Falam-se línguas (translate)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Então Mirone, de que se mascarou a Mironinho?

De dálmata. Pelo segundo ano consecutivo...
Dálmata? Dois anos seguidos? Não arranjavas nada mais original?
Arranjava sim, arranjava. Não fosse a pobrezita, pelo segundo ano consecutivo, e no fim de semana do Carnaval, ficar com varicela!
Eu nem sabia que era possível ter varicela duas vezes! No ano passado a coisa foi tão grave que teve de ser internada para lhe ser administrado antibiótico por via intravenosa. Espero que este ano seja uma varicela normal (como se isso não fosse suficientemente chato).
Agora estou aqui em cuidados, porque só tenho voo amanhã à tarde...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Palpites

Não me faltando o tempo, amanhã ou depois talvez vá ao tão enfadonho quanto disparatado Madame Tussaud. É aqui que preciso da vossa ajuda. Com que boneco de cera me deverei deixar fotografar, para mais tarde me promover? Aceito palpites.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Waterloo

Acho que os franceses querem a desforra da desastrosa derrota e decidiram mandar para Londres todas as excursões possíveis de adolescentes ruidosos e malcriados. Pardon my french, mas putain para eles que é só o que sabem dizer!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Futurologia e oração



... E não nos deixeis cair em tentação e livrai-nos do mal, ámen.

Ela não sabe nem sonha

Enquanto eu agendava posts, Mr. Mirone fazia zapping e passou pela Europort - ou um canal semelhante - que mostrava as provas de Curling*  nos jogos de Sochi. Como é óbvio ficámos colados ao ecrã. 
- Eish, assim sim, dá gosto ver gente a trabalhar. Aposto que em casa deles se deve poder comer no chão, há-de estar sempre tudo um brinquinho!
- Olha lá, achas que o "Roberto" [a senhora que nos limpa a casa e trata das roupas é sósia do Roberto Leal] vê isto? Podia aprender uns truques.
Lembrei-me imediatamente de uma empregada que a minha mãe teve quando eu tinha seis ou sete anos. Ainda hoje lhe gaba o trabalho e energia. A "Isabel" era uma máquina a encerar e puxar o lustro ao chão de casa. Dizia, em brincadeira, que só ficava satisfeita quando dava para ver as nossas cuecas reflectidas nos tacos brilhantes. Nós éramos miúdas e adorávamos aquelas conversas disparatadas. 
A "Isabel" acabou por emigrar para o Canadá pouco tempo depois de casar, para trabalhar numa grande empresa de limpezas industriais. 
Depois do hóquei no gelo, o curling é um dos desportos mais populares no Canadá. Não tenho qualquer dúvida de que se lhe tivesse sido dada oportunidade a "Isabel" seria hoje um dos nomes grandes do curling a nível mundial.

* para quem não sabe o que é curling, toca a googlar que estou no tablet e não consigo inserir imagens, e depois digam lá se tenho razão ou não.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Estíclos

- Oh mãe, a Jéssica Soraia (nome fictício, para os mais distraídos) disse que os meninos não podem fazer isto.
- Isto o quê? A espargata?
- Sim.
- Então porquê?
- Então, porque podem partir os estíclos! Ou não sabes o que são estíclos? Os meninos têm estíclos. Pai, é verdade não é, tu também tens estíclos e não fazes assim para não se partirem.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ponham-me os olhos nisto!

Isto sim, são olhos lindos, expressivos! E lindos serão os do pai que se lembrou de os fotografar e mostrar ao mundo.
Estou maravilhada!


Mais aqui

ADN

Queridos leitores, nunca vos quis falar disto, para não vos maçar, mas a verdade é que nos últimos dias não tenho pensado noutra coisa. Esta noite pouco dormi, com o cérebro "a mil". Já abordei o tema de forma passageira aqui no blog, mas não me sentiria bem comigo mesma se não fosse completamente sincera convosco. É um assunto delicado para muitos, mas "há que dizê-lo com frontalidade".
Tenho um problema grave de ADN. É uma condição congénita, incurável, irreversível (irreversível, mesmo!). 
Noto de ano para ano que se agrava e os seus efeitos não passam despercebidos a ninguém. Da minha parte faço o possível para atenuar os seus estragos, mas o ADN não perdoa.
Ontem à noite, depois de deitar a Mironinho, Mr. Mirone chamou-me, queria falar comigo sobre o meu "problema". Disse-me que me sentia evasiva, quase em negação. 
Seguiu-se, caros leitores, aquilo que menos esperava. Assim, de chofre, sem dizer água vai. Fiquei desorientada, sem chão, não sabia o que fazer. 
- Como?! Mas isso muda tudo! Como é que vou organizar a minha vida? E achas que é assim, em cima da hora que me dizes as coisas? Qureses matar-me, é isso? Mas é já no próximo fim de semana! Como é que me vou conseguir orientar e organizar nestes dois dias? Tens noção? E a Mironinho?
- Está tudo tratado. Já falei com os meus pais, que me disseram que ficam com ela. Falei também com os teus, que também se mostraram disponíveis para ajudar se for preciso.
- Mas, mas....
- Shhhh, não quero ouvir mas, está decidido!
- Mas...
- Já disse, está decidido, não há volta a dar. Não quero ouvir uma palavra!

E é isto, Mr. Mirone achou por bem levar-me uma semana para Londres, por ocasião do agravamento da minha condição. 

E pronto, venham daí esses insultos, que hoje ninguém me tira o sorriso da cara!

ADN * - Afastamento da Data de Nascimento

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Sr.ª D. Cecília volte, está perdoada!

Todos nós tempos presente o episódio do restauro dos frescos da Igreja de Borja levados a cabo pela voluntariosa Cecília Gimenez.

Portugal não podia ficar atrás e também já figura na lista dos restauros "notáveis".
Um olhar descuidado dirá que se tratam das figuras de um qualquer carro alegórico do Carnaval de Torres Vedras ou da Mealhada. Não vamos porém ofender os artesãos que todos os anos trabalham para trazer alegria às ruas daquelas localidades, faça chuva ou faça Sol. A César o que é de César, isto foi trabalho de profissionais (!!!!!), é importante que se diga.
Aqui estão elas, duas das 13 esculturas do Santuário da Nossa Senhora das Preces, em Oliveira do Hospital.

Tenho uma única dúvida. Terão os responsáveis pela manutenção daquele santuário entregue o trabalho a profissionais do restauro ou da restauração? Tenho ideia que já vi um programa de bolos no TLC onde fazem bonecos assim...

A notícia aqui.

Estranha forma de amar

Fiquei a saber esta manhã, pela TSF, que um luso-descendente ficou classificado em 57.º lugar na prova de Slalom Gigante nos Jogos de Sochi. Está muito bem. Parabéns ao senhor e aos cinquenta e seis atletas que se classificaram à sua frente. Um aplauso de incentivo à meia dúzia que obteve uma classificação inferior.
Fico sempre perplexa quando vejo notícias semelhantes sobre luso-descendentes, filhos, netos, bisnetos de portugueses, uns mais do que outros, se destacam naquilo naquilo que fazem. Alguns que não dizem mais do que duas palavras em português e do nosso país apenas sabem o que um ou outro familiar lhe tenha contado. Vejo notícias semelhantes a propósito de cientistas, artistas, políticos e, como este, desportistas. 
Fico perpelexa, como disse. Não porque tenha alguma coisa contra eles, antes pelo contrário, é de louvar alguém que se destaca na sua área, independentemente da sua nacionalidade, mas porque me recordo sempre do burburinho que se fez ouvir quando "nuestros hermanos" quiseram reclamar para si um pouco do Nobel da literatura atribuído a Saramago. Afinal foi em Espanha que o escritor voltou a casar e quis passar os seus últimos dias. Mas não, ai Jesus, que Saramago é nosso, é português, os espanhóis que se ponham com juízo que ele nosso, só nosso! Para mim passa-se exactamente o mesmo quando oiço ecos de um prémio  - e porque não um 57.º lugar - obtido por um luso-descendente. 
Fico perplexa, repito. Será isto que nos torna um grande povo? Ou será, pelo contrário, sinal de pequenez? E os outros todos?
Estranha forma de amar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Coisas que eu faço e para as quais não tenho explicação válida (até tenho, mas não me agrada)

Dar voltas e mais voltas ao quarteirão da escola da Mironinho à procura de estacionamento, e arriscar ter de deixar o carro em cima de um passeio com os 4 piscas ligados, sabendo que se deixar o carro em casa e for a pé demoro menos tempo.

Nervos de aço? Músculos de pedra? Nah... só estupidez, mesmo.

Eu poderia enclausurar-me num templo remoto no Tibete durante anos, poderia sujeitar-me a treinos físicos intensos e à meditação na mais pura forma do nascer ao pôr do sol. Regressaria com a força de um monge Shaolin, com nervos de aço e músculos de pedra. 


Para quê? Porquê? 
Se posso, já de madrugada e antes de me deitar, pôr leite a aquecer no micro-ondas durante trinta segundos e dar uma corridinha ao computador, ficar ali de esguelha, nem sentada, nem de pé, com parte da nádega apoiada só na pontinha da cadeira, num equilíbrio desafiador do melhor artista de circo. E findos os trinta segundos, em vez de ir buscar o leite, continuar naquela posição, porque são só mais três segundinhos, e deixar o micro-ondas a apitar a cada trinta segundos - piiiii, piiiiiiii, piiiiiiiii - a avisar que o tempo acabou e que preciso de abrir a porta, e os três segundos que faltavam afinal são cinco minutos e de trinta em trinta segundos  piiiii, piiiiii, piiiiiii, que nervos, vai já, é só ver este mail, e mais trinta segundos piiii, piiiiii, piiiiiii, já agora respondo, piiiiii, piiiiii, piiiiii, já sei que já acabou o tempo, piiiii, piiiii, piiiiiiii. Piiii digo eu, que dei um jeito às costas. Piiii, piiiiii, piiiiiii, que tortura! 
Entretanto passaram 5 minutos e o micro-ondas deixa de dar esse aviso a cada trinta segundos, mas o leite está frio outra vez. Volto à cozinha, programo mais trinta segundos e vou acabar o que estava a fazer, nem sentada nem de pé, ali de esguelha, com a nádega de fora e os abdominais contraídos. E sou capaz de passar uma hora nisto. Piiiiii, piiiii, piiii!

Diz-nos então Mirone, sentes-te um verdadeiro monge Shaolin?
Não, sinto-me só estúpida e com dores nas costas.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Dr. Martins comenta o Mirone

Leitores do meu coração, vocês sabem que vos adoro, a todos sem excepção. Comentadores deste blog, vocês sabem que este blog não é ninguém sem o vosso contributo. Mas há contributos que não posso deixar passar em branco. Contributos de personalidades ilustres no campo das ciências que levarão, tenho a certeza, o Mirone ao Olimpo da bloga.
Hoje dedico um post ao próximo Nobel da Biologia - aliás, ainda estou para descobrir que poderoso lobby é esse que ainda não permitiu que tal acontecesse - o Dr. Martins, que tão simpaticamente aqui deixou umas palavrinhas. Que orgulho!

Lembram-se deste post a propósito do referendo sobre a co-adopção?
E lembram-se deste anónimo?

Família em qualquer bicho que se preze é macho e fêmea, e depois as crias que vierem.
Macho macho, fêmea fêmea é aberração e vício aberrante
Só tenho pena das crianças inocentes que não se podem defender e pagam elas pelas aberrações e vícios dos adultos.
Aprendeu o que é UMA FAMÍLIA?
E mais não digo!
 
Sim, é verdade, o Dr. Martins comenta o Mirone. Figura ímpar da ciência, humilde e discreto, optou por comentar como anónimo, deixando-nos aquelas péroloas, mas quem conhece o seu trabalho descobre com facilidade o génio que as profere.  Para quem quiser conhecer a opinião do Dr. Martins sobre a diversidade animal, a questão do macho e da fêmea, deixo-vos uma das raras oportunidades em que o Dr. Martins se deixou entrevistar em televisão. Deixemo-nos inundar pelo seu conhecimento.



Detesto

...saber o que vai ser o jantar dos vizinhos mal saio do elevador.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Assim se destrói a auto-estima de uma mãe

Ao jantar, com a televisão ligada (sim, jantamos com a televisão ligada, o que é que foi?), os telejornais mostravam as costumeiras reportagens sobre o S. Valentim e diziam que até os hotéis de luxo estavam completos para a noite. No Farol, mostravam os quartos com decoração onde abundavam os encarnados e, dizia o jornalista, "o menu especial de jantar de S. Valentim custa 38 euros por pessoa...".
- Trinta e oito euros! Tantos! É quase os teus anos, havias de ir lá com o pai quando forem os teus anos! Ou não tens esses euros? Trinta e oito são muitos, não são? Eu sei escrever trinta e oito, é um oito e um três...

Olha Mironinho, é um três e um oito, não é um oito e um três. E fica sabendo que 37 anos - ou 38, daqui a uns dias - é uma idade bem mimosinha, minha menina! Ficas também avisada, repetes a gracinha e quando fizeres anos habilitas-te a um happy meal e já gozas!

Era só para a proteger da chuva...

Um casal de namorados e muita chuva. Vamos fantasiar?

Singing in the rain? Pode ser. Fechem os olhos, imaginem o Gene Kelly a levar a namorada a casa, feliz e apaixonado, a cantar e a dançar com o seu chapéu de chuva. Já fantasiaram? Estão bem dispostos? Sentem-se felizes e apaixonados? Sim?

Agora passemos à realidade.
Em comum, um casal de namorados e muita chuva.
"E se em vez de lhe pagar os 12 mil euros que lhe devo, fingir que vamos a fugir da chuva e a atirar para um buraco de saneamento? Era boa ideia, não era? Tiro a tampa de ferro, tapo-a com um cartão, encaminho-a para lá e zás! Nos desenhos animados funciona sempre!"
E não é que funcionou mesmo?


A notícia aqui.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ainda enxofrada

...e num "bad hair day", alguém me explica o que leva uma pessoa no atendimento ao público de um serviço também ele público e climatizado - não parece mas estava - a usar um gorro destes? Um bad hair day?


A ver se tomo um anti-histamínico que hoje tudo me faz comichão...

Mensagem fofinha

Tinha este post agendado para amanhã, mas estou enxofrada e por isso vai já hoje.

If you're sad about being alone on Valentine's Day, just remember... Nobody loves you on the other days of the year either.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Porque não fazes fritos mais vezes se te saem sempre tão bem, Mirone?*

Ou o pretexto que me faltava para utilizar a palavra ranço num post.

1. Não tenho fritadeira eléctrica e não quero comprar nenhuma.
2. Também não me apetece gastar perto de 150 euros numa daquelas que fritam só com uma colher de óleo.
3. O barulho do exaustor no máximo deixa-me exausta, "atacada dos nervos". Não suporto!!!!!!! Nunca um nome de electrodoméstico me pareceu tão apropriado. Infelizmente tenho de levar com ele, faça fritos ou não.


* Os fritos saem-me bem, não por mérito meu, mas porque uso sempre óleo novo (isto de só fazer fritos três ou quatro vezes por ano leva-me a ter medo que o óleo ganhe ranço de uma utilização para a outra).


Há lá coisa mais fofinha que gatinhos bebés?

Há!
Criancinhas que se voluntariam para ler histórias a gatinhos abandonados.

A notícia aqui.

Sobre o jogo de ontem

É tudo uma questão de perspectiva.
Esta manhã, a caminho da escola, ouviamos na rádio qualquer coisa como: "o Benfica arrecada mais três pontos e deixa o Spoting a cinco de distância".
- Boa, mamã! O senhor está a dizer que o Benfica é três e o Sporting é cinco! Se-por-tin-gue! Se-por-tin-gue!

Quem mente?

Então se ninguém liga, que o amor é para se celebrar todo o ano, se é uma piroseira que não se aguenta, uma manobra comercial, a mim não me enganam, ninguém me apanha num restaurante nesse dia, porque é que eu continuo a ver montras pejadas de peluches e corações, canecas e almofadas com dizeres apaixonados, lingerie de gosto duvidoso - para ele e para ela, menus especiais de S. Valentim com miminhos de porco preto com alheira e profiteroles para a sobremesa?
Mentirosos? Sois uns grandessíssimos mentirosos, é isso?


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pfff!

Temporal? Qual temporal?
A espreguiçadeira, as cadeiras e a mesa continuam no mesmo lugar. A que propósito é que haveria de me levantar às duas da manhã só para me certificar de que não voavam?
Há homens muito medrosos... e mulheres muito confiantes.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"Supônhamos" que

... vocês são mecânicos e que um cliente chega à vossa oficina com a direcção do carro partida. E que vocês identificam o problema, lhe dizem qual é a solução e até lhe dizem quanto vai custar. E que o cliente diz sim senhor, avance com isso que o carro faz-me falta. E que vocês, como sempre, lhe pedem que assine a ordem de reparação.
E que o cliente responde "posso assinar antes um pedido de lavagem de estofos"?
 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

And now for something completely different*

Experimentei um baton encarnado, mesmo encarnado. "Experimenta, vais gostar, fica bem com todas as peles e tu até nem carregas muito na maquilhagem".






















Ainda me estou a rir.
*(ou como parecer uma dona de casa de alterne - e mais nunca vi nenhuma - em três segundos)

Ou seja

A estupidez é como uma bola de neve.

Se nos deixarmos apanhar por ela a tendência é que cresça e venha desembestada por aí abaixo a causar estragos.

O dia em que tive medo de preparar o jantar

Há dias em que sou burra e há dias em que sou muito burra. Depois há aqueles em que se houvesse um prémio mundial da burrice ele era meu, com larga vantagem sobre a concorrência. Aqui "há atrasado" foi o dia!
O trabalho corria bem, sem grandes precalços, sem pontas penduradas, tudo despachado a horas decentes. 
Cinco da tarde. Entro em modo "ultra-eficiente". Se for rápida ainda apanho a seguradora aberta para entregar as despesas de saúde e pedir o reembolso. 
Viva, estacionamento à porta! "Bahhh, está a chuviscar, o parquímetro fica ao fundo da rua, demoro mais tempo a ir pôr a moeda do que a entregar os documentos. Só tenho moedas de um euro ou de um e dois cêntimos, não vou pôr um euro por causa de um minuto, vá, dois, três no máximo, se me demorar". Olho à minha volta. Nem sinais de polícia. É só um minutinho, arrisco.
Não foi só um minutinho, também não foram dois, nem três, foram quase quinze. Ainda fui a tempo de dar com o "xôr" agente a levantar delicadamente a escova limpa-pára-brisas e deixar o talão. 
- Senhor agente, mas foi só um instantezinho para vir aqui à seguradora.
- Sim, imaginei que sim, é sempre só um instante, mas agora já está, passe na esquadra nos próximos 10 dias, não se esqueça. 
É bem feito, para não pensares que és mais que as outras! Parece que o dinheiro não te custa a ganhar, deves pensar que nasce nas árvores. Burra, Mirone! Burra!
Rabinho entre as pernas, retomei o modo "Mirone ultra-eficiente", pensava eu. Cinco e vinte e já estou à porta da escola. Tenho lugar imediatamente antes da passadeira, que sorte. Deixa cá ver, trinta segundos para atravessar a passadeira, trinta segundos para ma entregarem, vestir casaco, voltar ao carro, outros trinta, dois minutos para fazer os quinhentos metros que separam a escola de casa e, finalmente, lar, doce lar! Antes das cinco e meia, tal como previsto. Tudo "nos conformes". És a maior Mirone! 
Saio apressada, atravesso a estrada, recolho a Mironinho, atravesso a estrada, abro o carro, sento a miúda, ponho-lhe o cinto, dou a volta ao carro, abro a minha porta, ponho o pé direito dentro do carro....
...e deixo cair a chave. (nota: não uso porta-chaves na chave do carro).
Espreito para dentro do carro. Não vejo a chave. Deviam fazer chaves fluorescentes, que se vissem bem no chão do carro. Puxo o banco para trás. Depois para a frente. Nada de chave. Se calhar caiu para a rua. Abro a porta com jeitinho, há carros a passar mesmo ao lado. Saio do carro. Olho à volta. Do mal o menos, não há sarjetas por perto. Baixo-me. O chão está molhado. Procuro debaixo de carro, à frente, atrás, dos lados, na estrada. Da chave, nada. Volto a entrar no carro. Levanto tapetes, encontro uma moeda de 50 cêntimos (agora, estuporada?!). Procuro no espaço entre o banco e os apoios do cinto de segurança. É impossível que tenha entrado para ali, mas nunca se sabe. Saio do carro outra vez. Há um carro que passa e apita. Volto a baixar-me, espreito debaixo do carro. Nada!
- Porque é que estamos aqui mãe? Porque é que não vamos para casa?
- Agora não Mironinho, que a mãe perdeu a chave, agora não. 
- Podemos ir a pé. É já ali a seguir àquele prédio, até dá para ver. 
- Agora não.
Começo a ficar nervosa. E o carro parado antes da passadeira. Passa outro carro que apita. Está a ficar escuro e continua a choviscar. Apetece-me chorar. Onde é que se meteu a chave? Pára um carro branco atrás de mim. É a polícia. Era mesmo o que eu precisava. Largo num pranto. Duas multas no mesmo dia, em menos de uma hora! Ninguém merece!
O polícia deve ter ficado sensibilizado com as minhas lágrimas.
- Boa tarde, precisa de ajuda?
- Preciso. Buáaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!
- Acalme-se, minha senhora. O que é que se passa?
- Deixei cair a chave do carro quando estava a entrar e não a encontro e tive uma multa de estacionamento há meia hora e agora vou ter outra. Buáaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!
- Mas viu bem dentro do carro?
- Vi, já tirei tapetes e tudo. Buáaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!
- Dá-me licença que a ajude?
- Dou, claro que dou! Buáaaa!
O polícia abre a porta do carro, escancarada, e dá com a chave no mesmo instante. Estava no lugar mais improvável de todos, no estribo do carro, bem no fundo, junto às dobradiças da porta. Claro que nunca a encontraria, nunca me lembraria de escancarar a porta com outros carros a passar.
- Pronto, já tem a chave. Agora acalme-se e boa viagem.


Nesse dia tive medo de entrar na cozinha e preparar o jantar. Não tinha apanhado a segunda multa, é certo, mas tanta estupidez junta dizia-me que era prudente não abusar da sorte.






terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Devia registar a ideia

Tenho uma ideia recorrente de cada vez que entro com o carro na garagem em dias de chuva.
Deviam inventar um sistema que permitisse que o carro se sacudisse vigorosamente, como fazem os cães molhados, antes de entar na box. 

Também me imagino a usar esse sistema sempre que alguém achasse por bem ficar à conversa no meio da estrada e eu estivesse com pressa ou quando me cruzasse com a chica-esperta que "por engano" (pois, engano, só me intriga que não se tenha enganado e pegado num com as varetas todas tortas que lá estava) queria levar o meu guarda-chuva hoje à hora de almoço.

Aquilo do leilão

Assim de repente e sem pensar muito, ocorre-me um bom motivo para não se leiloarem os Miró que consiste basicamente em poderem ir deixar meia dúzia deles, assim por atacado, lá a casa. Lamentavelmente, isso não vai acontecer.

Escusam de me perguntar porque é que eu não fiz um printscreen

... porque a resposta vai ser "porque não quis".
Hoje não como sopa.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Lembrete

NUNCA marcar nada chato para as primeiras horas da manhã de uma segunda-feira. NUNCA, jamais, em circunstância alguma. Nem finanças, nem conservatórias, nem segurança social, nem IMTT. Deus vos livre e guarde da treva das lojas do cidadão, que juntam o pior destes mundos e outros num só local.
Mil e uma pessoas tiveram essa ideia ("pois que é melhor, fico logo despachado") e, em conformidade, decidem montar arraiais à porta dos ditos serviços logo de madrugada, sem terem noção de estão a viciar o sistema, que isso só vai aumentar o período de espera do seu aparentemente precioso tempo.  Acredito que se fosse efectivamente precioso não o desperdiçariam daquela maneira.
Pessoas que acampam à porta dos serviços para se despacharem mais cedo: É MENTIRA! Não ficam despachados mais cedo coisíssima nenhuma. As portas vão continuar a abrir às 9.00 horas. Se chegarem 20 pessoas entre as 9.00 e as 10.00 horas, os funcionários levarão exactamente o mesmo tempo a atendê-los do que se essas mesmas 20 pessoas decidirem plantar-se às porta do serviço logo às 7.00 horas. A única diferença é que em vez de esperarem uma hora abrigadas e sentadas, esperarão 3 horas, sendo que nas duas primeiras estarão em pé, na rua e ao frio. E não adianta chegarem às 6.00 da manhã da próxima vez que precisarem de lá voltar, isso só irá aumentar uma hora à vossa espera, invariavelmente a resmungar, que "não se admite, cambada de preguiçosos que se levantassem o rabinho da cama cedo para saber o que custa a vida e que era, é o país que temos, é correr com essa gentalha toda de lá para fora". 
Concentrem-se nisto, por favor. O atendimento ao público começa às 9.00 horas, independentemente da hora a que cheguem. E quando chegar a vossa vez, vão estar cansados e sem paciência para o que o funcionário tiver para vos dizer. Era só isto.

Benditas as conservatórias onde é possível agendar a renovação de passaportes.