sexta-feira, 11 de julho de 2014

Claro que há coincidências

Imaginem que uma amiga vossa, nem precisa de ser uma amiga, uma pessoa que vocês conhecem, não estou a dizer que é da blogosfera. Em rigor também não precisam de conhecer, imaginem uma pessoa. Normalíssima. Se a quiserem imaginar inteligente, sofisticada, divertida e elegantérrima, por mim, "é na boa", vocês é que sabem (já agora, parabéns pela sensatez e bom gosto).

Essa pessoa até acha que não é desajeitada de todo na cozinha. Enfim, não é uma doceira de mão cheia, tem alguma dificuldade em seguir receitas de uma ponta à outra e com doces, já se sabe, os pesos têm de estar todos muito certinhos, mas,  adiante, não sendo fabulosa, até tem algum jeito.

Imaginem que ontem à noite essa pessoa decidiu fazer uma criação especial para o jantar. Imaginem que o marido dessa pessoa, assim de repente, afinal não tinha muito apetite, "lanchei tarde, não gosto de me deitar com a barriga muito cheia". 

Isso não quer dizer que ela seja um fiasco na cozinha e que as codornizes estivessem intragáveis, pois não? É normal que ele não tenha querido comer muito pelas razões que invocou, pois é? Foi pura coincidência, há poucos minutos, ele ter-lhe reencaminhado um e-mail da newsletter de um take-away perto de casa?

Às vezes fico banzada quando oiço dizer que não há coincidências.




(Alguém que me dê umas dicas sobre caramelização de chalotas, já agora, há por aí?)

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigada, acho que o meu problema foi o ponto. Aquilo ficou mais esturricado do que caramelizado, o que lhe deu um sabor amargo.

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