calor, é vê-la de olhos na filha, maõs postas nas agulhas grossas que se cruzam freneticamente, en grade!, e debitam uma cascata colorida e fofa que lhe cai sobre os joelhos, enquanto palra alegremente com as vizinhas de bancada.
Curiosamente, não me recordo de alguma vez lhe ter visto um camisolão de lã ou um cachecol que fosse.

Libertando a Maria Helena que há em todos nós

Meus anjos, em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Saiu-vos a carta do sobreendividamento.
Se o divórcio depender de acordar quem paga o quê, com base num ordenado mínimo e noutro pouco maior que isso, nuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuunca sairá. Ah pois é, pois é, meus anjos. Está aqui, as cartas não enganam. Quando o cobertor é curto, se tapam a cabeça destapam os pés. 
Tratem lá de se apresentar à insolvência e depois sigam a vossa vida como cada um entender.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Por má vontade, de certeza que é por má vontade

-Mamã, porque é que os reis magos só vão a Espanha e não vêm a Portugal? Podiam vir cá, é mesmo ao lado...

Respondam com sinceridade

Foi um engano legítimo, não foi? Vocês fariam o mesmo, não fariam?

Dizia eu que sou muito jeitosa em manualidades

Tão, mas tão jeitosa, que ontem a meio da manhã ligou-me Mr. Mirone.
- Olha lá, fizeste alguma coisa aos meus sapatos?
- Quais sapatos?
- Os pretos que calcei hoje.
- Engraxei-os, gostaste?
- Engraxaste? Os pretos? Os novos? Tu tens noção?!
- Sim os últimos que compraste, engraxei-tos ontem à noite, pensei que gostasses.
- Eu não sei o que é que fizeste aos sapatos, mas eles estão que metem nojo, parece que foram lavados com leite, sem uma ponta de brilho.
- Como sem brilho? O boião foi a estrear, comprei no outro dia no supermercado, nem sequer era velho.
- De certeza que não era um decapante? Os sapatos estão bons para o lixo. Já fui comprar uma esponja de brilho e passado uns segundos ficam todos baços outra vez.
- Que gracinha, decapante... vê lá não te caia um dentinho de tanto rir. Achas que não sei a  diferença entre decapante e graxa? Era graxa normal, daqueles boiões pequenos de vidro que até trazem uma esponjinha para aplicar. Para a próxima engraxas tu. Podes estar descansado que não te volto a engraxar sapatos. E não estou a brincar. Estou farta desta conversa. Adeus!


A conversa continuou em casa. Os sapatos estavam, efectivamente, estragados, baços, e nem as esponjinhas de brilho lhes valiam. 
-Mas o boião era novo, a estrear. Só se já venderam aquilo fora da validade.
Fui à despensa, abri a caixa da graxa e tirei o boião. 
Não, não era decapante. 
Também não era graxa. 
Mas era preto e dizia style. 

Vocês também se enganavam, não enganavam? Quem nunca engraxou sapatos com tinta decorativa que atire a primeira pedra!







Roçasse eu mato de manhã a noite

E as minhas mãos não estariam tão escavacadas. Irra que faz impressão! É arranhão, entaladela, queimadura, corte de papel, não há pequeno acidente doméstico que não lhes chegue! No mesmo dia, na mesma manhã, praticamente em simultâneo.
Ah, Mirone, isso é porque és desajeitada por natureza. O problema é que não sou, sou bem habilidosa no que toca a manualidades e generosamente dotada no que diz respeito a destreza manual. Não percebo... 
Bem, vou trabalhar, a ver se chego ao fim do dia com os dez dedos inteiros.

Em princípio o computador é inofensivo, não é?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Um bruxo, uma macumbeira, pai de santo, curandeira, precisa-se

No regresso a casa, entre dentes, e convencida de que ninguém me ouvia:
-Ahora se que la tierra es el cielo...
-Mamã! (e arregala-me os olhos em modo condenatório)
-Mamã, o quê?
-Estás a cantar a música da Violetta e antes dizias às primas que era uma piroseira.


Isto está bem pior do que eu pensava.

Que espirituosa

Tomei banho e vesti-me. Entretanto a Mironinho acordou mais cedo. Vesti-a e mandei-a ir para a sala ver desenhos animados enquanto eu secava o cabelo. Quando estava praticamente na última madeixa aparece à porta da casa de banho com a caixa de cereais na mão.
-Mamã, isto lembra-te alguma coisa?
-Xiii, ó filha tens razão, devia ter-te feito o pequeno almoço antes de vir secar o cabelo. Vamos tratar já disso, desculpa.
- (suspiro longo) A velhice não ajuda, sabias?

domingo, 4 de janeiro de 2015

E o que eu gostava das thermotbe...

Sobretudo de me despir no escuro para ver as pequenas faíscas de electricidade estática que geravam. Tenho a certeza de que não sou a única.

O drama, o horror, a tragédia

Ouvi a promoção da Sic duas vezes e já por duas ou três vezes dei comigo a cantarolar "Ahora se que la tierra es el cielo, te quiero, te quiero!". 




sábado, 3 de janeiro de 2015

Destas frases a Chiado Editora não tem

"Home is where your pillow is."


E olhem que não sou nada esquisita, tendo fronha de algodão branco macio, sendo alta e dura qualquer uma serve.

Haja irresponsabilidade!*

A gravidade da coisa não está nos três dias seguidos que comecei com chocolate quente e churros. A gravidade está mesmo no facto de amanhã, querendo churros ao pequeno almoço, que vou querer, quero sempre, teria de ser eu a fritá-los, que não vou fritar, nunca o fiz.

*ou um dia não são dias... Olha, afinal foram.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Porque a levo a museus?

Para poder exclamar com ela Ahhh! Uauuu! Tão bonito!, sem ninguém me achar uma saloia deslumbrada.