Falam-se línguas (translate)

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Dizia eu que era esta temporada que ia começar a falar sobre futebol

Segui com atenção o fim da época passada, acompanhei as trocas de cadeiras da pré-época, as novas contratações, até decorei o nome de uns quantos jogadores. Assisti aos Dia Seguinte e congéneres da nossa televisão, li as parangonas dos desportivos (é quanto baste, não é?). Tudo isso a juntar aos aspectos mais técnicos, regras e jargão que já vinham de trás, sim, compreendo o conceito de fora de jogo, sim, sei o que é a lei da vantagem, achava eu que me estava a preparar convenientemente para as segundas-feiras que aí vinham. Só me faltava começar a assistir aos jogos propriamente ditos. Ah, triste ilusão...
É que depois leio que deviam ir todos presos, e mais aquilo lá do presidente de Carvalho, e percebo que provavelmente preciso de estudar pedagogia, quem sabe psicologia, eventualmente gastroenterologia... Então a fase escatológica do desenvolvimento infantil não devia ter ficado pelo infantário? A converseta dos xixis, cocós, puns e rabos não começa a perder o interesse e fascínio lá para o fim da primeira infância? Há uns tempos eram as nádegas e o que delas saía, agora é aquilo que parece, cheira e sabe(???!!!!) a trampa. 
Está visto que não, ainda não é desta que vou comentar futebol. Não está só, Outro Ente.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Das certezas dos outros (e das minhas dúvidas)

Contra tudo o que sei e não sei, contra o que o meu instinto me diz, contra o que a razão me dita, continuo a ler as caixas de comentários dos jornais online. Nos últimos dias são os migrantes que me prendem.
Não tenho a solução para a questão dos migrantes, não sei se a questão dos migrantes sequer tem solução, uma, várias, a perfeita ou a possível. Tenho um enorme nó no estômago pelos que em pleno século XXI abandonam o seu país de origem, a sua tribo, como no início das civilizações, e procuram um lugar numa outra tribo que os receba, sem guerra, sem fome, mas que aí chegados, são tratados como pouco mais do que animais sarnentos, são alimentados, por uma questão mínima de humanidade, mas depressa se enxotam, porque "não temos condições", ou "as que temos nem para nós chegam", tranquem-se portas, fechem-se janelas, que os deixemos à sua sorte que hão-de seguir viagem sem nos molestar, o ser humano supera-se todos os dias, eles hão-de ficar bem.
Perante o conforto alheio de tantas certezas que leio, pasmo. Apenas e só porque duvido, apenas e só porque não tenho a veleidade de me considerar a salvo de um dia estar no lugar dos que hoje são enxotados.


Aquele momento

Em que tens de promover um produto/ideia que abominas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Eles fazem isto para acabar de vez com as lojas físicas, não é?

Leitores informados, esclareçam-me, por favor.
Existe um período "normal" de vendas no comércio retalhista que dure mais do que uma semana (nomeadamente na área do vestuário e calçado) ou é apenas um mito urbano?
Raça de saldos que nunca mais acabam, (já antes deles me faltava a paciência para as promoções), principalmente a partir do momento em que surgem misturados com os "avanços de temporada"! 
Estou tão farta de ver em destaque os valores obscenos a que podiam vender os mesmos produtos durante o ano e não venderam (em saldos continua a ser proibido vender abaixo de custo, certo?), farta de ver gente a tentar impingir-me lixo, sim, lixo, coisas com defeito, coisas para lá de feias, que acho que só são fabricadas para pôr à venda em período de saldos, não me lembro de as ver nas montras em época "normal" (mas na verdade também não me lembro de haver uma época normal) só porque está com um preço baixo.
'Eles'  (gosto muito desta entidade abstracta que são 'eles' e que, precisamente por ser abstracta, se aplica a qualquer tipo de situação - devia ter sido eu a inventar para poder receber royalties de cada vez que alguém falasse n''eles'!) fazem isto para deixarmos de vez de frequentar as lojas físicas, não é? Estão a empurrar-nos para as compras online assim à força toda, certo? Para as lojas internacionais com portes grátis? Se é, força nisso pessoal, comigo está a correr lindamente.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Parece que as festas de Campo Maior são este fim-de-semana

Parece que há cerca de vinte anos recebo um convite para lá ir. E parece que algum dia terei de aceitar o convite. Será?

Aquele momento

Em que acordas às cinco e meia da manhã, toda torta no sofá e com a televisão ligada, e percebes que a tua melhor amiga, aquela a quem deixaste a chave de casa e do carro, para que pudesse regressar à hora que quisesse, "estás à vontade, sabes bem que mi casa es tu casa", ainda não chegou nem te mandou sms ou tentou ligar.
Ou como controlar a vontade quase indomável de lhe telefonar, passar um sermão daqueles (com direito a missa cantada) e a deixar de castigo até aos quarenta anos.


Ooooops, ela vai fazer quarenta anos.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sabem o que é que me apetecia mesmo?

Mas mesmo, mesmo muito?
Adivinhem lá.










Já pensaram?







Têm mais uma hipótese, tentem lá adivinhar o que me estava mesmo a apetecer.











Não eram férias, nem guloseimas, nem mimos, nem nada. O que me apetecia mesmo era pintar a sala, mudar os sofás e as almofadas, alterar a disposição dos móveis da zona de jantar, trocar um dos candeeiros e pendurar um quadro novo numa das paredes que ficaria livre.

Tudo isso num estalar de dedos, ou num comprimido que se tomasse, nos induzisse num sono profundo e quando acordássemos, duas horas depois, estivesse tudo como desejávamos.

Sabes que ainda devias estar de férias

... quando começas o dia num matadouro, à porta da sala de desmembramento.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Estava aqui a pensar n'O Crime do Padre Amaro

E vá-se lá saber porquê, tive uma epifania ao melhor estilo dos Batanetes (ou Malucos do Riso, escolham vocês um desses programas em que se encenam anedotas)...

Mal tinha saído a procissão do adro e já o Padre Zezinho se arrastava em esforço, corado, suado e ofegante pelas ruas enfeitadas da aldeia. Era Agosto, o Sol estava a pino, o calor era abrasador e não circulava uma brisa sequer. 
A assistir à procissão, das suas varandas enfeitadas, estavam duas vizinhas, beatas solteironas, ratas de sacristia que há anos disputavam entre si a atenção do senhor padre. Diz uma delas, maviosa:
- O Padre Zezinho parece mais gordito, não lhe parece Sr.ª D. Pureza?
Responde a outra, maliciosa:
- E pesado, Sr.ª D. Prazeres, nem queira saber.

Todos os dias são um bom dia para abrir uma conta no Instagram

Estava eu, Mirone, posta em sossego, debicando a folhinha de alface e sementes de chia que escolhi para o almoço (é mentira, foi salada russa cheia de maionese), enquanto lia a versão original do 'À la recherche du temps perdu' de Proust (mentira outra vez, estava entretida com o telemóvel) quando me caiu isto no colo. Nada mais nada menos do que a comediante australiana Celeste Barber e o seu último desafio, parodiar os mais sexy (ou não) e famosos do Instagram.


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Lindas, não? Estão todos cheios de vontade de copiar a vossa vedeta favorita, não? Então corram todos ao vosso instagram, quem não tem abra uma, são dois minutos, não custa nada, eu própria vou criar uma, e libertem o animal sensual que há em vós. E nunca, mas nunca, duvidem da vossa sensualidade. O segredo é pouca roupa, olhares lânguidos e boquinhas e poses estudadas. 

Todos os dias são um bom dia para fazer dieta

sábado, 15 de agosto de 2015

Pensamento da noite

Quem não se incrementa não se implementa.*

E vice-versa.







*ajudem-me, por favor, que personagem é que dizia isto? Tenho ideia de ser de uma telenovela, mas não me lembro de qual.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Um minuto de silêncio

Por todas as pessoas que acharam boa ideia passar uma semana algures numa praia do oeste.

Diziam maravilhas delas mas nunca fui a nenhuma

Digam-me de vossa justiça, leitores experimentados. As festas da espuma eram uma porcaria, não eram? Hoje não punham lá os pés, pois não?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dia #3

Adolescentes de guitarra na praia. Existem.
Adultos de guitarra e caixa de percussão. Também. Ao lado do meu toldo. Também.


...

A tocar o "Bailando" e música brasileira. As 'bifas' batem palmilhas a acompanhar.


...


O sol a esta hora não faz bem a ninguém, se calhar é melhor ir até ao bar.

sábado, 1 de agosto de 2015

Dia #1

E já ouvi uma prelecção "acabei de plantar cem pés de alecrim. A nível de Gin artesanal duvido que haja em Portugal, e mesmo na Europa, um com tanta qualidade. Estamos a falar de dez botânicos, hã! Para já vão ser mil garrafas...blablabla...".
Nada que se compare a uma senhora cor de chocolate (há quantas semanas estará ela a esturricar para estar daquela cor?) com voz afectada a chamar a empregada do restaurante: "Criada, criada".

Eram quatro meses disto, isso é que era