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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O que é o comer?

Fico doente, leitores, fico doente quando oiço alguém referir-se a comida como o comer.
Podia ficar doente quando apanho uma corrente de ar mais forte, quando como qualquer coisa que me cai mal, quando apanho um vírus ou algumas bactérias decidem atacar. Na verdade também fico, mas "o comer", "prontos", deixa-me assim. "Hadém" convir, senhores leitores, que "derivado a" essas coisas uma pessoa se sinta atacada dos nervos. Se "o comer", e outras pérolas de igual gabarito, vierem de gente com formação académica, então é caso para "a gente ficarmos" quase de cama. Aquilo fere-me os tímpanos, como feria o som do giz, em certos ângulos no quadro de ardósia da escola.
"Portantos", se além da pontuação esquizóide dos meus posts, alguma vez depararem com jóias preciosas (as do acordo ortográfico não valem), que vos firam a retina como "o comer" me fere os tímpanos, agradeço que me avisem.
"Obrigadinhas". Continuação e saúdinha (também gosto tanto!)
.
PS - As segundas feiras são o dia de folga do restaurante aqui ao lado. Acabei de ser convidada - às 9.30 da manhã!- por um colega para ir a outro mais abaixo, que "o comer" lá é bem bom e no placard que põem no passeio dizia que hoje eram filetes de polvo com arroz do mesmo e jardineira de pato que é uma especialidade. Se vos apetecer um destes pratos, é ir cedinho, que o polvo esgota depressa.

16 comentários:

  1. São pessoas que adoram devorar verbos! :DDDD

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  2. Existem 2 palavras que me tiram do sério.
    fazível
    voçes
    rrrrrrr - o tal do giz na ardósia

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  3. Ah, esqueci-me do vocezes (ainda melhor que voçês com cedilha) e os visteS, fosteS, dissesteS.

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  4. Vinda do almoço, espreito o seu blog e qual não é o meu espanto quanto leio "filetes de polvo com arroz do mesmo"! Foi exactamente essa a minha refeição de hoje. E bem bom que estava!

    D.

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  5. Bem, aqui no Porto isso é muito utilizado e se calhar por isso não me faz muita impressão. Mas eu sou pior. Muitas vezes em vez de dizer jantar digo tacho. Assim: ó Home que queres para o tacho? Um português de fazer inveja à Edite.

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    1. O "tacho", a "bucha", até a "janta", isso são formas correctas (das quais posso gostar mais ou menos) de se referir a refeição. Agora usar "comer", quando se deve dizer comida irrita-me: "O comer estava bom" ou "o que é que é o comer, mulher?" está mal e eu detesto, mas "o que é o tacho?" ou "o tacho estava bom, mulher!" está dito de forma correcta. :)

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    2. Para a pipinhaeheh.
      Isso é irrelevante, o importante é alimentar bem o Home e que o "rancho" seja nutritivo. Acho!

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    3. Claro. Ainda por cima o home é de bastante sustento, mas tem de ser tacho de qualidade. :)

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    4. A bucha, aqui para os meus lados, é o que se leva para comer no trabalho a meio da manhã ou da tarde (ou da noite, se for o caso), pode ser uma "sande", pode. Olha, nem de propósito, está na hora da bucha, vou comer uma maçã.

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  6. Para a Mirone.
    Então e se for: O que é a "bucha" hoje para a "janta," ó mulher.

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    1. Para si Corvo, que me palpita ser homem de muito alimento, mas para a alma, até tenho medo de sugerir. Para o corpo, lá em casa há-de ser sopa de legumes com um empadão de carne para aproveitar umas sobras. É servido?

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  7. Isso são pessoas com voracidade gramatical!
    :DD

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  8. Ok! Então a gente combinamos um dia, quando o comer for filetes outra vez.

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