- Então gajinha, por aqui? Que é feito de ti, que
ninguém te põe a vista em cima há um porradão de tempo? ‘Tás com bom ar, não me
digas que arranjaste um gajo?
- (risos) Oh pá! Nota-se muito? Tenho tantas
novidades, mas é segredo, não contes a ninguém.
- Conta, carago, conta!
- Oh pá, sabes o Jorge, o amigo do Nuno?
- Jorge? Não... Qual Nuno?
- O Jorge, amigo do Nuno da Tânia que trabalhou
comigo! O Jorge, aquele alto que ‘tava com eles no ano passado no Santo
António!
- Oh pá, e com a sangria que a gente mamou como é
que queres que eu me lembre do Santo António do ano passado? Nem o deste ano,
quanto mais...
- Não interessa. Encontrei-o a seguir ao Carnaval,
combinámos um café e nunca mais nos largámos! Oh pá, ele é tão querido, ias
gostar dele. É super romântico, vê-se que é um gajo certinho, de família, não é
desses garotos que é só curtir. Fogo, nem tem nada a ver com os trastes que me
têm saído na rifa!
- Oh pá ‘miga, fico tão feliz, tu mereces!
- Pronto, ele ainda é casado, mas é como se não
fosse. Ele diz que a mulher é uma parva egoísta, um filme que nem queiras saber,
já nem dormem juntos nem nada. Oh pá, e só tem olhos para o filho! Por isso é
que isto tem de ser uma cena “descortada”, nem podemos assumir nada em público.
Ele diz que não quer traumatizar o menino. Já viste? Quantos gajos é que tu conheces
que deixariam os sentimentos de lado só para proteger o filho? Oh pá, acho que
finalmente acertei!
Jorge, és o maior do teu bairro!
Namorada do Jorge, chego a acreditar que sim, que
o mereces, não sei que palavra escolher, mas também és a maior!
Amiga da namorada do Jorge, belo traseiro! (agora
esquece-te de contar a toda a gente...)
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