Falam-se línguas (translate)

quinta-feira, 31 de março de 2016

Se tu dizes...

No meu carro toca 'My baby just cares' da Nina Simone.
-Tia, esta música é gira. É de casamentos chiques.


Já em casa, enquanto punha a mesa ia assobiando.
- Que música é essa, tia?
- É de um filme, Kill Bill.
- Aaah... É gira. É sobre quê, esse filme?

Aqueles dias

Em que se enche a casa de sobrinhas.

terça-feira, 29 de março de 2016

Isto sim, é levar as férias a sério

-Vá, Mironinho, despacha-te lá que hoje vais comigo para cortar o cabelo.
- Vou? Então não é melhor telefonar à avó a avisar que falto hoje de manhã?

sábado, 26 de março de 2016

Até os morangos?!

É o prémio "Sportinguista do ano" vai para...

Mironinho, the one and only!
Ontem à noite dizia-me com cara de caso:
- Estou tão preocupada, mamã, acho que não vou conseguir dormir. Combinei com o avô que se o Sporting ganhar o capeonato pintamos o cabelo de verde e eu detesto cabelo verde.
- Não penses nisso, não vão nada pintar o cabelo, era uma brincadeira.
- Brincadeira?! Mas tu não queres que o Sporting ganhe?! Eu sou do Sporting! E é a sério, não é brincadeira nenhuma.

terça-feira, 22 de março de 2016

E não digam que não vos dou boas dicas

Se precisarem de um bom pintor auto já sabem, todos os caminhos vão dar ao Jorge.
A qualidade do trabalho? Oh meus amigos, a imagem fala por si. Quem mais vos poderia proporcionar um resultado como este?

Pronto, além de uma criança de 8 anos se apanhasse um frasco de verniz de unhas?

Enquanto o homem sonha o mundo pula e avança

Enquanto a mulher (euzinha, esta que vos escreve) sonha, são ideias 'Shark Tank material' umas atrás das outras.

Próteses dentárias com aparelhos de brackets, só naquela de dar um ar de quem tem cuidado com a saúde oral, um certo estatuto. E fazem os lábios mais cheios.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Fazer e fabricar história

Há uns dias comentava o blog da Palmier a propósito da facilidade com que se fabrica história "para inglês ver" no centro histórico de Lisboa. Dizia eu que bastava afixar um cartaz ou painel com uma data antiga, por exemplo a da construção do edifício, que não é mentira nenhuma, para que a casa agora aberta, ainda a cheirar a tintas e diluentes, ganhasse o estatuto de negócio com história, very typical.
E não é que não ando muito longe da verdade?

sexta-feira, 18 de março de 2016

E o prémio de melhor intérprete de língua gestual vai para

A senhora da RTP pelo bem que sambou, toda ela gingava, ao som de "Não é nada meu", tema composto a propósito do que se passa com o ex-Presidente do Brasil.

Depois da vergonha vem a culpa

Fico sempre constrangida quando vejo alguém mendigar. Se por um lado me parece que a condição humana se mostra ali no seu mais baixo patamar, não consigo ficar indiferente e sou impelida a ajudar, por outro tenho perfeita noção de que uma moeda não é a ajuda de que a pessoa precisa e até pode perpetuar e agravar aquela condição.
Ontem depois do almoço cruzei-me com um homem talvez na casa dos 30/40, de mão estendida, a pedir "uma moedinha para comer". Por saber que é toxicodependente e que muito provavelmente a moeda que lhe ia dar não seria para comprar uma sopa mas antes para comprar o "caldo", disse não com a cabeça e segui. "É para comer, senhora, sou sem abrigo e não posso trabalhar, caí de um quinto andar nas Caldas da Rainha...".
Ele há horas do demo, meus amigos, e aquela foi uma delas, soltei uma gargalhada ruidosa. Que estúpida, Mirone! Como podes rir-te da desgraça alheia? Era quem te desse com um gato morto até ele miar!
Estive mal, verdadeiramente mal, sei que foi muito baixo e reles,  mas naquele momento só me ocorria perguntar-lhe "Caiu de um quinto andar nas Caldas?! Xiii, e veio a rebolar até aqui?!".


quinta-feira, 17 de março de 2016

Biduxa?!

- Mãe, arranjei uma amiga imaginária, vai chamar-se Biduxa.




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Biduxa?! Oh pah....

Uma pessoa para se envergonhar só precisa de estar viva

Até entrar para a Faculdade contavam-se pelos dedos das mãos as vezes em que tinha andado de metro, mas nos cinco anos seguintes passou a ser o meu meio de transporte de eleição, evitava as esperas sujeita a intempéries e em pouco mais de dez minutos fazia o percurso entre casa e a universidade.
Num dos primeiros dias de aulas, vejo entrar na carruagem um cego que com voz condoída pedia "quem tem a bondade de auxiliar um ceguinho?".
Nunca nos meus mais loucos sonhos me ocorreu que o ceguinho "em apuros" procurasse auxílio financeiro e não ajuda para encontrar um lugar sentado. Levantei-me imediatamente, pus o meu melhor sorriso, que estas coisas não se vêem mas sentem-se, pego-lhe cuidadosamente no braço e digo "sente-se aqui, por favor, que eu não me importo de ir de pé". Do ceguinho, nada, nem um sorriso, nem um grande bem-haja, Deus lhe dê muita saúdinha, zero, apenas um seco "não menina, eu não me sento" enquanto avança lamuriento pela carruagem "quem tem a bondade de auxiliar um ceguinho".
As carruagens de metro deviam vir com uns alçapões de emergência, uma espécie de auto-eject invertido, na altura teria accionado o meu com todo o gosto.

quarta-feira, 16 de março de 2016

O drama, o horror, a tragédia

Aquele momento em que ligam, muito educadamente, se identificam logo, estão a ligar do Centro de Saúde a perguntar pelo familiar responsável pela Mironinho.







Afinal era só para me dizerem que precisava de actualizar o registo de vacinas da miúda. Na altura em que lhas devia ter dado, uma das vacinas do plano nacional estava esgotada e, por acharem que era vantajoso recebê-las todas concomitantemente, as enfermeiras pediram-me para voltar no mês seguinte uma vez, depois outra, e à terceira acabei por lhas dar num outro centro de saúde, onde não estavam esgotadas. A enfermeira colou as etiquetas no boletim e parti do princípio que o registo informático também era feito. Não, esse refiro só é feito no Centro de Saúde onde estamos inscritos. De maneira que amanhã lá passarei. Para actualizar o boletim e ver se o meu coração ainda bate...

Adenda: Ligaram outra vez agora mesmo. Afinal o registo informático foi feito, já não preciso de ir lá. O meu coração, contudo, continua descompassado.

Mirone, a fora da lei, Mironinho, a fiscal

Há uns dias Mironinho perguntou-me o que era ser rebelde. Tentei explicar-lhe que era não seguir as regras, desafiar as leis.
Ontem, no supermercado, depois de ler em voz alta o cartaz que dizia "Coloque as compras no tapete. Confira o troco no acto da entrega.", perguntou-me se eu conferia o troco. Respondi-lhe que não, raramente o fazia, confiava nas pessoas da caixa.
- Não conferes?! Mas é uma regra! Não achas que estás a ser uma rebelde?

Mais tarde, ao regressarmos a casa, e já na garagem do prédio, fechada àquela hora, atravessei vários lugares de estacionamento para "atalhar" até à minha 'box'.
- Mamã, isto não é condução perigosa?
- Oi? Condução perigosa? Ó filha, a garagem está vazia.
- Sim, mas está ali um sinal a dizer que é obrigatório ir por ali. Estás a ser rebelde outra vez.






segunda-feira, 14 de março de 2016

Ninguém, ninguém!

Dizia ela ao telefone, para quantos estivessem na fila do supermercado ouvirem:
- Aponta o que te digo, a partir de hoje mais ninguém há-de saber nada da minha vida. Estou farta! Da minha vida só tem que saber a minha família, os meus pais e o meu irmão, que eles é que são a minha família. Estou farta que toda a gente opine. Tu sabes que a minha vida é casa-trabalho-trabalho casa, levo marmita na maior parte dos dias e almoço na copa do serviço. Saio ao fim de semana e é sempre ao mesmo sítio, o café do Raul e depois vamos dançar um bocadinho ao ...... Fora disso vou duas vezes por semana ao ginásio ..... Não percebo o que é que a minha vida tem de interessante para toda a gente querer dar palpites. É porquê? Por namorar com o Nuno? Qual é o problema? Somos os dois solteiros e livres. Eu fiz 25 anos, não sou garota nenhuma, pago as minhas contas desde os 17 anos, dobrei muita camisola naquela loja antes de chegar onde cheguei...

Entretanto chegou a minha vez, mas fiquei intrigada. Era a partir de hoje a que horas que as pessoas deixavam de saber da sua vida?

sexta-feira, 11 de março de 2016

Fui almoçar à beira mar

Perto do estacionamento ouvi um pescador comentar que saiu hoje, na lota da Nazaré, robalo a 3,50€.
Só não ponho aqui uma fotografia da conta do almoço por vergonha.

Deixo uma vénia aos homens que enfrentam o mar durante todo o ano.

Quando a realidade supera a ficção

O santuário de Fátima desenvolveu um jogo de telemóvel para divulgação da mensagem de Fátima.
O objetivo é "chegar ao coração de Jesus" e o jogo decorre numa espécie de 'tabuleiro' virtual, com dois, três ou quatro pastorinhos a saltitarem de casa em casa ao sabor do que ditam os dados que vão sendo lançados. Descarrega-se gratuitamente na App Store (iOS) ou no Google Play(Android) e tudo parecia ser normal no mundo dos jogos eletrónicos não fosse a mensagem final passada ao vencedor de cada partida: "Ganhaste o jogo! Não te esqueças de rezar o terço como Nossa Senhora pediu".
Os pastorinhos saltintam no tabuleiro e vão recebendo ajudas para avançarem no jogo, mesmo quando os dados se ficam por números baixos. Seja porque calharam na casa de uma ovelha e podem "apanhar boleia", seja porque pararam num rosário e isso quer dizer que "estiveste a rezar o terço como Nossa Senhora pediu", os jogadores podem avançar várias casas num só lance. Há ainda o sol ("que para os pastorinhos era o símbolo de Nosso Senhor"), ou a lua, as estrelas ou mesmo uma "página perdida das Memórias da Irmã Lúcia" que permitem saltar etapas até à chegada à 90ª casa. É aí, no "Coração de Jesus", que termina a partida e se recebem os parabéns."
A notícia completa aqui.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Uma espécie de passatempo

A Be, que escreve o blog Estás a falar a sério?!!,é a mãe dos Macaquitos, um menino e uma menina inteligentes, vivaços e divertidos. Macaquito, além de inteligente, vivaço e divertido, tem uma doença do espectro do autismo, o que faz com que não tenha o filtro que a maioria dos meninos da sua idade têm e às vezes algumas pessoas ofendem-se com o que ele diz de forma espontânea e sem maldade.
No próximo dia 2 de Abril comemorar-se-á o dia internacional para a consciencialização do autismo. Para assinalar essa data, a Be lembrou-se de organizar uma espécie de passatempo. Somos todos convidados a enviar-lhe um trabalho "artístico" que será avaliado pelos seus Macaquitos e, sem filtro, escolherão o vencedor.
Eu vou "concorrer" com este trabalho da Mironinho, a que chamou "A nossa família", feito num destes fins de semana chuvosos.

terça-feira, 8 de março de 2016

Sabem aquela anedota

De um empresário de "sucesso" que empregava mais de 40 mulheres, a quem pagava pouco mais que o salário mínimo, que todos os anos fazia questão de lhes dar a tarde e oferecer o jantar num restaurante pomposo.
- Hoje é o vosso dia, logo à tarde estão dispensadas do trabalho e logo à noite vão todas jantar ao La Charrette, ofereço eu, um miminho. Agora não pensem que vão para casa para tratar de limpezas, passar a ferro ou coser as meias do marido. Não senhora, têm a tarde para tratarem de vocês, irem à cabeleireira e à esteticista, logo à noite quero-vos penteadas, maquilhadas e de manicure feita. Vocês merecem!

Não é anedota.

Nunca sairei da cepa torta da maquilhagem

Pestanas esborratadas, coladas e com grumos...
(Vou omitir a parte das sombras azuis e sobrancelhas à Álvaro Cunhal)

segunda-feira, 7 de março de 2016

domingo, 6 de março de 2016

sexta-feira, 4 de março de 2016

Cuidado com o que desejas

Fui buscar a Mironinho à escola e reparei que tinha um penteado diferente do da manhã.
- Quem é que te fez essa trancinha?
- Foi a Etelvina.


Glup!



Habemus Calimera

Há uns dias recebemos um e-mail da professora a dar-nos conta de que alguns meninos da escola tinham piolhos e a pedir-nos que tomássemos as precauções que tivéssemos por convenientes. Tenho feito marcação cerrada à cabeça da Mironinho e, até agora, zero piolhos. Só de pensar dão-me logo as comichões.
-Não é justo, mamã, a Etelvina já teve piolhos duas vezes e eu nunca tive nenhuma!

quinta-feira, 3 de março de 2016

Com que então os 40 são os novos 30?

Ontem jantei com os meus pais. Ontem havia duas pessoas à mesa com o mesmo casaco. A minha mãe e eu.
A minha mãe é bué jovial. E eu também, evidentemente. Props pó pessoal. Tá-se!