Se há coisa que nos define, aos Mirones, é gostar de ver a desgraça alheia. Mostrem-me, se conseguirem, um mirone que perante um acidente de trânsito, e a eventual existência de feridos graves, encarcerados ou - até estremeço - mortos, não tenha deixado tudo o que estava a fazer para ficar ali a olhar. Um mirone, que vendo passar um carro do INEM, não estique o pescoço só para ver onde vai com tanta pressa (é hoje que a velhaca da minha sogra estica o pernil!). Um mirone que, sabendo de um barco de pesca que em dia de temporal naufragou junto à costa, ceifando a vida a 5 pescadores, não siga concentrado as operações de resgate dos sobreviventes e busca dos cadáveres. Não conseguem, eu sei.
Agora um desbafo: Eish, o que eu gostava de ter estado na reunião de S. Bento a ver o circo a arder!
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