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quinta-feira, 19 de junho de 2014

O problema das pulseiras de elásticos

... é, querida Xaxia, uma mãe ceder aos pedidos da filha, porque sim senhor, desenvolve a motricidade fina, é uma forma de as crianças darem largas à criatividade, não suja nem desarruma muito, há modas piores, que mal tem? O problema é a criança decidir fazer pulseiras para oferecer à professora ou à médica, e nós acharmos que sim, que é um gesto de carinho, um amor, que é sinal de que a criança está feliz e gosta delas. O problema é a criança fartar-se ao fim de meia dúzia de elásticos e termos de ser nós a acabar as pulseiras (menos mal, uma pessoa distrai-se, encaremos a coisa como uma terapia, uma espécie de meditação). O problema é a criança oferecer a pulseira à médica e quando esta lhe diz "Oh, que gira! Foste tu que fizeste?", a criança, a quem sempre foi dito que mentir é uma coisa muito feia, responder muito sincera "Não, foi a mamã". O problema é a expressão da médica, "ah, pois,  a mãe também embarcou nessa moda", quando no seu olhar conseguimos ler perfeitamente " ah, coitada, deve ter uma vida tão infeliz". O problema é não termos ali ao lado um buraco para nos enterrarmos...

7 comentários:

  1. A médica é uma querida, e tem um filho. Aquilo que vi nos olhos dela era mais pena que outra coisa. :D

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  2. Sabes que mais? Fizeste-me sorrir. E pensar que ter três rapazes é "náice". E que o minovo já ter 14 anos ainda mais :D:D:D:D:D

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  3. *mainovo, chícara, que mesmo a escrever mal de propósito consigo ser pior :D

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    1. Dinada, olha que há rapazes a ganhar pequenas fortunas a vender a outros rapazes pulseiras de elásticos com cores e motivos mais "másculos".

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    2. Sei disso porque sou uma pessoa muito informada, ó. Só que o gene do "empreendorismo elástico" não lhes calhou, porisso não os consigo explorar, não sei se tázavêre :D

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    3. A minha também não foi abençoada com o ene do empreendorismo. As pulseiras são para ela ou para oferecer (ainda assim vejo ali algum potencial, atenta a tendência para explorar mão de obra gartuita, eu).

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  4. Nem sei fazer, nem quero!
    Esse risco não corro eu.

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