quinta-feira, 3 de julho de 2014

Give a little help to my friend

Bom dia, pessoas lindas e generosas!
Por aqui o sol brilha e eu estou nas minhas sete quintas. Como tal, gostava de espalhar felicidade pelo meu vasto auditório. E agora, digam-me vocês, há lá maior felicidade que dar sem querer receber? Fazer o bem sem olhar a quem? Ajudar um estranho?
Não há, eu sei. Aquilo dos filhos e da família é conversa de circunstância. A verdadeira felicidade está em ajudar um estranho sem esperar nada de volta.
Estão a acompanhar-me, certo?
Hoje trago-vos a história apaixonante do Factos de Treino. O Factos tem um amigo que lhe dispensa um bilhete para vir a Londres ver os Monty Python, mas é um tipo responsável e prefre alimentar os filhos e providenciar-lhes um tecto, pagando a renda de casa. Um tipo estranho, é o que vos digo. Fisicamente, bom, fisicamente, fiquemo-nos pelo estranho também (na verdade é um sensualão gostoso, com voz de Barry White, mas se vos disser que é estranho gera-se uma maior empatia).
O Factos é estranho e, sinceramente, não esperem muito dele. Esta é a parte do dar sem receber de volta que vos deve motivar.
O Factos precisa de um voo para Londres, coisa pouco, ira num dia, voltar no outro. Até está disposto a dormir no aeroporto, para não abusar da vossa generosidade. 
Estou no tablet e não consigo inserir o link para o blog do Factos, mas está aqui na minha lista do lado. Dêem uma espreitadela e vejam como podem ajudá-lo.
O espectáculo é fabuloso, tem todos os sketches com que crescemos, a idade só lhes fez bem, nunca o sketch de abertura fez tanto sentido, há lamas e cangurus envolvidos.
Vamos ajudar o Factos!

( tenho de ir, antes que o Mr Mirone me mate)

6 comentários:

  1. o cunhado do acutilante.3 de julho de 2014 às 23:41

    Concordo! Não há sensação de maior apaziguamento de alma, do que fazer alguém feliz.
    Passava frente ao El corte inglês e deparo-me com um pobre, velho esquelético a pedir esmola, e ao seu lado, em não muito melhor estado, um cão, daqueles sem estatuto de raça.
    Dei uma moeda, o cão levantou a cabeça e olhou-me agradecido, e o pobre disse-me:
    - Deus lhe pague. - E segui o meu caminho.
    Passo frente a um bar e, subitamente, sai pela porta um papel volteando pelos ares e veio aterrar na minha perna. Uma nota de vinte euros.
    Nunca na minha longa vida encontrei dinheiro. Perder sim! Bastante! encontrar só dessa vez, como disse.
    Entro no bar com a nota no bolso, sentei-me, pedi um café e puz-me a observar o panorama. Tudo gente feliz e realizada, comendo e rindo, e lembrei-me do pobre, mas sobretudo do agradecido e meigo olhar do cão. Voltei para trás, fui ter com o pedinte, chusma de belezas passavam carregadas de sacos sem darem pelo pedinte, e entreguei-lhe a nota de vinte euros dizendo-lhe que lhe entregava o que era dele Ele olhou-me sem compreender e disse-me que estava enganado, não perdera nada.
    Disse-lhe que provavelmente nem se lembrava, mas aquela nota pertencia-lhe. Agradeceu-me comovido, fez uma festa ao cão e disse-me que aquele dinheiro caira do Céu e com ele ia já com o cão ao veterinário pois estava muito doente e não comia nada.
    Perguntei-lhe se era essa a sua prioridade e ele confirmou. Veterinário, e já.
    -E se não tivesse de ir ao veterinário, que fazia com esse dinheiro? - Perguntei-lhe deveras admirado.
    - Ah,senhor; comia uma refeição decente. --Foi a resposta que obtive.
    Deduzi que provavelmente vinte euros seriam insuficientes para o veterinário, disse -lhe que fizesse a sua refeição decente com os vinte euros e que os cinquenta euros que lhe dava eram para o veterinário.
    Afastei-me com uma sensação de felicidade como desde há muitos anos não sentia.
    Voltei lá algum tempo depois para saber o desenvolvimento da consulta do cachorro, mas alguém me informou que a Câmara, ouvindo as queixas de quem de direito sobre o mau tom propriciado pelo pedinte e o cão perante os civilizados e limpos consumidores, resolvera afastá-lo dali.
    Não importa, continuo a estar feliz e guardo a recordação de um agradecido olhar de um cão famélico e doente.

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  2. Isto é tudo muito bonito mas eu quero é alguém que me leve a Londres para ver os senhores ao vivo. Pilotos da tap ou outra companhia (sem ser carris)... Não há por aqui!??

    Mirone... Só por causa disto, tu é que devias receber uma nota dos céus! Sua sensualona gostosa! Boas férias e abraço ao Mr. Mirone.

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    1. E o cuzinho lavado com água de malvas, não quererás? ;DD

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    2. A (sensualona) Mirone já lhe prestou o devido cuidado. Lavagem e secagem.
      Abraço apertado de amigo ao mister Mirone.

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  3. Já precisava mesmo era que alguém me levasse a Paris.

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  4. Gostei da humanidade do cunhado que só mostra ser uma boa pessoa.
    Andarem a angariar fundos para ajudar o Factos para o desfrute, na minha terra chama-se dar pão a quem tem trigo.

    Ana S.


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