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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Então Mirone, o que fazes num fim de semana normal?

Então, o que é que havia de fazer? Faço o que grande parte das mães de crianças em idade escolar fazem. 
De manhã faço compras para a casa, almoço com os sogros, sigo directamente para mais uma festa de aniversário infantil (credo, que em Janeiro de 2009 as maternidades devem ter estado à beira do colapso!), regresso a casa farta de gritaria, a miúda a chorar porque fomos os primeiros a sair e queria ter ficado mais tempo, dou-lhe ben-u-ron enquanto preparo o jantar porque lhe dói o ouvido, peço ao pai que lhe dê banho e vista um pijama quentinho. Jantamos, procuro o cartão do seguro e telefono a pedir um médico ao domicílio, deus me livre de ir para as urgências num sábado à noite. Dou mimos à filha que não aguenta a dores, prometo que o médico está mesmo mesmo a chegar, que já quase ouço a campainha a tocar, digo mal da minha vida, que se tenho ido ao hospital a esta hora a miúda já tinha sido vista, mas o médico vem de onde, que já passou uma hora? Dou-lhe colo, peço que tente dormir, ela estremece com dores. Abro a porta ao médico, reconhecemo-nos, pergunto-lhe pela filha, minha colega de liceu, agora maestrina na Dinamarca, ele observa a Mironinho, pergunto-me o que faz um médico da sua idade e com a sua experiência fazer domicílios ao um sábado à noite, concluo que deve ser amor à profissão, respondo às perguntas que faz. Fico com a Mironinho enquanto o pai voa para a farmácia ao lado de nossa casa, a fazer figas para que esteja de serviço. Não está. Mete-se no carro e vai até à farmácia indicada na lista de farmácias de serviço, a lista está desactualizada, vai a outra, também fechada, mas a lista afixada indica uma outra farmácia de serviço, aberta, com uma fila imensa na rua, ao frio, e um funcionário que pede licença a um pé para mexer outro, atrás de uma janelinha que vai abrindo e fechando a cada cliente que atende. Troco sms com Mr. Mirone, que me relata enervado estes "contratempos", que nem em África viu uma coisa assim, que parece para os apanhados, que há pessoas fartas de esperar e a abandonar a fila. Uma hora depois de sair Mr. Mirone regressa com o antibiótico e as gotas para os ouvidos, remédio santo, meia hora depois a Mironinho dormia tranquila, foi até às dez e meia da manhã. 
Agora está aqui fina, como se nada se tivesse passado a perguntar a que horas vamos para casa dos avós, que as primas já devem estar lá e quer ir brincar com elas. E vamos, que em casa dos meus pais o almoço de domingo começa à uma e meia e não tem hora para acabar.

4 comentários:

  1. Bom almoçinho.
    ML hoje foi com os avós ver na FIL os animais da quinta, logo não há cá almoços de família para ninguém.
    Pizza e vinho tinto na sala, pijama e descanso.
    Estiveste ontem numa festa de aniversário de crianças (como eu) e o resumo resultou tão diferente.
    Ainda bem que não estavas naquela sala... sinistra...

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  2. Oh,oh, Mirone....
    Sábado, almoço em casa dos sogros e Domingo em casa dos pais.
    Mas que sorte, raios..............

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  3. Dores de ouvidos, infelizmente foram o pão nosso de cada dia cá em casa durante anos, apesar de toda a vigilância e cuidados que tínhamos. Abençoados antibióticos. As melhoras. Quanto aos almoços de fim de semana tenho a declarar que isso é um luxo! Boa semana!

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  4. Deixa lá, o meu fim de semana foi passado entre as urgências e o sofá a tratar de um miúdo com uma amigdalite daquelas. Tive um intervalo em que a minha mãe foi ficar com ele, e para que foi o intervalo?? Para ir ao supermercado pois então

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