Falam-se línguas (translate)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Espremer mamas é que não!

Atrás de mim na fila do supermercado:
- 'Tou? ... Sim, vim agora de lá, passei só pelo supermercado para comprar pão e água. ... 'Tá fino, mas ainda está sentado. ... Sim, a médica também me disse que ainda é cedo. Mas olha, sempre trouxe a carta para a médica de família. ... Sim, fiz como me disseste, disse que já me custava dobrar, e conduzir. E a médica assim "então mas já quer ir para casa?" e eu, 'ah se a sôtora achar, não sei', assim para não dar muita bandeira, 'tás a ver? ... Claro! Achas que nasci ontem? De resto está tudo bem, para a semana já vou à médica de família para despachar isto ainda antes do fim de semana comprido. ... Depois falamos. ... Beijinhos também para vocês.


47 comentários:

  1. Mini Lulu só não nasceu comigo a trabalhar porque o médico marcou a cesariana na véspera....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por mim até podem pôr baixa logo no dia em que descobrem que estão grávidas, desde que sejam frontais, digam que não querem trabalhar,que preferem ficar em casa a curtir a gravidez, a descansar, a preparar os dias difíceis que o bebé pode vir a dar...
      Agora esta chico-esperteza mascarada de sonsince/sonsez (como é que se diz?), é que me tira do sério.

      (Tive uma gravidez de risco, com descolamento de placenta que me pôs na cama durante o primeiro trimestre - e um historial de perdas gestacionais - mas depois correu bem e fiz tudo até ao último dia).

      Eliminar
  2. Eu acho que deve andar aí 50% 50%.
    As que trabalham até ao fim, e as que querem ir para casa.
    O que eu nunca tinha visto era um médico a dizer: vou-lhe dar baixa aos 6 meses que as baixas são para se dar.
    E pronto, aos 6 meses lá ficou ela em casa sem fazer nada e sem motivo para isso.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas por outro lado eu também compreendo.
      Vemos tanto disso e é tão banal que pensamos, olha e porque não eu também?

      Eliminar
    2. Mas anónimo, não vejo mal nenhum que queiram "curtir" a gravidez sossegadas, sejam é frontais.

      Eliminar
    3. Então mas de forem frontais o médico não dá a baixa!

      Eliminar
  3. Na minha empresa virou moda as mulheres que engravidam ficarem logo de baixa no primeiro trimestre como se de gravidezes de risco se tratasse. Depois descuidam-se, fartam-se dos cuidados para manter a mentira e lá são vistas a passear ou publicam fotos no Facebook em grandes festarolas. Depois gritam que são discriminadas, que perdem status na empresa porque foram mães. Estamos a falar de uma empresa totalmente baby friendly onde, por exemplo, amamente-se ou não, durante o primeiro ano todas as mães gozam das duas horas por dia e no período que lhes der mais jeito. Parece - me é que, com tantos abusos, será coisa para acabar rapidamente. Eu, que já fiquei pendurada com uma colega à conta da suposta gravidez de risco, sei muito bem o impacto que isso tem, quer na organização quer nos colegas directos. Mas enfim...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A questão é essa, sabemos que por causa de alguns pecadores acabará por ser o justo a pagar.

      Eliminar
    2. Das últimas três colegas que foram mães, a nenhuma delas vi a barriga e sobre todas se veio a confirmar que nenhuma foi uma gravidez de risco. A uma deu - lhe jeito porque o marido partiu um pé na altura , a outra porque sonha ser dondoca e decidiu aproveitar para passear, como aliás já tinha feito da primeira gravidez, bem bom não é? A outra porque estava meia escamada com a chefia directa e assim resolveu temporariamente o assunto. Neste momento de vez: acabou por negociar a saída (às vezes o crime compensa) e ainda bem porque acabou por dar lugar a uma pessoa que estava no desemprego e que quer trabalhar. Mas volto a repetir que isto acaba por ter um impacto maior do que se pensa nas organizações e nos colegas.

      Eliminar
    3. Com certeza, quem vai ocupar o lugar da grávida vai ter de aprender (e terá de haver quem ensine) tudo de novo, ou deixar de fazer o que está a fazer para o trabalho dela, pior, pode ter de trabalhar por duas. Eu vejo bem os contratempos que uma baixa por gravidez (e as outras também) representam do ponto de vista da organização interna de um serviço.

      Eliminar
    4. A licença para aleitamento/ amamentação é um direito de todas as mães ou pais no primeiro ano de vida do bebe, só após o primeiro ano se torna exclusiva para quem amamenta. A sua empresa não está a fazer um favor a ninguém apenas a cumprir a lei.

      Eliminar
  4. o facto de estas baixas não implicarem descontos, levando as mulheres a ganharem mais do que se estivessem ao serviço, também ajuda à decisão de optar por ficar em casa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. pois aí é que está errado. se as baixas das gravidas de risco fossem iguais a todas as outras baixas não era esta festarola que se vê!
      Bjos

      Eliminar
    2. Pois, de facto não há SS que resista.

      Eliminar
    3. Mas Maggie, há muitas grávidas que usam a baixa, a "simples" sem ser de alto risco, sem precisarem. Até porque as baixas de alto risco costumam ser mais fiscalizadas.

      Eliminar
    4. Uma baixa por gravidez de alto risco é uma situaçao seria e depende de situaçoes clinicas muito especificas. Há mulheres (e pais e crianças) que vivem esse drama e nao sao chicos-espertos. Todas as chico-espertices devem ser denunciadas à SS que facilmente envia uma Junta médica a casa

      Eliminar
  5. Já uma amiga minha quer e pode continuar a trabalhar apenas pediu que não trabalhasse turnos de 10-12h que `as vezes tem de fazer e fazer apenas e só 8h. A entidade patronal quer mandá-la para casa com baixa a 100% (como se de gravidez de risco se tratasse) mas ela recusou e quer trabalhar...
    Há de tudo!

    ResponderEliminar
  6. Pipocante Irrelevante Delirante24 de abril de 2015 às 11:51

    "Trabalhadoras são chamadas a consultas de saúde ocupacional e propõem-lhes que esguichem leite para poderem continuar a ter redução do horário. Desde que começou a pedir provas, Hospital de S. João detectou que metade das licenças seriam fraudulentas."

    Esta é a notícia do Público.
    Há 2 frases.
    Curiosamente, não ouvi nenhuma indignação em relação à segunda.

    ResponderEliminar
  7. Eu fiquei de baixa no fim, porque pedi, porque a empresa estava por um fio de fechar e de haver salários em atraso, fui frontal com o médico e ele passou-me a baixa, se precisava? Não, mas fiquei com a certeza de que pelo menos nos próximos meses não faltaria um ordenado em casa. A verdade é que a empresa fechou pouco depois de a criança nascer, gozei a licença e 1 mês de subsidio de desemprego e recomecei a trabalhar noutro sitio. Mas sim há quem invente milhões de desculpas para conseguir uma baixa a 100% quando dela não precisam

    ResponderEliminar
  8. A mim aconteceu-me parecido com a Lady_m, também pedi baixa "empurrada" pela entidade patronal que me disse frontalmente que não iam ter dinheiro para me pagar o ordenado no mês seguinte (já estava a mês e meio do parto). O que me faz mais confusão nisto tudo é a parte da baixa "de risco" pois a mim o médico passou-me uma baixa normal que é paga se não me engano a 60% e disse-me logo que não poderia ser de outra forma visto que de facto a minha gravidez estava a correr sem percalços. Eu nem questionei como é óbvio não ia pedir ao médico q aldrabasse mas faz-me muita confusão que hoje ainda e apesar de tudo se continuem a praticar essas falcatruas!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A ideia que eu tenho até é que as baixas de alto risco até são muito fiscalizadas e que onde se "facilita" mais é nas baixas normais. Tenho uma amiga que por mais que uma vez teve de se apresentar numa junta médica para confirmarem o alto risco da gravidez.

      Eliminar
    2. Olha que eu tenho a ideia contrária. Baixa de risco com os papeis todos entregues em ordem não costumam ser chamadas a junta médica. Há muitas grávidas com baixa de risco que são chamadas porque não entregam a declaração do médico a justificar o porquê do risco.

      Eliminar
    3. Eventualmente. A minha amiga, da última vez que foi à junta médica saiu directa para o hospital com um pré-eclampsia.

      Eliminar
    4. Ao fim de 28 dias de baixa é obrigatória a presença a junta médica. Seja qual for o motivo da baixa. Também se pode faltar a junta médica caso haja algum risco para a mãe e o bebé, mas essa falta deve ser devidamente justificada pelo médico de família ou obstetra.

      Eu também fiquei de baixa mais cedo porque a partir de um determinado número de semanas a minha empresa não se responsabiliza por algo de errado que aconteça, por isso ou aassinamos um termo de responsabilidade ou vamos pra baixa.
      Mas na minha opinião nenhuma grávida deveria trabalhar o último mês. A partir das 36 semanas deveriam ficar em casa. Mas isto é só uma opinião.

      Eliminar
  9. Ainda em relação às mamas, não há muito tempo uma colega aqui da empresa perguntou-me:
    - E agora como é que eu faço para trabalhar menos horas?
    - Estás a amamentar?
    - Não. Dou de lata. Mas só tenho que dizer que estou, não é?

    ResponderEliminar
  10. Mas em relação à amamentação, pois que quando comecei a trabalhar ainda amamentava mas abdiquei das duas horas diárias porque podia ir a casa à hora de almoço e conseguia conciliar as coisas para tirar leite e deixar à minha sogra que na altura ficava com ele. Por isso não consigo compactuar com quem inventa que amamenta só para ter 2 horas por dia, e sim acho que de uma maneira qq tem que ser fiscalizado porque como sabemos chicos espertos é o que não falta neste pais.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como aqui já foi dito, paga o justo pelo pecador.
      Se bem que sou totalmente a favor de que durante o primeiro ano as mães e os pais pudessem optar por trabalhar menos horas. Mas lá está seria uma opção familiar e não uma atitude do "não nasci ontem!"

      Eliminar
    2. É isso mesmo, não me choca nada que as pessoas queiram uma gravidez tranquila, e até vejo bastantes benefícios para o bebé que passa mais tempo com os pais. Não aprecio é a atitude do chico-esperto, que "não nasceu ontem".

      Eliminar
  11. Às mulheres que fazem isso eu desejava era mesmo terem que passar uma gravidez realmente de risco, uma gravidez onde entram em trabalho de parto a meio-termo, em que passam meses no hospital e muitos mais de cama, em casa. Meses com medo de se levantarem para ir à casa-de-banho, medo de tomar banho ou de irem só à cozinha buscar água ou comida.
    Desejo que tenham os obstetras a garantirem-lhes que os seus filhos serão prematuros, dizer-lhes que vão para casa porque o hospital está em contenção de custos mas para não sair da cama, para evitar qualquer outra posição que não a deitada, evitar puxar enquanto fazem as necessidades porque só isso poderá provocar o parto.
    Desejo-lhes o receio de que qualquer movimento possa provocar o parto, medo de perder o filho que se ama e medo que a prematuridade traga deficiências ao filho.
    (obviamente que não desejo nenhum mal às crianças que não têm culpa nenhuma)

    Esse terror e esse medo eu passei-o durante 2/3 da minha gravidez e, talvez por isso, tenho um profundo asco de pessoas que se aproveitam dessa baixa que foi feita para proteger pessoas como eu e o meu filho, para seu bel prazer. As pessoas nem imaginam a carga psicológica (para além de fisica) de se estar amarrado a uma cama, meses a fio, sempre com o receio que o dia seguinte seja o último, sempre com receio de sair de casa para ir às consultas. Até medo de ir à casa-de-banho eu tinha. Depois mais uns meses no hospital sem sequer poder ir à casa-de-banho, a vergonha de não podermos ir à casa-de-banho, de não podermos tomar banho, etc.. a seguir outra vez em casa, sozinhas, sem médicos por perto, com medo que algo corra mal... as pessoas sabem lá o que isso é, sabem lá o que é ouvir que os filhos podem não sobreviver, saber que podem ficar com graves problemas, ouvir da boca de médicos a garantia que serão prematuros e que não há nada a fazer...

    Por mim, essas que querem boa vida podiam ficar com a minha experiência que eu dava todas as graças a Deus, e ficava a trabalhar... Já agora, eu por exemplo, perdi o meu trabalho por ter passado a gravidez assim. Não no momento porque era ilegal mas fui logo avisada que seria dispensada assim que lhes fosse possivel legamente fazê-lo. Afinal eu faltei meio ano ao trabalho... o facto de ter sido por uma gravidez de alto-risco pouco importou.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Lamento, anónima (não apenas por si, mas por saber que não é a única mulher a quem isso aconteceu).

      Eliminar
    2. Também sei o que é ficar três meses na cama após duas perdas. E de ter que tomar banho sentada numa cadeira com alguém a lavar-me o cabelo. Depois, felizmente, pude trabalhar literalmente até ao último dia.

      Eliminar
    3. Obrigada. Eu sei que não são todos mas infelizmente muitas pessoas acham que é mesmo "uma maravilha" estar em casa. Aliás quando estive no hospital chegaram a dizer-me que era como estar de férias.

      Simplesmente Ana, a mim davam-me "banho" na cama e traziam-me a arrastadeira (acho que é assim que se chama) e, para mim, foi das situações que mais me envergonhou. Enquanto estive no hospital até de maca ia aos consultórios dos médicos, nem para uma cadeira de rodas me deixavam passar. Até comer tinha que ser deitada (nunca pensei que iria aprender a beber/comer deitada).

      Antes e depois de estar no hospital estive em casa mas na cama. Felizmente correu tudo bem com o meu filho e ele não tem problemas nenhuns de saúde. Valeu tudo a pena mas tenho sérios problemas em aceitar que alguém se aproveite daquilo que é para proteger pessoas e situações como a minha para passear ou aproveitar para não fazer nada.

      Eliminar
    4. E isto aplica-se a qualquer tipo de baixa, depois é por baixa pelos filhos doentes tantas vezes sem estarem. Tenho uma amiga minha que todos os anos mete baixa de 2 ou 3 meses para poder receber IRS. Diz que se não puser baixa tem que pagar às finanças. A baixa também deveria contar para o IRS como rendimento.

      Eliminar
    5. O.o
      Eu já tinha ouvido muita coisa, agora pôr baixa para não ter de pagar impostos... Fico sem palavras.
      Mais vale desempregarem-se de vez e deixarem o lugar para quem quer de trabalhar.

      Eliminar
    6. Credo! Eu ouvi falar em ninguém assim. Isso é mesmo de doidos! Como é que não é descoberta?

      Eliminar
    7. Eu *nunca* (esqueci-me do nunca)

      Eliminar
    8. Mas a pessoa mete 2 a 3 meses de baixa sob q pretexto?
      É q pelos filhos n é, pq a lei só permite 30 dias, excepto situações de internamento ou situações mto específicas.

      Eliminar
  12. E depois admiram-se de lhes mandarem espremer as mamas!!!!!!! Cambada de parasitas ,que tenho que sustentar com os meus impostos!!!!!!

    ResponderEliminar
  13. Pois eu trabalho numa empresa que nos manda para casa de baixa assim que engravidamos pois não considera a nossa imagem "adequada" para a mesma. E que voltando da licença, não respeitam as duas horas da licença de amamentação, nem que esguiches leite em frente aos clientes.

    ResponderEliminar
  14. Não admira que as mulheres não cheguem a lado nenhum.... são umas horrorosas umas para as outras.....

    ResponderEliminar
  15. Não admira que as mulheres não cheguem a lado nenhum.... são umas horrorosas umas para as outras.....

    ResponderEliminar
  16. Mas depois há como eu, estou grávida trabalho num hospital com " um cardápio de doenças" estou com diabetes gestacional mas a minha médica de família diz que não vai me dar baixa de gravidez de risco e que não vê razão nenhuma só pq estou acima do peso e que tenho que trabalhar

    ResponderEliminar