Falam-se línguas (translate)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Aceitam-se apostas

Termina hoje o período de transição para aplicação do Acordo Ortográfico (AO). A partir de amanhã será a doer, será obrigatório obedecer às regras do AO.
Alguém faz ideia de quantos posts (ou reposts) veremos, quantos textos inflamados defenderão com a vida a língua de Camões? A sério? A língua de Camões? Esta?




Eu não prometo, mas se não me esquecer, mesmo contrariada, sou capaz de o adoptar (é aproveitar enquanto é tempo, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar...).

11 comentários:

  1. Sinceramente, Mirone, acho que é assunto que já deu mais parra. Agora esmoreceu, tornou-se tema sazonal. E cada um vai continuar a escrever como muito bem entender, excepto os alunos que vão a exame, que terão cuidados acrescidos. :)

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  2. Precisamente, Pseudo, é sazonal, por isso suponho que amanhã seja falado novamente.

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  3. Pipocante Irrelevante Delirante12 de maio de 2015 às 21:55

    Nesta coisa dos blogs sou um espectador (podia ser espetador, mas depois vinham os anti-touradas bater-me), mas continuarei a comentar de acordo com o AO reconhecido nos restantes países lusófonos.
    Espero que a Mirone não elimine os mesmos devido a esse facto. Sem fato ou gravata.

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    1. Eu? Claro que não.
      Penso que assumirei a posição de uma objectora de consciência (ainda posso escrever objectora :D), o mais certo é evitar certas palavras, escreverei excelente em vez de ótimo, matando dois coelhos com uma cajadada - não darei erro, mas não escreverei uma palavra cuja grafia agora estabelecida me causa urticária.
      Não gosto deste AO, só o uso mesmo em documentos oficiais, nas minhas coisas escrevo como aprendi. Mas para o ano a minha filha vai para o primeiro ano, terá de escrever segundo as normas do AO e eu não lhe quero causar embaraço (se a minha mãe escrevesse com erros ficaria "incomodada").
      Adiante, não gosto deste AO, mas gosto ainda menos daqueles que o renegam como quem renega satanás e juram fidelidade eterna à língua de Camões, esquecendo que de Camões até ao presente a língua portuguesa mudou muito.
      Por outro lado, e a língua de Jorge Amado, de Mia Couto, de Pepetela, e outros igualmente bons, não é também português? Há tantos argumentos válidos para nos opormos ao AO, não me venham com o da defesa da língua de Camões.

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    2. Curiosamente, facto vai poder continuar a escrever-se com c. A dupla grafia será aceite também em sector e setor, dicção e dição, infecioso e infeccioso.

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  4. Até a ação popular que lançaram contra o AO já teve melhores dias...
    Eu cá gosto, mas eu sou um nadinha doente com esta coisa da língua.

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    1. Não gosto nada, nada, nada, Uvinha, mas percebo a sua necessidade.

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  5. A mim o que me chateia nesta história é que o AO supostamente é para aproximar a língua em todos os países e tal...
    Mas então porque é que há palavras que se mantém no Brasil e que mudam cá??? Não faz sentido!
    E Angola e Moçambique que ainda nem ligaram puto ao AO?
    É muito giro.
    Termos de ser sempre os mesmos palermas que fazemos as coisas em 1º lugar...

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  6. Será muito mau eu dizer que nem sei o "belo" do acordo?

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  7. Aparentemente, por falta de publicação em DR, ainda temos mais de um ano de transição, até 22 de Setembro de 2016.
    http://www.publico.pt/portugal/noticia/o-acordo-ortografico-de-1990-nao-e-obrigatorio-a-partir-de-13-de-maio-de-2015-1695336?page=2#/follow

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