sábado, 30 de abril de 2016
sexta-feira, 29 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Verdadeiramente confrangedor
É perceber que alguém que faz questão de deixar claro que possui formação académica de nível superior não só desconhece o significado da palavra confrangedor, como não se inibe de, publicamente, garantir que aquela palavra é um erro.
terça-feira, 26 de abril de 2016
E para começar bem a semana
... percebemos que o nosso companheiro dos últimos anos "is no more", que aquele que nos acompanhou na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, no trabalho e em lazer, "is pinning for the fjords". Adeus querido computador.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Coisas que me afligem
Pessoas que para se mostrarem "interessantes" iniciam uma conversa com um tema, escolhido por si, que não dominam minimamente.
Mas acredito que aflija mais o interlocutor que acha o tema interessante, conhece-o e até tem disponibilidade para conversar, mas acaba por dar de caras com a enorme parede branca do desconhecimento e silêncio.
Mas acredito que aflija mais o interlocutor que acha o tema interessante, conhece-o e até tem disponibilidade para conversar, mas acaba por dar de caras com a enorme parede branca do desconhecimento e silêncio.
Eu ainda sou do tempo
Em que aquela semaninha entre o 25 de abril e o 1 de maio era usada para ir ao Algarve afinar a corzinha que se tinha ganho nas férias da Páscoa.
Felizmente o Dia do Pai já passou
(Vaidosa) - Mamã, o papá diz que quando eu uso esta camisola do Mê o casaco assim apertado só no primeiro botão pareço de um gang mexicano que é a La Eme.
(Ainda a processar) - Ai disse? Por acaso também não gosto muito de ver só o primeiro botão apertado...
(Orgulhosa) - Eles usam as camisas apertadas só no primeiro botão para se verem as tatuagens e para os outros gangs saberem qual é que é o gang deles. Há muitos gangs mexicanos, o não sei quê 13, porque o 13 é o número do Mê no alfabeto, e há outros que eu não sei bem o nome, mas o papá pode explicar-te.
(Incrédula) -Pode?
(Com o orgulho de quem acha o pai o melhor do mundo) - Sim, o papá sabe tudo sobre gangs. Aposto que mais nenhum pai dos meus amigos sabe todas as coisas de gangs mexicanos.
(Ainda a processar) - Ai disse? Por acaso também não gosto muito de ver só o primeiro botão apertado...
(Orgulhosa) - Eles usam as camisas apertadas só no primeiro botão para se verem as tatuagens e para os outros gangs saberem qual é que é o gang deles. Há muitos gangs mexicanos, o não sei quê 13, porque o 13 é o número do Mê no alfabeto, e há outros que eu não sei bem o nome, mas o papá pode explicar-te.
(Incrédula) -Pode?
(Com o orgulho de quem acha o pai o melhor do mundo) - Sim, o papá sabe tudo sobre gangs. Aposto que mais nenhum pai dos meus amigos sabe todas as coisas de gangs mexicanos.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Eu realmente andava a achar os consumos estranhos
Mamã, antes que me esqueça e só para que saibas, quando carreguei para imprimir esta coisinha fofa o iPad disse que o nível de tinta está baixo, mas eu acho que até ficou bem. Havias de ver isso de o iPad dizer coisas que não são verdade, ou tu ou o papá.
terça-feira, 19 de abril de 2016
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Fazes-me uma frittata, Mimizinha?
Eis que duas semanas após rigorosa dieta ascética auto-imposta, um jejum digno de monge tibetano, onde só grelhados sensaborões e saladas sem tempero eram admitidos, sopas verdes a pedir meças aos batidos detox das rosinhas, e proscrição quase absoluta de hidratos de carbono, o pedido que adivinhava há muito se fez ouvir.
Entretanto no país irmão
Vota-se com emoção em nome de Deus, dos filhos, dos netos, dos pais, dos avós, dos conterrâneos, entre acenos e beijinhos lá para casa. Eta país único!
sábado, 16 de abril de 2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Nem ela imagina quanto
Estou tão orgulhosa, mamã. Daqui a uns minutos a minha amiga vai subir ao palco. Merece tanto! Não estás orgulhosa também?
Sabes que tens uma "linha editorial estranha" quando, na caixa de Spam do e-mail, encontras
Dois e-mails a prometer um Carnaval de sonho, um no Rio de Janeiro, outro em Pernambuco;
Três e-mails a vender pacotes de férias da Páscoa em Copacabana;
Dois e-mails para animação musical de festas particulares;
Um e-mail do melhor imitador de Frank Sinatra que o Brasil já viu;
E, o que me mais me intriga, aquele que me deixa a pensar, mas onde é que esta gente foi buscar a ideia de que preciso disto?, também vindo do lado de lá do oceano, aulas de inglês que sendo, não o são. Confuso? Nada disso, nestas aulas não vou aprender gramática nem vocabulário, vou apenas aperfeiçoar a minha pronúncia, para me livrar de vez do sotaque estrangeiro e ter, finalmente, o merecido sucesso na minha vida profissional.
Caraca, legal! Valeu! Mas não vai dar, não, cara.
Sucessão p'ro teu negócio!
Tenho de espreitar o Spam mais vezes.
Há quanto tempo não vos dou conta do estado em fica o meu cabelo quando apanha chuva?
Acordou sozinha e sem pressas. Deixou-se ficar na cama, primeiro de olhos fechados, depois a espreitar o céu azul que adivinhava pelas frestas das portadas. Que horas serão? Tenho fome... Esticou os braços, contorceu-se e ali ficou uns segundos a desenhar um anjo com os braços nos lençóis amarrotados. Levantou-se, abriu a janela, confirmou o glorioso dia de verão que adivinhou ainda na cama, passou pelo espelho e olhou-se demoradamente à procura de alguma ruga ou mancha que denunciasse a idade que os documentos lhe davam.
Caminhou descalça pelo longo corredor de tábua corrida até à cozinha e lembrou os verões da sua infância quando o relógio que marcava as suas horas tinha como ponteiros o sol e o apetite. Brincava-se enquanto fosse dia, comia-se quando se tinha fome.
Tirou um biscoito de limão do frasco de vidro, ligou a máquina de café e procurou qualquer coisa para ler na prateleira que albergava os livros de receitas. T. S. Eliot, aqui? Não me lembro nada de o ter trazido. Abriu o livro displicentemente e leu
"Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agónicas raízes com a chuva da primavera."
Bahhh, não quero ler isto! Fechou o livro e atirou-o para o fundo da mesa. Ao longe ouviu uma buzina. Em tempos o padeiro vinha numa pasteleira com enormes alforges de verga distribuir o pão quente porta a porta. Seria o padeiro?
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agónicas raízes com a chuva da primavera."
Bahhh, não quero ler isto! Fechou o livro e atirou-o para o fundo da mesa. Ao longe ouviu uma buzina. Em tempos o padeiro vinha numa pasteleira com enormes alforges de verga distribuir o pão quente porta a porta. Seria o padeiro?
Acordou sobressaltada. Sete e meia, estou atrasada! Olhou pela janela. Chovia copiosamente.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
C10H8
Encontro-o na cadeira motorizada, com blusão de pele e óculos de aviador, invariavelmente, algures entre o roteiro banco-correio-farmácia.
Outrora aviador destemido, goza a longa aposentação, excessivamente longa, diz-me, a folhear pesados álbuns de fotografias e recortes de jornal. MaBa, a companheira de uma vida, entre as movimentações que auxiliares e enfermeiras executam de hora a hora para que não se fira ou ganhe escaras, definha na melhor cama articulada que o dinheiro pode comprar. Conta emocionado que sobreviveu a uma queda de avião há quase quarenta anos e nunca mais pôde voar.
- Os bombeiros nunca acreditaram que chegasse vivo ao hospital, o nariz do avião ficou enterrado três metros no chão, era um campo de girassóis magnífico. Oitenta operações depois estou aqui para contar a história. Até já fui à televisão. E a congressos médicos, ainda há dois anos a Maria Teresa me levou à Suíça, sou um milagre. Já viu esta declaração que tenho aqui, para o caso de precisar de andar de avião? Estava um dia lindo e os girassóis muito abertos...
- E a "casa" nova, está a gostar? Digo-lhe já que lhe invejo a vista mais bonita da cidade.
- Sinto-me sobretudo só, Mirone. As instalações são magníficas e o pessoal competente, mas passo, com a MaBa assim... Há uns dias convidaram-me para ir almoçar à Base Aérea, mas aquela rapaziada já não é do meu tempo.
- Não quer almoçar connosco um destes dias? Trazia as fotografias outra vez e ficávamos um bocado à conversa. Que me diz, com os primos todos?
- Havemos de combinar uma tertúlia, sim. Um dia, com vagar.
Liga a cadeira e segue, silencioso, deixando apenas um rasto de naftalina e alfazema.
terça-feira, 12 de abril de 2016
Com três acordes apenas
Se escrevem músicas também
Esta abaixo é uma delas
e das melhor que Pulp tem.
Lembrei-me disto por causa do post de ontem. Corre o boato de que foi Danae Stratou, então uma aristocrata grega a estudar artes em Londres, presentemente casada com Varoufakis, a musa inspiradora de Jarvis Cocker...
Ou da capacidade que o meu cérebro tem de armazenar informação absolutamente irrelevante.
Esta abaixo é uma delas
e das melhor que Pulp tem.
Lembrei-me disto por causa do post de ontem. Corre o boato de que foi Danae Stratou, então uma aristocrata grega a estudar artes em Londres, presentemente casada com Varoufakis, a musa inspiradora de Jarvis Cocker...
Ou da capacidade que o meu cérebro tem de armazenar informação absolutamente irrelevante.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Mirone desvenda os grandes mistérios da bloga
Ah pois é, meus amigos, onde a dúvida grassa, Mirone esclarece. Andava com ele debaixo de olho há semanas. Hoje descobri-lhe a careca. Os gostos caros, aquela rudeza mascarada de excentricidade e a paixão pela velocidade levantaram a lebre. A vossa Mirone lá estava, algures nas dunas do Guincho, de mira afinada e pontaria certeira.
Cá está ele, o nosso Garibaldi de trazer pelos blogs, o Senhor Ministro. Aqui ainda com farta cabeleira, mas a camisa encarnada denunciou-o.
Por esta é que não esperavam, pois não?
Cá está ele, o nosso Garibaldi de trazer pelos blogs, o Senhor Ministro. Aqui ainda com farta cabeleira, mas a camisa encarnada denunciou-o.
Por esta é que não esperavam, pois não?
domingo, 10 de abril de 2016
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Pronto, temos o caldo entornado
Vivendo e aprendendo
- Comprei uns ténis muito giros para o meu filho, são daqueles que fecham com reco-reco*. Assim ele já se calça sozinho.
*Se as minhas sobrinhas às vezes ainda chamam "ticas" às molinhas de apertar os bodies dos bebés, porque não há-de uma mãe referir-se ao velcro como reco-reco?
*Se as minhas sobrinhas às vezes ainda chamam "ticas" às molinhas de apertar os bodies dos bebés, porque não há-de uma mãe referir-se ao velcro como reco-reco?
quinta-feira, 7 de abril de 2016
E pronto, está visto que não me consigo desviar do tema do dia, as bofetadas que o ministro prometeu
Sai um repost com bofetadas para todos os gostos.
Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
...
e a chuva não bate assim.
...
Fui ver. Tive uma epifania.
Vou escrever um livro de auto-ajuda, por exemplo, mas hei-de escolher uma editora que só o promova com a garantia de que vende um número mínimo de exemplares. Só me falta perceber se sou eu que escolho o número mínimo, se é a editora.
É talvez a ventania:
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia,
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...
quarta-feira, 6 de abril de 2016
As ilustrações mais ternurentas dos últimos tempos
sobre pais e filhas aqui.
Não consigo escolher uma como preferida.
Não consigo escolher uma como preferida.
Ao cuidado de eventuais candidatos ao Shark Tank
E que tal inventarem umas mini meias, soquetes de vidro, bonitas e resistentes que se aproximem ao tom de pele da usuária, sem parecerem meias de descanso, que vos parece? Supimpa, hein? Ficariam ricos, meus amigos. Vão por mim, daí a uns tempos quem vos iria pedir apoio seriam os tubarões.