segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A tradição já não é o que era

À quinta foi de vez, Di Caprio levou o Oscar de melhor ator para casa.
Para mim foi a surpresa da noite. Ah, mas Mirone, mas ele  esteve soberbo, foi mais que merecido. Esteve? E? E quantos papéis soberanamente representados passaram ao lado de Óscares? Surpreendeu-me, fazer o quê? Estava convencida de que havia uma regra qualquer que dissesse que é proibido atribuir o Oscar a DiCaprio. Então não há professores que nunca dão 5 no primeiro período - não era o primeiro período de Di Caprio, eu sei - ou que nunca dão 20 mesmo que os testes estejam impecáveis (eu tive uma professora assim, que dizia que para um aluno ter 20 teria de saber tanto quanto ela é que isso era impossível)?
Prossigamos, então. Hoje ouviremos os intelectuais desvalorizar os prémios da indústria, pois que é disso que se trata, e não arte. Serão igualmente eleitos os melhores e piores outfits da noite. O assunto dos negros será esquecido de vez. Se calhar, afinal, a tradição ainda é o que era.
E Di Caprio tem o Oscar, isso é que importa. Pelo menos para o meu vizinho que às três da manhã gritava como se o seu clube tivesse ganho a final da Champions depois de duas séries intensas de penaltis.

3 comentários:

  1. Lembro-me, por volta do 11o, um professor entregar me um teste de matemática com a nota de 19,75.
    Depois de muitas voltas e reviravoltas ao teste, dirigi-me ao prof e perguntei: "mas o que é que errei, onde é que está mal?"
    Ele pegando numa caneta vermelha e no teste, risca muito bem riscado um sinal de menos (-) num resultado final e diz: "esqueceu se aqui dum sinal de menos"
    ...

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  2. Um professor meu de faculdade dizia que o 20 era para Deus, 19 para ele e os alunos eram de 17 para baixo (obviamente que não havia 18 porque nós nunca alcançaríamos os seus calcanhares).
    Volta e meia vejo-o na tv, é politico e já o era. Ainda hoje o detesto a ele, à sua arrogância e prepotência.

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