Falam-se línguas (translate)

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Mudam-se as horas, mudam as vontades

Os dias mais curtos obrigam-me a ser mais organizada e focada. Não gosto de trabalhar quando já não há luz natural. 
Ao fim de tantos anos ainda não sei muito bem se gosto de dias curtos, mas desconfio que sim...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O problema não é ele, sou eu

Quais vendedores de aspiradores qual carapuça, o campeão das vendas é seguramente o empregado do talho aonde costumo ir.
Ontem saí com o único propósito  de comprar um fillet-mignon, apenas isso, um fillet-mignon, que fiquei com a receita de bife Wellington da Mary Berry atrás da orelha.
Trouxe o fillet-mignon, "sim senhora, leva aqui uma boa peça, isto é manteiga, derrete-se na boca, D. Mirone". Com ele vieram doze "costeletinhas de borrego nacional, que são um sonho, nao é nada desses congelados da Nova Zelândia que vai-se a ver é só água", uma "galinha com miúdos que dá uma canjinha que não queira saber, foi ontem o meu jantar", "quatro peitos de frango que é só selar e levar ao forno com alho e ervas, fica uma delícia e não dá trabalho nenhum" e uma "olhe aqui esta pázinha de porco, categoria! Isto bem temperado, não lhe digo nem lhe conto, é que entretanto o tempo vai começar a pedir um assadinho com castanhas". Consegui escapar à "perna de perú, se quiser desosso-lha e ponho já a alheira, D. Mirone, fica já prontinha, pode ser?".
Sou uma presa fácil, é o que é.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Tomem nota disto que vos digo

Ainda um dia hão de ler que fui campeã mundial de qualquer coisa, leitores queridos. Tomem nota, campeã do mundo! Não é da minha rua ou do meu bairro, serei campeã do mundo.

Só me falta mesmo inventar uma modalidade que não lembre ao diabo e, consequentemente, que mais ninguém pratique, para ter a certeza de que o título não me escapa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Arroz doce morno

Uma tacinha, por favor.
Com dois terços do arroz que a receita pede para a mesma quantidade de leite e ovos e o dobro da casca de limão, gosto dele extra-cremoso e perfumado. A canela pode vir à parte.
Obrigada.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Onde se fecha uma porta abre-se uma janela

Depois de ter trocado o horário de natação da Mironinho o meu coração mirrou, fez-se pequenino, murchou. Onde iria eu encontrar um substituto para as coreografias do professor de hidroginástica mesmo ali ao lado e que tanto me alegravam? Vi uma porta fechada a sete chaves que depois se jogaram do penhasco mais alto para as maiores profundezas marítimas. Não voltaria a ser feliz durante aquela hora em que a observava das bancadas, entre vapor, calor e muito barulho. Mas dentro de mim havia uma voz fininha que gritava "A janela! Procura a janela!". Não tive de procurar muito, encontrei-a a meia dúzia de metros de mim, junto às pistas livres onde os pais dos meninos vão dar umas braçadas enquanto os petizes têm a sua aula. Quem já assistiu aos exercícios de aquecimento sabe do que estou a falar, põem a um canto qualquer coreografia.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Se um dia isto dos blogs deixar de me sustentar

Garanto-vos que vou para biscateira. Canalizadores do meu país, onde estão vocês a uma segunda feira de manhã?

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O Universo conspira contra mim

A minha vida é um desfilar de boicotes a todos os meus grandiosos planos.
Levei para casa uma bicicleta estática que estava há anos a "ganhar pó" no meu quarto em casa da minha mãe e que comprei quando comecei a trabalhar. A bicicleta prometia, era toda moderna, marcava o tempo de exercício, a distância percorrida, a velocidade, as calorias supostamente gastas, só não tirava cafés, ainda assim ao fim de pouco tempo passou inexplicavelmente a ser usada apenas como cabide. Levei-a para a minha primeira casa e lá continuou a cumprir a função de cabide com bastante probidade, de maneira que a recambiei à procedência, onde ficou nos últimos quinze anos, servindo apenas de brincadeira à Mironinho e às primas quando dormiam em casa da avó. Até que há umas semanas recebi um ultimato "se não levas aquele mono para o sótão, levo-o eu, que aquilo ali no meio do quarto não tem jeito nenhum".
Um mono?! Uma bicicleta tão boa?! Ah, que afronta! Vou levá-la para minha casa e da próxima vez que estes glúteos e coxas virem à luz do dia logo veremos quem é mono!
Meu dito, meu feito! Depois de uma inspeção sumária percebi que ainda funcionava na perfeição e ontem atirei-me a ela como gente grande, em busca das coxas e glúteos de pedra. Ajustei a tensão dos pedais para um nível moderado, que isto já se sabe que entrar a matar é meio caminha andado para a desistência. Debalde, ao fim de meia hora, quando já tinha queimado 150 kcal e andado 10km, não obstante ainda me sentir com bastante energia, tive de desistir.
Caramba, senhores fabricantes de cabides disfarçados de bicicletas, custava muito terem investido num selim que não fosse duro como cornos?

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

São lágrimas

"... são lágrimas! São lágrimas que correm no meu rosto.", do talentoso Zé Cabra.

Estive a atribuir uma canção a cada blog da minha barra lateral direita e só vos digo, meus leitores estimados, não há sessão de abdominais que bata os efeitos de uma barrigada de riso.

domingo, 9 de outubro de 2016

Como giz afiado numa ardósia

A palavra dinossauro, quando pronunciada dinUssauro.




Ainda ele goza comigo porque digo bÊco e adÊga.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Cadeira/escultura com bolas de feltro, nem pensar, que coisa horrorosa!

Mas aposto que mal saiam daqui vão a correr registar-se no beddinginn só para terem uns bancos destes.

Ainda a propósito de vestir a casa

Tinha duas telas do tamanho de um azulejo que pintei há oito anos, pequeninas, 15x15, e que decidi mandar emoldurar. Pareceu-me que a melhor forma de as destacar seria escolher uma moldura-caixa. A tela assentaria sobre uma base branca, 50x50, em torno da qual seria aplicada uma moldura de perfil alto e um vidro, criando o tal efeito caixa.
- Sim senhor, xodôna Mirone, fica aqui com um trabalho muito fino*, valoriza muito a tela. Como são duas, faço-lhe um desconto, fica-lhe 130€ cada trabalho.





Bota valorizar nisso!



* e o que eu gosto da expressão muito fino/a!

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Numa escala de um a ganha mas é juízo

Quão Joana de Vasconcelos wannabe seria forrar uma cadeira com bolas de feltro?

Não quero camisolas e casacos quentes

Não quero roupas de inverno para mim, mas penso o dia todo em almofadas novas, tapetes, velas, mantas e molduras.
Não quero roupas de inverno no meu armário, mas quero muito vestir a casa para o frio.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Estavam a dar rebuçados

ou de repente os portugueses desenvolveram um gosto  por arte, arquitetura e tecnologia?

O MAAT vai continuar aberto, senhores, não precisavam de ir todos no mesmo dia.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Caminho a passos largos para a perfeição enquanto mulher, mãe, dona de casa e artista de variedades

E quero muito que me acompanhem nesta caminhada.
Pois é minhas fadas e 'fados' do lar, aceitem esta dica que vos deixo antes de recolher ao leito conjugal com a certeza de que amanhã o mundo será um lugar melhor para viver.
Caindo na desventura de não comprar pastilhas para a louça e não vos apetecendo lavar a louça à mão, optem SEMPRE por fazer apenas uma pré-lavagem, deixando a lavagem para o dia seguinte, quando já tiverem pastilhas (façam uma cruz na mão, prendam um pedaço de lã à aliança, gravem lembretes no telemóvel, entreguem-se à bruxaria, enfim, certifiquem-se que não se esquecem outra vez de comprar a porcaria das pastilhas). NUNCA, mas nunca, achem que uma esguichadela de detergente líquido de louça há-de cumprir o papel das pastilhas em falta, pois se afinal de contas as pastilhas até trazem esse detergente líquido.






A não ser que o vosso conceito de serão ideal passe por limpar espuma com um palmo de altura que, vá-se lá saber porquê, apareceu no chão da vossa cozinha. Nesse caso, duas esguichadelas serão quanto baste.


Diz ele que não tem pachorra para filas para comer

Para não ir a um restaurante com fila de espera de 45 minutos preferiu andar uma hora e meia de carro, primeiro à procura de estacionamento, depois a voltar para trás porque o restaurante estava fechado para férias, depois porque no restaurante escolhido como alternativa o tempo de espera era ainda maior, optando por um terceiro restaurante onde teve mesa imediatamente, mas onde passou trinta minutos a bufar porque não havia um único empregado que se dignasse sequer a trazer-lhe a ementa e uma garrafa de água.

Alguém me lembre se naquilo da saúde e da doença também há alguma coisa relativa à fome*, porque me falta a paciência para o aturar nessas alturas.










* se cá estivesse a minha avó haveria de me corrigir. "Não é fome o que tens, fome têm os meninos em África".

sábado, 1 de outubro de 2016

De certeza que é qualquer coisa que eles põem nos cremes para ficarmos "agarradas"

Decidi arrumar os armários da casa de banho.
Entre cremes que usei uma ou duas vezes e pus de lado, outros que acabei ou usei quase até ao fim mas guardei a embalagem para mais tarde comprar igual, vernizes que acabaram por se estragar sem uso, maquilhagem aberta há mais que os seis ou doze meses recomendados na caixa, outra que não me lembro e/ou não sei sequer porque comprei (batons encarnados, fúcsia, pestanas postiças, lápis de olhos azul, sombra dourada?!) enchi um saco do lixo de trinta litros.
O pior de tudo é que não aprendo, vi há pouco um batom cor de vinho que, ou muito me engano, amanhã deve ir ocupar o espaço que os priminhos deixaram vago.

Tal mãe, tal filha

Suponho que seja uma coisa de idade ou geracional o hábito de em vez de olá cumprimentar as pessoas com "adeus". A minha tia mais velha fá-lo, os meus sogros fazem-no, a mãe do meu sogro também, Mr. Mirone fez-mo uma única vez, porque quando atendi o telefone e ouvi um adeus do outro lado respondi adeus também e desliguei. Não gosto, acho tolo e despropositado, mas guardava esta reserva para mim.
Acabou de acontecer, porém, algo que me abala a convicção acerca da maturidade do meu raciocínio. O meu sogro ligou cá para casa e quem atendeu foi a Mironinho.
- Estou...
- Adeus, minha querida.
- Adeus? Está bem, avô, Um beijinho. - E desligou com a maior naturalidade.
- Era o avô, devia estar a sonhar ou assim, estava a dizer-me adeus...