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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Não, não é mito...

...e depois de um dia inteiro num bairro social, estaciono o carro em frente a residências universitárias, aquelas da acção social escolar, e percebo que também ali há umas boas mãos cheias de carros melhores do que o meu e sinto muita coisa mas inveja não é uma delas, antes fosse.

4 comentários:

  1. Claro que não. Inveja é uma coisa que nós nunca sentimos, só os outros é que sofrem desses males, nós nunca, nunca, pois é?

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    1. Neste caso específico, não senti inveja. Mas já neste blog falei dos ataques de invejha que tenho. Na altura até expliquei que acho um disparate a ideia de inveja boa. Se é inveja não é boa, se é boa é porque não é inveja.
      Ontem senti raiva, rancor, uma ponta de desprezo, frustração. Senti muitas coisas e, sinceramente, a inveja, se a tivesse sentido (mas não senti), seria a menor delas todas. Porque me faz confusão, a mim que tenho capacidades limitadas, que alguém que beneficie de apoios sociais como, por exemplo, habitação social, rendimento social de inserção, bolsas de estudo (por insuficiência económica, não questiono as de mérito), continuem a atirar areia para os olhos de toda a gente e ande em bons carros (muito bons mesmo, havia ali carros que custam mais de 50.000€, o que para quem nem seuqer casa diz conseguir pagar, me parece excessivo). Mas porque a declaração de rendimentos não reflecte, efectivamente, os rendimentos auferidos, continuam a beneficiar de apoios que foram concebidos para que realmente precisa.Usando as suas palavras, esses males só vêem os outros, o anónimo não vê nunca, nunca, pois é?

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  2. Não anónimo, não é inveja, eu sinto exactamente o mesmo, é pura raiva por saber que tanto eu como o meu marido nos esfalfamos a trabalhar para pagar para que esses meninos tenham popós de luxo, enquanto aos meus filhos nem os fdp dos manuais escolares pagam para eles terem educação. Sai tudo tudo do nosso bolso. Por isso, muitas vezes as pessoas dá-lhes um baque e perguntam mas afinal ando eu a trabalhar para quê, quando se vê gente ao alto com melhores vidas que nós. E não tenho inveja de quem tem carros de 50000 ( o que não quer dizer que não gostasse de o ter são duas coisas diferentes), desde que tenha trabalhado para isso, ou que não me vá a mim ao bolso directa ou indirectamente. Já quando eu andava na preparatória tinha miúdos que tinham os livros todos pagos e eu e o meu irmão nunca tivemos direito a nada. Porquê? Porque o meu pai era trabalhador por conta de outrem, declarava tudo, os outros declaravam salários mínimos quando fartavam-se de ganhar dinheiro, Sempre foi assim e sempre será. Não não é inveja é muita raiva.

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  3. E quando é a distribuição alimentar para os mais carenciados???? (Dizem eles que é para os mais carenciados!)
    É ver muitos "carenciados" a carregar a comida para os seus ricos Mercedes e BMW´s!!!
    Atenção que respeito muito quem realmente necessita destes apoios...mas tenho vontade de dar uma bastonada a quem vai usufruir de tal ajuda sem necessitar da mesma!

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