Falam-se línguas (translate)

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014!

Então mas o que vem a ser isto?
Já cansados? Eu não vos avisei que era para beberem com moderação? Que mania, de só fazerem o que querem! Ai a Susana está aos beijos a outro? Azar o dela! Vai lavar a cara, compõe-te, que daqui a nada é meia-noite em Nova Iorque e a Susana há-de estar a vomitar no colodo outro.

Feliz 2014!

Mais outro!

De olhos postos na torre, Paris recebe o ano novo de braços abertos! Aqui, vamos recebê-lo com mais um brinde!

Feliz 2014!

Mais um brinde!

Agora em Moscovo! Abracem-se, beijem-se muito que está frio!

3, 2, 1....

Feliz 2014!

Tchim tchim outra vez!

Em Singapura já se canta "chegou a hora do adeus,irmãos...". Flutes a postos...

Feliz 2014!

Façam dele o melhor ano das vossas vidas.

Até já!

Cheers!

Vá pessoas, toca a pegar nas flutes que entretanto na Austrália o novo ano está a chegar! Já escolherama pessoa que vão beijar daqui a poucos segundos? Olho nela (e, já agora, certifiquem-se de que também ela está de olho em vocês, para poupar uma entrada embaraçosa em 2104).
Guardaram lugar com a melhor vista para a ópera e ponte de Sidney?

Em 3, 2,1...

Feliz 2014!


Agora, tenham juizinho e bebam com moderação, se ainda querem chegar a Lisboa em condições.
Volto para Singapura.

Mundo cão!

Se a minha vida fosse um filme, ontem ter-me-ia dado um jeitão que se tratasse de uma película do cinema mudo. Reformulo. Se a vida de algumas pessoas fosse um filme ontem ter-lhes-ia dado um jeitão que fosse cinema mudo.
Depois de uma manhã de sonho no Barreiro (não é para vos fazer inveja que vos esfrego nos olhos estes momentos de vida perfeita, nada disso caros leitores, não fiquem tristes), despachei-me a tempo de ainda vir almoçar a Lisboa. 
Estando sozinha, quis despedir-me do ano laboral num restaurante com bom ambiente e guardanapos de pano.
Calhou-me em sorte, e que sorte, uma mesa com muito boa vista, a saber, para uma mesa com três indivíduos do sexo masculino com um bom ar bestial. Se vamos comer uma boa refeição, é sempre bom fazer o pleno e "dar pasto" também aos olhos. 
Entre uma garfada e outra lá ia levantando os olhos, sim senhor, que agradável, ricos colírios.
Percebi pela conversa que gostavam de bicicletas. Com certeza, não é alapado no sofá que se consegue aquele ar. Dizia um, que tinha visto no Olx um anúncio de uma bicicleta muito boa e com pouquíssimo uso, mais de 700 euros mais barata do que uma que ele queria (setecentos euros, para mim, dava para comprar uma bicicleta e ainda sobrava para o capacete! Vejam como sou entendida no assunto) e que em princípio ia vê-la esta tarde. "Fica numa rua aqui perto, a referência que o vendedor me deu é que fica por cima de um consultório de psicólogo para cães. Queres vir comigo ver?" 
Responde um deles, por sinal o mais giro: "Psicólogo para cães?! Mas quem é o otário que gasta dinheiro nesses tipos? Os cães não têm cérebro, não falam!"

Porquê? Não é justo!




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Saúde, muita saúde

Sempre que levo a Mironinho à natação tenho usado aqueles 45 minutos que passo nas bancadas para passear pela blogolândia ou gastar os dedos a jogar. Ou melhor, passava. Para a semana vou levar um terço. Sim, serão 45 minutos de fervorosa oração. 
Pedirei a Deus que me dê muita saúde, que me proteja desse flagelo que são as aulas de hidoginástica que decorrem na piscina do lado. Ninguém merece tamanho castigo para os ouvidos.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Como sobreviver às festas com índices de colesterol e glicémia aceitáveis

O meu plano de Seis passos para não andar a comer doces até aos reis:

1. Reforçar o stock de tupperware lá de casa.
2. Juntar a família toda para um lanche no dia 25.
3. Definir o que cada um vai levar.
4. Distribuir mais de 30 pessoas por casa.
5. Ameaçar a família de sequestro (ninguém sai enquanto houver comida na mesa - ou se come ou volta à procedência devidamente acondicionada nos tupperware referidos em 1).*
6. Deitar a Mironinho antes das nove da noite porque adormeceu no sofá exausta de tanto brincar.


*obrigada cunhados pelo conjunto de facas oferecido.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal

Querido Pai Natal,
Este ano portei-me um bocadinho mal e criei um blog que me trouxe leitores simpáticos e bem dispostos e a quem quero desejar um Natal muito feliz.
Quando esta noite distribuires os presentes, por favor, deixa-lhes um enorme beijo meu no sapatinho.

Mirone

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

É só para dizer

Que a Mironinho foi passar a tarde a casa de uma amiga e eu estoua ver o "Chovem almondegas" .

Joy to the world, the Lord is come! Let Earth receive her King!

Check-list

Então meus lindos, já têm o saco-cama? Se calhar não é mal pensado arranjarem também uma tenda, que vai chover. Têm convosco as cadeiras de campismo? Já verificaram o vosso boletim de vacinas? Está tudo em dia? E o passaporte, tem pelo menos seis meses de validade? Comprimidos para o enjoo, um calmante para tomar em SOS? Sim, têm tudo?
Então pronto. Para aqueles que guardaram estes dias para fazer compras, para enfrentarem filas intermináveis, pessoas stressadas, ambientes saturados, lojas desarrumadas, desejo toda a sorte do mundo.
Se precisarem de alguma coisa, vou estar por casa, alapada no sofá a espreitar a blogo no intervalo das séries e dos filmes, à espera do rapazinho da frutaria.

PS - Ponham umas bolachitas no bolso, um rebuçado, uma peça de fruta, para o caso de vos dar a fraqueza.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Não têm de quê...

Agora que a blogo já vos ofereceu todas as listas/sugestões de presentes possíveis e impossíveis, mas sobretudo previsíveis, agora que já vos foi dito o que devem vestir e calçar, quais e como devem ser usados os mais diversos acessórios, o Mirone avança mais umas casas e entra no campo da adivinhação e controlo da mente, essa ciência só ao alcance dos mais especiais e apresenta a "Grandiosa Lista"!
Não vos trago as previsões do zodíaco, desenganem-se. Se é isso que procuram queiram dirigir-se ao quiosque ou tabacaria mais próxima, aos sites da especialidade ou atentem nos vossos televisores, que o que não falta por aí são previsões astrológicas.
O que vos vou dizer resulta de um estudo que levei a cabo nos últimos anos e que, com orgulho, posso dizer que nunca falhou.
Não é, contudo, um conjunto de meras constatações. Vão assistir a um verdadeiro método de controlo do comportamento humano. Preparados? Então ponham os olhos nisto:

A Grandiosa Lista:
Bacalhau com todos, roupa velha, cabrito, leitão, perú, pernil, polvo, galo, arroz de miúdos, batata assada, azevias, filhós, formigos, rabanadas, fatias douradas, tronco de Natal, queijadas, mousse, arroz doce, aletria, coscorões, doces de ovos, pão de ló, bolo rei, pão de rala, sericaia, sonhos, broas castelares, frutos secos, batata doce, queijos, enchidos, baba de camelo, escangalhado, pudim, farófias, tartes, tortas, vinho, licores, espumantes...
Acertei? Os dias que se avizinham vão ser cheios de tudo isto, pois vão.
Depois há-de vir o remorso, o peso na consciência que, inevitavelmente, se instalará no perímetro abdominal, coxas e ancas. Eu sei, eu sei, sentem que vos estou a descrever. São muitos anos de estudo rigoroso.
Agora a inovação. O controlo comportamental. Leiam aquela lista até à exaustão, quando vos faltarem as forças, leiam outras tantas vezes. Se ainda assim, sentirem alguma dificuldade, procurem imagens e fixem-nas. Em situações extremas, peguem nos vossos portáteis, nos smartphones e façam-no junto das condutas de exaustão de uma pastelaria com fabrico próprio.
Enjoados? Com tonturas?
Então parabéns! Atingiram o resultado pretendido! Estou certa de que da próxima vez que se abeirarem de uma mesa de consoada  terão perdido grande parte do apetite.

Vá, não percam tempo a agradecer, concentrem-se na "Grandiosa Lista" e entrem em 2014 com uma figura invejável e sem lamentações ou remorsos (ou não, mas aviso já que se não resultar a culpa é só vossa, lambões!).

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eu sei que é Natal

e que é espectável que as pessoas incorporem o espírito natalício,  estejam mais disponíveis, mais generosas, mais dispostas a perdoar.
Acontece que esses sentimentos bonitos ficam bem quando há reciprocidade, quando não é só um a dar e a perdoar.
De maneiras que
não, não vou trabalhar no dia 23 e 24, já há muito assinalado como férias no meu calendário, sem saber quando me vai pagar ("se der para vermos isso do pagamento só em Janeiro" é para me rir?) só porque o senhor quer ir para férias descansado.
Agora com a sua licença, vou voltar a LalaLand, de onde só espero sair lá para dia 26.

Alguém me explique, por favor, o que se passa com os clientes maus pagadores nesta altura do ano, que os deixa especialmente imbecis?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Adenda

Mas depois uma pessoa vê aquelas carinhas lindas a dançar e a cantar, a desaparecerem atrás das cortinas, rasam-se-lhe os olhos de água, apetece-nos gritar bravo! mas temos um nó na garganta e sim e queremos que aquilo nunca acabe.



Feliz Navidad, Feliz Navidad!
Feliz Navidad, Propero Año e Felicidad!
I want to wish you a merry Christmas, I want to wish you a merry Christmas...

Mariah Carey, volta que estás perdoada!

Mentira, não voltes, que o All I want for Christmas is you continua a ser o meu ódio de estimação no que toca a músicas de Natal (Wham, não fiquem tristes que o Last Christmas vem logo a seguir).

Mas não vos vim falar da Mariah nem dos Wham. Vim falar-vos de  Jose Feliciano. Quem?! Ó Mirone, tem lá paciência, que estamos na semana antes do Natal, estamos cheios de trabalho, não temos tempo para essas coisas! Calma, eu explico, Jose Feliciano, esse grande artista de renome internacional.
Para aqueles de vós que possuis uma cultura musical como a minha e achais que pelo nome Jose Feliciano deve ser primo do Graciano Saga que tem uma loja de roupa no Fundão, chibatai-vos 30 vezes e correi ao youtube a procurar "Feliz Navidad". Eu facilito-vos a vida, aqui está:


Sabem quantas vezes ouvi esta canção ontem, sabem? Não sabem, pois não. Mas eu digo-vos quantas. Muitas! Muiiiiitas! Demasiadas! Tantas que à sétima vez lhe perdi a conta. 
Era daquelas músicas que não me incomodavam nada, aliás, era uma daquelas músicas que me deixavam a bater o pé e de sorriso nos lábios a trautear baixinho "feliz Navidad, feliz Navidad"o resto do dia. Mas depois de praticamente duas horas no cabeleireiro com os vapores da tinta - diz que é natural e não faz mal e tudo e tudo, mas tem cheiro na mesma - a ouvir o Jose Feliciano em loop, que o raça do cd de música ambiente deve ter 5 músicas, no máximo! (sim, tem Wham e Mariah Carey), uma pessoa descompensa, pois descompensa. Fica o resto do dia assim para o modo alerta no que diz respeito a músicas de Natal. E se depois, ao fim do dia, na festa da escola da Mironinho entre a actuação de cada grupo puserem um separador com a Feliciano a cantar, a coisa fica pior. E são sete actuações, com cerca de 50 miúdos em palco de cada vez (duas turmas por cada ano, desde o infantário ao 4.º ano), e tirar aquela tropa fandanga do palco e mudar os cenários e fazer entrar os próximos ainda é coisa para demorar um pedaço, e o homem não se cala, feliz Navidad, feliz Navidad, e as pessoas marcam o ritmo com palmas e no início alinhamos, que o espírito é de festa. Mas lá para a actuação do primeiro ano - a Mironinho actuou no segundo grupo - começamos a pensar que quanto mais velhinhos os meninos são mais complexa é a actuação, mais demorada é a troca de cenários, deixamos de bater palmas. No fim da actuação do grupo da terceira classe já só queremos que o senhor acorde a meio da noite aflito para ir à casa de banho e bata com o dedinho pequeno no pé da cama e grite tanto que dê cabo das cordas vocais que nunca mais possa cantar. E quando sai o grupo do quarto ano pensamos que sim, que acabou tudo, podemos ir para casa, a directora ainda vem dizer umas palavrinhas e há o sorteio dos cabazes e nós nem sequer comprámos uma rifa (uma pena, que os cabazes eram bem bons) e já não ouvimos nada senão "feliz Navidad, feliz, navidad..."

Feliz Navidad, Feliz Navidad!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Estimado cliente

Serve o presente para informar V. Ex.a que, à excepção daqueles a quem a idade, um acidente, uma doença, enfim, um infortúnio, trará um encontro com o Criador, o mundo não acabará no próximo dia 31, da mesma maneira que não acabou no dia 31 de Julho, recorda-se? 
Mais informo que tenciono passar uma parte substancial da manhã no cabeleireiro a ler as fofocas das revistas cor-de-rosa. 
Desde já grata pela compreensão, dispeço-me com saudações natalícias

De V. Ex.a
Atentamente

Mirone

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Era só uma ideia

E se eu pedisse ao Mr. Mirone para me telefonar assim por volta das 22 horas, a dizer que a Mironinho estava chata, que até achava que ela estava adoentada, e eu, mãe extremosa, tivesse de abandonar o jantar onde estava, e não pudesse assistir à maravilhosa actuação da organista Célia a cantar o Apita o Comboio e os Peitos da Cabritinha, não pudesse ficar para o Karaoke, não pudesse assistir à representação das mesmas rábulas humorísticas dos anos anteriores (nem por isso mais bem ensaiadas)? 
Não?!


Calma. Não é preciso ficarem assim, estava só a dizer, e do dizer ao fazer ainda vai uma grande distância. Vocês também, sempre a julgar, sempre a julgar.


Continuo a achar que era melhor do que ter de dizer vezes sem conta que não, não me apetece dançar a Lambada com outra mulher (não me apetece dançar a Lambada, ponto final), que não quero entrar como comboio, que não vou cantar o Fecha a porta , Apaga a luz no karaoke... e um milhão de vezes melhor do que não ter coragem para dizer que não e ter de, efectivamente, dançar a Lambada com outra mulher, fazer um comboio e andar pela sala fora e cantar doce no karaoke - que é o que vai acontecer.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Os resultados do primeiro Mirone give-away/sorteio/passatempo

Cinco da tarde parece-me uma boa hora para revelar o nome do vencedor do primeiro Mirone give-away/sorteio/passatempo. 
Nenhuma autoridade se mostrou disponível para assistir ao sorteio do vencedor, pois pudera, a blogo está cheia de give-aways, não podem estar em todo o lado. De qualquer maneira, garanto-vos que fechei os olhos enquanto deslizava o rato pela lista dos seguidores do Mirone.
O prémio, ou O Tesouro, como lhe chamei, é um objecto de múltiplas aplicações, sendo contudo mais conhecido como um poderoso instrumento de "coce". Não faço ideia se a palavra existe com este sentido, e também não fui ver,  já que perdi muito tempo a fazer o laçarote. Mas também, era o mínimo que podia fazer. Os meus leitores merecem um embrulho personalizado. 
Voilá, a "coçadeira"!

Espero que faça as delícias do feliz contemplado, que terá precisamente 30 segundos para vir reclamar o prémio aqui na caixa de comentários. Caso contrário, Paula_2700milhas, atenta na caixa de e-mail, que vai para ti, que em menos de um fósforo deste o palpite certo.

E o vencedor,  aquele cujo Natal será passado a ouvir a Aurea, é O Casal! Tem 30 segundos para reclamar este maravilhoso prémio. O tempo começa a contar...Agora!




Venham daí esses palpites!

Um de cada vez, não se atropelem!
Como podem ver, já vesti o Mirone de Natal. Ponham os olhos na categoria de árvore que alinda o cabeçalho. Impecável, não? 
Deviam pensar que andava a dormir. Desenganem-se os profetas da desgraça que juravam a pés juntos que o Mirone não sobreviveria à quadra natalícia. Desafio-vos a encontrarem outra assim na blogolândia ou nas redes sociais. Não vão encontrar.
Ah pois é, mexi uns cordelinhos, falei com quem sabe e o resultado foi este. Tive de ser eu a fazer o Xmas make-over do blog.
E pensavam que as novidades ficavam por aqui? Pois muito bem, não ficam.
É com enorme gáudio que vos informo que vou lançar o primeiro "Mirone give-away/sorteio/passatempo". O prémio a atribuir será uma coisa de valor, em bom, muito bom, nestes dias em que nem tempo temos para nos coçar. Não esperem amostras de perfumes, cremes e unguentos em fim de validade. O que vos vou oferecer não só é de extrema utilidade, como vem acompanhado de uma garantia vitalícia. Eu diria mais, é um objecto que quererão guardar na família, transmitir de avós para netos. Será o vosso tesouro.
E o que precisam de fazer para ganharem "O Tesouro"?
Primeiro terão de adivinhar o que é O Tesouro. Deixem os vossos palpites na caixa de comentários. E depois? O que precisam de fazer? Nada. Rigorosamente nada. Daqui a pouco, e com os olhos vendados, que isto é uma coisa rigorosa e imparcial (lamentavelmente, nenhuma autoridade pública se disponibilizou a estar presente, mas se alguma autoridade da blogo - sim, Saia da Neuza, estou a piscar-lhe o olho - cá quiser dar um pulinho será bem-vinda), passo o rato na lista de seguidores et voilá, teremos vencedor.
Deslumbrados? Em pulgas para deixarem os vossos palpites? Penso que vos deixei dicas mais do que suficientes. Então, respirem fundo, com calma, componham-se e que comece a chuva de palpites. Em 3, 2, 1... começou!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Esperança

Depois do choque de ontem na perfumaria, hoje estou convencida de que ainda há esperança na humanidade, que afinal as pessoas têm bom senso, que não vão atrás da primeira cenoura com que lhes acenam.
Sabem quantas referências à data "mágica" de hoje vi na net? Sabem?
Zero! Nem um estado de facebook a referir a misticidade do 11/12/13, nem uma fotografia, nem uma frase inspiradora, nem uma profecia maia. Nadinha. 
Vamos ver se a coisa se mantém assim ou se foi só um fenómeno quasi-sobrenatural derivado da data. O tira-teimas será já na próxima sexta-feira, que será dia 13. 
Aguardemos então.

Quem não se sente

Não é filho de boa gente.
Estou sentida, leitores, muito sentida, magoada. Não é convosco, descansem. Estou sentida, mas ao mesmo tempo grata por não ser vendedora porque do que me é dado a ver não percebo nada de vendas.
Não estou a falar dos vendedores de cartões de crédito, de telecomunicações ou filtros de água que nos abordam sem serem solicitados. Estou a falar daquelas pessoas que percebem mesmo de um assunto e cujos preciosos conselhos procuramos. Estou a falar da menina que me atendeu na perfumaria e que me fez sentir uma velha desleixada.
Vamos lá ver uma coisa minha anãzinha de pele porcelanosa e impecavelmente cuidada. Quando uma cliente a aborda ao fim do dia, cansada ao ponto de já estar por tudo, e lhe pede uma base para peles sensíveis e secas a riquinha não desdiz a cliente "Mas a senhora não tem pele seca, tem a pele completamente desidratada, um desastre! A senhora não trata a sua pele, pois não!". Se eu lhe digo que trato e até lhe digo que produtos são, o pigmeuzinho de negras vestes não se ri. Nem me diz secamente que "isto só vai lá com um anti-age de hidratação profunda" que por acaso custa a módica quantia de 127 euros, combinado com uma base de 52 euros. Nem insiste que a minha cor é o 03 se eu lhe digo que essa é a que eu uso e vim comprar outra porque acho que essa já está um bocado escura para esta altura do ano  em que o bronzeado do Verão já lá vai.  Se me tivesse perguntado antes "e porque é que não experimenta este hidratante profundo com propriedades anti-age combinado com esta base?" garanto-lhe que alegremente ostentaria uma tez ral 540 (laranja galp). Sendo assim, nem um bâton do cieiro. Espero bem que o seu salário seja fixo e não dependa de comissões de vendas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Fazer uma cruz?

Leitores informados, abeirem-se de mim, por obséquio.
Como é que está a vossa cultura televisiva? Quem tem o hábito de assistir aos noticiários da manhã enquanto toma o pequeno almoço? Confirmem-me uma suspeita que tenho? Às oito da manhã não passam anúncios "marotos" nos intervalos pois não?
Estou aqui em cuidados com um anúncio que passou esta manhã e que despertou o interesse da Mironinho. Estava sentada no sofá enquanto eu, de costas para a televisor, lhe atava os sapatos.
- O que é que aqueles senhores estavam a fazer?
- Quais senhores?
- Aquela senhora e aquele senhor do anúncio.
Voltei-me, já estava a dar um anúncio diferente. Mironinho, cada vez mais impaciente:
- Estavam a fazer o quê?
- Não sei. O que é que eles estavam a fazer?
Irritadíssima:
- Eu é que perguntei isso!
- Mironinho, a mãe não viu.
- Estavam a fazer uma cruz. A senhora por cima e o senhor por baixo. Era o quê?

Uma cruz? A senhora em cima e o senhor em baixo? É que estou farta de dar voltas à cabeça e não consigo ver que anúncio poderia ser...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Já não se pode ser "umas prás outras"...

Isto realmente, é que nem no Natal o coração das pessoas amolece. 
Não se faz! Era só uma fotografia, que mal tem? Eu não mostrava a matrícula! Eu tapava a cara dos senhores agentes... Mas não, foi logo "Oh minha senhora, o que é que pensa que está a fazer? Largue lá o telemóvel para não nos zangarmos".
E pronto, enfiei o rabinho entre as pernas, em bom rigor, enfiei o telemóvel na mala e vim embora a desejar ser uma agente secreto, ou um detective privado, daqueles que usam máquinas fotográficas nas lapelas, só para poder tirar a dita fotografia.
Não podendo, olha Sexinho, fica sabendo que era para ti. Vi a Ramona (aka, carrinha do corpo de intervenção da PSP) com uma daquelas osgas desodorizantes no vidro da frente e queria mandar-te a foto, talvez desse para matar saudades que sei que tens da tua amiguinha das arábias. 
Definitivamente, hoje não é um bom dia.
 

Estão abertas as hostilidades

Começa hoje a minha temporada oficial de jantares de Natal, à razão de um por cada sexta, até ao jantar que verdadeiramente me interessa, a Consoada.
Que é como quem diz, começa a época oficial do escárnio e maldizer.
Já viste o que ela traz vestido, apanha-se fora do marido e já se sabe! Ai que gorda sem noção! Ai tão magra, está horrorosa!
E eu sem paciência nenhuma para o desta noite...



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Solta a Lara Li que há em ti

Telepatia
Silêncio
Calma...

Se as pessoas ouvissem mais as músicas desta senhora, o meu mundo seria bem melhor, e mais gordo.
Porque em vez do café do costume, a D. Creuza ter-me-ia servido um pratinho de churros e uma chávena de chocolate quente.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Post tudo-em-um (inquérito, hoje deu-me para isto, Mirone, a passar vergonhas desde il y a trop longtemps, ou, como deitar a culpa nos outros quando sabemos que é toda nossa)

Bom dia, leitores queridos.
Hoje preciso da vossa ajuda. Estamos em plena época natalícia, já todos devem ter os calendários do advento a meio - sim, que aquilo não são chocolatinhos que se apresentem, tão pequeninos, não enchem a cova de um dente - e espero que os vossos níveis de solidariedadde e ajuda estejam nos píncaros. Além disso, parece que blog que é blog só o é se tiver uma enquete/sondagem/auscultação/coiso. Não está ao nível da melhor a melhor enquete de todos os tempos, bem sei, mas respondam-me a estas questões, se tiverem oportunidade, sim?

1. Numa escala de 1 a 5, em que 1 representa nada e 5 representa muitíssimo, que importância/atenção dão vocês, meus queridos, ao calçado das outras pessoas?

2. Numa escala de 1 a 5, em que 1 representa nunca e 5 representa sempre, quantas vezes, luz dos meus dias, olham para os pés das pessoas que se cruzam convosco, por exemplo, quando vão levar os filhos à escola (quem não tem filhos imagine, que eu sei que os meus leitores são do mais imaginativo e criativo que há), ao multibanco e ao café?

3. Cruzando-se os amantíssimos leitores com uma dama extremamente bem apessoada, elegante que só ela, classuda que dói, sofisticada, inteligente, culta, no entanto modesta, sobretudo modesta, e reparassem que tem um sapato de cada cor, qual seria a vossa reacção?
a)Correria para casa ou para a sapataria mais próxima e trocava um dos sapatos para ficar igualmente bem apessoada, elegante que só ela, classuda que dói, sofisticada, inteligente, culta.
b) Vinha a correr contar no blog que vi uma senhora extremanente bem apessoada, elegante que só ela, classuda que dói, sofisticada, inteligente, culta com um sapato de cada e faria chacota disso.
c) Avisava a senhora discretamente, para que não ficasse constrangida.
d) Ria por dentro e não dizia nada.

Eu não vos quero influenciar, longe de mim tal ideia, mas como desejo o vosso sucesso em tudo na vida e tenho noção de que este blog representa uma parte importante, senão a mais importante, da vossa,  dou-vos uma ajuda e digo já que as respostas correctas são 1, 1, a.

Isto tudo porque hoje me deu-me para isto, sair com um sapato de cada côr, um azul escuro e outro preto, igualmente confortáveis, de maneira que só notei quando estava no café e a D. Creuza, que não lê este blog, mas se lesse seguramente responderia de forma errada, grita de trás do balcão "Bom dia! Hoje vem muito bonita! Agora é moda andar com um sapato de cada cor?"

A culpa é toda do Mr. Mirone, que devia ter chegado mais cedo, que mania de não viajar em jactinhos privados e se sujeitar aos horários dos voos regulares das companhias comerciais, e que não devia ter reclamado por eu acender as luzes para me calçar e da Mironinho, que é uma molengona todas as manhãs e me obriga a sair de casa sempre a correr para não chegarmos atrasadas.

Descansem fiéis leitores que uma das vantagens de trabalhar a poucos minutos de casa me permitiram fazer a troca de sapatos sem que mais ninguém (além dos pais dos colegas da Mironinho com que me cruzei, a senhora que estava atrás de mim no Multibanco e os clientes da D. Creuza) se apercebesse.










terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ingrata e estúpida, que uma desgraça nunca vem só.

Eu sei que sou tudo isso, mas tendo em conta as mil e uma fotografias de bolachinhas que populam o Feiceboso, sendo que em alguns casos a coisa virou negócio, e mais as pessoas que, dando o melhor de si, as fabricam e oferecem aos familiares e amigos pelo Natal, atrevo-me a sugerir: este ano pode ser outra receita que não a de bolachas de manteiga da Bimby super fácil sai sempre bem (e igual, aqui ou na China...)?

Ideias que eu tenho quando me enfio num shopping

Tirei a manhã para fazer as últimas compras de Natal. Ah pois, tirando os comes e bebes, que convém ir comprando fresco, ninguém me apanha nas compras nas semanas que antecedem o Natal.
Se escolhermos um dia de manhã, logo à hora de abertura das lojas, quando ainda está tudo arrumado e sem clientes, a coisa consegue não ser muito desagradável. Não é uma experiência zen, mas está quase lá, de tal forma que até me dou ao luxo de meditar. E quando medito em catedrais de consumo os meus pensamentos são, evidentemente, elevadíssimos.
Hoje pensei em workshops que sei que já existem, aparentemente sem resultados, mas que tinham tudo para dar certo se os formandos se aplicassem. A saber:
  • Noções básicas-mas-mesmo-básicas-como-é-que-ainda-não-sabes-isto de atendimento ao público (ou, não deixas o cliente à espera porque estás ao telefone com a Tânia a dizer mal da chefe/patroa e dos turnos que te ela atribuiu);
  • Noções básicas de atendimento ao público (ou, não te adianta nada dizer bom dia, se continuares com essa tromba de enfado e a responder contrariada);
  • Noções básicas de maquilhagem (ou, só besuntar a cara de cor de tijolo não te dá um ar mais saudável, especialmente se não usares mais nenhum produto e optares por manter o pescoço branco).
  • Embrulhos for dummies (ou, quando o cliente te pede para fazeres um embrulho deseja, efectivamente, que faças o embrulho, ainda que o laço possa ficar amarrotado até ao Natal. muito obrigada pelo cuidado).
A todos um Santo Natal cheio de paz e harmonia.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Nem um bom dia, um olá?

Passei três dias a receber mensagens da Vodafone de boas-vindas a Portugal, espero que a sua estadia no estrangeiro tenha sido agradável, ronhónhó ronhónhó, de cada vez que me deslocava do quarto para a sala.
Hoje chego ao trabalho e mensagem de boas-vindas que é bom, tá quieto. Hás-de ter muitos amigos assim, hás-de, ó malcriadona!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Podiam não ser a coisa mais linda do mundo, mas eu gostava delas...

Adepta fervorosa de saltos altos, contra todas as expectativas, adquiri recentemente os botins mais quentes e confortáveis de todos os tempos. Autenticas pantufas! Porém, pejadinhas de pormenores doIrados, ele é o fecho, ele são penduricalhos, ele é uma espécie de não sei o quê na parte de trás da sola.
Assim:



Deu-se o caso infeliz de, no último fim de semana, muito a contragosto de Mr. Mirone, que as achou uma piroseira de todo o tamanho, ter achado por bem aventurar-me pelo Alentejo profundo com as ditas "pantufas".
Deu-se também o caso de, na primeira oportunidade que os botins maravilha tiveram de ver a luz do dia, esta que vos escreve os ter escavacado no meio de umas pedras mais irregulares, perdendo a tacha que prendia a espécie de espora dourada à sola do calcanhar, para satisfação de Mr. Mirone.
Deu-se ainda o caso de eu ser uma pessoa extremamente poupada e achar que aqueles botins ainda tinham muitas alegrias para me dar, que aquilo não podia ser o seu fim e que o sr. Paulo, o sapateiro da minha rua, não teria qualquer dificuldade em recuperá-las. "Sim senhora. Igual, igual não fica, que não tenho uma tacha destas mas fique descansada que vai bem servida. Passe cá por volta da uma que acabando estas capas trato-lhe já disso".
"Isso" eram os botins mais quentinhos e confortáveis de todos os tempos. Mas o que recebi foi...
"Isto":

"Não é nada, deixe estar que foram só uns pinguinhos de cola e um parafusito, não é igual mas garanto-lhe que não volta a sair".

De certeza que foi macumba do Mr. Mirone... Ninguém merece!


Entretanto, no glamouroso mundo dos agentes funerários

- É um café pingado D. Creuza.
- E a nata, é queimadinha?
- Hoje é só o café que ainda tenho de ir ao hospital vestir um corpo para o Vitor ir preparar.
- Ele já está cá?
- Já, a formação eram só três dias. Olhe que valeu bem o dinheiro! Ontem preparou uma senhora que se você a visse dizia que ela estava a dormir. Parece que não mas uma corzinha faz muita diferença. Parecia uma artista de cinema!

Só só eu que acho estas conversas de uma ponta do café para a outra macabras?


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Quem dá e volta a tirar, ao inferno vai parar.

Estava eu, pela primeira vez na semana, a beber o meu café quentinho antes do trabalho, quando percebo que um casal já com alguma idade não tira os olhos de mim. Discretamente, olho para a vitrine dos bolos e tento ver o meu reflexo. Estarei despenteada, terei alguma coisa na cara? Nada a assinalar, aparentemente. Volto ao jornal, "enfim, ricas notícias, parece o Correio da Manhã. Ai espera, é o Correio da Manhã". Este mata, aquele esfola, este é preso, o outro fica em liberdade, o costume.
O casal octogenário levanta-se e, quando passa por mim, ela baixa-se e sussurra ao meu ouvido:
- Bom dia. Deixei-lhe o cafézinho pago.
Na minha cabeça foi assim (chapéu incluído):
Na realidade, foi assim:

- Bom dia... um café?
- É a esposa do Dr. Zé, não é?
- Não, está enganada. Eu agradeço, mas tem aqui o dinheiro do café.
Ainda vi o marido olhar para as moedas que eu tinha na mão, mas depressa foi avisado:
-Anda Chico. Não sabes que quem dá e tira ao inferno vira? Com 83 anos pode ser já amanhã.


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Estas pessoas não deviam ter telefone (ou o número do meu)

Nota prévia: Levantei-me praticamente ontem, de madrugada, ainda era noite escura, faço milhentos kilómetros e dou com o "sistema em baixo" e nada feito até meio da manhã. Estou com um humor de cão. 

Agora, as pessoas que não deviam ter telefone, ou o número do meu:
  1. Cliente caloteira, (ex-cliente, que não tenciono voltar a trabalhar com ela), a dizer-me que pôs no facebook que vai para França daqui a dois dias, mas eu que não fique a pensar que ela vai fugir sem me pagar, que aquilo é uma campanha de sensibilização para o cancro da mama. Ouça cá, ó anta! Eu não sou sua amiga no facebook muito menos fora dele, não sei o que escreve ou deixa de escrever, pague o que deve mas é! Está a ver? Por sua causa pareço o Nilton, argh...
  2. Amiga que durante a chamada da outra anta me liga seis (SEIS! Não uma, não duas, não três, mas SEIS) vezes, e quando finalmente despacho a outra e devolvo a chamada me diz que está desolada porque o Brian, o cão do FamilyGuy, morreu, que não se conforma, antes matassem um dos filhos, o Chris ou a Meg. Olha lá, então mas tu ligas-me seis vezes, não percebes que se te rejeito a chamada é porque não posso atender, para me dizer que um desenho animado morreu?
  3. Senhores do BarclaysCard. Nem preciso de dizer porquê, pois não? 
  4. Todas as pessoas que não seja para me dizerem que ganhei o euromilhões e que a partir de hoje só faço aquilo que quiser e de que goste mesmo.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Roxa e radiante vai a noiva

Há vestidos de noiva de sonho, lindos de morrer, pois há, daqueles que nos fazem querer casar para os podermos usar. Daqueles que a certa altura nos fazem pensar, mas esta choradeira toda é o quê, meu Deus? Não pode ser só emoção, mas caramba, a inveja também não dá para tanto. Sim, rasaram-se-me os olhos de água quando a vi entrar, é normal. E há vestidos que, mesmo lindos de morrer, simplesmente não foram feitos para ser usados num casamento num fim de semana gelado no Alentejo.
Mas ias linda, noiva do meu coração! E o roxo e azulado das tuas maõs e lábios ia muito bem com com o vestido da mãe do noivo. É bonito ver esta cumplicidade entre sogra e nora.
Por falar nisso, das relações entre noras e sogras (ou não)... Antes de mais, aviso já que estas imagens são o resultado de manipulações fotográficas, nenhum gatinho foi maltratado.
Parece que o tradicional lançamento do bouquet da noiva está a ser substituido pelo lançamento do gato. Não é mal pensado, não senhor. Neste casamento onde estive,  pelo menos três das sete solteiras que se atropelaram para ficar com o bouquet da noiva, tinham mais de 35 anos, deixaram de acreditar no amor e adoptaram nos últimos meses um gatinho.


Mais aqui.

Eu também falo de depilação

A pessoa passa o fim de semana a engolir em seco, morta de medo, responde mal a toda a gente e não mexe o braço para não "o" sentir e graças a Deus esteve num lugar com acesso à internet muito limitado (a propósito, as páginas sobre doenças deviam ter segurança reforçada, exigir mil e uma passwords e credenciações). Na segunda feira às nove já está no médico para ser vista, e não pensa noutra coisa senão na bodega do caroço, que agora se lembrou de começar a doer.
Raisparta o pêlo encravado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

E se...?

(Ainda no registo das lamentações e forretice)
E se nas auto-estradas, em vez de placas com a informação sobre os postos de abastecimento e os preços dos respectivos combustíveis (onde, aliás, podemos comprovar que não há qualquer espécie de concertação de preços, que ideia disparatada, realmente há pessoas que só estão bem a dizer mal, parece impossível), estivesse também a marca de café disponibilizada na cafetaria?
Custa tanto e é tão perigoso conduzir com sono, que se ao menos pudéssemos planear o café que vamos beber, custava menos pagar a fortuna que nos pedem por meia chávena de cicuta.
Fica a dica, senhores das concessionárias das auto-estradas.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mudaste. (Carta ao depósito de combustível do meu carro)

Querido depósito de combustível do meu carro,

Espero que esta te encontre bem e de saúde. Nós por cá tudo bem, na graça do Senhor.
Olhando para trás quase não te conheço. Parece que cresceste! De certeza que cresceste, estás um rebelde, eterno insatisfeito. Parece que nada do que te dou é suficiente, queres sempre mais. Eu sei que vais dizer que estou errada, que és o mesmo de sempre, que continuas igual, que os baixos consumos se mantêm, que o preço dos combustíveis é que aumentou. E tens razão meu querido. Mas, caramba,  tenho tantas saudades dos tempos em que cinquenta euros quase davam para te atestar de gasóleo. Éramos tão felizes!
Continua sempre assim e desculpa as lamúrias infundadas desta sempre tua

Dona


ps - espero que os setenta euros de gasóleo que te ofereci antes de vir para casa tenham sido do teu agrado.

Penso, logo insisto.

Há pessoas que gostam de pensar, que até o fazem bem,  com profundidade e utilidade. Algumas pessoas escrevem esses pensamentos, para que outros possam reflectir sobre eles. Outros usam-nos para desenvolver as criações mais incríveis. De alguma forma invejo os cientistas, os filósofos, os pensadores e criadores em geral.
Eu, que também gosto de pensar de vez em quando, dei comigo a pensar numa forma de optimizar os meus pensamentos. É que, parecendo que não, perco muito tempo em pensamentos que não me levam a lado nenhum (muito menos a humanidade). Quero muito acreditar que os meus escassos momentos de introspecção e pensamento coincidem com momentos de raciocínio lógico de maneira que seria bom usá-los apenas quando fosse estritamente necessário e útil.
Portanto, o primeiro passo é eliminar os pensamentos inúteis. Pensamentos inúteis? Como assim? Pensamentos negativos, futilidades? Não. Pensamentos inúteis.
Por exemplo, aqueles segundos que perco quase diariamente ou, em dias maus, várias vezes ao dia, sempre que me deparo com um letreiro puxe/empurre. Chego a estar ali um ou dois segundos a pensar para que lado abre a porta. E, pior, grande parte das vezes, mesmo que esteja a ler puxe, insisto em empurrar a porta. 
E pus-me a pensar. Em toda a minha vida, e fazendo as contas por baixo, de certeza que já me cruzei com estes sinais mais de mil vezes. Se perder dois segundos, que não é muito (contem comigo, um, dois, já passaram dois segundos), de cada vez que que vejo uma placa puxe/empurre, já terei perdido cerca de dois mil segundos, 33,33333... minutos, mais de meia hora! Ora, passar mais de meia hora a olhar para uma porta a pensar para que lado é que ela abre é uma coisa absolutamente inadmissível. Eu ainda estou na flor da idade, recuso aceitar que em toda a vida (a não ser que um dia, por não pensar, me espete contra uma dessas portas de vidro que dizem puxe/empure e morra cravejada de estilhaços) vou passar uma hora a pensar para que lado a porta abre.
De maneira que é isto. A partir de hoje vou fingir que os sinais não estão lá e vou arriscar a sorte, se não for para empurrar há-de ser para puxar. É o velhinho e básico método tentiva/erro. O mesmo "não raciocínio" será aplicado aos avisos de abertura fácil/abrir por aqui. Pelo menos são minutos de pensamento que poupo. Assim posso usá-los para escrever estes posts interessantes e, de alguma forma, ajudar-vos a pensar comigo.
Foram ou não foram bons estes minutos em que estiveram a pensar comigo?


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Alexa Meade

aqui vos falei das minhas "não-capacidades" e dotes artísticos no campo das belas-artes. Do bem que fiz em nunca ter dado ouvidos à psicóloga que me fez os testes vocacionais.
Depois vejo isto e tenho a certeza de que fiz a escolha certa.

É o trabalho de uma artista fantástica, Alexa Meade.
Sigam o link para saberem mais.
Ou vejam http://www.youtube.com/watch?v=UMn2q35HBeQ

Já?

Então mas era suposto já ter feito a árvore de Natal? Então não é para se fazer só em Dezembro? Tendo em conta a proliferação de estados e fotografias de pinheiros enfeitados nas redes sociais, começo a sentir-me uma rebelde.
Não é que me cause especial transtorno, não senhor, que cá em casa a árvore nunca é verdadeiramente desmontada, os enfeites voltam às caixas, embrulha-se a dita em sacos do lixo por causa do pó e arrecadação com ela para, no ano seguinte, em dia e hora que a Mironinho não esteja, aparecer como que por magia. 
É que montar a árvore de Natal e respectivas decorações com uma criança irrequieta não é propriamente uma experiência pacífica, conciliadora, cheia de risadas, beijos e abraços como se vê nos filmes e na televisão.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

All the single ladies, all the single ladies!

E, já agora, all the single gentlemen registados nos sites de encontros russos e que escolheram apresentar-se com estas fotografias. Abeirem-se de mim, só um minuto.
Sim, vocês, eu sei bem que logo a seguir aos americanos são os estrangeiros que mais lêem o Mirone.
Diz o ditado popular que quem dá o que tem, a mais não é obrigado e, nisto de encontrar o amor através de um site, não tenho a mínima experiência. Ainda assim, e não desvalorizando a vossa honestidade, não há cá photoshop, não há cá jogos de luzes, aprecio a atitude "what you see is what you get", mas já pensaram que se calhar são estas fotografias as responsáveis por continuarem solteiros...

Mais fotografias aqui.
 
De qualquer maneira, e porque sou uma romântica incurável e acredito que todos, sem excepção, temos direito a amar e ser amados, desejo-vos a maior sorte do mundo na busca da vossa cara-metade.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Não, não é mito...

...e depois de um dia inteiro num bairro social, estaciono o carro em frente a residências universitárias, aquelas da acção social escolar, e percebo que também ali há umas boas mãos cheias de carros melhores do que o meu e sinto muita coisa mas inveja não é uma delas, antes fosse.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

1, 2, 3 diga lá outra vez!

Hoje, em jeito de exercício catártico, uma espécie de workshop "liberte a sua ira e sinta-se bem" on-line, proponho o seguinte:
Imaginem que tiveram uma noite do demo, que têm o cérebro feito num oito, que uma pessoa que há dez anos conheceram num jantar de aniversário e que nunca mais falou convosco vos liga e, invocando a amizade estreita que vos une (o cérebro está agora feito num oitenta e oito, porque teve de fazer um esforço hercúleo até perceber quem era o idiota), vos pede uma borla para um trabalho chato "cumápotassa". Qual o insulto com que responderiam a tal pedido?
1, 2, 3 diga lá outra vez!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Onde é que eu errei?

Estou aqui que nem posso, senhores. Um farrapo, é como me sinto.
Não bastava ninguém dizer que sou uma mãe fofinha na Limetree, como levo um atestado de "chatice" por quem verdadeiramente pode avaliar o meu desempenho enquanto mãe, a minha filha.
Afinal, não ir a wokshops, não pertencer a fóruns de discussão, não fazer outras coisas importantes e fundamentais que as boas mães fazem, que suponho que existam, mas que desconheço em absoluto, e insistir em usar algum bom senso, pôr os olhos no trabalho da minha própria mãe, mostra agora os resultados. E que resultados, leitores!
Pois que me deslocava na minha viatura automóvel, com a Mironinho devidamente acondicionada e protegida pelo dispositivo de retenção exigido por lei, quando decidi ligar o rádio. Mironinho reclama, que quer ouvir o seu CD. Aproveitando para treinar aquilo a que os teóricos chamam exercício da parentalidade responsável, explico-lhe que não, que ouvimos todos os dias o seu CD, que hoje é a vez de a mãe escolher e a mãe quer ouvir as notícias. Mironinho insiste. Eu persisto. Ouviremos rádio, porque a mãe quer e não há mais conversa. Vejo as horas, procuro uma estação com notícias.
Das colunas sai o êxito dos Ultraleve, "Dizes que não gostas de mentiras, que estás farta de conversas... És uma chata!!!". Mironinho escuta atenta.
- Mãe...
- Sim...
- Este senhor está a cantar para a mãe  dele?
- O quê?
- Este senhor está dizer á mãe que ela é uma chata?
- ??????!!!!!!!

Está decido! A partir de hoje não se ouve rádio no meu carro!


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

... mas alguém teve outra ainda melhor!

O quê Mirone? De que é que estás a falar?
Peixes de apicultura! Ah pois é!
Fiquei a saber hoje à hora de almoço que existem peixes de apicultura. Indecisa entre o prato do dia que devia escolher (coxas de frango no forno com arroz e salada ou dourada grelhada com batata e feijão verde) fiquei muito mais esclarecida e com uma vontade louca de experimentar quando o Sr. João me explicou que a douradinha estava muito boa. 
"É de apicultura, já se sabe, mas olhe que hoje em dia a maioria do peixe já é todo de apicultura. À segunda feira é muito difícil encontrar bom peixe de mar, os barcos não saem ao domingo."
É verdade, estava bem boa, a dourada de apicultura!

Tive uma ideia!

E que tal começarem a vender-se castanhas já cortadas?
...à porta das escolas? Daquelas em que as mães vão buscar as filhas na sexta-feira, cheias de pressa, e não perdem um minuto a olhar para a vitrine dos recados onde se pede que na segunda-feira as crianças tragam um saquinho com castanhas cortadas...
...e cujas filhas, no domingo à noite, já na cama, e depois da história lida, do anjinho da guarda rezado, das roupas aconchegadas e dos beijinhos de boa noite, dizem baixinho "amanhã é dia de castanhas. Onde está o saquinho com as minhas castanhas?".
Mesmo que fossem vendidas a preços estupidamente elevados, acredito que muitas mães ponderando os dois cenários possíveis (A- deixar a criança na escola, ir pôr o carro a casa, dar um pulinho ao pingo doce comprar castanhas, ir a casa cortar umas quantas e levá-las à escola e seguir para o trabalho; B- deixar a criança na escola, ir ao mini-mercado em frente à escola, comprar castanhas e uma faca, cortar as castanhas no carro e levar o saquinho à senhora encarregue de receber os meninos e seguir para o trabalho), não hesitariam em comprá-las.
Fica a ideia. Foi assim uma coisa que me ocorreu, por nenhum motivo em especial, nem sequer porque me tenha acontecido o que descrevi (e tenha optado pelo cenário B)... Lembrei-me, foi só isso.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A papeleira

Lembram-se de vos ter contado que roubaram a papeleira do hall de entrada do Château Mirone?
Pois bem, venho agora contar-vos que se cumpriu a sabedoria popular, que é como quem diz, rei morto, rei posto!, the king is dead, long live the king!, le roi est mort, vive le roi!.
Leitoras e leitores, tenho a honra de vos apresentar..... rufos de tambores.... cornetas a ecoar....
A nova papeleira!




Pode uma coisa destas? Se calhar começo a fazer uma fogueira no chão da sala, quem sabe crio um porco na banheira...



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quando ela é ele

Quem nunca se enganou no sexo/género do seu cliente atire a primeira pedra.
Escusam de rir. Sejam sinceros. Eu sei que está sempre a acontecer.
Quem nunca trocou e-mails profissionais com um cliente, convencido de que era uma mulher? Ora, ora, toda a gente!
Quem insiste em iniciar toda a correspondência trocada com "Exm.a Senhora", "Cara" A... (um nome estrangeiro)? Toda a gente também, é uma questão de cortesia.
Quem é que, não conhecendo a pessoa em causa, aborta a ideia de ir procurar essa pessoa nas redes sociais só para saber mais qualquer coisa sobre a cliente com quem agendou uma reunião? Todos nós, certo? Olha cá agora control-freaks, era o que faltava. Que mania! Às tantas nem é utilizadora.
Quem é que recebendo um telefonema a pedir para alterar a hora da reunião, fica a pensar que a senhora anda a dar forte e feio no bagaço ou a fumar uma caixa de charutos todos os dias? É normal, há mulheres com voz grossa, ou talvez a senhora tivesse acordado há pouco tempo.
Quem é que responde com toda simpatia "Com certeza, posso mudar a hora. E a que horas é que a senhorA prefere? Fique descansadA, mudamos então para quarta-feira às 14h. Até lá, muito gosto em ouvi-lA". É perfeitamente normal, quando uma cliente estrangeira e que não nos conhece se desfaz em salamaleques do outro lado da linha, o mínimo que devemos fazer é sermos igualmente educados, não vá dar-se o caso de criarmos uma barreira cultural intransponível. 
Quem é que fica sem palavras quando, à hora marcada, se depara com um homem de barba rija? Eu!


Já agora, confirmem-me só uma coisa, por favor. Ashley é nome de senhora, não é?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A surpresa

Lembram-se de vos ter dito que estava a preparar uma surpresa para o Natal? Vá, vão lá procurar, não me obriguem a fazer links para o meu próprio blog. Está três posts abaixo, nem é preciso mudar de página.
Tinha tudo pensado, naquele dia em que decidi ter um blog de sucesso. Depois passou-me. 
De qualquer maneira tinha tudo para ser uma belíssima ideia e, como acontece com os it (verdadeiramente hit) blogs, foi vítima de plágio. Plágio é um eufemismo. Foi uma cópia descarada!
Eu esforço-me para perceber e tentar perdoar. Afinal foi a Venezuela, essa fábrica de Misses Universo!
Pronto, agora que a surpresa está "estragada", fiquem a saber que estava a pensar antecipar o Natal em casa e na Blogolândia. Um blog tão positivo, tão alegre, tão tudo tinha de ter cheiro a maçã e canela, lareiras crepitantes, pijamas encarnados de flanela, música, sininhos e chocalhos, laços e brilhos.
A Venezuela quis copiar e anunciou aos quatro ventos que é preciso acabar com a amargura na vida dos venezuelanos. Vejam aqui
Felizmente, como vos disse, passou-me e já não tenho de andar a moer o juízo (o meu e o vosso) para vir aqui inventar a roda.




Edição - Não satisfeito, criou também por decreto o dia de devoção e lealdade a Hugo Chavez. Aqui


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Infiel até à ponta dos cabelos me confesso!

É verdade leitores queridos. Sou infiel. Esta que vos escreve, esta a quem construíram um pequeno altar, esta que olham com admiração, esta a quem veneram, esta que elegeram como rolemodel para as vossas filhas, esta sou eu, infiel.
De nada serviu o exemplo irrepreensível da mãe, sempre fiel. Oh, como recordo os seus conselhos sensatos , "Mirone, filha, não te entregues ao primeiro que te aparecer, preserva-te. Olha que depois não há volta a dar.  Certifica-te que ele sabe o que é melhor para ti, que quer o teu bem. Não vás atrás do que as amigas fazem. não faças só porque elas o fazem. Tu és especial. Respeita-te. Certifica-te que é mesmo um passo que queres dar e que não te vais arrepender da pessoa que escolheste". Retive-os na memória grande parte da minha vida e aos 21 anos, quando decidi fazer madeixas pela primeira vez, foi pela sua mão que conheci a melhor colorista de todos os tempos. Já me cortava o cabelo há vários anos e sentia que estava preparada para dar o passo seguinte. Foi como sempre sonhei. As madeixas ficaram muito subtis, com um aspecto muitíssimo natural. Durante mais de 10 anos só ela me mexia no cabelo. Durante 10 anos toda a gente acreditou que aquela era a cor de cabelo com que tinha nascido. Chegou porém o dia em que percebi que vivia numa prisão, sob a constante pressão de ocultar as inestéticas raízes. Falámos, conversámos muito. Reavaliámos a nossa relação e decidimos que precisava de mudar. Passámos uma esponja pelo assunto. Começámos do zero. Voltei ao tom natural. Experimentámos coisas novas. Umas, o alisamento marroquino, adorei, outras, extensões, odiei e não duraram 2 meses na minha cabeça. Era fiel à minha cabeleireira.
Mas a vida dá voltas e o trabalho acabou por nos separar.
Entrei então numa espiral de destruição. Deixei de ser criteriosa, qualquer hora de almoço, qualquer furo a meio da manhã era pretexto para me enfiar no primeiro salão de cabeleireiro que encontrasse. Estive com a Rita, com a Sandra, com a Teresa e com a Mafalda. Com o Jorge e com o Alexandre. Experimentei novos cortes, voltei às madeixas. Queria qualquer coisa diferente. Mas queria a mesma sensação, a de olhar para o espelho e ver que aquela era eu.  Foram 5 anos de loucura, a viver para o agora, sem pensar no amanhã. 
Este verão percebi que precisava de parar. Bati no fundo. O meu cabelo estava destruído. A medo voltei ao sítio onde fui feliz. Ela recebeu-me de braços abertos. Lambeu-me as feridas, que é como quem diz, fez-me uma máscara de hidratação profunda, devolveu ao meu a cor e o brilho de outrora. Ainda havia esperança para o meu cabelo. talvez não precisasse de cortar tanto como ela previa. Levaria tempo e muita dedicação. Jurei-lhe fidelidade. Mas foi sol de pouca dura. Nesse mesmo dia, cortei a minha própria franja. Continuo a fazer as máscaras que me recomendou, tento não abusar das placas. Estava a conseguir.
Hoje, contudo, percebi que não consigo manter a minha promessa. 
As solicitações são mais que muitas e em todas as esquinas encontro um salão aberto, um cabeleireiro disposto a pintar e cortar o meu cabelo.
Hoje foi o Diogo, recém chegado ao salão de cabeleireiro aqui em baixo. Foi um corte simples,  só as pontas, mas saí de lá a sentir-me uma diva. Amanhã, quando lavar e secar o cabelo em casa, quando tiver de ser eu a penteá-lo, vou sentir-me um trapo e desejar nunca ter saído das mãos da Paula. Fui fraca, não consegui...
Vá, podem insultar-me, eu mereço.
 
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Porque só quero o vosso bem...

... e para não terem de ver esta imagem outra vez,
decidi que vou voltar ao registo de sempre, sem fotografias de comida, sem iogurtes, sem muesli, sem chocolates, sem crianças com laçarotes, sem gato.
Ao Pipoco Mais Salgado, o meu eterno agradecimento. Sem as suas preciosas dicas este blog nunca teria chegado onde chegou.
A vós, adorados leitores, desejo-vos uma noite descansada, que eu bem sei que andaram o dia todo com os nervos em franja, por não conseguirem aceder a este blog-maravilha. 
O meu dia, como percebem, foi uma loucura, a responder  e recusar, óbvia e modestamente, as mil e uma solicitações de parcerias, propostas publicitárias, entrevistas, ateliers de numismática, gabinetes de toponímia, variadíssimas bolsas de valores interessadas em incluir o Mirone nos seus índices. Até um cyber-escultor me contactou, que queria fazer o meu busto (parece que anda aí uma petição on-line a exigir uma estátua minha em cada blogo-rotunda, nem tive tempo de ver bem o que era). Só parei agora, nem sinto os dedos, de tanto escrever! Ainda assim, não podia deixar-vos sem uma palavra de reconhecimento, apreço e amizade.
Até amanhã.

É hoje!

É hoje, é hoje!
É hoje que este blog vai disparar para o Olimpo da Blogocoisa! É hoje que vou receber colinho do bom!
Quem o diz é D. Pipoco. Em verdade nos diz, se seguirmos a sua palavra, será nosso o reino da Blogo.
A fórmula parece-me infalível. Se não resultar, garanto-vos que será tão somente por inépcia minha.
Vamos a isto então!

Estamos em Novembro, o frio chegou e com ele a vontade de ficar enrolada no sofá, a bebericar chás e infusões, a organizar as fotografias da família. Há qualquer coisa sobre Novembro e organizar fotografias de família... não sei bem o que é... reviver aqueles momentos em que fomos imensamente felizes. Já vos disse que tenho uma família imensamente feliz?
 Em Novembro, talvez porque antecipe o Natal, mesmo mesmo a virar a esquina, apetece-me mais do que nunca comer chocolate. Bolo de chocolate, panquecas com chocolate, bombons! Muito chocolate!
 Mas quem sou eu para me enganar? Para vos enganar? Bem sei que o que me apetece é chocolate. Aprendi com o tempo ( em rigor, aprendi num workshop sobre gestão de tempo) que precisamos de tratar corpo e alma para sermos felizes. Portanto, apesar de me apetecerem chocolates, comecei a semana com o melhor pequeno almoço detox do mundo, home made, exuding love... Concordam?

Mironão e Mironinho adoram surpreender-me e hoje tive direito a iogurte com muesli e frutos do bosque na cama? Até o Cirano - the smartest cat ever - se juntou a nós. Mironinho estava orgulhosíssima. "Fui eu que escolhi a taça. Da mesma cor do meu lacinho!"

Por falar em lacinhos. Já vos disse que o Natal vem aí? Adoro o Natal!
Este fim de semana já comecei a tratar das decorações. Estou a preparar uma surpresa cá para casa. Depois venho contar-vos.

<3


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um minuto da vossa atenção, por favor.

Pois que com um header comme il faut decidi que este blog deve ser mais ousado. Para já, para já, decidi usar palavras/expressões em língua estrangeira só porque sim (desengane-se, porém, quem aqui vem à procura de um "out of the box" - no dia em que isso acontecer ponham-me dentro de um caixote e atirem-me ao mar). Depois, decidi privilegiar a interacção com os leitores. Ah pois, sou Mirone mas não ando a dormir. Eu bem vi que o post da Palmier me trouxe para cima de muitos visitantes. Vai daí a aproveitar o aporte de visitantes foi um tirinho.
Leitoras e leitores, ilustres "mironistas", tenho a honra de vos apresentar a primeira enquete, sondagem, survey, uma espécie, vá, o que lhe quiserem chamar (porque aqui a opinião do leitor conta, aliás, só a opinião do leitor conta). Não esperem nada muito elaborado, com direito a votação na coluna do lado, que não estou no computador. Vamos encarar isto como uma auscultação informal. Até porque os resultados obtidos serão usados única e exclusivamente para fins particulares, numa espécie de tira-teimas entre o casal Mirone.
Portanto, e sem mais demoras:


Pijama entalado nas meias de dormir, sim ou não?

Não quero influenciar a vossa votação, mas acho que estou a chocar uma gripe e o programa para a noite envolve mantas quentinhas e séries de televisão. Mr. Mirone acha que... Não acha nada, era o que faltava vir aqui fazer campanha pelo não!

Tenho o copo meio cheio

... Ainda assim, transborda.
Porque não tendo recebido a notícia que queria, não recebi a que não queria. 
Porque alguém que não me conhece, senão pelas imbecilidades que aqui escrevo, me dedicou o que de mais precioso se pode ter, o elemento que a ciência consegue medir, mas é incapaz de capturar ou reproduzir, o tempo.
Obrigada Palmier pelo melhor header que este blog poderia ter. Não podia ter chegado em melhor dia. Obrigada pelo tempo que tiraste ao teu trabalho, à tua família, ao teu descanso para, com uma imagem, teres desatado o nó que trazia na garganta desde o início da semana. Ficou perfeito.







quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Não me lembro

... quando foi a última vez que vi um "photoshopismo" tão mau.
Aqui

Great expectations

Se for verdade que os astros se alinham a favor de alguém, de repente parecem alinhados a meu favor. Por isso, estrelinhas mai'lindas, planetas mai'redondinhos, coisas boas da Mirone, aguentem só mais um bocadinho sim, mantenham o alinhamento até amanhã à tarde, pode ser?
Agradecida!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Agora lembrei-me de Bon Jovi

Não gosto particularmente de Bon Jovi. Aliás, sinto até uma certa aversão às suas música, mas estou desde o início da manhã com esse hino enchedor de estádios de futebol que é "You give love a bad name" a tocar na minha cabeça.
Esta manhã encontrei no café uma antiga colega de escola com quem não falava há uns anos. Tinha a melhor das ideias a seu respeito e fiquei verdadeiramnente feliz quando nos vimos. Lembro-me que era boa aluna e bem formada, muito bem formada, mesmo, sempre bem disposta e pronta para ajudar.
Encetámos a conversa típica de quem não se vê há uns anos valentes, casaste, tens filhos, onde trabalhas. Fiquei a saber que é professora do ensino básico, casou com o namorado de sempre, daqueles que vêm quase desde a escola primária, e tem uma filha com dois anos e meio.
- Mas tenho estado em casa, de baixa. Depressão, sabes. Então não é que no ano passado me colocaram na escola do bairro A... (um bairro social)?! Era o que mais faltava, aturar índios e ciganada. Credo, até tinha nojo de pegar na minha filha quando chegava a casa, tinha de tomar banho antes. Meti baixa e foi o melhor que fiz.
- E este ano, foste colocada?
- Fui, em Setúbal, vê lá tu! Mas não conto pôr lá os pés. Já viste, ir agora assim para Setúbal. Em boa hora, o meu marido andava farto de me pedir mais um filho, que queria tentar o menino, foi agora.  Vim agora de fazer as análises do primeiro trimestre. Vais ver se não meto baixa. Já tenho 37 anos, é uma gravidez de risco. Há aí muito professor que não ficou colocado a precisar de trabalhar. Olha agora ir para Setúbal.
-Eish... Olha as horas, tenho de ir. Boa sorte então com esta gravidez... Gostei de te ver...

E é isto, tenho aqui o louro das madeixas a gritar "you give teachers, a bad name". Logo eu que tenho tantas professoras na família e sei o quanto trabalham...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pára tudo!

O Cristiano Ronaldo tem uma parceria nutricional com a Herbalife!*



Era só isto.

*Vi hoje, mas a parceria já tem uns meses.

Dejá vu

Acabou de me acontecer, leitores, mais uma vez. Mirone, a participar em vexames em público desde... sempre?
Corria o ano de 2011, se não estou em erro, e o Palácio das Galveias acolhia uma exposição sobre instrumentos de tortura medievais (tenho cá para mim que foi aqui que o nosso ex-primeiro se inspirou para escrever a sua teses de mestrado).
Era sábado de manhã e o casal Mirone entendeu que seria uma belíssima forma de abrir o apetite para o almoço. Sala atrás de sala lá estavam elas, das mais imaginativas  máquinas de empalamento, aos simples alicates de arrancar unhas, dos quebadores de joelhos aos singelos garrotes, a arrancar esgares e arrepios aos visitantes. A certa altura, um casal que seguia à nossa frente protagoniza o episódio do dia.
Sem que ninguém esperasse, pelo menos sem que o esperássemos, o senhor cai redondo no chão. Ela desesperada, ajoelha-se e começa a gritar enquanto o sacode violentamente:
- Fernando, Fernando! Fernando, acorda! Socorro, ajudem! O meu marido está a sentir-se mal!
E o que é que o casal Mirone faz? Assume a sua condição em plenitude. Recua dois passos, cruza os braços e comenta entre si:
- Sabias que isto tinha um espectáculo associado? 
- Sim senhor, por acaso até é uma ideia gira, resulta. E olha que não vão nada mal. Muito realista, até.  esta nova geração de actores até se safa. Infelizmente não têm as oportunidades que deviam...
De joelhos, lavada em lágrimas, a senhora gritava:
- Fernando, Fernando! Ajudem!
E vira-se para nós, capaz de nos comer vivos (que apropriado, já que falamos de tortura) e ordena:
- Mexam-se! Pelo amor de Deus! Não fiquem aí parados, chamem o INEM!
Só então caiu a ficha. Afinal não era uma representação, era real e o Fernando precisava efectivamente de ajuda. Entretanto o segurança já lhe estava a aplicar manobras de primeiros socorros e reanimação e  Fernando retomava a consciência.
Aparentemente, impressionado com os instrumentos expostos, tinha tido uma quebra de tensão que originou o desmaio.
Depois de pedir mil perdões ao casal, de lhe explicarmos que julgávamos tratar-se de uma encenação, saímos de fininho com vontade de nos enfiarmos num buraco.
Hoje a história repetiu-se. Mas tenho a memória fresca e desta vez estava preparada.
Tomava eu o meu café antes de começar a trabalhar, quando um casal de adolescentes se senta na mesa ao lado da minha. Sorrisinho daqui, cochicho de acolá, tudo corria bem até que ele cai sonoramente sobre a mesa, inanimado. Pummm!
Num salto, viro-me para a rapariga que estava com ele e digo com voz firme ( quero acreditar que foi com voz firme, que não gritei):
- Calma, não se assuste! D. Creuza, ligue para o INEM, por favor!
- Oi? Quer o quê? - pergunta a dona Creuza.
Do outro lado, duas sonoras gargalhadas.
- Não é preciso, era uma brincadeira! Está tudo bem. Nem pensei que fizesse tanto barulho...
Mais uma vez, o sangue a subir-me o corpo e a tomar-me a face.  Novamente a vontade de enfiar a cabeça num buraco.

Definitivamente, não dou para samaritana!


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As estatísticas e o tsunami

As estatísticas dizem-me que estou a ter o maior número de visitas da Asia de sempre, nomeamente China, Japão e Indonésia.
Pudera! O Japão acabou de lançar um alerta de tsunami na sequência de um sismo de grande intensidade.
Fico a pensar na desilução que deve ser quando chegam até aqui.
Quem me mandou escolher o nome de um programa de observação cartográfica e da actividade ssismica? 

Ao que isto chegou...

Não gosto nada deste tipo de chavões, "ao que isto chegou", "é o país que temos", mas neste momento não me ocorre mais nada.
Bom, até  me ocorre.  Podia citar Charles Dickens, em A Tale of Two Cities e dizer  "It was the best of times, it was the worst of times.". Naturalmente, daria especial ênfase à parte do "worst of times", mas depois haveriam de achar que era uma grandessíssima pedante, a armar ao pingarelho. De qualquer maneira, o que se passou e que aqui deixo em forma de desabafo, não merece Dickens. Por mim, ficará com um "ao que isto chegou".
Nestes últimos dias tenho partilhado no blog episódios que, nada tendo de extraordinário, saem da rotina e por isso lhes dou destaque. Já mais que uma vez recebi comentários do género "mas onde é que andas?", "é no que dá viver em sítios pobres". Tinha para mim que eram episódios pontuais, excepções, que não senhora, moro e trabalho em locais seguros e, em regra, não frequento por zonas problemáticas. Mas hoje sou obrigada a dar a mão á palmatória. Vivo na selva, estou entregue à bicharada.  Ao que isto chegou, senhores leitores!
Pois que no meu prédio há vizinhos com elevado sentido de estética que, suponho (se calhar os motivos são outros, quem sabe, preguiça de ir aos correios, duas portas ao lado, pedi-lo),  não querendo perturbar a linha arquitectónica da fachada, optaram por não colocar nas caixas do correio o autocolante amarelo "publicidade não endereçada, aqui não". Contudo, não gostando também de publicidade não endereçada, suponho também que têm vidas muitíssimo atarefadas que não lhes permite fazer a selecção do correio no recato do lar e optam por fazê-lo no hall do prédio. Por isso, em reunião de condomínio, a maioria dos proprietários decidiu que se adquiriria uma papeleira, onde as pessoas que não querem colocar o tal autocolante, possam deixar os mil e um catálogos que diariamente lhes chegam à caixa de correio. 
Escusado será dizer que nunca a linha arquitectónica do hall do prédio foi tão valorizada. Na verdade, pondero propor à assembleia de condóminos a redenominação e afectação da utilização do hall como galeria de arte . Num prédio onde a limpeza (e consequente esvaziamento da papeleira) é feita duas vezes por semana é maravilhoso dar de caras com semelhante instalação sempre que se entra no prédio. É uma obra colectiva e penso que se chama "papeleira a abarrotar". Devo estar a maçar-vos com este discurso sobre arte. Bem sei, não é assunto para todos. Adiante. 
A minha tristeza, a minha revolta, aquilo que me deixa sem palavras senão "ao que isto chegou", foi constatar que esta semana roubaram a papeleira. Uma papeleira?! Quem é que rouba uma papeleira?! Que gente é esta? Que tempos são estes?
Ao que isto chegou! É o país que temos!




Bom, a condição de galeria de arte mantém-se. A nova instalação chama-se "Amontoado de panfletos publicitários no cantinho junto às caixas de correio".

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Pode ser?

Pessoas que cheiram a cão molhado quando chove:
O vosso cheiro não vos incomoda? Não?! Nem um bocadinho?! Nadinha mesmo? Nada, nada, nada?! Ah, perderam o olfacto por exposição excessiva... Que maçada, deve ser horrível. É horrível, acreditem, pelo menos para quem tem que levar com o vosso cheiro, é dramático.
Então, vamos combinar uma coisa. Uma vez que já estão molhados, aproveitam e passam um sabonete pelo corpo e detergente pela roupa, pode ser?
A vocês não custa nada, há sabonetes ao preço de uma bica, pelo amor da santa! Mas para quem vos rodeia faz toda a diferença.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Valha-me S. Crispim...

... Padroeiro dos sapateiros, que o S. Pedto não me ouve e está a chover.
Como diria a Palmier, por razões cá da minha vida, encontro-me num descampado, ao pé de uma ribeira, nas imediações de uma sinicultura, a acompanhar uma inspecção das autoridades ambientais.
Sabendo ao que vinha, e não possuindo umas galochas fashion (na verdade, nem galochas fashion nem botins ou botas de borracha não fashion, que era assim que lhe chamavam as pessoas que trabalhavam no campo no lugar onde cresci), trouxe umas botas fechadas, sem salto, robustas. 
No momento em que vos escrevo, estou no carro, abrigada da chuvinha miudinha. Lá fora, a inspectora, devidamente equipada, pois que faz isto todos os dias, acabou de escorregar pela margem da ribeira e tem lama até ao pescoço. De nada lhe valeram as galochas. 
Temo pela saúde das minhas botas...
Já agora, caros leitores, podem informar-me qual é o santo padroeiro dos mergulhadores? Acho que nem de escafandro me livrarei de um banho de lama. Pode ser que faça bem à minha pele ( que à das botas, tenho sérias dúvidas).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Produtividade

Desenvolvi ao longo dos anos uma capacidade ímpar de procrastinar. É uma coisa profundamente egoísta, bem sei, mas neste momento qualquer idiotice parece ser mais interessante e importante do que o que verdadeiramente preciso de fazer. Tenho uma série de coisas para organizar durante esta semana, de maneira que a primeira coisa que decidi fazer foi mergulhar na internet. Minto-me e digo que se trata de uma pesquisa, que será muito útil, quando na verdade sei que é distracção pura e dura. É uma espécie de recreio que me concedo, mesmo antes de começar as aulas. Na escola havia uma campainha que nos dizia que o recreio tinha acabado, agora a campainha toca apenas na minha cabeça, mas como não sou dessas pessoas que ouvem coisas e sobretudo porque posso, estou a ignorá-la e continuo no recreio. O meu corpo pagará a falta de juízo da minha cabeça.
Entretanto passei pelo facebook. Assim de repente hoje já vi 3 fotografias de perfil que devem ter, no mínimo, 30 anos. Não estou a falar de fotografias de infância, estou a falar de pessoas com perto de 60 anos que usam como fotografia de perfil a fotografia da primeira carta de condução, ou tirada na festa de fim de ano do liceu. Não sei porque o fazem. Será para que os antigos colegas os reconheçam. Com mais 20 kg, outras tantas rugas e cabelos brancos - quando ainda existem - e uma farta bigodaça ninguém saberia que aquele Mário Antunes é o "Marinho Crazy" que organizava as excursões à Serra da Estrela, que a Lurdes Ferreira era a Milu Lopes). Será que não se sentem confortáveis com os tais 20 kg a mais e as rugas que entretanto se instalaram e querem lembrar-se e ser lembrados tal como eram  nos anos em que estiveram no seu melhor? Mas será que o seu melhor aspecto foi com aquele penteado, naquela pose de torcicolo, pois que pelo menos uma das orelhas deveria ficar visível, com os óculos tortos para que não fizessem reflexo (truques de fotógrafo quando os programas de tratamento de imagem eram uma miragem). 
Submersa nestes pensamentos lembrei-me que há uns meses "descobri" a ultimate procrastination app, que é como quem diz, uma aplicação idiota cujas horas roubadas à produtividade é proporcional aos momentos de diversão proporcionados. Chama-se Yearbook Yourself e, como o nome indica, permite fazer montagens de fotografias ao melhor estilo dos antigos anuários dos liceus americanos.
Não preciso de vos dizer o que estou a fazer há mais de meia hora...