quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Podiam não ser a coisa mais linda do mundo, mas eu gostava delas...

Adepta fervorosa de saltos altos, contra todas as expectativas, adquiri recentemente os botins mais quentes e confortáveis de todos os tempos. Autenticas pantufas! Porém, pejadinhas de pormenores doIrados, ele é o fecho, ele são penduricalhos, ele é uma espécie de não sei o quê na parte de trás da sola.
Assim:



Deu-se o caso infeliz de, no último fim de semana, muito a contragosto de Mr. Mirone, que as achou uma piroseira de todo o tamanho, ter achado por bem aventurar-me pelo Alentejo profundo com as ditas "pantufas".
Deu-se também o caso de, na primeira oportunidade que os botins maravilha tiveram de ver a luz do dia, esta que vos escreve os ter escavacado no meio de umas pedras mais irregulares, perdendo a tacha que prendia a espécie de espora dourada à sola do calcanhar, para satisfação de Mr. Mirone.
Deu-se ainda o caso de eu ser uma pessoa extremamente poupada e achar que aqueles botins ainda tinham muitas alegrias para me dar, que aquilo não podia ser o seu fim e que o sr. Paulo, o sapateiro da minha rua, não teria qualquer dificuldade em recuperá-las. "Sim senhora. Igual, igual não fica, que não tenho uma tacha destas mas fique descansada que vai bem servida. Passe cá por volta da uma que acabando estas capas trato-lhe já disso".
"Isso" eram os botins mais quentinhos e confortáveis de todos os tempos. Mas o que recebi foi...
"Isto":

"Não é nada, deixe estar que foram só uns pinguinhos de cola e um parafusito, não é igual mas garanto-lhe que não volta a sair".

De certeza que foi macumba do Mr. Mirone... Ninguém merece!


Entretanto, no glamouroso mundo dos agentes funerários

- É um café pingado D. Creuza.
- E a nata, é queimadinha?
- Hoje é só o café que ainda tenho de ir ao hospital vestir um corpo para o Vitor ir preparar.
- Ele já está cá?
- Já, a formação eram só três dias. Olhe que valeu bem o dinheiro! Ontem preparou uma senhora que se você a visse dizia que ela estava a dormir. Parece que não mas uma corzinha faz muita diferença. Parecia uma artista de cinema!

Só só eu que acho estas conversas de uma ponta do café para a outra macabras?


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Quem dá e volta a tirar, ao inferno vai parar.

Estava eu, pela primeira vez na semana, a beber o meu café quentinho antes do trabalho, quando percebo que um casal já com alguma idade não tira os olhos de mim. Discretamente, olho para a vitrine dos bolos e tento ver o meu reflexo. Estarei despenteada, terei alguma coisa na cara? Nada a assinalar, aparentemente. Volto ao jornal, "enfim, ricas notícias, parece o Correio da Manhã. Ai espera, é o Correio da Manhã". Este mata, aquele esfola, este é preso, o outro fica em liberdade, o costume.
O casal octogenário levanta-se e, quando passa por mim, ela baixa-se e sussurra ao meu ouvido:
- Bom dia. Deixei-lhe o cafézinho pago.
Na minha cabeça foi assim (chapéu incluído):
Na realidade, foi assim:

- Bom dia... um café?
- É a esposa do Dr. Zé, não é?
- Não, está enganada. Eu agradeço, mas tem aqui o dinheiro do café.
Ainda vi o marido olhar para as moedas que eu tinha na mão, mas depressa foi avisado:
-Anda Chico. Não sabes que quem dá e tira ao inferno vira? Com 83 anos pode ser já amanhã.


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Estas pessoas não deviam ter telefone (ou o número do meu)

Nota prévia: Levantei-me praticamente ontem, de madrugada, ainda era noite escura, faço milhentos kilómetros e dou com o "sistema em baixo" e nada feito até meio da manhã. Estou com um humor de cão. 

Agora, as pessoas que não deviam ter telefone, ou o número do meu:
  1. Cliente caloteira, (ex-cliente, que não tenciono voltar a trabalhar com ela), a dizer-me que pôs no facebook que vai para França daqui a dois dias, mas eu que não fique a pensar que ela vai fugir sem me pagar, que aquilo é uma campanha de sensibilização para o cancro da mama. Ouça cá, ó anta! Eu não sou sua amiga no facebook muito menos fora dele, não sei o que escreve ou deixa de escrever, pague o que deve mas é! Está a ver? Por sua causa pareço o Nilton, argh...
  2. Amiga que durante a chamada da outra anta me liga seis (SEIS! Não uma, não duas, não três, mas SEIS) vezes, e quando finalmente despacho a outra e devolvo a chamada me diz que está desolada porque o Brian, o cão do FamilyGuy, morreu, que não se conforma, antes matassem um dos filhos, o Chris ou a Meg. Olha lá, então mas tu ligas-me seis vezes, não percebes que se te rejeito a chamada é porque não posso atender, para me dizer que um desenho animado morreu?
  3. Senhores do BarclaysCard. Nem preciso de dizer porquê, pois não? 
  4. Todas as pessoas que não seja para me dizerem que ganhei o euromilhões e que a partir de hoje só faço aquilo que quiser e de que goste mesmo.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Roxa e radiante vai a noiva

Há vestidos de noiva de sonho, lindos de morrer, pois há, daqueles que nos fazem querer casar para os podermos usar. Daqueles que a certa altura nos fazem pensar, mas esta choradeira toda é o quê, meu Deus? Não pode ser só emoção, mas caramba, a inveja também não dá para tanto. Sim, rasaram-se-me os olhos de água quando a vi entrar, é normal. E há vestidos que, mesmo lindos de morrer, simplesmente não foram feitos para ser usados num casamento num fim de semana gelado no Alentejo.
Mas ias linda, noiva do meu coração! E o roxo e azulado das tuas maõs e lábios ia muito bem com com o vestido da mãe do noivo. É bonito ver esta cumplicidade entre sogra e nora.
Por falar nisso, das relações entre noras e sogras (ou não)... Antes de mais, aviso já que estas imagens são o resultado de manipulações fotográficas, nenhum gatinho foi maltratado.
Parece que o tradicional lançamento do bouquet da noiva está a ser substituido pelo lançamento do gato. Não é mal pensado, não senhor. Neste casamento onde estive,  pelo menos três das sete solteiras que se atropelaram para ficar com o bouquet da noiva, tinham mais de 35 anos, deixaram de acreditar no amor e adoptaram nos últimos meses um gatinho.


Mais aqui.

Eu também falo de depilação

A pessoa passa o fim de semana a engolir em seco, morta de medo, responde mal a toda a gente e não mexe o braço para não "o" sentir e graças a Deus esteve num lugar com acesso à internet muito limitado (a propósito, as páginas sobre doenças deviam ter segurança reforçada, exigir mil e uma passwords e credenciações). Na segunda feira às nove já está no médico para ser vista, e não pensa noutra coisa senão na bodega do caroço, que agora se lembrou de começar a doer.
Raisparta o pêlo encravado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

E se...?

(Ainda no registo das lamentações e forretice)
E se nas auto-estradas, em vez de placas com a informação sobre os postos de abastecimento e os preços dos respectivos combustíveis (onde, aliás, podemos comprovar que não há qualquer espécie de concertação de preços, que ideia disparatada, realmente há pessoas que só estão bem a dizer mal, parece impossível), estivesse também a marca de café disponibilizada na cafetaria?
Custa tanto e é tão perigoso conduzir com sono, que se ao menos pudéssemos planear o café que vamos beber, custava menos pagar a fortuna que nos pedem por meia chávena de cicuta.
Fica a dica, senhores das concessionárias das auto-estradas.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mudaste. (Carta ao depósito de combustível do meu carro)

Querido depósito de combustível do meu carro,

Espero que esta te encontre bem e de saúde. Nós por cá tudo bem, na graça do Senhor.
Olhando para trás quase não te conheço. Parece que cresceste! De certeza que cresceste, estás um rebelde, eterno insatisfeito. Parece que nada do que te dou é suficiente, queres sempre mais. Eu sei que vais dizer que estou errada, que és o mesmo de sempre, que continuas igual, que os baixos consumos se mantêm, que o preço dos combustíveis é que aumentou. E tens razão meu querido. Mas, caramba,  tenho tantas saudades dos tempos em que cinquenta euros quase davam para te atestar de gasóleo. Éramos tão felizes!
Continua sempre assim e desculpa as lamúrias infundadas desta sempre tua

Dona


ps - espero que os setenta euros de gasóleo que te ofereci antes de vir para casa tenham sido do teu agrado.

Penso, logo insisto.

Há pessoas que gostam de pensar, que até o fazem bem,  com profundidade e utilidade. Algumas pessoas escrevem esses pensamentos, para que outros possam reflectir sobre eles. Outros usam-nos para desenvolver as criações mais incríveis. De alguma forma invejo os cientistas, os filósofos, os pensadores e criadores em geral.
Eu, que também gosto de pensar de vez em quando, dei comigo a pensar numa forma de optimizar os meus pensamentos. É que, parecendo que não, perco muito tempo em pensamentos que não me levam a lado nenhum (muito menos a humanidade). Quero muito acreditar que os meus escassos momentos de introspecção e pensamento coincidem com momentos de raciocínio lógico de maneira que seria bom usá-los apenas quando fosse estritamente necessário e útil.
Portanto, o primeiro passo é eliminar os pensamentos inúteis. Pensamentos inúteis? Como assim? Pensamentos negativos, futilidades? Não. Pensamentos inúteis.
Por exemplo, aqueles segundos que perco quase diariamente ou, em dias maus, várias vezes ao dia, sempre que me deparo com um letreiro puxe/empurre. Chego a estar ali um ou dois segundos a pensar para que lado abre a porta. E, pior, grande parte das vezes, mesmo que esteja a ler puxe, insisto em empurrar a porta. 
E pus-me a pensar. Em toda a minha vida, e fazendo as contas por baixo, de certeza que já me cruzei com estes sinais mais de mil vezes. Se perder dois segundos, que não é muito (contem comigo, um, dois, já passaram dois segundos), de cada vez que que vejo uma placa puxe/empurre, já terei perdido cerca de dois mil segundos, 33,33333... minutos, mais de meia hora! Ora, passar mais de meia hora a olhar para uma porta a pensar para que lado é que ela abre é uma coisa absolutamente inadmissível. Eu ainda estou na flor da idade, recuso aceitar que em toda a vida (a não ser que um dia, por não pensar, me espete contra uma dessas portas de vidro que dizem puxe/empure e morra cravejada de estilhaços) vou passar uma hora a pensar para que lado a porta abre.
De maneira que é isto. A partir de hoje vou fingir que os sinais não estão lá e vou arriscar a sorte, se não for para empurrar há-de ser para puxar. É o velhinho e básico método tentiva/erro. O mesmo "não raciocínio" será aplicado aos avisos de abertura fácil/abrir por aqui. Pelo menos são minutos de pensamento que poupo. Assim posso usá-los para escrever estes posts interessantes e, de alguma forma, ajudar-vos a pensar comigo.
Foram ou não foram bons estes minutos em que estiveram a pensar comigo?


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Alexa Meade

aqui vos falei das minhas "não-capacidades" e dotes artísticos no campo das belas-artes. Do bem que fiz em nunca ter dado ouvidos à psicóloga que me fez os testes vocacionais.
Depois vejo isto e tenho a certeza de que fiz a escolha certa.

É o trabalho de uma artista fantástica, Alexa Meade.
Sigam o link para saberem mais.
Ou vejam http://www.youtube.com/watch?v=UMn2q35HBeQ

Já?

Então mas era suposto já ter feito a árvore de Natal? Então não é para se fazer só em Dezembro? Tendo em conta a proliferação de estados e fotografias de pinheiros enfeitados nas redes sociais, começo a sentir-me uma rebelde.
Não é que me cause especial transtorno, não senhor, que cá em casa a árvore nunca é verdadeiramente desmontada, os enfeites voltam às caixas, embrulha-se a dita em sacos do lixo por causa do pó e arrecadação com ela para, no ano seguinte, em dia e hora que a Mironinho não esteja, aparecer como que por magia. 
É que montar a árvore de Natal e respectivas decorações com uma criança irrequieta não é propriamente uma experiência pacífica, conciliadora, cheia de risadas, beijos e abraços como se vê nos filmes e na televisão.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

All the single ladies, all the single ladies!

E, já agora, all the single gentlemen registados nos sites de encontros russos e que escolheram apresentar-se com estas fotografias. Abeirem-se de mim, só um minuto.
Sim, vocês, eu sei bem que logo a seguir aos americanos são os estrangeiros que mais lêem o Mirone.
Diz o ditado popular que quem dá o que tem, a mais não é obrigado e, nisto de encontrar o amor através de um site, não tenho a mínima experiência. Ainda assim, e não desvalorizando a vossa honestidade, não há cá photoshop, não há cá jogos de luzes, aprecio a atitude "what you see is what you get", mas já pensaram que se calhar são estas fotografias as responsáveis por continuarem solteiros...

Mais fotografias aqui.
 
De qualquer maneira, e porque sou uma romântica incurável e acredito que todos, sem excepção, temos direito a amar e ser amados, desejo-vos a maior sorte do mundo na busca da vossa cara-metade.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Não, não é mito...

...e depois de um dia inteiro num bairro social, estaciono o carro em frente a residências universitárias, aquelas da acção social escolar, e percebo que também ali há umas boas mãos cheias de carros melhores do que o meu e sinto muita coisa mas inveja não é uma delas, antes fosse.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

1, 2, 3 diga lá outra vez!

Hoje, em jeito de exercício catártico, uma espécie de workshop "liberte a sua ira e sinta-se bem" on-line, proponho o seguinte:
Imaginem que tiveram uma noite do demo, que têm o cérebro feito num oito, que uma pessoa que há dez anos conheceram num jantar de aniversário e que nunca mais falou convosco vos liga e, invocando a amizade estreita que vos une (o cérebro está agora feito num oitenta e oito, porque teve de fazer um esforço hercúleo até perceber quem era o idiota), vos pede uma borla para um trabalho chato "cumápotassa". Qual o insulto com que responderiam a tal pedido?
1, 2, 3 diga lá outra vez!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Onde é que eu errei?

Estou aqui que nem posso, senhores. Um farrapo, é como me sinto.
Não bastava ninguém dizer que sou uma mãe fofinha na Limetree, como levo um atestado de "chatice" por quem verdadeiramente pode avaliar o meu desempenho enquanto mãe, a minha filha.
Afinal, não ir a wokshops, não pertencer a fóruns de discussão, não fazer outras coisas importantes e fundamentais que as boas mães fazem, que suponho que existam, mas que desconheço em absoluto, e insistir em usar algum bom senso, pôr os olhos no trabalho da minha própria mãe, mostra agora os resultados. E que resultados, leitores!
Pois que me deslocava na minha viatura automóvel, com a Mironinho devidamente acondicionada e protegida pelo dispositivo de retenção exigido por lei, quando decidi ligar o rádio. Mironinho reclama, que quer ouvir o seu CD. Aproveitando para treinar aquilo a que os teóricos chamam exercício da parentalidade responsável, explico-lhe que não, que ouvimos todos os dias o seu CD, que hoje é a vez de a mãe escolher e a mãe quer ouvir as notícias. Mironinho insiste. Eu persisto. Ouviremos rádio, porque a mãe quer e não há mais conversa. Vejo as horas, procuro uma estação com notícias.
Das colunas sai o êxito dos Ultraleve, "Dizes que não gostas de mentiras, que estás farta de conversas... És uma chata!!!". Mironinho escuta atenta.
- Mãe...
- Sim...
- Este senhor está a cantar para a mãe  dele?
- O quê?
- Este senhor está dizer á mãe que ela é uma chata?
- ??????!!!!!!!

Está decido! A partir de hoje não se ouve rádio no meu carro!


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

... mas alguém teve outra ainda melhor!

O quê Mirone? De que é que estás a falar?
Peixes de apicultura! Ah pois é!
Fiquei a saber hoje à hora de almoço que existem peixes de apicultura. Indecisa entre o prato do dia que devia escolher (coxas de frango no forno com arroz e salada ou dourada grelhada com batata e feijão verde) fiquei muito mais esclarecida e com uma vontade louca de experimentar quando o Sr. João me explicou que a douradinha estava muito boa. 
"É de apicultura, já se sabe, mas olhe que hoje em dia a maioria do peixe já é todo de apicultura. À segunda feira é muito difícil encontrar bom peixe de mar, os barcos não saem ao domingo."
É verdade, estava bem boa, a dourada de apicultura!

Tive uma ideia!

E que tal começarem a vender-se castanhas já cortadas?
...à porta das escolas? Daquelas em que as mães vão buscar as filhas na sexta-feira, cheias de pressa, e não perdem um minuto a olhar para a vitrine dos recados onde se pede que na segunda-feira as crianças tragam um saquinho com castanhas cortadas...
...e cujas filhas, no domingo à noite, já na cama, e depois da história lida, do anjinho da guarda rezado, das roupas aconchegadas e dos beijinhos de boa noite, dizem baixinho "amanhã é dia de castanhas. Onde está o saquinho com as minhas castanhas?".
Mesmo que fossem vendidas a preços estupidamente elevados, acredito que muitas mães ponderando os dois cenários possíveis (A- deixar a criança na escola, ir pôr o carro a casa, dar um pulinho ao pingo doce comprar castanhas, ir a casa cortar umas quantas e levá-las à escola e seguir para o trabalho; B- deixar a criança na escola, ir ao mini-mercado em frente à escola, comprar castanhas e uma faca, cortar as castanhas no carro e levar o saquinho à senhora encarregue de receber os meninos e seguir para o trabalho), não hesitariam em comprá-las.
Fica a ideia. Foi assim uma coisa que me ocorreu, por nenhum motivo em especial, nem sequer porque me tenha acontecido o que descrevi (e tenha optado pelo cenário B)... Lembrei-me, foi só isso.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A papeleira

Lembram-se de vos ter contado que roubaram a papeleira do hall de entrada do Château Mirone?
Pois bem, venho agora contar-vos que se cumpriu a sabedoria popular, que é como quem diz, rei morto, rei posto!, the king is dead, long live the king!, le roi est mort, vive le roi!.
Leitoras e leitores, tenho a honra de vos apresentar..... rufos de tambores.... cornetas a ecoar....
A nova papeleira!




Pode uma coisa destas? Se calhar começo a fazer uma fogueira no chão da sala, quem sabe crio um porco na banheira...



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quando ela é ele

Quem nunca se enganou no sexo/género do seu cliente atire a primeira pedra.
Escusam de rir. Sejam sinceros. Eu sei que está sempre a acontecer.
Quem nunca trocou e-mails profissionais com um cliente, convencido de que era uma mulher? Ora, ora, toda a gente!
Quem insiste em iniciar toda a correspondência trocada com "Exm.a Senhora", "Cara" A... (um nome estrangeiro)? Toda a gente também, é uma questão de cortesia.
Quem é que, não conhecendo a pessoa em causa, aborta a ideia de ir procurar essa pessoa nas redes sociais só para saber mais qualquer coisa sobre a cliente com quem agendou uma reunião? Todos nós, certo? Olha cá agora control-freaks, era o que faltava. Que mania! Às tantas nem é utilizadora.
Quem é que recebendo um telefonema a pedir para alterar a hora da reunião, fica a pensar que a senhora anda a dar forte e feio no bagaço ou a fumar uma caixa de charutos todos os dias? É normal, há mulheres com voz grossa, ou talvez a senhora tivesse acordado há pouco tempo.
Quem é que responde com toda simpatia "Com certeza, posso mudar a hora. E a que horas é que a senhorA prefere? Fique descansadA, mudamos então para quarta-feira às 14h. Até lá, muito gosto em ouvi-lA". É perfeitamente normal, quando uma cliente estrangeira e que não nos conhece se desfaz em salamaleques do outro lado da linha, o mínimo que devemos fazer é sermos igualmente educados, não vá dar-se o caso de criarmos uma barreira cultural intransponível. 
Quem é que fica sem palavras quando, à hora marcada, se depara com um homem de barba rija? Eu!


Já agora, confirmem-me só uma coisa, por favor. Ashley é nome de senhora, não é?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A surpresa

Lembram-se de vos ter dito que estava a preparar uma surpresa para o Natal? Vá, vão lá procurar, não me obriguem a fazer links para o meu próprio blog. Está três posts abaixo, nem é preciso mudar de página.
Tinha tudo pensado, naquele dia em que decidi ter um blog de sucesso. Depois passou-me. 
De qualquer maneira tinha tudo para ser uma belíssima ideia e, como acontece com os it (verdadeiramente hit) blogs, foi vítima de plágio. Plágio é um eufemismo. Foi uma cópia descarada!
Eu esforço-me para perceber e tentar perdoar. Afinal foi a Venezuela, essa fábrica de Misses Universo!
Pronto, agora que a surpresa está "estragada", fiquem a saber que estava a pensar antecipar o Natal em casa e na Blogolândia. Um blog tão positivo, tão alegre, tão tudo tinha de ter cheiro a maçã e canela, lareiras crepitantes, pijamas encarnados de flanela, música, sininhos e chocalhos, laços e brilhos.
A Venezuela quis copiar e anunciou aos quatro ventos que é preciso acabar com a amargura na vida dos venezuelanos. Vejam aqui
Felizmente, como vos disse, passou-me e já não tenho de andar a moer o juízo (o meu e o vosso) para vir aqui inventar a roda.




Edição - Não satisfeito, criou também por decreto o dia de devoção e lealdade a Hugo Chavez. Aqui


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Infiel até à ponta dos cabelos me confesso!

É verdade leitores queridos. Sou infiel. Esta que vos escreve, esta a quem construíram um pequeno altar, esta que olham com admiração, esta a quem veneram, esta que elegeram como rolemodel para as vossas filhas, esta sou eu, infiel.
De nada serviu o exemplo irrepreensível da mãe, sempre fiel. Oh, como recordo os seus conselhos sensatos , "Mirone, filha, não te entregues ao primeiro que te aparecer, preserva-te. Olha que depois não há volta a dar.  Certifica-te que ele sabe o que é melhor para ti, que quer o teu bem. Não vás atrás do que as amigas fazem. não faças só porque elas o fazem. Tu és especial. Respeita-te. Certifica-te que é mesmo um passo que queres dar e que não te vais arrepender da pessoa que escolheste". Retive-os na memória grande parte da minha vida e aos 21 anos, quando decidi fazer madeixas pela primeira vez, foi pela sua mão que conheci a melhor colorista de todos os tempos. Já me cortava o cabelo há vários anos e sentia que estava preparada para dar o passo seguinte. Foi como sempre sonhei. As madeixas ficaram muito subtis, com um aspecto muitíssimo natural. Durante mais de 10 anos só ela me mexia no cabelo. Durante 10 anos toda a gente acreditou que aquela era a cor de cabelo com que tinha nascido. Chegou porém o dia em que percebi que vivia numa prisão, sob a constante pressão de ocultar as inestéticas raízes. Falámos, conversámos muito. Reavaliámos a nossa relação e decidimos que precisava de mudar. Passámos uma esponja pelo assunto. Começámos do zero. Voltei ao tom natural. Experimentámos coisas novas. Umas, o alisamento marroquino, adorei, outras, extensões, odiei e não duraram 2 meses na minha cabeça. Era fiel à minha cabeleireira.
Mas a vida dá voltas e o trabalho acabou por nos separar.
Entrei então numa espiral de destruição. Deixei de ser criteriosa, qualquer hora de almoço, qualquer furo a meio da manhã era pretexto para me enfiar no primeiro salão de cabeleireiro que encontrasse. Estive com a Rita, com a Sandra, com a Teresa e com a Mafalda. Com o Jorge e com o Alexandre. Experimentei novos cortes, voltei às madeixas. Queria qualquer coisa diferente. Mas queria a mesma sensação, a de olhar para o espelho e ver que aquela era eu.  Foram 5 anos de loucura, a viver para o agora, sem pensar no amanhã. 
Este verão percebi que precisava de parar. Bati no fundo. O meu cabelo estava destruído. A medo voltei ao sítio onde fui feliz. Ela recebeu-me de braços abertos. Lambeu-me as feridas, que é como quem diz, fez-me uma máscara de hidratação profunda, devolveu ao meu a cor e o brilho de outrora. Ainda havia esperança para o meu cabelo. talvez não precisasse de cortar tanto como ela previa. Levaria tempo e muita dedicação. Jurei-lhe fidelidade. Mas foi sol de pouca dura. Nesse mesmo dia, cortei a minha própria franja. Continuo a fazer as máscaras que me recomendou, tento não abusar das placas. Estava a conseguir.
Hoje, contudo, percebi que não consigo manter a minha promessa. 
As solicitações são mais que muitas e em todas as esquinas encontro um salão aberto, um cabeleireiro disposto a pintar e cortar o meu cabelo.
Hoje foi o Diogo, recém chegado ao salão de cabeleireiro aqui em baixo. Foi um corte simples,  só as pontas, mas saí de lá a sentir-me uma diva. Amanhã, quando lavar e secar o cabelo em casa, quando tiver de ser eu a penteá-lo, vou sentir-me um trapo e desejar nunca ter saído das mãos da Paula. Fui fraca, não consegui...
Vá, podem insultar-me, eu mereço.
 
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Porque só quero o vosso bem...

... e para não terem de ver esta imagem outra vez,
decidi que vou voltar ao registo de sempre, sem fotografias de comida, sem iogurtes, sem muesli, sem chocolates, sem crianças com laçarotes, sem gato.
Ao Pipoco Mais Salgado, o meu eterno agradecimento. Sem as suas preciosas dicas este blog nunca teria chegado onde chegou.
A vós, adorados leitores, desejo-vos uma noite descansada, que eu bem sei que andaram o dia todo com os nervos em franja, por não conseguirem aceder a este blog-maravilha. 
O meu dia, como percebem, foi uma loucura, a responder  e recusar, óbvia e modestamente, as mil e uma solicitações de parcerias, propostas publicitárias, entrevistas, ateliers de numismática, gabinetes de toponímia, variadíssimas bolsas de valores interessadas em incluir o Mirone nos seus índices. Até um cyber-escultor me contactou, que queria fazer o meu busto (parece que anda aí uma petição on-line a exigir uma estátua minha em cada blogo-rotunda, nem tive tempo de ver bem o que era). Só parei agora, nem sinto os dedos, de tanto escrever! Ainda assim, não podia deixar-vos sem uma palavra de reconhecimento, apreço e amizade.
Até amanhã.

É hoje!

É hoje, é hoje!
É hoje que este blog vai disparar para o Olimpo da Blogocoisa! É hoje que vou receber colinho do bom!
Quem o diz é D. Pipoco. Em verdade nos diz, se seguirmos a sua palavra, será nosso o reino da Blogo.
A fórmula parece-me infalível. Se não resultar, garanto-vos que será tão somente por inépcia minha.
Vamos a isto então!

Estamos em Novembro, o frio chegou e com ele a vontade de ficar enrolada no sofá, a bebericar chás e infusões, a organizar as fotografias da família. Há qualquer coisa sobre Novembro e organizar fotografias de família... não sei bem o que é... reviver aqueles momentos em que fomos imensamente felizes. Já vos disse que tenho uma família imensamente feliz?
 Em Novembro, talvez porque antecipe o Natal, mesmo mesmo a virar a esquina, apetece-me mais do que nunca comer chocolate. Bolo de chocolate, panquecas com chocolate, bombons! Muito chocolate!
 Mas quem sou eu para me enganar? Para vos enganar? Bem sei que o que me apetece é chocolate. Aprendi com o tempo ( em rigor, aprendi num workshop sobre gestão de tempo) que precisamos de tratar corpo e alma para sermos felizes. Portanto, apesar de me apetecerem chocolates, comecei a semana com o melhor pequeno almoço detox do mundo, home made, exuding love... Concordam?

Mironão e Mironinho adoram surpreender-me e hoje tive direito a iogurte com muesli e frutos do bosque na cama? Até o Cirano - the smartest cat ever - se juntou a nós. Mironinho estava orgulhosíssima. "Fui eu que escolhi a taça. Da mesma cor do meu lacinho!"

Por falar em lacinhos. Já vos disse que o Natal vem aí? Adoro o Natal!
Este fim de semana já comecei a tratar das decorações. Estou a preparar uma surpresa cá para casa. Depois venho contar-vos.

<3


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um minuto da vossa atenção, por favor.

Pois que com um header comme il faut decidi que este blog deve ser mais ousado. Para já, para já, decidi usar palavras/expressões em língua estrangeira só porque sim (desengane-se, porém, quem aqui vem à procura de um "out of the box" - no dia em que isso acontecer ponham-me dentro de um caixote e atirem-me ao mar). Depois, decidi privilegiar a interacção com os leitores. Ah pois, sou Mirone mas não ando a dormir. Eu bem vi que o post da Palmier me trouxe para cima de muitos visitantes. Vai daí a aproveitar o aporte de visitantes foi um tirinho.
Leitoras e leitores, ilustres "mironistas", tenho a honra de vos apresentar a primeira enquete, sondagem, survey, uma espécie, vá, o que lhe quiserem chamar (porque aqui a opinião do leitor conta, aliás, só a opinião do leitor conta). Não esperem nada muito elaborado, com direito a votação na coluna do lado, que não estou no computador. Vamos encarar isto como uma auscultação informal. Até porque os resultados obtidos serão usados única e exclusivamente para fins particulares, numa espécie de tira-teimas entre o casal Mirone.
Portanto, e sem mais demoras:


Pijama entalado nas meias de dormir, sim ou não?

Não quero influenciar a vossa votação, mas acho que estou a chocar uma gripe e o programa para a noite envolve mantas quentinhas e séries de televisão. Mr. Mirone acha que... Não acha nada, era o que faltava vir aqui fazer campanha pelo não!

Tenho o copo meio cheio

... Ainda assim, transborda.
Porque não tendo recebido a notícia que queria, não recebi a que não queria. 
Porque alguém que não me conhece, senão pelas imbecilidades que aqui escrevo, me dedicou o que de mais precioso se pode ter, o elemento que a ciência consegue medir, mas é incapaz de capturar ou reproduzir, o tempo.
Obrigada Palmier pelo melhor header que este blog poderia ter. Não podia ter chegado em melhor dia. Obrigada pelo tempo que tiraste ao teu trabalho, à tua família, ao teu descanso para, com uma imagem, teres desatado o nó que trazia na garganta desde o início da semana. Ficou perfeito.