A questão, Picante, é que grande parte das pessoas usa a conversa do carpe diem para legitimar actos irresponsáveis. Lá ouviram a frase, aquilo fica no ouvido (até dúvido que muitos que a usam tenham realmente visto o filme que a popularizou, mas isso é só uma suspeita minha) e vai daí, para tudo é carpe diem, sem sequer perceberem o que quer realmente dizer. Olhe, é mais ou menos como o et pluribus unum, um brocado que esas pessoas também gostam de usar, numa de mosqueteiros, sem saberem muito bem o que quer dizer. Ah e tal "carpe diem", aproveita o dia, vive-o como se fosse o último. Mas não é. Seguir muitos dias virão e os actos irreflectidos hão-de pagar-se muito caros. (do mal o menos, enquanto me pagarem para os resolver, nem tudo está mal)
Até eu?! Sim, considero uma responsabilidade criminosa que a pretexto do carpe diem se beba até à quase inconsciência e depois se vá conduzir, que se façam filhos que não se querem, se contraiam dívidas que não se podem pagar. Lamento que o tenha desiludido, mas é esta a minha opinião, ainda que tenha noção de que são esses disparates que, indirectamente, me põe o pão na mesa.
Mas o Carpe Diem não é isso, Mirone, pelo menos eu não o entendo dessa forma, nem o poema de onde foi retirado remete para a irresponsabilidade. Termos a noção da nossa finitude, fragilidade e mortalidade pode servir para relativizar certos absolutos mas não para desresponsabilizar... Digo eu que sou mais bolos.
A mim, o que aborrece, é a conversa do coitadinho. Lá o carpe diem não incomoda mesmo nada.
ResponderEliminarA questão, Picante, é que grande parte das pessoas usa a conversa do carpe diem para legitimar actos irresponsáveis. Lá ouviram a frase, aquilo fica no ouvido (até dúvido que muitos que a usam tenham realmente visto o filme que a popularizou, mas isso é só uma suspeita minha) e vai daí, para tudo é carpe diem, sem sequer perceberem o que quer realmente dizer. Olhe, é mais ou menos como o et pluribus unum, um brocado que esas pessoas também gostam de usar, numa de mosqueteiros, sem saberem muito bem o que quer dizer.
EliminarAh e tal "carpe diem", aproveita o dia, vive-o como se fosse o último. Mas não é. Seguir muitos dias virão e os actos irreflectidos hão-de pagar-se muito caros.
(do mal o menos, enquanto me pagarem para os resolver, nem tudo está mal)
Até a Mirone? Tinha-lhe em melhor conta.
ResponderEliminarAté eu?!
ResponderEliminarSim, considero uma responsabilidade criminosa que a pretexto do carpe diem se beba até à quase inconsciência e depois se vá conduzir, que se façam filhos que não se querem, se contraiam dívidas que não se podem pagar. Lamento que o tenha desiludido, mas é esta a minha opinião, ainda que tenha noção de que são esses disparates que, indirectamente, me põe o pão na mesa.
Irresponsabilidade*
EliminarMas o Carpe Diem não é isso, Mirone, pelo menos eu não o entendo dessa forma, nem o poema de onde foi retirado remete para a irresponsabilidade. Termos a noção da nossa finitude, fragilidade e mortalidade pode servir para relativizar certos absolutos mas não para desresponsabilizar... Digo eu que sou mais bolos.
ResponderEliminarEu sei, por isso é que quando usam o brocado com esse sentido só me lembro deste idiota do Wayne's World.
EliminarNem no filme aparece nesse contexto....
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