Capítulo VI - À Esquina da Tecla
Percebe ainda que o homem segura na mão uma folha de papel enquanto se dirige em passos largos e decididos à porta do prédio. Luisinho recua assustado e puxa os pesados reposteiros de veludo. Por baixo daquela janela, está o homem do monóculo. Luisinho estremece, que quererá dali? Apaga luz do candeeiro de pé, afasta a cortina cauteloso e espreita novamente para a rua. O homem procura algo no bolso do jaquetão, uma chave de ferro forjado, leva-a à fechadura e roda-a.
Percebe ainda que o homem segura na mão uma folha de papel enquanto se dirige em passos largos e decididos à porta do prédio. Luisinho recua assustado e puxa os pesados reposteiros de veludo. Por baixo daquela janela, está o homem do monóculo. Luisinho estremece, que quererá dali? Apaga luz do candeeiro de pé, afasta a cortina cauteloso e espreita novamente para a rua. O homem procura algo no bolso do jaquetão, uma chave de ferro forjado, leva-a à fechadura e roda-a.
Entrou no prédio e bateu a porta com força. Luisinho sente-lhe os passos secos e pesados que dois a dois galgam os vinte e quatro degraus de madeira que separam o átrio da porta de casa da tia. Vai acordá-la. Trac, trac, trac. É agora a fechadura de casa que roda. Assustado Luisinho aperta o livro contra o peito e esconde-se atrás da cortina.
O homem do monóculo caminha seguro pelo corredor na direcção do escritório, abre a porta e dirige-se ao contador de pau-santo onde a tia de Luisinho guardava os documentos mais importantes e onde ele, mesmo com aquela idade, nunca tinha tido licença para mexer. Da quarta gaveta de baixo retira uma chave minúscula, talvez de um cofre, e esconde-a no bolso. Lê a folha que traz na mão uma última vez, dobra-a e e dirige-se à estante.
Atrás da cortina o Luisinho não consegue ver o que o homem do monóculo faz, mas ouve-o mexer em livros. Poucos segundos depois sai apressado do escritório. Novamente os passos pesados e secos a descerem os degraus do prédio e a porta de madeira a bater com força. O homem do monóculo afasta-se na escuridão das ruas estreitas.
Luisinho hesita, o que procurava o homem entre os livros da tia? Que chave era aquela que levou consigo? Acendeu a luz, largou-se na poltrona e retomou a leitura do livro.
Capítulo VIII - Stars & Mythical Creatures
Capítulo VIII - Stars & Mythical Creatures
:))) Querem lá ver que a Tia anda metida com o homem?...
ResponderEliminarFiz o VIII!!!!
ResponderEliminarQuando chegar a casa ponho os links.
ResponderEliminarO mistério adensa-se... :)
ResponderEliminarVou ler os capítulos seguintes e também preciso de atualizar os links.
já fiz um litro de chá de tília para me acalmar e continuar as leituras, que são cada vez mais intrigantes e adensam o enredo.
ResponderEliminarJá dei cabo do gelinho todo... :)
Querida Mirone,
ResponderEliminarCada vez estou mais convencido de que o Luisinho precisa mais de pau-de-Cabinda do que de pau-santo.
Muito divertido.
Boa noite,
Outro Ente.