Falam-se línguas (translate)

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Pessoas que sabem tudo

... preciso da vossa ajuda outra vez.
Por acaso não me sabem dizer se houve algum mini-tufão, ou um fenómeno metereológico semelhante para os lados de Carnaxide, Outorela.

Hoje à hora de almoço vi o ilusionista Luis de Matos na SIC e não percebi o que é que lhe tinha acontecido ao cabelo.


Luis, se o seu cabelo, como o meu, é uma vítima nas mãos impiedosas desse carrasco que é o tempo chuvoso e ventoso, desde já lhe envio toda a minha solidariedade.

Diz-me como juras, dir-te-ei quem és

Sempre ouvi a minha avó dizer que quem mais jura, mais mente. Não sei se é verdade ou não, mas se a jura vier acompanhada de um pedido fico logo de pé atrás.
"Juro, e que me caia já um raio em cima se eu estiver a mentir!"
Ó meus amigos, vamos lá ver uma coisa. Vocês sabem que a probabilidade de isso acontecer é muito reduzida, para não dizer nula. Sabem, não sabem?
Querem ver?
Juro que todos os dias me confundem com a Adriana Lima! E que me caia aqui um raio em cima se estou a mentir!
(estou a mentir, hehehehehe)
...


...


...

Estão a ver? Não me caiu nenhum raio em cima. E garanto-vos - com algum pesar, confesso - que ninguém me confunde com a Adriana... 
Não basta dizer as coisas de forma séria? Não basta jurar, ponto final?
Jurar pela saúde é igual. Mesmo que mintam com todos os dentes que têm na boca não vos vai dar uma travadinha ali naquela hora só porque sim. Não vou sequer falar nas pessoas que juram pela saúde dos outros, "pela saúde da minha mãe". Amigos, não só é disparatado, como me deixa a pensar que tenho à minha frente uma pessoa sem escrúpulos, que acreditando na remota hipótese de efectivamente a saúde de alguém ser afectada não hesita em usar a mãe como escudo, como quem diz "se alguém tiver de ser castigado, que seja a minha mãe". Está assim ao nível das mães que prometem nunca mais cortar o cabelo às filhas se um pedido seu for atendido. "P'lamordaSanta"! Prometam não cortar o vosso cabelo, agora o da miúda que não foi tida nem achada, não me parece nada bem.


Agora sim, sintam-se à vontade para encher a caixa de comentários com as vossas juras.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

E ao sexto mês, mais mês menos mês, fez-se luz

Fraquinha, mas luz.
Há mais de meio ano comprei uns leds para pôr no roupeiro. Meio ano, leram bem. Ontem veio cá um senhor aplicá-los.
Sem querer parecer precipitada, não noto que tenha melhorado substancialmente a minha qualidade de vida. Palpita-me que o vou usar duas vezes e depois nunca mais o ligo.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Coisas que vou aprendendo

Não são as outras pessoas que me irritam. Sou eu que me irrito com elas e é a mim que cabe fazer com que isso não aconteça.

Créditos: Isabel Abecassis Empis

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Coisas acertadas que eu digo...

(pelo menos, houve uma pessoa que achou que sim, que estava bem pensado)

Quando quero referir-me a uma questiúncula, um pequeno equívoco, uso a expressão "petit cocó", em vez do brocado latino "quid pro quo". 
Quanto mais penso, mais me convenço de que a minha escolha é acertada e traduz exactamente o que se passa.

Resoluções

Tenho o péssimo hábito de não conferir contas antes de as pagar. São contas, pago-as. 
Até ontem. Ontem paguei esta conta e ainda estou aqui a ruminá-la...

Então numa conta de água de 36,97 € pago quase outro tanto de "extras"? 22,52 € para saneamento? 8,47 € para residos sólidos? 3,33 de IVA...
Eu tomo duche, não encho a banheira, eu fecho a torneira enquanto lavo os dentes, eu separo o lixo, eu não deito óleo na canalização, eu guardo as tampinhas das garrafas para entregar aos senhores das cadeiras de rodas.

Está decidido!
A partir do próximo mês há um banho diário. Colectivo. Cronometrado. Num alguidar. Depois, será como na idade média, abre-se a janela e água vai...
As cápsulas de café virarão bonitos enfeites de Natal, quem sabe bijouteria que venderei no FB. O mesmo caminho levarão os pacotes de leite - que lindo vai ser ver todo um portugal com carteiras Matinal. As garrafas de água serão transformadas em bonitos candeeiros. (Já vos disse que tenho muito pouca tolerância a artesanato urbano feito de lixo?).


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Cada um sabe de si

Há pessoas que estão dispostas a pagar para os ver.


L'air du temps

Senhor que bebeu café ao meu lado*,  aquilo  das 48h horas de eficácia que alguns desodorizantes apregoam é conversa para vender, não se deixe enganar, o banho continua a ser para tomar todos os dias. 


*Nota: Não voltar a beber café ao balcão

Saber dizer não

Na semana passasa o Diogo queria que eu voltasse às madeixas.
Eu disse não.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Afinal também falo de praxes

Era o que faltava o Mirone não largar umas postas de pescada a propósito da praxe, querem lá ver!
Não só falei de praxes, como o fiz logo em Setembro, muito antes deste sururu em torno da Lusófona.
Espreitem aqui.

Porque já não vou para nova

... Achei por bem começar a pensar no dia de amanhã. Bom, amanhã, amanhã mesmo não vai haver nada de novo. Sairemos a meio da manhã para beber café com os sogros, há-de estar sol e almoçaremos num lugar sossegado. Às cinco há-de começar a fazer frio, voltaremos para casa...
Na verdade pus-me a pensar um pouco mais para lá do dia de amanhã e decidi que se quero ir para um Lar como este. Já me estou a imaginar, Lara Antipova na casa de gelo...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Coisas positivas que retive na sala de espera

... após breve consulta de diversas edições da revista Caras:
A nossa "realeza" está muito bem servida de meninas.
A pequena (chamo-lhe assim porque desconheço o título nobiliárquico que lhe é atribuido) Francisca, filha dos duques de Bragança, de pequena já não tem nada, está uma senhorinha, com16 anos e, não sendo uma sex-symbol - coisa que não me parece que lhe tire o sono, é possuidora de uma beleza clássica muito serena.
Já Isabelle, filha de Diana do Cadaval, é um bebé absolutamente encantador, digno de capa de revista da especialidade, uma bonequinha. Que olhos, que boquinha perfeita, apetece apertar!




Isto de estar sob o efeito de drogas é tramado (e ainda tenho 8 dias de antibiótico pela frente)... Raisparta a otite!

Aiiiiiiiii

Já me doeram os dentes mas nunca desejei ser desdentada. Já tive de ser operada a uma hérnia discal e nunca desejei ser paraplégica. Mas, leitores, estou com uma dor de ouvidos que não me importava de ficar surda se me garantissem que nunca mais teria esta dor. Vou ao médico. Se alguém me dirigir a palavra na sala de espera estou capaz de dar um berro capaz de furar um tímpano a alguém. Se não voltar até ao fim do dia procurem-me na psiquiatria.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Senhoras e senhores, o Outro Menino da Lágrima!

Voltei aos pincéis. A técnica usada desta vez foi outra e na loja de molduras o senhor Gonçalves não fez qualquer comentário, pelo que me parece seguro trazer visitas a casa. Na parede oposta à da "Natália Correia", está agora uma representação, nem sei o que lhe chame, de uma marioneta indonésia.  Pelo sim pelo não, estou aqui a pensar, talvez seja prudente mandar fazer um daqueles suportes de acrílico transparente para afixar ao lado, como nas galerias e museus (evidentemente, galerias e museus, não faço a coisa por menos), com a identificação do quadro, só para ter a certeza de que não é confundido com o Menino da Lágrima.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

...mas são só blogs

Poderia dizer aqui aqui duas ou três coisas sobre o que o que se passou esta manhã na Assembleia da República me fez sentir. Mas o assunto é sério demais para ser tratado neste blog, que é só um blog. 

Poderia dizer-vos que me magoa saber que ao abrigo da defesa de ... - da defesa de quê, mesmo? ainda não percebi - haja quem entenda que uma criança estará melhor privada do amor de uma família do que integrada numa família onde o amor não escolhe sexos, escolhe pessoas, ou  que feche os olhos e diga que sim senhor, que haja amor, desde que não conste dos documentos da criança, que haja quem não perceba que uma família é acima de tudo um núcleo de pessoas que ama, trata, nutre, protege, educa... muito mais do que uma agregação em função do género... Mas temo que o aperto que trago no peito não me deixe escrever o que sinto como sinto, num blog, que é só um blog.

Hoje tenho pena que este blog seja só um blog.

Finders keepers (ou então não)

Encontrei 10 euros no bolso do casaco.


Ovos? De galinha?

Acredito que, pelo menos uma vez na vida, já todos tenhamos sido abordados na rua por alguém que nos queria vender qualquer coisa.
No meu caso, já tive abordagens por parte de desconhecidos para todos os gostos. Só não me abordaram para oferecer flores, isso seria Impulse. Mas para vender já (Quéfrô?).
Já me perguntaram se queria comprar xamon, em plena luz do dia, na rua Augusta. Já me perguntaram se queria o troco de uma bebida em euros ou em haxixe, num bar de Cáceres, na passagem de ano em que o Euro entrou em circulação. Parada nas filas de trânsito já me tentaram vender canetas, calendários, o Borda d'Água, tentaram vender pensos rápidos, ler a sina. Já me quiseram vender óculos de sol, bikinis, estatuetas e relógios na praia, já me tentaram vender roupa contrafeita na Praça de Londres. Já me tentaram vender cartões de crédito, semanas de time-sharing e colchões ortopédicos. Já me tentaram vender refeições, passeios de barco. Já me tentaram vender "uma tarde bem passada", massagens com happy-ending. Mais lícitos, menos lícitos, mais legais, absolutamente ilegais, já me abordaram de muitas formas. Sem grande dificuldade, e apesar da surpresa ou incómodo causado pela proposta, tenho recusado pacificamente quase todas as ofertas (quando na escola da Mironinho os meninos do quarto ano me perguntam se quero comprar bolachinhas ou compotas para ajudar a pagar a viagem de finalistas, cedo, confesso).
Há dias, porém, propuseram-me um negócio que ainda não sei se fiz bem recusar, tão assustador quanto inesperado, à porta do supermercado. Trinta segundos de terror. O "vendedor", rondava os 30 e tal, 40 anos no máximo. Encontrando-me graciosamente inclinada  sobre a minha fabulosa viatura (que é como quem diz, de rabo no ar,  de carteira e saco de compras numa mão, chave do carro na boca, a outra a pôr o cinto na Mironinho), senti um vulto aproximar-se.
- Boa tarde minha senhora.
- Boa tarde (Daniel Oliveira, se os meus olhos falassem diziam "ai que susto, que voz tão cavernosa, querem ver que me vai assaltar? Não faça mal à Mironinho, pelo amor de Deus, leve lá os iogurtes, a manteiga e o detergente para a louça, leve a carteira, deixe-me só os documentos, leve o carro. Ou será uma droga nova?"... Como se pode ver sou uma pessoa extremamente optimista e nunca penso no pior).
- Precisa de ovos?
- Ovos?! (Daniel, agora diziam "oh meu Deus, é uma variação daquilo de atirarem um ovo para o para-brisas enquanto estamos no semáforo e agora vão levar o carro. Porquê? Ainda se fosse um carro de alta cilindrada. Não tenho sorte nenhuma!")
- Sim, de galinha. A 1,20 a dúzia.
- Ovos de galinha?! (Isto tem truque, mantém a calma Mirone que há aqui muitas pessoas a entrar e a sair, ele não vai tentar nenhum disparate)
- Sim, a 1,20 a dúzia.
- Se lhe quero comprar ovos? (Cabelo e barba castanhos, olhos esverdeados, casaco polar cinzento, calças de ganga azuis, se a polícia perguntar tenho de me lembrar...)
- Sim, caseiros.
- Ovos de galinha?! (Se ao menos tivesse uma cicatriz, qualquer sinal que o identificasse. Este lusco-fusco também não ajuda nada.)
- A 1,20 a dúzia. São caseiros, eu e a minha senhora estamos desempregados e sem subsídio...
- Não, só precisava mesmo de iogurtes, manteiga e pastilhas para a máquina (Estúpida, Mirone! És tão estúpida!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).

É que nem dormi em condições a sonhar com a porcaria do euro e vinte, que a mim não me fazia mossa, mesmo sem precisar dos ovos, e a eles se calhar tinha feito a diferença.





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Mais dúvidas

Leitores queridos, sinto que estou a abusar da vossa paciência - e da vossa sapiência - mas, se puderem, ajudem-me e esclareçam-me. Cerelac faz celulite?
Houve uma alma caridosa e curiosa que hoje chegou a este blog com a pesquisa "cerelac faz celulite". Infelizmente não encontrou a resposta mas se cá voltar com a mesma dúvida gostava de ter qualquer coisa para lhe dizer.
Obrigada (que é coisa que me tenho esquecido de vos dizer).

Também gosto muito

... de pessoas que usam a palavra chance em vez de oportunidade. Tanto, mas tanto.

Outra vez, só mais uma vez, vá lá...

"Maneiras", eiras, que é isto, isto.
Acabou de me ligar, ar, uma senhora, ora, que repete , ete, o fim das minhas frases, ases.
Eu devia estar incomoda, talvez um pouco irritada, mas a verdade é que achei piada. Já tinha ouvido falar nesse tique, mas nunca tinha conhecido ninguém que o tivesse, esse. A certa altura dei comigo a jogar conversa fora, ora, como dizem os brasileiros, eiros, só para a ouvir, ir, mais um bocadinho, inho.
Se calhar, mas só se calhar, vou beber outro café, é, para ver se me concentro, entro.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Outra dúvida

Eu que não ando de Metro, mas vou vendo as notícias sobre as greves e os avisos de greve outra vez, semana sim, semana também e vou vendo também muito pouca vontade de pôr fim à coisa, não era mais simples alterar o horário de funcionamento de uma vez por todas? 
À porta de cada estação, em vez das placas informativas que dizem que o Metro funciona todos os dias da semana, das  6h30m  à 1h00, afixavam outras que dissessem que funcionava todos os dias, excepto quintas-feiras de manhã, ou vésperas de feriado, ou outros dias que se mostrassem convenientes...
Não querem gastar dinheiro em placas novas? Imprimiam uma folha A4 e punham numa mica amarrada ao gradeamento, não sei...

Código de conduta

Leitores informados e vividos, elucidem-me, por obséquio.
Há algum código de conduta e socialização para mães que levam filhos à piscina? Não, não estou a falar de mães que nos balneários, sem dar cavaco a ninguém, mudam os pertences de outras crianças para que a sua Bruna possa ficar ao lado da prima Diana (juro, não estou a inventar) enquanto se vestem.
Por exemplo no cabeleireiro, se não me apetecer falar, sei que se enfiar o nariz numa revista ou fechar os olhos, o Diogo não me pergunta se não gostava de mudar, se é hoje que vamos fazer um corte mais ousado, se experimentamos a côr da moda.
A minha dúvida é esta, quando estamos nas bancadas e uma mãe se mete connosco e começa a falar do filho que felizmente já está tão desinibido na água, quem diria depois de tudo o que passou, e nos conta com pormenores a gravidez de risco, todos os minutos de um parto sem epidural e uma cesariana de emergência, e mais um historial de internamentos em urgência pediátrica, nós só temos de ouvir, ou também temos de contar a nossa experiência?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Matches made in heaven (o que quer que isso queira dizer)


SOS - Urgente!

Leitores mais inteligentes e informados  do mundo, digam-me uma coisa, rápido, por favor!
Como é que se tira o som da máquina fotográfica do telemóvel?
Acabei de ver o modelito de legging de lycra prateado com estampado dourado e conjugado com bota peluda mais fashion de todos os tempos e acanhei-me na hora de fotografar (tive medo que o som me denunciasse).

Agora como é que eu posso provar que há quem, não obstante o manifesto excesso de peso, use leggings prateadas com o C3PO do Star Wars estampado, dois tamanhos abaixo do seu (a lycra estica, mas caramba, é preciso desafiar a sorte dessa maneira?)?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Empregado do mês

Das duas uma, ou ainda há gente caridosa, ou tenho um ar de pelintra que dói.

Deixei o carro outra vez no parque pago. À hora de almoço, vendo-me passar na rua, o empregado vem ter comigo apressado:
- Dona Mirone, Dona Mirone, estão ali lugares na rua, não quer ir mudar o carro? É o que o parque aqui fica caro.

Olhe, nem sei o que lhe diga. Se lhe agradeça o cuidado que tem com as minhas finanças, se o empenho que tem em fazer o negócio do seu patrão dar lucro.



 



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Coisas que não vão acontecer nos próximos 30 minutos

mas que gostava muito que acontecessem

- O carro levar-se a si mesmo à lavagem automática e, quem sabe, atestar o próprio depósito;
- Outra pessoa, que não eu, ir ao correio levantar uma encomenda em meu nome (juro que ontem às 11h estava aqui, mas se o senhor carteiro diz que ninguém atendeu...);
- A secretária arrumar-se sozinha.





Quando o telefone toca (e do outro lado está a senhora que nos limpa a casa e trata da roupa)

Como assim uma meia de cor na máquina de roupa clara?


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Rápidas

Ontem à tarde o portão da garagem avariou. Hoje de manhã liguei ao senhor que arranja portões, que me disse que só amanhã à tarde é que pode ir lá. Deixei o carro no parque pago. Cobram-me 2,30 € por hora. Se a amanhã o portão não ficar arranjado ponderarei comprar um novo.
Roger and over.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Boião de cultura

Hoje trago-vos uma sugestão de leitura. É comum ouvir-se dizer que os filmes ou séries de televisão ficam sempre aquém do livro que lhes deu origem. Vamos ver se o inverso é verdade.
 A sugestão de hoje é esta:
Do livro só tenho a dizer que tem a capa mais "oh, tão giro!" dos últimos tempos e que a Mironinho adormeceu ainda antes de se saber quem levou o diamante. Não sei se isso é bom, mas a mim, fez-me muito feliz, porque normalmente a esta hora está a pedir-me água, a dizer que quer ir fazer xixi pela 3.º vez, que precisa de ir lavar os dentes outra vez, enfim, tudo é desculpa para sair da cama.

Não se diz não a uma grávida

A propósito dos comentários de Mário Soares sobre Eusébio, a NM doCalma com o andor pediu-me para repescar um comentário que fiz no blog da Mais Picante. Como não se nega nada a uma grávida, depois de muita pesquisa dei com o post e vou fazer-lhe a vontade.

O post era  este e o meu comentário era este (mas com mais erros):

"Há uns anos vivia perto de mim uma senhora que com a idade começou a ficar demente. Os filhos, que estavam todos empregados e não podiam ficar com a senhora, não encontravam um bom lar que pudessem pagar e estavam a ver se contratavam alguém para estar a tempo inteiro, ou pelo menos durante o dia, a tomar conta dela. A senhora era muito educada e inofensiva, mas de vez em quando saía de casa e ia para os cafés das redondezas ou para o centro comercial pedir dinheiro/mendigar. As pessoas, com pena, acabavam por dar dinheiro. Inevitavelmente, passados alguns minutos, os filhos eram alertados ou dando conta do desaparecimento da senhora iam buscá-la e pediam desculpa às pessoas que tinham dado dinheiro a mãe, devolviam o dinheiro e pediam que se a cena se repetisse não dessem. No centro comercial a senhora já era conhecida e às vezes eram as próprias logistas que avisavam os clientes e telefonavam aos filhos para a irem buscar.
Neste caso, acho que a os jornais e a família deviam tomar uma atitude semelhante. Sempre que o senhor quisesse disparatar, os jornais deviam abster-se de o publicar e deviam telefonar à família para que o fosse buscar. A família, por sua vez, estando ocupada com obrigações laborais, que é perfeitamente legítimo, devia procurar alguém que tomasse conta dele e não o deixasse andar a dizer certas coisas em público."

The times they are a-changing

Estava aqui a ouvir este álbum, e percebi que trabalhar com música não é para mim. Ou bem que me concentro no trabalho, ou bem que oiço música. Normalmente ganha a música. Raios, não era suposto aquilo do multitasking nas mulheres? Cambada de mentirosos... Pois que isto das ideias na minha cabeça são como as cerejas, atrás de uma vem outra - e nem sempre a segunda é melhor do que a primeira, nunca é - e lembrei-me de ir ver quando é que a hora muda. Há-de ser no dia 30 de Março. À 1.00h da matina os relógios deverão ser adiantados para as 2.00h. Ainda pensei agendar este post para essa semana, mas se o fizer hoje tenho quase a certeza de que serei a primeira pessoa a lembrar-vos da mudança de hora este ano.  Há tanta gente na blogo que gosta de nos vir dizer coisas como se fosse a primeira vez que alguém se lembrou delas, olhem, eu sou só mais uma.
E agora estava aqui a pensar que se um dia tiver um cão lhe hei-de chamar Mr. Bojangles...

Puff

... e assim se passaram as festas ou, como eu gosto de lhe chamar, a outra silly season. Sim, acho um exagero tanta paz e amor, perdão e tolerância só por ocasião do Natal, mas olhem, é, era, Natal, vamos fingir que sim senhor, não anda meio mundo a tentar passar a perna a outro meio. 
Adiante. 
O blog retomou o seu cabeçalho "normal", que é como quem diz, sem a maravilhosa edição em paint que lhe adicionei, que isto de ter um cabeçalho by Palmier Encoberto é tudo menos normal. Bom, e isso de não ter edição em paint também é uma coisa que ainda tem de ser pensada, que uma pessoa afeiçoa-se a estas sofisticações de edição de imagem e fica com vontade de dar uns toques no cabelo só para ficar mais fiel à realidade (triste realidade, senhores, que este tempo dá-me cabo da mise).
Prossigamos então, agora com a data no pantone da moda, espécie, um orquídeazinha selvagem, que é assim que me sinto hoje.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Não suporto!

Eu juro que não ia dizer nada. Tenho os lábios roxinhos de tanto os morder, mas é mais forte do que eu.
Tem sido assim, morte após morte, figura pública atrás de figura pública, umas com maior relevo, outras com menor, outras com um relevo extraordinário. E eu vejo as homenagens sofridas, questiono-me sempre, mas dou o benefício da dúvida e prefiro acreditar que são efectivamente sentidas, mesmo que não se saiba nada além do nome do de cujus, às vezes, nem isso.
Mas, senhores, esta mania que algumas, muitas, demasiadas, pessoas têm de se dirigirem a figuras públicas mortas na segunda pessoa do singular, pelo primeiro nome ou diminutivos que só os amigos mais íntimos e familiares usavam  é coisa que me põe os nervos em franja. Sou só eu que acho desrespeitoso os " Fulano (ou Fuli, porque era assim que os amigos o tratavam), és grande, ficarás para sempre no meu coração" e afins?

É poesia, minha senhora, é poesia!

Fim de semana sem a Mironinho. A comadre junta-se a nós na sexta ao fim da tarde. Prevê-se um serão de pasmaceira pura e dura.
- Eh tempo da treta, já me sinto a abolorecer por dentro. É que nem apetece sair de casa com esta chuva.
- Pois não... Estamos a ficar velhos. Lembras-te de quando saímos para ir jantar a Matosinhos e acabámos a comer uma parrillada de marisco em Vigo?
- Grandes malucos para nos fazermos à estrada. E Madrid, lembras-te? Apanhámos cada temporal. Grandes tempos. Vê-se mesmo que éramos irresponsáveis...
- Por acaso. Olha que ir ao Algarve pela auto-estrada não fica muito mais barato. E sempre tinhamos os espanhóis com as calças curtas mas giros giros giros. 
- Os feios vieram todos para Portugal para as rebajas. Este fim de semana é que não é bom. Por causa dos Reis a estrada está cheia de malucos e de Guardia Civil com correntes.
- Que séries tens aí?
- Ando a ver uns reality shows, Breaking Amish e Amish Mafia. Conheces?

5 horas depois.

- Lo siento señores. Para una noche tenemos solamente una  habitación doble, pero podemos instalar una cama extra.
- Vale! La cojemos.

12 horas depois:
- Ai Mirone, como é que aguentas? Diz-me que Mr. Mirone não é sempre assim. Coitados dos vossos vizinhos!

Querida comadre, que és para mim como uma irmã. Como é que eu te hei-se dizer isto de forma simpática e sem expor muito a minha vida íntima? 
Aquilo que acontece no quarto (bom, às vezes é mesmo no sofá da sala), quando as luzes se apagam (e com as luzes acesas, que o Mr. Mirone não é cá de pruridos), é Poesia, pura Poesia. Mr. Mirone não ressona, Mr. Mirone declama. São os dez cantos dos Lusíadas, mais dois cantos extra, que sairam agora numa edição de coleccionador, numerada e assinada pelo autor, declamados de uma ponta à outra... e de trás para a frente... em esperanto. Um Villaret! O Vitor de Sousa, que me lê preocupado, tem motivos para isso, ó se tem. Não sei como foi a sua carreira contributiva, mas no seu lugar poria as barbinhas de molho e começaria a pensar na reforma.
Auto-motora? Não sei de que é que estás a falar. Aquilo que os teus ouvidos destreinados de solteira (essa é que é essa!)  não conseguiram decifrar era poesia.

Mas sim, só acontece quando está mais cansado...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Coisas que já não me deviam irritar, mas irritam

Ler/ver notícias sobre gémeos que "nasceram com um ano de diferença".
Nascer em anos diferentes (com poucos minutos de intervalo) não é a mesma coisa que nascer com um ano de diferença (365/366 dias de intervalo).

2 de Janeiro de 2014

(Ainda estamos a meio do primeiro dia de trabalho e já me começam a faltar as forças)

O que as pessoas que se cruzam comigo pensam que acontece quando me cumprimentam esfusiantes com o originalíssimo (não podia ser menos!) "Já não nos víamos/falávamos desde o ano passado!":

O que efectivamente acontece de cada vez que tenho de ouvir esse cliché:



Vocês não me querem assim tanto mal para me agredirem dessa forma bárbara, pois não?
Vá, têm o ano de 2014 todo pela frente para pensarem num frase verdadeiramente engraçada e original para me dizerem daqui a um ano, pode ser?


Um polícia em cada rotunda

Depois de há uns tempos ler o meu desabafo no blog, o legislador (sim, o legislador, um senhor cansado - um único, não hão-de certos diplomas ser um aberração - que ganha a vida a legislar), tirou-se de cuidados e, finalmente, deixou escrito preto no branco como se circula nas rotundas e estabeleceu coimas para quem o faz de forma errada.
Não costumo fazer resoluções de ano novo ou formular desejos durante as doze badaladas, faço-o agora. Para 2014, desejo um polícia em cada rotunda!
Apre! Para ver se senhor do Citroen Saxo azul que circulava à minha frente esta manhã aprende!