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sábado, 17 de maio de 2014

A emissão será retomada dentro de momentos

Ultimamente este blog tem sido um fartote de visitas, setecentas, oitocentas visualizações diárias, quando num dia bom e de múltiplos posts não tinha mais de seiscentas visitas. Na passada sexta-feira, ultrapassei as mil visualizações. Vejam só, mil visualizações num dia. Ora bem, tendo em conta as visitas involuntárias e "ao engano", dos Estados Unidos, da Rússia, da China e até da Índia, acredito que 50 pessoas diferentes tenham lido o que escrevi. Ainda assim, as caixas de comentários encheram-se e desta vez não foram meia dúzia de comentadores habituais, como aconteceu com o post do bolo desmanchado. Desta vez eram anónimos indignados.
E porquê, Mirone? Que post maravilhoso foi esse, que milagre se deu na tua escrita que justifique esse afluxo estonteante de leitores?
Não se deu milagre nenhum, tão somente publiquei dois posts em que caricaturei duas bloggers de quem gosto. É verdade. Uma falange de blogonautas sentiu-se incomodada porque gosto de ler e comento com frequência dois blogs. Depressa ascendi à categoria de harpia e bully, pessoa mesquinha que vive pala achincalhar os outros e espalhar fel juntamente com outras bloggers. Concederia, mesmo nunca tendo atacado frontalmente um blog, muitas foram as vezes em que fiquei de braços cruzados "a ver a tenda pegar fogo". Coisa feia, dirão os anónimos. Não adianta que tenha querido brincar, são simplesmente brincadeiras que não se têm e que magoam os visados, pobres vítimas indefesas.
Ora aí é que reside o busílis da questão.
Não me recordo que os visados nos posts que comento sejam vítimas indefesas. Não me recordo que sejam desgraçadinhos, pobres e oprimidos. Recordo-me sim que são bloggers com um "arcaboiço" fora de série, capazes de enfrentar ventos e marés, que souberam conquistar o seu lugar nos postos cimeiros dos blogómetros nacionais. Têm blogs com milhares seguidores, milhões de visualizações, são bloggers realizados e felizes com o que fazem. Tenho sérias dúvidas que percam um minuto que seja a pensar no que eu possa escrever ou pensar, no que é dito em blogs com um décimo da dimensão dos seus. Independentemente da dimensão que possam ter, são pessoas que não os conhecem, são opiniões que não lhes interessam. Deitarão a cabeça todos as noites na almofada com a consciência de que estão no caminho certo e acordarão no dia seguinte com a mesma vontade de o trilhar. E isto não são cogitações minhas, são factos. Quem seguir os blogs das ditas "vítimas" sabe que é assim, são eles que o dizem, que nada do que escrevam ou digam os afecta, que não estão "nem aí" para quem os ataca. São pessoas seguras e confiantes.
Não queiram os anónimos indignados tomar as dores de quem não as sente.
Querem tomar as dores de alguém? Tomem as dores daqueles que verdadeiramente não têm voz, que não se conseguem fazer ouvir. Dos que não têm uma casa digna para morar, dos pensionistas que deixam de tomar os medicamentos que precisam para poderem comer, dos que nem para comer têm dinheiro, das pessoas que aguardam anos por uma consulta ou uma cirurgia, dos que não têm trabalho, daqueles a quem os patrões deixaram de pagar os salários, das crianças que vão para a escola em tempos de férias para poderem comer. Das vítimas de maus tratos, de tráfico e escravatura, das vítimas da fome e da guerra em todo o mundo.
Toda esta situação me parece simples. Isto são só blogs e no final do dia é com a nossa consciência que nos deitamos, não é com quem nos bate palmas ou quem nos quer atacar, sejam muitos, sejam poucos. Que se deitem de consciência tranquila os anónimos ofendidos que mais não fazem mais do que saltitar de caixa de comentários em caixa de comentários provocadores , a espicaçar, "então onde estão as compinchas, então não vais fazer sangue?". Que lhes permita a mesma consciência e espírito de missão dar-lhes a força necessária para não lerem blogs "destiladores de fel" que, afinal de contas são os próprios que alimentam. Sim, que os próprios alimentam, com as suas visitas e comentários ofendidos e irados. Que a integridade que os move lhes permita gritar basta. Para que isso aconteça só precisam de não os ler.

14 comentários:

  1. Mirone (Mironinha, se me permites, dada a idade provecta que me assiste), ando nesta coisa de Blogues há quase 10 anos, sem qualquer notoriedade e negigenciando o dito do coiso há algum tempo, por falta de pachorra, por falta de inspiração e vontade de a ter.
    Agora, uma coisa é uma coisa...blá blá blá, coisital, outra coisa é esqueceres o que alguém já bastas vezes escreveu (não consigo lembrar-mde quem, parece-me que foi a companheira de "madurezas" M D Roque: Isto são sóóó Belogues :)

    (e, a sério mesmo a sério, gosto taanto de te ler)

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  2. Olha mais esta: não sou sefuidora de quase ninguém e, que sigo, conheço pessoalmente. E mêmo agora, juntei-me ai à lista do lado :)

    (é "este tanto" que gosto de ti, miúda)

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    1. Posso agradecer-te, só para me dizeres "dinada"?

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    2. Di NADA :D

      (enfatizo o NADA, assim, em capslock ;) )

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    3. Acrescento só isto: o nick ter o "nada" é o "tudo", got it? :D

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  3. Vou editar o texto. Fica mais compostinho se estiver justificado e falta um "que" na antepenúltima frase.
    Até já.

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  4. Mirone, receba um pequeno conselho de uma anónima benigna : não se justifique mais.
    Continue a escrever o que gosta e como gosta, que o blog é seu.
    Os Posts Gracinha e Bio Palmier estavam muito engraçados. Passe aos seguintes e não se justifique. bjinhos e boa noite

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    1. Precisamente, querida anónima, daí o título do post. Retomarei de seguida a emissão nos costumeiros termos.
      Boa noite.

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    2. Vinha cá dizer, precisamente, que esperava mesmo que voltasse à emissão habitual, porque quando os autores dos blogs fazem sucessivos post a justificarem outros é porque ficam melindradros com o que geram. E não é que não sejam melindrosos certos comentários (dos anónimos maléficos :P), que até a mim (mera espectadora) me fazem comichões, mas corre o risco de entrar numa espiral de explicações e tal e coiso. E como disse a Anónima benigna, este espaço é seu, escreva o que gosta e como gosta, aqueles post engraçados, sem achincalhamentos e sem lavar de roupa suja - chega a ser uma lufada de ar fresco ler este (e mais um ou dois) blog.

      Opiniões, claro está, mas também sou uma praticamente anónima benigna :)

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  5. Mirone, continue a escrever os seus textos, pois eu adoro este género de narrativa.
    Eu cá estarei para a ler.
    Beijinho de boa noite.

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  6. Não percebo um cu do que se passa aqui mas uma coisa te digo... No primeiro ano de vida do pardieiro, acho que nem cheguei as 10mil visitas. No ano todo!!!

    Vais lançada. E olha que ainda me lembro de ti "assim" é de andar contigo ao colo.

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