sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A ver se passo no quiosque

No meu périplo matinal pelas capas de jornais encontrei uma entrevista do psicanalista Carlos Amaral Dias ao Jornal de Negócios, de onde salta para a primeira página "As pessoas da família Espírito Santo não são desta realidade". Estou curiosíssima. O que terá um psicanalista a dizer sobre as pessoas de uma família em concreto que possa interessar a um jornal económico? Ou o que leva um editor a fazer esta chamada de capa?

4 comentários:

  1. Tendo estudado psicologia, nunca, jamais, em tempo algum consegui encarar a psicanálise como uma boa vertente para dar respostas a seja o que for. Algumas teorias ajudam a perceber algumas coisas, como um todo a vertente não me agrada.Mas há quem goste, quem ache que sim...
    Depois, em termos éticos e deontológicos , diz muito sobre a pessoa ser capaz de tecer considerações sobre pessoas em concreto sem as conhecer pessoalmente e sem ter feito qualquer tipo de intervenção com o mesmo.
    Não sei se ele se tem que reger pelo mesmo código que eu mas, segundo o meu código, eu não posso fazer esse tipo de coisas. O que não impede alguns outros psicólogos de o fazerem na televisão... adiante. Maus profissionais há em todas as áreas.

    Claro que vai depender muito do que esteja nessa entrevista ou do que o psicanalista inferiu sobre a família em si (já agora, analisar a família como um todo, num estilo "tudo ao molho e fé em Deus" já me parece uma coisa muito rebuscada por si só).

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    1. Eu não estudei psicologia, mas tenho as mesmas "preocupações" que o anónimo tem.
      Também se pode dar o caso de ter sido uma frase solta, apanhada no ar, e que foi directamente para a primeira página para aguçar a curiosidade do leitor (a mim despertou curiosidade), o que, do ponto de vista jornalístico, também pode deixar a desejar. Parece que o vale tudo também ataca o jornalismo económico.

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    2. A parangonas são um embuste. E cada vez mais. Atraem com frases tchanan e depois lá dentro é tudo papel daquele dos WC´s.

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    3. Lá está, o que eleva um editor a deixar publicar isto?

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