Falam-se línguas (translate)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Olha lá, Mirone, e animais de estimação?

Não tenho, bem sabem. Mas em casa do meu pai a ideia de arranjar uma ovelhinha mantém-se firme. Entretanto "ressuscitaram-se" dois patinhos recém-nascidos que quase se afogaram na taça de água. No meio da aflição o meu pai ainda sugeriu que a minha mãe arranjasse uma grelha e os pusesse em cima da torradeira para aquecerem, depois dentro do forno ligado no mínimo, aberto, mas acabaram mergulhá-los só com a cabeça de fora em água morna durante uns minutos, até aquecerem, e enfiá-los numa meia de lã. Eu teria sugerido um secador de cabelo. Passaram a noite dentro de uma caixa de morangos na cozinha e no dia seguinte regressaram à capoeira.

Por cá, comecei o dia a com  a Mironinho a chagar-me o juízo, porque tínhamos de ir procurar o coelhinho que tinha fugido.
- Mas qual coelhinho? Nós não temos nenhum coelhinho.
- Aquele pequenino castanho, que encontrámos à beira da estrada e trouxemos para casa. E estava outro castanhinho e branco no ramo da árvore. Não te lembras, mamã? Aquele que dormia na casa de banho dentro de um tupperware. Vamos, deve ter ido para a cozinha procurar comida. Levanta-te!
- Ó filha, sonhaste, nós nunca tivemos um coelhinho.
- Não sonhei, tu é que não te lembras! Levanta-te, vamos procurá-lo.

Bendito regulamento de condomínio.

2 comentários:

  1. E eu que estou aqui que não me aguento, desejosa de me meter na alheta para ir ver da Mequinha...
    Realmente só me falta sarna para me coçar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas uma coisa é acordar para tratar de um bichinho que existe, outra é sermos arrancados do sono de beleza, e sabe Deus como eu preciso dele, para ir procurar um coelho que só existiu no sonho da minha filha. E se ela estava convencida de termos um coelho a dormir na casa de banho dentro de um tupperware.

      Eliminar