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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O que é que eu faço a esta informação?

No regresso a casa.
- Mamã, sabes aquela coisa do senhor motorista por favor?
- Sei.
- Eu também e já sei dizer coisas que tu não sabes.
- Ah é? Então que coisas são essas?
- Então
"Senhor motorista, por favor,
Ponha o pé no acelerador!
Se bater não faz mal 
vamos todos p'ro hospital.
Hospital de St.ª Maria
Que é uma grande porcaria!"

- Mas isso eu também sei.
- Espera, há mais!
"O hospital de S. José
cheira mesmo a chulé.
Já lá tive a minha tia
Morreu com pneumonia.
Já lá tive  minha avó
Morreu a fazer cocó.
Já la tive o meu avô
Mal chegou logo bazou."
Gostas? Só precisei de ouvir uma vez.


29 comentários:

  1. Guarda-a para quando fores avó. Chama-se "transmissão de património familiar" :)

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    1. É que não sei se a repreenda e que peça que fique pela primeira parte do "poema", se lhe diga que é uma conversa sem jeito nehum, se lhe dê os parabéns por ter uma memória tão boa.

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    2. Ora! Se não fizeste algo naquele momento, agora já não vale a pena, n'é?
      Vá, conta lá o que fizeste. Eu aposto na última opção :)

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    3. Chegámos a casa (a viagem é curtíssima, 2 minutos) e dissse, vá tira o cinto e traz a caderneta. Mudei de conversa, não quis sobrevalorizar, mas fiquei a remoer se não lhe devia ter dito alguma coisa. Eu sei que nestas idades (5 anos) eles adoram conversas de xixi e cocó, mas se nunca os contrariarmos eles chegarão a adultos a pensar que realmente é uma coisa engraçadíssima.

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  2. Ena pá, que a pequenada anda muito atenta ao telejornal!

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  3. A sério que acredita mesmo que era preciso dizer alguma coisa, sob pena da sua filha crescer a acreditar que essas conversas possam ser engraçadas?

    Os seus interesses e sentido de humor mantiveram-se os mesmos desde que era criança?

    E, se a sua filha, em adulta, mantiver um sentido de humor mais escatológico, cujo significado será diferente do de agora, qual é o mal que virá ao mundo?

    É mais preocupante ler mulheres adultas, trabalhadoras queixando-se que o ónus dos trabalhos domésticos recai sobre elas, como se os parceiros fossem seres demasiado elevados para se preocuparem com tais coisas e isso fosse perfeitamente normal- É mais triste ler mulheres adultas chamando doentes mentais a outras mulheres e clamando que ser gorda é pecado mortal.

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    1. Devolvo-lhe a pergunta? A sério que acha que a minha preocupação é que a minha filha desenvolva um sentido de humor escatológico por causa deste episódio?
      Não, os meus interesses e humor não se mantiveram iguais, eles mudaram desde que era criança. Em parte porque os meus pais me disseram que as conversas sobre xixis e cocós, que também as tive, veja que houve uma altura em que achava extremamente engraçado dizer que A cheirava a chulé, que B comia cocó, que C bebia xixi, eram uma porcaria e que o que estava a dizer era muito feio, que ninguém come cocó ou bebe xixi. Eu sei bem que uma conversa aparentemente "normal" escala em poucos segundos para campos escatológicos e risadas abafadas, inclusive à mesa. E sim, mando-a ter juízo e mudar de assunto. Chamo a essa atitude ter um papel activo na sua educação ao invés de confiar que as coisas se resolvam por si.
      Evidentemente que não virá mal ao mundo se a minha filha desenvolver um sentido de humor escatológico e também sei que o significado será diferente do de agora. Porém, não ficarei imensamente feliz se se tornar uma adulta que continue a achar um piadão fazer rimas com xixi, cocó ou puns? O anónimo acha? Acredito que não.
      Quanto às queixas de mulheres adultas sobre o ónus dos trabalhos domésticos recairem sobre si, sobre chamar doente mental a quem não o é (confesso, que a brincar já chamei louco Ou doente, "és louco, és doente", mas que seja essa a pior ofensa que lhes posso fazer), ou dizer que ser gorda é pecado mortal, concordo consigo, é preocupante, tão preocupante que me abstenho de o fazer. Ou já me viu defender que os homens são as "novas vacas sagradas" no que diz respeito a tarefas domésticas e que é sobre as mulheres que elas devem recair em exclusivo? Já me viu chamar doente mental a alguém só porque sim? Já me viu defender que ser gorda é pecado mortal? Não, não viu.
      Agora, se quisesse, porque também sei ser picuinhas e distorcer assuntos, perguntava-lhe, uma vez que o seu último parágrafo se centra nas mulheres, se está a afirmar que, se forem homens, já podem chamar doente mental, afirmar que os trabalhos domésticos são tarefas para as mulheres e que ser gordo é pecado mortal? Mas não pergunto, sei que não foi isso que me quis dizer. Não lhe teria ficado mal fazer um esforço semelhante, e não seria muito grande, afianço-lhe, para perceber o que eu quis dizer no post.

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    2. No meu comentário das 23.07 escrevi "Mudei de assunto, não quis sobrevalorizar." e acrecentei "Eu sei que nestas idades (5anos) eles adoram conversas de xixi e cocó, mas se nunca os repreendermos eles chegarão a adultos a pensar que realmente é uma coisa engraçadíssima". Repito, "não quis sobrevalorizar", "se nunca os repreendermos...", a palavra -chave é "nunca".
      Parece-me que quem está a sobrevalorizar é o anónimo, as questões que colocou já estavam respondidas.

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    3. Não querendo inflamar muito a discussão ( ou vamos já todas p'ró facebook): Mirone, "ninguém bebe chi" , parece-me demasiado polémico para ser afirmado de forma tão peremptória...

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    4. a afirmação em apreço é, evidentemente "ninguém bebe xixi"

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    5. Sim, é verdade. Há pessoas que em estados extremos bebem a própria urina. Lembra-se daquele programa do Discovery Channel, com o Bear Grylls?

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  4. Eh pah, a música cresceu... há 30 anos atrás, acabava no chulé...

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  5. Ai as conversas do xixi e do cócó..... eu costumo largar um "que conversa parva, isso não tem gracinha nenhuma" e pronto, não faço um grande drama porque sei que é fruto da idade (também tem 5 anos) mas faço questão de lhe dizer que são conversas parvas.

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  6. No meu tempo acabava em hospital. Depois, com a minha irmã mais nova, aprendi a parte do Santa Maria. Esta do hospital de S. José e seguintes foi completa novidade para mim.

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  7. As conversas não são parvas, são fruto do que os miúdos ouvem e dizem na escolinha. Agora, quando chegam aos nossos ouvidos isso sim, devem ser repreendidos, sem drama. Afinal, xixi e cóco é tão natural como comer e beber. Ou não será?

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    1. São parvas e imaturas, típicas da idade. O mundo não acaba se as tiverem, mas eu chamo a minha filha à atenção na maior parte das vezes, sem dramas, mas chamo.

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    2. Claro que sim, mirone. O meu filho com 9 anos vem para casa com cada uma.......Interpelo-o para perceber até que ponto a informação obtida vai . Se percebo que ele compreende exatamente o que está a dizer, temos uma conversa, se percebo que ele nem percebe o que está a dizer, diz apenas porque ouviu o outro dizer, troco as voltas

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  8. Vocês são mesmo anormais. O meu filho diz que o avô deu um pum e desmaiou e tem muito mais piada. Vocês é logo ai não se pode falar em puns, corrore!

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  9. São completamente passadas. que mal tem uma criança falar em cocó e xixi? Ai Deus do Ceu que palavrões tão desmesurados, ai Jesus o que vai ser desta geração quando forem grandes, isto é o inicio do Apocalipse, só pode ser castigo divino.
    Ja pararam para olharem bem para vocês? Estão sempre com Karalh..das com fod...-se com merd..a prara cá e para lá que não dizem três palavras que duas não seja palavrão e aqui del rei que as crianças de cinco anos dizem cocó e xixi.
    Não se curem não que não é preciso.

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    1. Anónimo, foi exactamente isso que eu disse, que é com a palavra xixi e cocó que não concordo, que são palavrões horríveis, e que justificam deixar a minha filha a pão e água por uns meses valentes (tudo isso depois de a espencar brutalmente). Disse tudo isso e palavrões, muitos palavrões, que é daquelas coisas sem as quais não passo, tampouco me consigo exprimir.

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    2. (A minha paciência já se teria esgotado ontem. :))

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    3. Então o que e que disse? Qual e a sua preocupação afinal?
      Não veio toda preocupada com a filha a falar de cocó e xixi, e para mais num inocente cantiga das crianças todas.
      E agora como viu a parvoice do que disse quer virar o bico ao prego e mete os pes pelas mãos que disse mas não disse, que disse mas não era bem isso que queria dizer,
      Que tretas de gente adulta mais parvas. O que se tira disto tudo e que vocês estão apanhadinhas da tola com esta coisa da Net e já perderam o juízo todo. Juizo tem a Palmier e a Sara que já se deram conta que a vida não é só isto de brincar às criancinhas que não é isto que põe pão na mesa.
      E a Pseudo não tem roupa para passar a ferro? Não tem não? Vá lá passar e deixe-se de se cágados com bitaites estúpidos.
      Não se curem não.

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    4. Anónimo, já vi que quer desconversar e provocar outros comentadores para ver se obtém uma reacção. Pois bem, não vai acontecer. Vai ficar a falar sozinho, quem sabe a ler o que realmente escrevi. Pode tambem aproveitar o facto de estar sozinho para reflectir sobre as barbaridades que escreve. Tenha uma excelente tarde.

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    5. Por aqui se vê como regula a sua cabeça. Porque é que aproveito por estar sozinho? Ja não posso estar acompanhado, mas para as apanhadas pela neurose da blogoesfera quem vir comentar as verdades está sozinho.
      Sozinha vais estar tu e as viciadas da net, alminha de Cristo.
      Não te cures não, mas devias pensar na criança de cinco anos que ainda vai pagar pela tua dependência. Mas és tu e as viciadas todas com filhos pequenos que não têm culpa das mães irresponsaveis que tiveram, pobres crianças.
      Ao menos a Palmira e a Sara viram isso, ou pensas que é porquê que deram de frosques.
      Gente desta, pufffft...

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